Sessão Assíncrona


SA6.1 - AGENDA 2030, APS E SAÚDE GLOBAL (TODOS OS DIAS)

40336 - TRAJETÓRIA DE ATIVIDADE FÍSICA E SUAS DESIGUALDADES DE SEXO E NÍVEL SOCIOECONÔMICO DOS 18 AOS 22 ANOS NA COORTE DE NASCIMENTOS DE 1993 (PELOTAS/RS)
GIULIA SALABERRY LEITE - UFPEL, BRUNA GONÇALVES CORDEIRO DA SILVA - UFPEL, HELEN DENISE GONÇALVES DA SILVA - UFPEL, ANA MARIA BAPTISTA MENEZES - UFPEL, INÁCIO CROCHEMORE-SILVA. - UFPEL


Apresentação/Introdução
A transição da adolescência para a vida adulta representa um período crítico devido às mudanças sociais relacionadas ao nível de estudo e maior inserção no mercado de trabalho, as quais tendem a influenciar na diminuição na prática de atividade física (AF). Estratégias de promoção de AF na adolescência são importantes para estabelecer hábitos saudáveis que possam se perpetuar na vida adulta.

Objetivos
Avaliar as mudanças dos níveis de AF total e especificamente no lazer na transição do final da adolescência para o início da vida adulta e verificar possíveis desigualdades nas mudanças de acordo com sexo e nível socioeconômico.

Metodologia
Trata-se de um estudo longitudinal utilizando dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas (RS). Foram analisados dados de AF coletados nos acompanhamentos dos 18 e 22 anos. Para mensuração da AF, os participantes utilizaram acelerômetros no punho, pelo período médio de 5 dias, estimando o tempo total em AF moderada e vigorosa incluindo todos os domínios. Além disso, foi aplicado um questionário de AF no lazer aos 18 e 22 anos. Sexo e nível socioeconômico, estimado a partir de índices de bens, foram utilizados como dimensões de desigualdade analisadas. Análises descritivas foram realizadas considerando medidas de variabilidade e significância estatística.

Resultados
Para AF de lazer, observou-se um declínio dos 18 anos (média de 203 min/sem) aos 22 anos (média de 151,9 min/sem). Os homens apresentavam maior média de AF nos dois acompanhamentos e essa desigualdade de sexo diminuiu dos 18 aos 22 anos, devido à redução mais drástica entre os homens. A média de AF de lazer entre os mais ricos foi cerca de duas vezes maior comparada a dos mais pobres, mantendo-se nas duas idades avaliadas. A AF medida pela acelerometria também diminuiu no período avaliado, sendo maior entre os homens. Ao contrário ocorreu com a AF de lazer, foi maior entre os mais pobres. Nessas análises não houve mudanças relevantes na magnitude das desigualdades de sexo e nível econômico.

Conclusões/Considerações
Os resultados mostraram importante diminuição dos níveis de AF entre os 18 e 22 anos indiferente do tipo de medida. Desigualdades de sexo e nível socioeconômico avaliadas ao longo do tempo foram específicas ao tipo de medida e demonstram a importância de serem consideradas para subsidiar estratégias de promoção de AF.