Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.5 - Educação Permanente em Saúde: Transformação e Qualificação do Cuidado no SUS
02 DE DEZEMBRO | TERÇA-FEIRA
08:30 - 10:00
EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA AS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO DOS CONTRATOS HOSPITALARES NAS COORDENADORIAS REGIONAIS DE SAÚDE DO RS NOS PROCESSOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO.
Comunicação Oral Curta
Hering, F.R.1, Comerlato, C.B.1, Da Rosa, P.G.G1, Martini, P.1, Ribeiro, R. R.1
1 Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES-RS)
Período de Realização
Desde 2022, em processo evolutivo, até o presente momento.
Objeto da experiência
As ações de educação permanente realizadas com os servidores das CRS designados para as CAC.
Objetivos
Relatar o impacto do trabalho realizado pela Seção das Comissões de Acompanhamento dos Contratos com as ações de educação permanente para servidores das CRS designados para as CAC, quanto a melhoria e qualificação nos processos de trabalho.
Descrição da experiência
Ações de educação permanente e melhorias nos processos de trabalho realizadas através da qualificação do monitoramento, padronização de rotinas de trabalho e implantação de sistema como ferramenta de visualização e análise dos dados referentes ao monitoramento dos contratos. Foram realizados Workshops anuais, capacitações mensais permanentes e apoio remoto diário às equipes CAC das CRS.
Resultados
A qualificação das comissões e a padronização das rotinas trouxeram impacto positivo no processo de monitoramento hospitalar. A meta de entrega dos relatórios do Plano Estadual de Saúde foi superada em 2024 (640%) e quase atingiu a de 2025. O número de hospitais com desconto de metas caiu de 32% (2022) para 15% (2024). A qualidade dos relatórios da CAC teve substancial melhora após as ações sistemáticas e experiências entre equipes.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a educação permanente fortalece o papel das CAC, promovendo maior clareza sobre suas atribuições e impacto direto na qualificação dos processos. A troca entre equipes e o apoio contínuo revelaram-se essenciais para consolidar uma cultura de monitoramento eficaz e sustentável
Conclusões e/ou Recomendações
O trabalho das Comissões exige aperfeiçoamento constante e qualificar os processos é o foco nas ações de educação permanente das equipes. Esta prática melhorou processos de trabalho, qualificou o entendimento do papel das CAC e contribuiu indiretamente para o melhor desempenho dos hospitais no cumprimento das metas contratuais, fortalecendo a cultura do monitoramento e avaliação na administração pública
EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA FARMACÊUTICOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES-TUTORES
Comunicação Oral Curta
Silva, DAM1, Vieira-Machado, UF2, Soares, JAS1, FRAGA, BHO3, Marques Simões, MC4, Fonseca, PAL5, Nascimento, RF6, Mendonça, SAM7
1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
2 Graduando em Farmácia, UFMG
3 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
4 Graduanda em Farmácia, UFMG
5 Mestranda no Programa de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
6 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
7 Professora do Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, UFMG
Período de Realização
Esta atividade de extensão foi desenvolvida entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025.
Objeto da experiência
Ação para educação permanente de farmacêuticos do SUS, articulada com uma disciplina de pós-graduação para aprimoramento da prática clínica.
Objetivos
Este trabalho compartilha as experiências vivenciadas em uma ação de extensão, por meio de narrativas de estudantes-tutores. A iniciativa visou aprimorar as competências pedagógicas para atuação como tutores em educação permanente e qualificar a prática clínica de farmacêuticos participantes do SUS.
Descrição da experiência
Esta ação de extensão integra o projeto "Educação permanente para farmacêuticos preceptores da atenção primária à saúde". Seis oficinas foram realizadas, abrangendo 126 farmacêuticos do SUS. Cada oficina totalizou 8 horas, distribuídas em dois encontros de 4 horas. Foram utilizadas metodologias ativas, como estudo de caso e simulação realística de atendimento clínico. Os discentes participaram como estudantes-tutores, criando narrativas reflexivas sobre suas experiências.
Resultados
A educação permanente demonstrou ser promissora no desenvolvimento das competências fundamentais para o desempenho da prática clínica farmacêutica. Visando auxiliar na documentação da prática e na avaliação de parâmetros clínicos, foram elaborados materiais de apoio. A integração ensino-serviço possibilitou aos tutores-estudantes confrontar teoria e prática, propiciando a compreensão do contexto da saúde e aprimorando as capacidades de tomada de decisão e raciocínio clínico.
