
Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.17 - Formação em Saúde: Experiências Formativas, Equidade e Inovação
02 DE DEZEMBRO | TERÇA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
ENSINO DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA A ESTUDANTES DE MEDICINA: EXPERIÊNCIA COM OBJETOS E IMAGENS REPRESENTATIVAS
Comunicação Oral Curta
1 UniEVANGÉLICA/Faculdade Aria
2 UniEVANGÉLICA
Período de Realização
Esta experiência de ensino-aprendizagem com objetos e imagens representativas ocorre semestralmente.
Objeto da experiência
Estações de aprendizagem, com objetos e imagens representativas de cada princípio e diretriz da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).
Objetivos
Promover o ensino dos princípios e diretrizes da atenção primária à saúde, com estímulo ao pensamento crítico, abordagem dialógica, humanizada e participativa, alinhada ao SUS.
Descrição da experiência
A atividade realizada com estudantes do primeiro período do curso de Medicina na UNIEVANGÉLICA, envolveu a análise de objetos e/ou imagem, nas estações, que representavam os princípios e diretrizes da PNAB (universalidade, equidade, integralidade, regionalização, territorialização, população adscrita, cuidado centrado na pessoa, resolutividade, longitudinalidade, coordenação do cuidado, ordenação da rede e participação comunitária), com fomento do pensamento crítico e equipe interprofissional.
Resultados
Os acadêmicos demonstraram maior compreensão da PNAB e sua aplicação no cotidiano dos serviços de saúde. Houve aumento na capacidade de análise crítica sobre a organização do sistema de saúde, maior interesse e compreensão sobre a atenção básica, a partir dos objetos de aprendizagem. Além disso, observou-se estímulo na habilidade de comunicação e trabalho em equipe durante as atividades de discussão em cada objeto de aprendizagem, pelo formato da estratégia de ensino-aprendizagem utilizada.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância de metodologias ativas no ensino de conteúdos como a PNAB, favoreceu a compreensão do documento e sua aplicabilidade nos serviços de saúde. A consolidação deste conhecimento contribui para a formação de médicos comprometidos com a atenção integral à comunidade e trabalho em equipe. No entanto, foi possível identificar desafios, como a necessidade de maior tempo curricular, para adaptação das atividades às diferentes formas de aprendizagem dos acadêmicos.
Conclusões e/ou Recomendações
Esta atividade contribuiu significativamente para compreensão da PNAB e sua aplicação na prática do cotidiano dos serviços de saúde. Recomenda-se a continuidade destas experiências, com diversificação de metodologias e tempo dedicado às discussões, para fortalecer o aprendizado. Além disso, a integração dessas atividades ao longo do currículo, produz formação mais sólida e alinhada às diretrizes do SUS, com foco na humanização em saúde.
ENTRE DIRETRIZES E PRÁTICAS: UMA ANÁLISE DO ENSINO SOBRE POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS NA FORMAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA POR MEIO DE MÉTODOS MISTOS
Comunicação Oral Curta
1 USP; UNIDEP
2 USP
Apresentação/Introdução
A formação médica no Brasil, conforme preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) de 2014, deve promover um perfil de egresso crítico, reflexivo e comprometido com a responsabilidade social. Contudo, persiste um descompasso entre os discursos normativos e a prática pedagógica, especialmente no que se refere ao ensino voltado à saúde de populações vulnerabilizadas.
Objetivos
Analisar como os cursos de medicina no Brasil têm incorporado — ou negligenciado — o ensino sobre populações vulnerabilizadas, considerando documentos oficiais, planos pedagógicos curriculares, ementas e percepções de estudantes e docentes.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa de métodos mistos, composta por três etapas. A primeira consistiu em uma revisão de escopo realizada no Pubmed, WebOfScience, Scopus, Proquest, Embase, Scielo e Banco de Teses do IBICT. A segunda foi a análise documental de Projetos Pedagógicos de Curso, ementas e perfis de egresso de instituições brasileiras, com análise quantitativa para verificar a frequência de disciplinas e análise do perfil do egresso. A terceira etapa baseou-se em entrevistas semiestruturadas com estudantes e docentes, analisadas com base em abordagem temática crítica, utilizando o software Atlas.ti para análise. A pesquisa foi aprovada CEP HCFMUSP, CAAE 67368023.5.0000.0068.
