Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.11 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS III

40981 - ATENÇÃO PRIMÁRIA, CUIDADO E VIGIL ANCIA POPULAR DA SAÚDE EM TERRITÓRIO VULNERÁVEL DE FORTALEZA CEARÁ
ANA REGINA BARBOSA - ESCOLA FIOCRUZ DE GOVERNO DA GERENCIA REGIONAL DE BRASILIA - GEREB/EFG, TAINÁ MARIA LIMA FREIRE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, CARLA NAYRA SOUSA DO NASCIMENTO - INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ - IFCE, ANA CLAUDIA DE ARAUJO TEIXEIRA - FIOCRUZ CEARÁ, ITALO WESLEY OLIVEIRA AGUIAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, CARL KENDALL - UNIVERSIDADE TULANE, TATIANA MONTEIRO FIUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, ANA AMÉLIA SANTOS DA SILVA - COMUNIDADE, FERNANDO FERREIRA CARNEIRO - FIOCRUZ CEARÁ


Apresentação/Introdução
Um dos pressupostos da Vigilância Popular é o protagonismo popular na geração dos dados e no monitoramento participativo e simplificado, que se potencializa quando articulada com o SUS e a academia. O trabalho relata experiência de pesquisa em vigilância popular na produção de cuidado a partir de uma visão crítica e emancipatória.


Objetivos
Construir estratégias e ações de vigilância popular e cuidado em saúde junto a mulheres de território de alta vulnerabilidade.


Metodologia
Foi realizada uma pesquisa-ação com uso da cartografia social para a construção coletiva de um mapa social da Barra do Ceará, Fortaleza - CE com base na identificação e problematização dos elementos/dimensões que ameaçam e promovem a vida no território. Para isso, foram realizadas 9 oficinas com um grupo de 15 mulheres do território, visando a promoção de diálogos entre o saber popular e o conhecimento científico. Após a representação no mapa, o grupo de pesquisa discutiu sobre a priorização dos elementos que ameaçam e promovem a vida e a saúde para elaboração de um plano de ação propondo intervenções pontuais e continuadas para a promoção da vida e da saúde da comunidade.


Resultados
O conhecimento compartilhado nas oficinas resultou em uma ação da comunidade para a comunidade, cuja organização popular foi potencializada pelo trabalho em grupo. Evidenciamos o território como espaço de análise e intervenção; o aumento da auto estima das mulheres; o interesse pelo autocuidado; a melhoria da qualidade de vida das pessoas da comunidade; e o mapeamento de lideranças comunitárias. Identificamos ameaças à vida e à saúde da comunidade, como: falta de segurança, falta de emprego, violência doméstica, falta de saneamento básico e a fome. Como fatores promotores de saúde, destaca-se: o Centro Cultural local, melhorias infraestruturais e empreendimentos que geram emprego e renda.


Conclusões/Considerações
A pesquisa mostrou a necessidade de pensarmos ações sistêmicas e integradas entre os serviços de saúde e a população. Isso potencializou a organização popular como fator de proteção à saúde, evidenciando o território como espaço de análise e intervenção. O enfoque participativo como estratégia para a melhoria da qualidade de vida da população sob uma perspectiva crítica e emancipatória foi um dos achados mais potentes dessa pesquisa.