Aprendizado e análise crítica
Não obstante os farmacêuticos demonstrarem prática clínica em desenvolvimento, a interação dos estudantes com profissionais dos serviços de saúde propiciou aprendizados que extrapolam o conhecimento técnico, contribuindo para a formação de ambos numa perspectiva mais crítica e reflexiva. Os relatos salientaram a importância do SUS como campo estratégico para a formação de profissionais comprometidos e qualificados, bem como a necessidade de ações em educação permanente em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
As reflexões e experiências evidenciaram as potencialidades da ação de extensão articulada com a pós-graduação para a formação do ensino clínico farmacêutico e da educação permanente em saúde. A integração ensino-serviço fortaleceu competências pedagógicas dos discentes matriculados nessa disciplina de pós-graduação e promoveu o desenvolvimento profissional dos farmacêuticos do SUS, firmando-se como um elo entre ensino, serviço e extensão.
EDUCAÇÃO PERMANENTE PROTAGONIZADA POR AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PRÁTICA QUE TRANSFORMA REALIDADES
Comunicação Oral Curta
Oliveira, L.G.1, Ramos, E.R.T.2
1 PROFSAÚDE - UFAL
2 UFAL
Período de Realização
Novembro de 2024 até o presente momento, com encontros mensais.
Objeto da experiência
Promoção de educação continuada para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), através do uso de metodologias ativas e baseado nas suas necessidades.
Objetivos
Promover a valorização dos ACS por meio da educação permanente centrada em suas vivências, necessidades e interesses.
Fortalecer a prática dos ACS, contribuindo para o cuidado em saúde mais resolutivo.
Metodologia
A experiência iniciou-se durante a realização do planejamento estratégico situacional, onde surgiu a demanda por educação permanente pelos ACS. Dessa forma, passou-se a realizar encontros mensais, utilizando as metodologias ativas de ensino, abordando temas escolhidos por eles, como cuidado às pessoas com tuberculose e hanseníase, violência doméstica, entre outros. Os encontros contam com mediação de profissionais da equipe e convidados externos.
Resultados
Os ACS relatam que têm maior segurança nas visitas domiciliares e que o diálogo com a população foi qualificado. Outros profissionais da equipe relataram melhora na integração e na escuta dos ACS, com reflexos positivos no cuidado. Além disso, como o ambiente em que os encontros são realizados tem se mostrado acolhedor e horizontal, permitindo trocas ricas entre pares e valorizando experiências do território, houve estreitamento de vínculos e aumento do sentimento de pertencimento à equipe.
Análise Crítica
Compreendeu-se que a educação permanente, quando construída a partir da realidade e do desejo dos próprios ACS, torna-se potente e transformadora. A experiência revelou que os espaços formativos precisam ser menos verticalizados e mais dialógicos. Também evidenciou-se a invisibilidade histórica do papel dos ACS na formação em saúde, o que reforça a importância de criar estratégias que valorizem seus saberes. Ainda há desafios como conciliar horários com a rotina da unidade.
Conclusões e/ou Recomendações
Concluímos que a educação permanente com protagonismo dos ACS é uma estratégia potente de fortalecimento da Atenção Primária. Recomenda-se que outras unidades adotem práticas semelhantes, considerando o território como fonte de saber e os ACS como sujeitos ativos na produção do cuidado. Para isso, é fundamental apoio institucional, espaço garantido na agenda e escuta ativa por parte da gestão e equipe técnica
EDUCAÇÃO PERMANENTE: POTENCIALIZANDO AS EQUIPES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE PARA O FORTALECIMENTO DA REDE.
Comunicação Oral Curta
Morais, M. T.1, Souza, I. P.1, Ferreira, L. B.1, Stremel, D.M.F.1, Dias, R.M.C.1, Simões, T. O.1, Rocha, M. S.1
1 Missão Sal da Terra
Período de Realização
Os workshops foram realizados entre dezembro de 2023 a outubro de 2024.
Objeto da experiência
Fortalecimento do papel resolutivo e coordenador do cuidado da atenção primária à saúde para articulação das redes.
Objetivos
Capacitar a atenção primária à saúde para atuação como porta de entrada para promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da população, pautada pelos princípios doutrinários e organizativos do Sistema único de Saúde.