Resultados
22 artigos analisados pela revisão, analisados os PPCs de 108 cursos de medicina e realizadas 18 entrevistas. O conteúdo sobre populações vulnerabilizadas é pontual, opcional e desvinculada de estratégias pedagógicas sistematizadas. Há atuação de um currículo oculto que silencia desigualdades, reforçando um modelo biomédico descontextualizado, além de falta de uniformidade em como o ensino é realizado. Há dissonância entre o perfil do egresso com o que as instituições são capazes de formar, necessitando de mecanismos de avaliação que permitam avaliação. Não há consenso sobre o que se considera um egresso crítico, reflexivo e com responsabilidade social, nem sobre como isso pode ser ensinado.
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a efetivação do ensino sobre populações vulnerabilizadas requer mais do que inclusão normativa: exige coerência institucional, intencionalidade pedagógica e ruptura com práticas formativas excludentes. O fortalecimento de uma formação médica crítica e socialmente implicada depende da incorporação efetiva de estratégias que reconheçam e enfrentem as desigualdades estruturais em saúde.
EXPERIÊNCIA DE MONITORIA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE: APRENDIZADOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM
Comunicação Oral Curta
1 UFPB
Período de Realização
Janeiro a Dezembro de 2025
Objeto da experiência
Relatar a experiência da monitoria do componente curricular de Administração e Gestão em Serviços de Atenção à Saúde I.
Objetivos
Relatar a experiência como monitor da disciplina de Administração e Gestão em Serviços de Atenção à Saúde I, destacando método didático-pedagógicos adotadas e os aprendizados adquiridos para a formação profissional em enfermagem.
Descrição da experiência
Teve início em janeiro de 2025 no período letivo 2024.2 na Universidade Federal da Paraíba, a monitoria foi desenvolvida de forma presencial e acompanhada por um docente responsável pela supervisão e tutoria do discente. As ações envolveram acompanhamento das aulas, mediação entre professores e alunos, desenvolvimento de dinâmicas pedagógicas em grupo para revisão dos conteúdos e orientações sobre temas da disciplina.
Resultados
A experiência da monitoria contribuiu para o aprofundamento em conteúdos teóricos, desenvolvimento de habilidades de liderança e comunicação, além de favorecer a experiência pedagógica. Dentre os principais desafios enfrentados, destaca-se a condução de atividades em grupo e a adaptação à postura docente, contornados por reuniões semanais de supervisão e apoio contínuo da professora orientadora
Aprendizado e análise crítica
A monitoria revelou-se um espaço formativo essencial para promover o aprimoramento de competências pedagógicas. Destacaram-se o desenvolvimento de habilidades como autonomia, mediação de conflitos, postura crítica e empática. A vivência também reforçou a importância da escuta ativa e da articulação entre teoria e prática para o fortalecimento da formação em enfermagem.
Conclusões e/ou Recomendações
A participação na monitoria em Administração e Gestão em Serviços de Atenção à Saúde I contribuiu significativamente para a formação profissional em enfermagem, especialmente nas áreas de gestão e liderança. A experiência reforça a importância de programas de monitoria como instrumentos pedagógicos que ampliam o ensino e promovem o desenvolvimento de competências essenciais à prática profissional.
FORMAÇÃO EM SAÚDE, EXTENSÃO E SANEAMENTO ECOLÓGICO: O BANHEIRO SECO COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA EM EVENTOS CIENTÍFICOS
Comunicação Oral Curta
1 FIOCRUZ/OTSS
2 NIDES/UFRJ
3 FAU/UFRJ
Período de Realização
Outubro de 2022 a novembro de 2023
Objeto da experiência
Metodologia ativa de aprendizado em saneamento ecológico por meio da construção e manutenção de banheiros secos em jornadas acadêmicas.
