Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.11 - Integração Ensino-Serviço-Comunidade: Formação Crítico-Reflexiva para o SUS
02 DE DEZEMBRO | TERÇA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
A VIVÊNCIA DO ALUNO DE MEDICINA EM DIFERENTES CENÁRIOS DE PRÁTICA EM SAÚDE COLETIVA E A IMPORTÂNCIA PARA A FORMAÇÃO MÉDICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Comunicação Oral Curta
1 Centro Universitário Barão de Mauá
2 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo - SEMAS
Período de Realização
As atividades foram iniciadas em janeiro de 2023 e seguem até o presente momento.
Objeto da experiência
Atividades de educação em saúde, desenvolvidas por alunos de medicina nos equipamentos sociais da comunidade a qual estão inseridos durante o curso.
Objetivos
Descrever a experiência de atividades desenvolvidas pelos alunos de medicina, demonstrando a inserção do ensino no serviço e a importância das ações realizadas nos diferentes cenários, para o crescimento pessoal e profissional do aluno.
Metodologia
As atividades são construídas pelos alunos em parceria com os profissionais dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ligados a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Ribeirão Preto, procurando seguir o percurso de temas já propostos pela SEMAS. Os alunos são responsáveis por planejar e desenvolver as atividades com as crianças e adolescentes, a partir dos temas levantados, tendo em média de três a quatro semanas para a finalização da atividade proposta.
Resultados
Participam das atividades crianças e os adolescentes de 6 a 15 anos, divididos em 2 grupos, o que proporciona o uso de uma linguagem adaptada para cada tema, de acordo com a faixa etária. Entre os temas trabalhados estão: bullying, abuso e exploração sexual infantil e higiene corporal. Após a atividade, é feita uma roda de conversa com os alunos, acerca das percepções a respeito de toda a vivência, e solicitado a participação da equipe do SCFV, para um feedback da atividade desenvolvida.
Análise Crítica
A experiência vivenciada pelos alunos de medicina, consensualmente é posta como muito enriquecedora em diversos pontos, tanto pessoais quanto profissionais. O contato com a população do território ao qual eles estão inseridos durante toda a graduação, possibilita a abordagem num ambiente diferente, fora do consultório, permitindo conhecer a realidade das pessoas e, principalmente, da comunidade, aprendendo com isso diversas formas de ofertar e adquirir saberes.
Conclusões e/ou Recomendações
A atuação dos alunos na medicina na comunidade, permite conhecer a realidade local do território ao qual estão inseridos, outros pontos da rede de serviços municipal, bem como seus profissionais. Isso possibilita aproximação dos alunos com Atenção Primária à Saúde (APS) e, por conseguinte com o trabalho inter e multiprofissional, alinhado com a formação dos futuros médicos e com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e da população.
AÇÕES EDUCATIVAS PARA FORTALECER O TRABALHO EM EQUIPE DE ENFERMAGEM: EXPERIÊNCIA FORMATIVA DE ESTUDANTES EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Comunicação Oral Curta
1 Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
Período de Realização
A ação educativa foi desenvolvida entre os meses de abril a junho de 2024.
Objeto da experiência
Ação educativa em enfermagem, com base na Aprendizagem Baseada em Projetos, envolvendo estudantes, doutoranda e docente em hospital universitário.
Objetivos
Relatar a experiência de estudantes de enfermagem de uma universidade pública, no reconhecimento, planejamento e implementação de ação educativa para integração da equipe de enfermagem e reflexão sobre os elementos comuns no cotidiano de trabalho que favoreçam a promoção de práticas colaborativas.
Metodologia
Relato de experiência em disciplina do segundo semestre da graduação em enfermagem. Os estudantes visitaram os setores de um hospital universitário (Alojamento Conjunto, Pediatria e Clínica Médica Adulto), para reconhecimento do contexto e levantamento do objeto da proposta de intervenção, que contemplou a gravação de vídeos como meio de comunicação para integração entre os profissionais da enfermagem de diferentes setores e turnos, com uso de tecnologias acessíveis e gratuitas.
Resultados
A ação promoveu escuta ativa, valorização das vivências das equipes e fortalecimento de vínculos. O vídeo contou com a participação de trabalhadores de diferentes categorias profissionais, gênero, idade, setores e turnos, garantindo representatividade. A metodologia, aliada às tecnologias, favoreceu o aprendizado dos estudantes estimulando a colaboração e a reflexão crítica em saúde. O material foi compartilhado no hospital e no canal do YouTube da universidade, ampliando seu alcance ao público.