Metodologia
A equipe de educação permanente realizou quatro workshops intercalados com aplicação prática, seguindo a metodologia de planificação, para a atenção primária do setor leste de Uberlândia. Os temas foram: construção social da atenção primária; cadastramento e territorialização; acesso aos serviços; condições crônicas e tecnologias leves. Foram empregadas metodologias ativas em cada encontro, ao fim dos quais cada equipe recebeu um mapa mental e um plano de ação para implementação local.
Resultados
Os workshops alcançaram adesão notável (>70%) das equipes. Observou-se ganho significativo de conhecimento e empoderamento sobre território e população, refletido na melhoria da comunicação interna e avanço nos indicadores de desempenho. Essa qualificação impulsionou a capacidade de resposta da atenção primária à saúde, e contribuiu para uma melhoria tangível na qualidade do cuidado oferecido à população.
Análise Crítica
As oficinas integraram os eixos estratégicos ao cotidiano das equipes, reforçando o vínculo comunitário e qualificando o trabalho multiprofissional. O aprendizado envolveu revisão de processos, apoios logísticos e compartilhamento de práticas entre unidades. A planificação elevou a capacidade de coordenação e resolução da atenção primária à saúde e, aliada às metodologias ativas, gerou engajamento e integração positiva.
Conclusões e/ou Recomendações
O ciclo de workshops fortaleceu a atenção primária de Uberlândia (setor leste), capacitando equipes e otimizando seu papel coordenador. A boa adesão, o ganho de conhecimento e a melhoria de indicadores confirmam o sucesso da planificação e metodologias ativas, que engajaram e integraram as equipes. Recomenda-se expandir o modelo, implementar ciclos regulares de monitoramento, avaliação de resultados e aprimoramento profissional contínuo.
EDUCADEPPROS: ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA O FORTALECIMENTO DAS POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE NO ÂMBITO DO DEPPROS/SAPS/MS
Comunicação Oral Curta
OLIVEIRA, F.S.T1, 2, 3
1 MINISTERIO DA SAUDE
2 MINISTERIO DA SAÚDE
3 RESIDENTE EBSERH
Período de Realização
maio 2025 a dezembro de 2025
Objeto da experiência
profissionais do Departamento de prevenção e promoção da saúde
Objetivos
Implantar um programa de Educação Permanente para o desenvolvimento técnico, comportamental e gerencial dos profissionais do DEPPROS, promovendo melhorias no desempenho, na qualidade do ambiente de trabalho e na implementação das políticas sob responsabilidade do departamento.
Descrição da experiência
A experiência consiste na implantação do EducaDEPPROS, um programa de Educação Permanente voltado aos profissionais do DEPPROS/SAPS /MS. A metodologia está fundamentada em estratégias participativas como Aprendizagem Baseada em Problemas, Rodas de Conversa, Oficinas Pedagógicas, Estudo de Caso, Educação por Pares e Aprendizagem Significativa. As ações formativas foram distribuídas mensalmente entre maio e dezembro de 2025, com temáticas vinculadas a instituição.
Resultados
A adesão crescente dos profissionais às atividades formativas indica interesse e reconhecimento da importância do programa. Observou-se maior integração entre os membros da equipe, fortalecimento do diálogo intersetorial e desenvolvimento de competências críticas para a gestão e execução das políticas públicas de saúde. A troca de experiências entre os pares revelou-se uma estratégia potente para o aprendizado e construção coletiva de saberes.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a aprendizagem significativa no ambiente de trabalho é capaz de promover mudanças reais nas práticas institucionais. As metodologias ativas favoreceram o engajamento e protagonismo dos participantes, estimulando a reflexão crítica e a corresponsabilidade. A escuta qualificada e o respeito ao saber de cada profissional foram elementos essenciais para o sucesso do programa.
Conclusões e/ou Recomendações
O EducaDEPPROS se consolida como uma estratégia efetiva de qualificação técnica e humanizada dos profissionais do SUS. Recomenda-se a continuidade do programa, com avaliações periódicas e atualização de temáticas segundo as demandas. A experiência pode ser replicada em outros departamentos e instâncias do Ministério da Saúde, contribuindo para o fortalecimento do SUS a partir da valorização de seus trabalhadores.