Objetivos
Promover a formação crítica em saúde ambiental e saneamento ecológico, por meio de práticas pedagógicas ativas e integradas à extensão universitária, fortalecendo o protagonismo estudantil, o diálogo de saberes e a aplicação de tecnologias sociais sustentáveis no espaço acadêmico.
Metodologia
Durante os eventos ENEDS 2022 e o CBA 2023, foi realizada a construção coletiva de banheiros secos compostáveis nos acampamentos dos dois congressos no campus da UFRJ. A proposta articulou oficinas práticas com disciplinas de graduação e pós-graduação, em um processo eco pedagógico voltado ao saneamento ecológico. As ações integraram estudantes, profissionais e movimentos sociais, promovendo vivências formativas em saúde ambiental, planejamento participativo, bioconstrução e gestão colaborativa.
Resultados
Foram construídos módulos sanitários compostáveis e implementados sistemas complementares de tratamento de água cinza. A experiência mobilizou cerca de 250 pessoas, ampliando o repertório técnico-prático de estudantes, consolidando uma metodologia formativa replicável. A ação reforçou a importância da articulação entre teoria e prática, entre ensino, extensão e cuidado com o território, contribuindo para a formação integral em saúde e meio ambiente.
Análise Crítica
A experiência revelou que a construção coletiva e prática do banheiro seco proporcionou aprendizagem significativa e crítica, especialmente no campo da saúde ambiental. A ecopedagogia favoreceu a autonomia dos participantes, mas evidenciou também desafios como o tempo limitado e a fragilidade estrutural dos materiais. A metodologia ativa, integrada à extensão, demonstrou ser uma estratégia eficaz para formar sujeitos engajados com a sustentabilidade e o cuidado com o comum.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se o fortalecimento de ações formativas em saúde que articulem extensão, sustentabilidade e tecnologias sociais. A prática mostrou que é possível integrar saberes técnicos, populares e ambientais nos processos pedagógicos, promovendo o cuidado com o território e a formação crítica de profissionais. Destaca-se a importância da institucionalização de experiências ecopedagógicas como parte da política de formação em saúde.
IMPACTO DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS NA FORMAÇÃO MÉDICA ESPECIALIZADA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA (2013-2024)
Comunicação Oral Curta
1 ISC/UFBA
Apresentação/Introdução
O Programa Mais Médicos (PMM), instituído em 2013 pelo Governo Federal, assumiu um papel relevante na reconfiguração da formação médica no país, tanto ao nível de graduação quanto a nível de especialização lato sensu. A formação e qualificação de profissionais para atuação nas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) representa um dos maiores desafios para o desenvolvimento do SUS.
Objetivos
Analisar os estudos sobre o impacto do PMM na formação médica especializada, disponíveis na literatura cientifica, no período de 2013 a 2024.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura nacional e internacional, tendo em vista identificar, selecionar e apreciar criticamente a produção do conhecimento, produzindo uma síntese acerca das principais estratégias formativas do PMM, estabelecendo como período de busca os últimos dez anos. A busca foi realizada em seis bases de dados (PubMed, BVS, Embase, Web of Science, SciELO e Scopus), com os descritores: "Programa Mais Médicos", "More Doctors Program", "More Doctors Programme", “Medical Education", "Education, Medical, Continuing", "Medical Training", "Education, Medical, Graduate", Specialization, sendo selecionados 13 trabalhos que tratavam da formação médica especializada.
Resultados
Os estudos trataram do Módulo de Acolhimento e Avaliação de Médicos Intercambistas, sendo o primeiro contato destes com o SUS, mas com descompassos entre as ações pedagógicas realizadas e o que é preconizado pelas diretrizes da formação; do processo de Ensino à Distância, que apesar das dificuldades de conexão, atua como uma ferramenta para a consolidação da Educação Permanente, a partir do uso da metodologia da problematização, da troca de saberes, da busca por novos conteúdos e da melhoria do processo de trabalho; da Educação Interprofissional; da Supervisão e da Tutoria Acadêmica nos territórios e na Covid-19; e da integração do PROVAB ao PMM para qualificação da formação médica.