Análise Crítica
A experiência promoveu o desenvolvimento de competências pedagógicas e reflexivas, integrando teoria e prática. Estimulou a autonomia, articulação entre ensino, serviço e comunidade, e valorização de saberes diversos. Além de fortalecer o trabalho colaborativo, a atuação do enfermeiro como educador no cuidado e do potencial transformador da educação em saúde na humanização das relações entre as diferentes equipes no ambiente hospitalar.
Conclusões e/ou Recomendações
A ação reafirmou o potencial transformador da educação em saúde e o papel do enfermeiro na promoção de ambientes colaborativos. O contato com a realidade hospitalar ampliou a visão crítica dos estudantes, valorizando as vivências e desafios relatados pelos trabalhadores. Fortalecendo vínculos, promovendo comunicação e colaboração, e reforçando o potencial do uso de tecnologias na formação em saúde para ampliar o impacto de ações educativas.
CONTRIBUIÇÕES DA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA PARA A FORMAÇÃO POLÍTICA, SOCIAL E CULTURAL NA SAÚDE
Comunicação Oral Curta
1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Período de Realização
As Atividades Práticas Supervisionadas (APS) foram realizadas no período de 01/12 à 04/12 de 2024.
Objeto da experiência
Atividade Prática Supervisionada junto à população rural e aos povos e comunidades tradicionais (Indígenas e Quilombolas).
Objetivos
Relatar as experiências da Atividade Prática Supervisionada junto à população rural e aos povos e comunidades tradicionais, bem como desenvolver competências e habilidades técnico-científicas, políticas, sociais e culturais mediados pela integração ensino-serviço-comunidade.
Descrição da experiência
A atividade foi precedida de discussão, orientação e planejamento das ações a serem desenvolvidas junto à população rural e aos povos e comunidades tradicionais. Durante a atividade e, sob supervisão docente, os discentes formaram grupos, e promoveram espaços dialógicos com líderes comunitários e representantes locais, onde teoria e prática se encontraram para fomentar a consciência crítica sobre as desigualdades sociais e o papel político, social e cultural dos atores envolvidos.
Resultados
A inserção em distintas realidades, oportunizou reflexões sobre a importância do desenvolvimento de habilidade e competências necessárias para a formação de um profissional mais empático e sensível às especificidades políticas, sociais e culturais da população rural e dos povos e comunidades tradicionais. A integração teoria e prática estimulou o pensamento crítico e a consciência social, fortalecendo as percepções sobre os determinantes sociais da saúde e o compromisso com a justiça social.
Aprendizado e análise crítica
A APS contribuiu para o aprimoramento técnico-científico e a formação de profissionais comprometidos com a justiça social e a transformação da realidade de saúde das populações, historicamente, negligenciadas. A relação teoria/prática do pensar/saber/fazer em saúde, centrados na valorização da escuta ativa e dos saberes tradicionais, possibilitou novos olhares sobre a integração ensino, serviço e comunidade, produzindo uma visão ampla dessas comunidades na busca pela garantia do direito à saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A mudança na aprendizagem significativa se revela na valorização dos saberes tradicionais das comunidades e, no respeito às suas singularidades políticas, sociais e culturais. Portanto, ainda que não se trate de uma solução única, a Atividade Prática Supervisionada revela-se como potente ferramenta no estímulo à formação de profissionais da saúde mais éticos, críticos e comprometidos com a justiça social e com a prática de cuidado humanizado.
ESTÁGIO INTERNACIONAL EM ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM CUBA: APRENDIZADOS E DESAFIOS NO SISTEMA DE SAÚDE CUBANO
Comunicação Oral Curta
1 INI/FIOCRUZ
2 ENSP/FIOCRUZ
Período de Realização
Estágio internacional realizado em Cuba, entre 21 de abril a 10 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Imersão na Atenção Primária à Saúde (APS) Cubana, por residentes e coordenadores de diferentes programas de residência em saúde da Fiocruz.
Objetivos
Relatar a experiência vivenciada no estágio internacional em Atenção Primária à Saúde em Havana, Cuba; refletir sobre a formação em saúde e os aprendizados do sistema de saúde cubano.