ELABORAÇÃO DE EBOOK EDUCATIVO PARA EDUCAÇÃO PERMANENTE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE O PROTOCOLO DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA NO DISTRITO FEDERAL
Comunicação Oral Curta
Silva,G. M.1, Mendes, P. C.P1, Silva, B.E.S1, Souza, K.G.S1, Oliveira, E.S1, Sousa, C.P.C1, Santos, P.H.F1
1 UnB
Período de Realização
Produto desenvolvido e implementado no período de março a maio de 2025.
Objeto da produção
Ebook educativo sobre a profilaxia da raiva humana no contexto da Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
Relatar a experiência de estudantes de Enfermagem na construção do ebook educativo “Profilaxia da Raiva Humana”, voltado aos profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal, com objetivo de orientar o fluxo de atendimento da profilaxia pós-exposição à raiva.
Descrição da produção
O ebook foi elaborado em uma disciplina prática do curso de Enfermagem da Universidade de Brasília. Aplicou-se o Arco de Maguerez, identificando fragilidades no fluxo de atendimento à profilaxia pós-exposição à raiva.A escolha do problema foi guiada pelo Diagrama de Ishikawa, com priorização das causas com a Matriz GUT.Nos pontos-chave, aprofundaram-se aspectos da temática.A hipótese de solução foi construída com a ferramenta 5W3H, resultando na produção do ebook e de um formulário de avaliação.
Resultados
A profilaxia pós-exposição à raiva humana possui especificidades de manejo conforme o tipo de animal agressor. Desta forma, os conteúdos do ebook incluíram a etiologia, vigilância epidemiológica, Programa Nacional de Imunização, comunicação e literacia em saúde, profilaxia da raiva humana e formulário de satisfação e avaliação do conteúdo. O material foi validado pela equipe de enfermagem da sala de vacina, e apresentado às equipes do serviço e ao gestor da unidade.
Análise crítica e impactos da produção
O ebook "Profilaxia da Raiva Humana" representa uma tecnologia em saúde acessível e replicável em diferentes cenários, o que subsidia e favorece o entendimento do fluxo e a atualização sobre o tema, de modo a garantir que os usuários recebam o tratamento adequado, o que evita o subtratamento e o uso desnecessário da vacina. Desse modo, o material apoia a sistematização do cuidado, a tomada de decisões críticas e assertivas, além de fortalecer a resolutividade da Atenção Primária à Saúde.
Considerações finais
Conclui-se que a utilização do ebook, enquanto tecnologia digital e educativa em saúde, otimiza o processo de trabalho e confere maior segurança à tomada de decisão e ao manejo do fluxo de atendimento dos pacientes-alvo. Além disso, fortalece a assistência em saúde, subsidia a vigilância epidemiológica por meio das notificações, e fornece dados de imunização da comunidade.
ENCONTROS MULTIDISCIPLINARES COMO PRÁTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAUDE
Comunicação Oral Curta
Santos, V. M. M. do C.1, Sobral, B. O. F.1, Menezes, I. de A.1, Cerqueira, J. L. B.1, Santos, S. S.1
1 Fiocruz
Período de Realização
Ocorre semanalmente desde fevereiro de 2024 e segue em andamento até o presente momento.
Objeto da experiência
Educação permanente multidisciplinar entre residentes, abertos a servidores, voltados à Atenção Básica e conhecimento da rede de serviços
Objetivos
Promover a qualificação das práticas profissionais por meio da educação permanente em saúde, estimulando a troca de saberes entre categorias, o reconhecimento da rede de serviços, o aprofundamento da PNAB e a construção compartilhada de condutas no cuidado em saúde.
Descrição da experiência
O encontro ocorre semanalmente, às quartas feiras de manhã, com residentes de diferentes áreas da saúde. Cada semana do mês é dedicada a uma atividade distinta: (1) roda de conhecimento entre profissões; (2) visita institucional a equipamentos públicos ou do terceiro setor; (3) estudo sobre a PNAB e práticas da Atenção Básica; (4) estudo de caso e visita domiciliar. A metodologia visa articular teoria e prática com foco na integralidade do cuidado e fortalecimento do trabalho em equipe.