Conclusões/Considerações
O PMM desempenha papel estratégico na qualificação médica, através de cursos de especialização territorializados com a inserção de tutores e supervisores, embora existam entraves para o processo formativo. A escassez de publicações sobre esta modalidade de Educação Permanente indica a necessidade de mais estudos que aprofundem aspectos pedagógicos e contextuais deste processo, essencial para a qualificação dos profissionais que atuam na APS.
INIQUIDADES E DETERMINAÇÃO SOCIAL EM SAÚDE: A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA LIASC/UFMG COMO PRÁXIS FORMATIVA E POLÍTICA EM TERRITÓRIOS VULNERABILIZADOS
Comunicação Oral Curta
1 UFMG
Período de Realização
As ações em parceria com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) começaram em 2021.
Objeto da experiência
Visitas e atividades realizadas por um projeto extensionista da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva (LIASC/UFMG) em Ocupações Urbanas de Belo Horizonte.
Objetivos
Retratar a experiência de práticas extensionistas realizadas por estudantes da LIASC/UFMG em uma ocupação urbana da região metropolitana, refletindo sobre seus impactos na formação acadêmica e na compreensão das iniquidades em saúde e da determinação social do processo saúde-doença-cuidado e morte.
Descrição da experiência
A experiência extensionista articulou saberes acadêmicos e populares por meio de práticas de educação popular em saúde em ocupações urbanas da cidade, em parceria com o MLB. O contato com territórios vulnerabilizados possibilitou a compreensão das iniquidades em saúde e da determinação social dos processos saúde-doença-cuidado e morte, reforçando a extensão como práxis formativa, política e transformadora, essencial para a formação crítica, cidadã e socialmente referenciada em saúde coletiva.
Resultados
O contato favorece uma retroalimentação entre universidade e território, qualificando o percurso formativo ao inserir os estudantes em realidades marcadas pelas iniquidades em saúde. A aproximação com a vivência das pessoas moradoras das ocupações urbanas estimulou o olhar crítico, o exercício da escuta e o reconhecimento da saúde como fenômeno social. Dessa forma, a extensão consolida-se como espaço de construção de sujeitos implicados na transformação social e na formação em saúde coletiva.
Aprendizado e análise crítica
A vivência nos territórios tensiona as fronteiras entre teoria e realidade, instigando reflexões sobre o lugar dos estudantes na formação em saúde e nos processos de cuidado. A prática extensionista revela limites da universidade tradicional e reafirma sua potência como espaço de escuta, troca e transformação. Inserida em contextos de iniquidade, a prática em educação popular em saúde instiga aprendizagens que não cabem apenas nos currículos formais, mas atravessam e ressignificam a formação.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a extensão universitária, quando guiada por práticas dialógicas e territorializadas, amplia a formação crítica ao articular saberes e desvelar as desigualdades estruturais que atravessam os processos saúde-doença-cuidado e morte nas ocupações urbanas. Afirma-se a necessidade de que a universidade supere posturas hierarquizadas e reconheça a extensão como espaço de produção de conhecimento e enfrentamento das iniquidades em saúde.
INSERÇÃO DO TEMA ESPIRITUALIDADE NA FORMAÇÃO EM SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL
Comunicação Oral Curta
1 UFSCAR
Apresentação/Introdução
A dimensão espiritual é entendida pela Organização Mundial da Saúde - OMS como um conjunto de todas as emoções e convicções de natureza não material que pressupõem que há mais no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo o indivíduo a questões como o significado e o sentido da vida, não necessariamente a partir de uma crença ou prática religiosa.
Objetivos
Investigar a inserção do tema espiritualidade na formação em saúde nos cursos de medicina, terapia ocupacional, fisioterapia e enfermagem da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar e a abordagem da espiritualidade na prática clínica.
Metodologia
A pesquisa consistiu em estudo observacional, exploratório-descritivo e transversal, do tipo survey online. O macro projeto faz parte da continuação da pesquisa “Percepção de estudantes e residentes de Medicina acerca do papel da espiritualidade na COVID-19”. Os dados foram coletados por formulário eletrônico, composto por 25 questões. O convite para participação foi enviado via e-mail para os 820 estudantes via coordenações dos cursos, bem como por ampla divulgação em redes sociais, obtendo 71 respostas (41% Medicina, 25% Fisioterapia, 22% Terapia Ocupacional e 11% Enfermagem).