Descrição da experiência
A parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz, por meio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, e a Escola Nacional de Saúde Pública de Cuba (ENSAP), possibilitou que residentes do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) e de outros programas da Fiocruz vivenciassem um intercâmbio de saberes e práticas com o modelo cubano de atenção à saúde, a partir dos dispositivos da Atenção Primária à Saúde (APS).
Resultados
Em Cuba, o funcionamento da Atenção Primária à Saúde evidencia como o investimento político e econômico em saúde e educação impacta diretamente a vida da população. No país, a APS atua de forma contínua na prevenção de agravos e na promoção da saúde, o olhar clínico é soberano e com forte acompanhamento territorial. Mesmo diante da escassez de tecnologias duras, reinventa o cuidado, otimizando os recursos disponíveis e alcançando resultados significativos.
Aprendizado e análise crítica
Mesmo com a falta de determinadas medicações e insumos, recorrendo a doações e medicina integrativa, os consultórios de família, que assistem até 1500 pessoas, garantem consulta clínica de qualidade, com olhar preciso e orientações fundamentais, sem filas de espera ou acompanhamentos tardios. Isso evidencia a potência do modelo baseado em medicina familiar e integral, que garante o manejo dentro dos consultórios e policlínicos, com número menor em transferência para o nível terciário de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A vivência ampliou a compreensão sobre a formação em saúde voltada ao cuidado integral, interdisciplinar e sensível ao contexto social pelo bloqueio econômico que afeta Cuba. Foi possível perceber como as políticas públicas influenciam diretamente a qualificação profissional e na valorização do trabalho em equipe. Reafirma-se a importância da cooperação internacional como estratégia de fortalecimento do SUS e da saúde pública na América Latina.
EXPERENCIANDO A TERRITORIALIZAÇÃO COMO ELEMENTO PARA A FORMAÇÃO CRÍTICO-REFLEXIVA NO INTERNATO DE SAÚDE COLETIVA
Comunicação Oral Curta
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Pauloade
2 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Período de Realização
A experiência ocorreu de Janeiro a novembro de 2024.
Objeto da experiência
Territorialização ocorrida durante internato de saúde coletiva do quinto ano da graduação em medicina em UBSs da região central de São Paulo-SP.
Objetivos
Apresentar e discutir a experiência de territorialização.
Descrição da experiência
Trata-se do internato de saúde coletiva, do quinto ano de um curso de medicina na cidade de São Paulo. O internato ocorreu por 7 semanas, com uma carga horária de 60 horas. Os alunos eram divididos em grupos de 4 a 5, com um preceptor. Inicialmente os alunos ficavam 4 semanas em uma Unidade Básica de Saúde, e posteriormente rodavam em outros serviços que compõem a rede regionalizada de saúde.
Resultados
Neste cenário de prática, os estagiários puderam vivenciar aspectos teóricos se efetivando, como os determinantes sociais em saúde, correlacionados ao cotidiano do trabalho em Unidades Básicas de Saúde, dimensionando o processo saúde-doença da população de determinando território. Os estudantes construíram materiais multilíngues para migrantes, ações de prevenção à dengue para usuários e de prevenção ao suicídio para profissionais.
Aprendizado e análise crítica
A interlocução entre a fundamentação teórica, a atuação no território e o diálogo com diversos atores favoreceu a construção de saberes críticos e interculturais, ampliando a sensibilidade para as desigualdades sociais. Os estudantes produzem conexões com outros internatos, considerando o saber construído sobre o SUS, e a organização da rede, trazendo uma perspectiva de uma clínica ampliada, que vai compor no encontro entre os profissionais de saúde e as pessoas, no cenário que a vida acontece.
Conclusões e/ou Recomendações
O processo de formação médica é favorecido no internato de saúde coletiva, trazendo uma perspectiva reflexiva e crítica para o fazer dos futuros médicos, dimensionando o processo saúde-doença, em marcadores sociais da diferença, a contextualizar o território de existência e moradia das pessoas que buscam a assistência em serviço de saúde. A compreensão da rede de saúde e seu funcionamento regionalizado.
INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO-COMUNIDADE, COM ÊNFASE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM UMA COMUNIDADE INDÍGENA.