Resultados
Observou-se maior integração no fazer profissional, com valorização e consideração das demais áreas. Além disso, houve melhora no desempenho das atividades cotidianas da UBS, alinhando-se mais aos princípios da PNAB e contribuindo para a formação crítica, colaborativa e integrada dos residentes. As visitas aos aparelhos públicos do território fortaleceram o vínculo com a UBS, ampliaram o conhecimento sobre a rede e possibilitaram melhores recomendações à comunidade
Aprendizado e análise crítica
A experiência destacou a relevância da educação permanente para qualificar práticas, integrar saberes e fortalecer o trabalho em equipe, a rede de serviços e o cuidado integral. A diversidade das atividades potencializou a articulação teoria-prática, mas demanda apoio institucional contínuo para assegurar sua sustentabilidade, ampliar seu alcance e consolidar impactos na Atenção Básica.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostrou-se eficaz na qualificação profissional e no fortalecimento do trabalho interprofissional na Atenção Básica. Recomenda-se sua continuidade, com apoio institucional, além da ampliação para outros serviços. Destaca-se a importância de incentivar práticas de educação permanente e integração entre categorias, promovendo o cuidado integral e o fortalecimento da rede de serviços.
EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, SUS E EDUCAÇÃO PERMANENTE: INTERSECÇÕES PARA A QUALIFICAÇÃO POR MEIO DA CURRICULARIZAÇÃO E PACTUAÇÕES ENSINO-SERVIÇO
Comunicação Oral Curta
Rodrigues, J.C.1, Nascimento, V.B.1, Júnior, N.C.2
1 FMABC
2 FMABC e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Período de Realização
De Janeiro a Junho de 2025
Objeto da produção
A curricularização da extensão através da Resolução CNE/CES nº 7/2018 fortalece a articulação ensino-serviço e consolida a educação permanente no SUS.
Objetivos
Analisar as potencialidades da curricularização da extensão como estratégia para o fortalecimento da educação permanente em saúde e sua contribuição para a qualificação do SUS, a partir da pactuação entre instituições de ensino superior e serviços de saúde.
Descrição da produção
Trata-se de uma produção acadêmica vinculada a ações de extensão em saúde realizadas em parceria com escolas de saúde pública através das reuniões produzidas pela CARS. A metodologia foi qualitativa, com base em observação participante e análise documental e diálogos com docentes e gestores. O planejamento das ações ocorreu de forma conjunta entre universidade e serviços, respeitando os princípios da educação permanente e da gestão participativa.
Resultados
As ações extensionistas permitiram maior aproximação entre universidade e serviços, promovendo trocas de saberes, fortalecimento de vínculos e construção de projetos pedagógicos alinhados às demandas reais do SUS. Foram implementadas práticas integradas de formação, rodas de conversa, oficinas com trabalhadores e estudantes, contribuindo para o desenvolvimento profissional e institucional.
Análise crítica e impactos da produção
A integração entre extensão, SUS e educação permanente revela-se potente para qualificar os serviços e formar profissionais comprometidos com a realidade do território. A curricularização fortalece o papel social da universidade e a resolutividade do SUS. No entanto, há desafios na institucionalização dessas ações, exigindo pactuações sólidas, apoio político-institucional e formação docente alinhada à pedagogia da problematização e à gestão participativa.
Considerações finais
A curricularização da extensão é uma oportunidade concreta de articular formação e necessidades sociais, especialmente na saúde pública. Quando planejada com os serviços, potencializa práticas transformadoras no SUS. É essencial consolidar espaços de diálogo e reconhecer institucionalmente a extensão como parte fundamental da formação em saúde.
FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NO SUS: A TRAJETÓRIA DA ESCOLA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RECIFE
Comunicação Oral Curta
Lima, A.L.A1, Faria, A.B.S1, Cabral, R. G.1, Felipe, D. A1, Silva, F.S.1, Oliveira, V.S.1, Cazarin, G.1, Silva, T.C.L.1, Montarroyos, L.1, Vasconcelos, A. B.1
1 SESAU Recife
Período de Realização
Outubro de 2020 a junho de 2025
Objeto da experiência
Implantação e consolidação da Escola de Saúde do Recife como espaço de formação, articulação e inovação na política municipal de educação na saúde.
Objetivos
Fortalecer a política de educação permanente no SUS Recife; ampliar a integração ensino-serviço-comunidade; estruturar institucionalmente a Escola de Saúde do Recife como referência na formação profissional, na gestão da informação e na valorização da preceptoria.
Metodologia
A ESR foi criada em 2020, vinculada à SEGTES/SESAU. Seu desenho institucional envolveu articulação com a rede de saúde, instituições de ensino e conselho, visando consolidar a educação permanente. Com setores de formação, integração, residências e educação digital, estruturou AVA, implantou a política de educação popular em saúde e promoveu a valorização da preceptoria. Ampliou parcerias, integrou a Redescola e promoveu mais de 500 ações entre 2021 e 2025, impactando 69 mil participantes.