Resultados
Apenas 29% vivenciaram o tema em disciplina obrigatória, sendo mais frequente em atividade extracurricular (32%); 32% afirmou não ter tido contato com o tema, mas que gostaria de ter. Em relação às fontes de busca, 34% não procuram este tipo de informação e os 66% que buscam dados, as fontes são internet, livros, religião, eventos, artigos científicos e professores. Na prática clínica, 48% referem não terem falado com os pacientes sobre o tema e 39% já abordaram. As principais barreiras que desencorajam de discutir espiritualidade com pacientes foram Medo de ofender os pacientes (53%), Medo de impor crenças religiosas (52%), Falta de treinamento (46%) e Falta de conhecimento (39%).
Conclusões/Considerações
A inserção do tema da espiritualidade ainda é prioritariamente realizada por meio de atividades extracurriculares e estudos em diversas fontes, sendo restrita a abordagem do tema na prática clínica, tendo como barreiras medos, insegurança e falta de conhecimento e treinamento. A inserção do tema nos conteúdos curriculares obrigatórios pode fortalecer a ampliação dessa dimensão do cuidado na prática clínica, baseada em evidências científicas.
MENTES ABERTAS E CORAÇÕES PULSANTES - EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS DA EQUIPE OTSS, DIÁLOGOS SOBRE EQUIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE NOS TERRITÓRIOS
Comunicação Oral Curta
1 OTSS/Fiocruz
Período de Realização
2015 a 2025
Objeto da experiência
O programa tem como proposta a realização da formação continuada da equipe do OTSS desenvolvendo temas relacionados a promoção da saúde nos territórios.
Objetivos
Apresentar as ações formativas realizadas nas duas fases do programa, destacando a importância dos temas abordados na formação crítica dos sujeitos envolvidos, reconhecendo saberes territoriais e contribuindo na luta pela equidade de direitos e acessos a políticas públicas de saúde.
Metodologia
O programa, criado em 2015 pela Coordenação de Gestão de Saberes/OTSS, oferece um espaço de formação política que integra equipe técnica, acadêmicos e comunitários. Essas formações promovem um ambiente de ensino-aprendizagem sensível, onde a ecologia de saberes permite ampliar a troca de experiências territoriais e valorizar conhecimentos ancestrais. Assim, fortalecem a equidade e a promoção da saúde, consolidando novos entendimentos e caminhos para o desenvolvimento social.
Resultados
Tendo como base a educação popular e a ecologia de saberes, o programa contribui para a formação e letramento político da equipe, valorizando a diversidade e a cultura de diferentes etnias. Essa experiência cria um espaço de produção de conhecimento decolonial, pautado no protagonismo e nos saberes da equipe. Assim, novas ações são consolidadas, fortalecendo a formação de outros sujeitos e promovendo uma abordagem mais inclusiva, plural e transformadora no campo da saúde e da educação.
Análise Crítica
Tal experiencia vem se consolidando como um espaço que evidencia também enfrentamentos e preconceitos vivenciados pelas comunidades tradicionais, assim como temas que desafiam a saúde mental em nosso tempo. Neste sentido, além de um espaço de formação, se revela também como um espaço de compartilhamento de experiencias, denúncias e onde pode-se pensar juntos estratégias que promovam caminhos no que se refere a saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência do programa "Mentes Abertas e Corações Pulsantes" destaca a importância da formação contínua e crítica, valorizando saberes territoriais e suas contribuições em relação a promoção da saúde. A abordagem participativa, promove inclusão, equidade e a redução da vulnerabilidade. Essa troca de conhecimentos enriquece a equipe e comunidades envolvidas, contribuindo para ações mais sensíveis às realidades locais.