Comunicação Oral Curta
1 UEFS
Período de Realização
As atividades foram realizadas nos meses de julho/ agosto de 2023 e de julho / agosto de 2024
Objeto da experiência
Atividades Acadêmicas de Extensão realizadas pelo Pet GraduaSUS, Odontologia/UEFS, na comunidade indígena Xerente-Akwê, Tocantínea- TO
Objetivos
Relatar as atividades de extensão desenvolvidas por acadêmicos indígenas do curso de Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana, realizadas com crianças de 04 a 07 anos, e com pais / responsáveis pertencentes a comunidade indígena Xerente-Akwê, sobre a promoção de saúde bucal.
Descrição da experiência
Buscas bibliográficas, leituras e fichamentos de textos foram realizadas a fim de compreender acerca das competências e habilidades propostas para a formação do profissional cirurgião dentista, a partir da Diretrizes Curriculares Nacionais; acerca das tradições e cuidados com a saúde bucal indígena, e para embasamento teórico para a produção de material educativo para o público alvo. Foi solicitada autorização, às representações locais, para a realização do projeto de extensão.
Resultados
Foram realizadas as seguintes atividades: ação de educação em saúde bucal para público infantil com produção de vídeo educativo traduzido na língua Akwê, uso de macromodelo para fixação das técnicas de escovação, e realização de escovação supervisionada com apoio do Agente Indígena de Saúde da comunidade. Produção de material educativo no formato de cartilha, utilizada em roda de conversa com pais e/ou responsáveis para sensibilização para o cuidado com a saúde bucal infantil.
Aprendizado e análise crítica
A partir das experiências vivenciadas foi possível proporcionar o compartilhamento de saberes e a construção de olhares, para além da cavidade bucal, numa perspectiva de integração ensino, serviço e comunidade. A efetivação das ações de educação em saúde com o público infantil e com os pais e responsáveis, permitiu um contato mais próximo com a comunidade por meio de uma escuta qualificada e do diálogo respeitando as tradições culturais da comunidade Xerente.
Conclusões e/ou Recomendações
As experiências desenvolvidas estão além do simples cumprimento de atividades de extensão, mas representam o compromisso na formação social, humana e científica do estudante. A produção do material educativo em formato de vídeo, adaptado a língua Akwê, facilitou a compreensão das crianças, por ser a língua materna. Além disso, a sensibilização dos pais/ responsáveis demonstrou ser uma estratégia importante para a promoção de saúde bucal infantil.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO POR MEIO DE METODOLOGIAS ATIVAS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
Comunicação Oral Curta
1 Escola de Saúde Pública de São José dos Pinhais
Período de Realização
Atividades realizadas entre março de 2022 e dezembro de 2023.
Objeto da experiência
Ações educativas interprofissionais desenvolvidas no contexto da Residência Multiprofissional em Saúde, na Atenção Primária à Saúde (APS).
Objetivos
Descrever e analisar a experiência de construção e desenvolvimento de plano de ação pedagógica com enfoque na Educação Interprofissional, envolvendo profissionais da eSF e residentes de Odontologia, Psicologia e Farmácia, em um processo formativo e colaborativo na Atenção Primária à Saúde.
Metodologia
Ação de ensino-aprendizagem realizada no âmbito da preceptoria multiprofissional, baseada em avaliações diagnósticas e feedbacks com a eSF e residentes. A partir dessa análise, definiram-se objetivos, metas e pactuações. Utilizaram-se metodologias ativas como estudos dirigidos, rodas de conversa, feedbacks, consultas compartilhadas e portfólio reflexivo, promovendo reflexão crítica, colaboração e articulação entre saberes e práticas.
Resultados
A implementação do plano gerou impacto positivo na formação dos residentes e nas práticas da eSF. As ações educativas realizadas pelos residentes e profissionais da UBS passaram a ser mais dialógicas, problematizadoras e sensíveis às realidades do território. A proposta favoreceu a identificação de potenciais e fragilidades individuais e coletivas, estimulando a autoavaliação e o engajamento nas atividades educativas com a comunidade, fortalecendo o vínculo e a corresponsabilidade no cuidado.
Análise Crítica
A experiência reforça o papel da EIP na formação para o trabalho em equipe e na superação de práticas fragmentadas. A utilização de metodologias ativas favoreceu a aprendizagem significativa e o desenvolvimento de competências colaborativas. Apesar da sobrecarga de trabalho e da escassa disponibilidade de tempo da equipe para planejamento, que dificultaram a implementação das ações, o plano indicou caminhos promissores para integrar ensino e serviço.