Resultados
Entre os principais resultados, destacam-se: o aumento expressivo na oferta de ações formativas (de 8.641 participantes em 2021 para 30.801 em 2024); a criação de 14 programas de residência em saúde, com 103 vagas anuais; credenciamento e pagamento de instrutores e coordenadores; ampliação dos NEPS (27 núcleos); inserção na Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública; reconhecimento como instituição supervisora do Mais Médicos e implementação da Política Municipal de Educação Popular em Saúde.
Análise Crítica
A experiência revelou que o fortalecimento institucional depende de apoio técnico, político e financeiro contínuo. A ausência de sede própria, autonomia orçamentária e instrumentos de gestão ainda são desafios. Por outro lado, a atuação descentralizada, as parcerias institucionais e o uso de ferramentas digitais demonstram inovação e resiliência. A valorização da preceptoria e a promoção da saúde com equidade reforçam o papel estratégico da escola na qualificação do SUS municipal.
Conclusões e/ou Recomendações
É recomendável a consolidação da ESR como política pública permanente, com previsão orçamentária estável, estrutura física adequada e fortalecimento da governança pedagógica. A experiência reafirma a relevância das escolas de governo em saúde como articuladoras da educação permanente e da integração ensino-serviço-comunidade, sendo modelo replicável para outros municípios comprometidos com o SUS.
HORTA PEDAGÓGICA COMO DISPOSITIVO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA COM PROFISSIONAIS DA POLICLÍNICA PIQUET CARNEIRO - UERJ
Comunicação Oral Curta
MACHADO, F.O1, SOUTO, R.L2, NASCIMENTO, M.C.S1, OLIVEIRA, J.G.C.F1, LIMA, K.G1, ASSIS, J.E1, SILVA, A.C.F1, CASEMIRO, J.P1
1 UERJ
2 PPC/UERJ
Apresentação/Introdução
Promover sistemas alimentares justos, saudáveis e sustentáveis é indispensável diante dos efeitos de eventos climáticos extremos e da má-nutrição que ampliam-se, sobretudo entre os vulnerabilizados. O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa preparar-se para este cenário e produzir espaços de formação que aliem saberes agroecológicos, interprofissionais e dos territórios para aprimorar o cuidado.
Objetivos
Descrever e analisar as contribuições da horta pedagógica implantada na Policlínica Universitária Piquet Carneiro (PPC/UERJ) para processos de Educação Permanente em Saúde (EPS) no contexto do SUS.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com abordagem descritiva e interpretativa. Os dados foram construídos por observação participante, registradas em diário de campo e sistematizações coletivas das experiências com trabalhadores da PPC/UERJ. Foram realizados registros sistemáticos de temas, estratégias e número de participantes das atividades educativas desenvolvidas com as equipes de Nutrição e Serviço Social. Para fins de análise do tipo temática, foram utilizadas as narrativas construídas ao final do Cursos de Extensão assim como os registros das falas dos participantes que expressassem sínteses dos conhecimentos, debates e encaminhamentos práticos.
Resultados
Foram produzidas como estratégias de EPS oficinas, vivências agroecológicas e Curso de Extensão. Ao todo, 60 profissionais da PPC acessaram algum dos momentos formativos. A horta pedagógica demonstrou potencial como espaço de diálogo, escuta, produção coletiva de saberes interprofissionais e favoreceu o vínculo. Nutricionistas e Assistentes Sociais relataram ressignificação de suas práticas e conhecimentos em saúde, agroecologia e ambiente, reconhecendo a horta como recurso terapêutico e formativo. A abordagem prática e interdisciplinar contribuiu para a construção de estratégias compartilhadas voltadas à promoção da alimentação saudável e ao cuidado integral dos usuários.
Conclusões/Considerações
A horta pedagógica apresentou-se como dispositivo importante de EPS ao favorecer a reflexão crítica sobre suas práticas e o contexto alimentar, ambiental e sanitário. Incorporando-se ao cotidiano, contribuiu para ressignificar o espaço institucional e fortalecer atuação interprofissional. Experiências territoriais, com a Atenção Primária à Saúde, serão desenvolvidas como reforço do apoio institucional para a agenda de agroecologia no SUS.