MULHERES NA STEM NA SAÚDE: INCLUSÃO E FORMAÇÃO NA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Comunicação Oral Curta
1 Fiocruz
Apresentação/Introdução
Por meio do STEM na saúde, amplia-se na Fiocruz as iniciativas voltadas para inclusão e formação de mulheres e meninas em atividades inovadoras no campo da C&T em saúde.
Objetivos
Consolidar ambientes que proporcionem a formação de mulheres e meninas em atividades científicas inovadoras em STEM na saúde, por meio do fortalecimento de experiências de iniciação à pesquisa que respeitem a diversidade e valorizem a inclusão social.
Metodologia
No tocante a metodologia, destaca-se o fato de que o percurso formativo iniciou-se com a seleção de mentoras-pesquisadoras das áreas STEM na saúde, da Fiocruz e de instituições parceiras. Com apoio do CNPq/MCTI, estrutura-se a rede que atua em consonância com os objetivos da equidade de gênero e, especialmente, no que concerne jovens estudantes e pesquisadoras que enfrentam o desafio da permanência, ascensão nas carreiras e afirmação da importância da preparação de lideranças femininas na CT&I.
Resultados
O percurso formativo STEM na Saúde tem início com 50 alunas do ensino básico de escolas públicas, de oito estados brasileiros, priorizando-se o Nordeste, alunas negras e pardas e moradoras de territórios vulnerabilizados. Com duração de 24 meses, a formação estrutura-se em módulos, divididos em atividades teórico-conceituais e práticas, alternando formatos presenciais e remotos. Foram selecionadas 113 pesquisadoras das áreas de exatas, engenharias, computação e matemática para conduzir atividades de mentoria, incluindo palestras, seminários, rodas de conversas, experimentações científicas e aulas de computação/tecnologias da informação (TI).
Conclusões/Considerações
A iniciativa reforça a importância de programas de formação com enfoque interseccional para ampliar a presença de mulheres e meninas nas áreas STEM do campo da saúde. Fortalece o compromisso institucional com práticas transformadoras e aponta a urgência de ampliar políticas de fomento que assegurem a continuidade de projetos que promovam justiça social por meio da educação em saúde e de políticas de equidade de gênero e raça.
NÚCLEO DE ESTUDOS E DESENVOLVIMENTO EM ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral Curta
1 Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Período de Realização
A experiência foi realizada no período de outubro de 2023 a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
Estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, sobre a implementação de um grupo de estudos para enfermeiros na Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
O objetivo do estudo é apresentar a experiência de criação de um espaço de fala, troca de experiências e desenvolvimento profissional para os enfermeiros atuantes na APS, contribuindo para a melhoria da qualidade da assistência e consolidação de práticas integradas às diretrizes do SUS.
Descrição da experiência
A experiência resultou em 28 encontros distribuídos entre os três grupos. Os temas foram definidos pelos próprios enfermeiros ou pela instituição, contemplando assuntos como ética profissional, competências e atribuições na APS, demanda espontânea e programada, microplanejamento de vacinação, prescrição de enfermagem, manejos de feridas, urgências na APS, vigilância do óbito materno, infantil e fetal, assistência pré-natal, o papel do enfermeiro no Serviço de Atenção Domiciliar, entre outros.
Resultados
A iniciativa de criação do Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Enfermagem revelou-se promissora para a consolidação de uma prática de educação permanente voltada aos profissionais da APS. Ao privilegiar a linguagem como instrumento de troca e construção de consensos, buscou-se fortalecer a autonomia e dar voz aos profissionais, ampliar a corresponsabilidade e promover a coesão na equipe.
Aprendizado e análise crítica
Diante dos resultados, identifica-se a importância de fortalecer e implementar medidas que contribuam para a efetivação da educação permanente dos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Essa estratégia pode promover relações profissionais mais colaborativas, estimular a autonomia e o desenvolvimento desses profissionais e, consequentemente, melhorar a qualidade do cuidado em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que o Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Enfermagem configura-se como uma estratégia eficaz de educação permanente, ao favorecer o compartilhamento de saberes, a reflexão crítica e o desenvolvimento profissional dos enfermeiros participantes. Recomenda-se a realização de novas pesquisas que investiguem e promovam ações voltadas à educação permanente de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde.

Realização: