Sessão Assíncrona


SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)

40505 - CESSAÇÃO DO TABAGISMO NA POPULAÇÃO ADULTA BRASILEIRA EM 2019
ESTER MARIA DO NASCIMENTO - UFMG, BÁRBARA EMILIANO DE OLIVEIRA - UFMG, JOANA MOTTA ARAÚJO ROESBERG - UFMG, PRISCILA SILVIA NUNES SOUZA - UFMG, RAISSA NAYTIARA BARBOSA DE SOUZA - UFMG, SARAID FIGUEIREDO COSTA - UFMG, VITÓRIA DA SILVA MARQUES - UFMG, MERY NATALI SILVA ABREU - UFMG


Apresentação/Introdução
O tabagismo é considerado um grave problema de saúde pública pela OMS. E é definido pelo hábito de consumir qualquer produto que tenha tabaco na sua composição. A cessação do tabagismo aumenta a expectativa de vida, reduz o risco associado as doenças crônicas, melhora a autoestima, o hálito, coloração dos dentes, vitalidade da pele, convívio social, desempenho de atividades físicas e etc.

Objetivos
Este estudo almeja conhecer o índice de cessação do tabagismo no Brasil, bem como, descrever fatores associados a uma maior chance de parar de fumar.

Metodologia
Estudo observacional do tipo transversal, com dados da PNS em 2019. A variável resposta “cessação do tabagismo” foi calculada pela razão entre ex-fumantes e não fumantes; mais fumantes atuais. Variáveis demográficas: sexo, raça/cor, situação marital e escolaridade. Antecedentes e comportamentos em saúde: comorbidades (diabetes e hipertensão) e praticar atividades físicas. Demais fatores: ingerir álcool, aparelhos eletrônicos com nicotina, fumantes em casa e anúncios de cigarro. As variáveis foram descritas por meio do cálculo das frequências relativas, e o teste Qui-quadrado para caracterizar fatores associados. Nível de significância de 5%. As análises foram realizadas pelo programa STATA 12.0

Resultados
O índice de cessação do tabagismo no Brasil foi de 68,43%. Os menores índices foram verificados nos estados das regiões Sul e Sudeste. Os fatores associados a uma maior chance de parar de fumar foram: morar em zona urbana (69%), ser do sexo feminino (73%), branco, amarelo e indígena (70%), ser casado (75%), ter filhos (66%), participar de alguma religião (77%), ter ensino superior (73%), não fazer consumo de bebida alcoólica (72%) ou fazer menos de uma fez ao mês (76%), praticar exercício físico (74%), ter hipertensão (77%), ter diabetes (79%), não ter fumantes em casa (81%), não fazer uso de aparelhos eletrônicos com nicotina (69%), e não ver anúncio de cigarro (68%).

Conclusões/Considerações
A alta taxa de cessação do tabagismo no país pode ser atribuída ao maior acesso às práticas de promoção da saúde, às políticas antitabaco dos últimos anos, como a proibição das propagandas, aumento na taxação dos produtos e as advertências. Este estudo visa contribuir na melhoria das políticas públicas na promoção da cessação do hábito de fumar, focando no perfil dos indivíduos com menor chance de parar de fumar.