Conclusões e/ou Recomendações
A prática interprofissional na residência fortalece a formação crítica e o cuidado integral no APS. Recomenda-se a criação de espaços formativos participativos no cotidiano dos serviços, com o envolvimento das gestões e preceptores, como estratégia para sustentar a educação permanente. A experiência mostra que a escuta, o planejamento coletivo e a problematização qualificam as ações educativas em saúde.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE: A EXPERIÊNCIA DA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NA DISCIPLINA DE SAÚDE BUCAL COLETIVA DA UNIFASE
Comunicação Oral Curta
1 UNIFASE
Período de Realização
2024 e primeiro semestre de 2025 - Parceria em projeto de extensão - SMS/UNIFASE.
Objeto da experiência
Curricularização da Extensão em Saúde Bucal Coletiva no Curso de Graduação em Odontologia e com parceria da Secretaria Municipal de Saúde
Objetivos
Desenvolver atividades de extensão no contexto de elaboração do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), assim como ações relacionadas à aplicação na prática dos conteúdos relacionados à planejamento e prática de tecnologia de cuidado coletivo com foco no Tratamento Restaurador Atraumático.
Metodologia
Em SBC I, as atividades de extensão em Diagnóstico Rápido Participativo, visaram identificar territórios de maior fragilidade social, e compreender os seus principais fatores determinantes, visando contribuir com a formulação de planos de cuidado das Equipes de Saúde. Em SBC II, os estudantes participaram de levantamentos de necessidades dos escolares, ampliando a cobertura e o universo de avaliações realizadas e de mutirões de TRA em parceria com a Secretaria de Saúde (ESF e Escolas PSE).
Resultados
Os discentes tem desenvolvido uma postura questionadora frente às situações do território de saúde, com empatia e respeito entre discentes, preceptores, profissionais de saúde, parceiros, moradores e lideranças locais, compreendendo que o saber popular também deve ser considerado e somado à prática. Aprendizados nos temas de Educação Popular em Saúde. Controle social no SUS.Tratamento Restaurador Atraumático. Promoção de Saúde. Resgate da cidadania na promoção da equidade em saúde.
Análise Crítica
As metodologias ativas de ensino-aprendizagem, com base na educação crítica e problematizadora de Paulo Freire, têm demonstrado importância relevante para as reflexões teórico-críticas sobre a curricularização da extensão em Saúde Bucal Coletiva. Os estudantes tem expressado em suas narrativas uma compreensão ampliada sobre o processo saúde-doença, assim como sobre as responsabilidades (individuais e coletivas) no que diz respeito a produção do cuidado em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
O aprimoramento dos processos de curricularização da extensão em Saúde Bucal Coletiva qualificam o cuidado no Sistema Único de Saúde e reorientam o modelo de atenção em saúde bucal a partir da humanização das práticas. A abordagem dialógica com rodas de conversa, possibilita a integração de conhecimentos gerais e específicos, habilidades teóricas e práticas, atitudes e valores éticos, e tem trazido aprendizagens significativas aos estudantes.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-GESTÃO-COMUNIDADE ATRAVÉS DE UM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ODONTOLOGIA EM SAÚDE COLETIVA: FORMAÇÃO NO E PARA O SUS
Comunicação Oral Curta
1 UNIFESP e Hospital Israelita Albert Einstein
2 Hospital Israelita Albert Einstein
Apresentação/Introdução
Baseado na estratégia de integração ensino-serviço-gestão-comunidade, o estudo destaca a vivência no território e a reflexão crítica para a formação. A conexão entre instituições de ensino, serviços de saúde, gestão e população busca formar profissionais comprometidos com a realidade social e com políticas públicas. Analisar a pós-graduação pode revelar as forças e limitações formativas.
Objetivos
Compreender o processo de ensino-aprendizagem na perspectiva de professores, estudantes, preceptores, gestores e da comunidade por meio de um estágio de um curso de especialização em Odontologia em Saúde Coletiva no Sistema Único de Saúde.
Metodologia
Foi realizado um Estudo de Caso com abordagem descritiva e exploratória, a partir de uma atividade pedagógica no município de São Paulo. Participaram docentes e discentes de um curso de especialização em Odontologia em Saúde Coletiva, preceptores, gestores e moradores das comunidades onde ocorreram as atividades de estágio. Utilizou-se amostragem por conveniência. Os dados qualitativos foram analisados por meio da análise de conteúdo temática e os dados quantitativos foram tratados com análise estatística descritiva. Seguiu-se as diretrizes SRQR e utilizou a triangulação de fontes de dados para garantir uma análise completa e confiável. Este estudo foi aprovado com parecer nº 5.342.647.
Resultados
Observou-se pouca representatividade étnica: professores eram majoritariamente homens brancos; os estudantes e profissionais de saúde, em sua maioria, mulheres brancas; e os moradores da comunidade, homens brancos ou pardos. Verificou-se que a articulação entre a instituição de ensino e serviço nos cenários práticos, utilizando estratégias como reconhecimento de área, trabalho em equipe e visitas domiciliares — planejadas previamente em oficinas com preceptores — potencializa a integração ensino-serviço-gestão-comunidade para uma formação crítica. Apesar das políticas públicas favorecerem a integração, a gestão setorial e a população permanecem desconectadas do processo formativo.
Conclusões/Considerações
Esta formação em pós-graduação de odontologia resultou da colaboração pedagógica entre a instituição de ensino e os profissionais de saúde, permanecendo a gestão distanciada e a comunidade apartada como sujeito passivo no processo educacional. O estudo recomenda ações afirmativas para selecionar professores e estudantes de grupos marginalizados, capacitação contínua de preceptores e maior conexão entre ensino, serviço, gestão e comunidade.
INTEGRAÇÃO INTERINSTITUCIONAL NA FORMAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA ENTRE FAI E FMB/UNESP NA ATENÇÃO BÁSICA
Comunicação Oral Curta
1 FMB Unesp
2 FMB- UNesp
3 FMB- Unesp
4 Unifesp
Período de Realização
De agosto a dezembro de 2024, com etapas presenciais nos dias 28/08 e 29/08/2024 e 06/12/2024.
Objeto da experiência
Integração de residentes, preceptores e coordenadores via visitas técnicas, rodas de conversa e ações coletivas em saúde.
Objetivos
Promover a troca de saberes entre residentes de diferentes instituições, fortalecer a articulação entre ensino e serviço, estimular a produção coletiva de conhecimento e práticas interprofissionais voltadas à saúde coletiva e à atenção básica.
Descrição da experiência
A ação foi organizada por 11 residentes da FAI em parceria com 05 residentes da FMB/UNESP. O evento ocorreu em três momentos: visita técnica em Botucatu (RAPS, CAPS e mesa redonda sobre APS), simpósio multiprofissional e visita da FMB à FAI (grupo da melhor idade, Linha de Sobrepeso e Obesidade, oficinas e roda de conversa). Contou com apoio da COREMU, preceptores e docentes. As atividades foram presenciais e virtuais, com participação da comunidade e dos profissionais envolvidos.
Resultados
A experiência permitiu integração entre residentes e profissionais, ampliando os olhares sobre o SUS. Ações como rodas de conversa, oficinas culinárias e circuito de exercícios proporcionaram vínculos com a comunidade, e reflexões práticas sobre a promoção da saúde. Idosos demonstraram adesão aos cuidados em saúde e continuidade no autocuidado. Discussões clínicas contribuíram para aprendizado técnico, troca de condutas e valorização do trabalho multiprofissional.
Aprendizado e análise crítica
A jornada revelou o potencial da residência como espaço de construção coletiva. O contato com diferentes realidades ampliou o entendimento das práticas em saúde, fortalecendo o compromisso ético-social dos profissionais. A articulação entre teoria e prática e a atuação comunitária geraram aprendizado mútuo. O evento evidenciou lacunas e possibilidades para ações futuras em rede, reforçando a importância da educação permanente e da articulação interinstitucional.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre instituições formadoras fortalece a formação crítica e colaborativa. Recomenda-se ampliar essas vivências, institucionalizando práticas interinstitucionais no cronograma das residências. Eventos como este qualificam o cuidado, favorecem a troca de saberes e reforçam o compromisso dos residentes com os princípios do SUS. A continuidade dessa proposta é essencial para a consolidação de redes de aprendizagem e cuidado
Realização: