
Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.12 - Vivências no SUS: Extensão Universitária para a Saúde Coletiva
03 DE DEZEMBRO | QUARTA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
INTEGRAÇÃO SAÚDE-COMUNIDADE: O IMPACTO DE UMA LIGA ACADÊMICA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE COLETIVA NUM CURSO DE MEDICINA DO INTERIOR DO PARANÁ.
Comunicação Oral Curta
1 Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Toledo
Período de Realização
As ações ocorreram ao longo de aproximadamente 2 anos, com início em fevereiro de 2023.
Objeto da experiência
Vivências de integrantes da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMF) do curso de Medicina da UFPR-Toledo e seu impacto na coletividade.
Objetivos
As ações objetivaram integrar o meio acadêmico e a comunidade, através de experiências práticas e teóricas dentro da Medicina de Família e Comunidade, fortalecendo a centralidade da Atenção Primária à Saúde (APS) no cuidado em saúde e proporcionando momentos de prestação de serviços à população.
Metodologia
Ao longo de dois anos, a LAMF consolidou-se como espaço de experiências formativas e de aproximação entre academia e comunidade. As atividades foram estruturadas em eixos temáticos, contemplando saúde mental, luto, cuidado de populações vulneráveis e práticas centradas na APS. O trabalho foi desenvolvido em colaboração com serviços de saúde e instituições locais, com ações planejadas em conjunto com as equipes da APS.
Resultados
A LAMF realizou cerca de 15 encontros teórico-práticos, 2 simpósios e 11 ações de extensão, beneficiando cerca de 2160 pessoas. Os estudantes atuaram em eventos comunitários, campanhas (Setembro Amarelo, lava-pés, testagem rápida, exames dermatológicos), oficinas, atividades com idosos (arteterapia, rodas de conversa) e produziram materiais educativos. Também participaram de espaços de formação interna, fortalecendo competências práticas e o vínculo entre academia e comunidade.
Análise Crítica
As ligas acadêmicas são ferramentas de extensão importantes visto que, por meio de ações como as descritas, reforçam o conhecimento teórico-prático e fortalecem o vínculo entre comunidade e instituição. Assim a LAMF atua através de iniciativas intersetoriais, em consonância com os princípios do SUS, proporcionando acesso ao cuidado em saúde e ao mesmo tempo preenchendo lacunas do aprendizado através de experiências.
Conclusões e/ou Recomendações
O impacto comunitário mostra como a LAMF fortalece o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão ao levar serviços à população por meio dos acadêmicos. Essas ações têm especial potência em um contexto de interiorização dos cursos de medicina, reforçando a responsabilidade social dos alunos e a importância desses cenários para o desenvolvimento de saúde integral e universal para todos.
VIVÊNCIAS NO SUS (VER-SUS), FACILITANDO O ENCONTRO E ENCONTRANDO O COMPROMISSO COM A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO SUL DO PAÍS
Comunicação Oral Curta
1 Escola de Governo Fiocruz Brasília
Período de Realização
A experiência ocorreu entre os dias 11 e 17 de janeiro de 2025
Objeto da experiência
As percepções sobre os impactos do programa de Vivências no SUS (VER-SUS) na minha formação, será meu objeto para o relato desta experiência
Objetivos
Reconhecendo que o programa de Vivências no SUS (VER-SUS), têm como objetivo central a reorientação da formação, este relato de experiência buscará evidenciar os encontros e desencontros de um residente em saúde, apresentando as percepções do mesmo sobre as influências deste programa em sua formação
Descrição da experiência
Realizada nos municípios de Porto Alegre - RS e Nova Santa Rita - RS, a experiência contou com uma gama de atividades que eram realizadas num processo de imersão, destacando o convívio, a interdisciplinaridade, a interculturalidade e encontros com os serviços de saúde destes municípios. Foram visitados serviços de saúde de baixa, média e alta complexidade, tendo diálogo com servidores, usuários e gerentes locais. Haviam duas modalidades de participação, atuando como facilitadores e Viventes
Resultados
Estando como facilitador, percebi que nunca temos só a dar, mas muito a receber daqueles que oportunizamos confrontar subjetivamente. No convívio, os desenhos e diálogos expressavam realidades diversas, desejos e aspirações que se buscavam na vivência. Na gestão participativa, encontravam-se os viventes protagonizando as decisões e, notava-se que a participação de todos representava de certo modo, aquilo que o controle social é para o SUS
Aprendizado e análise crítica
Nos encontros com o serviço havia muito do que se orgulhar, mas também havia muito para construir e reconstruir ainda. Foi possível ter a noção de serviços com gestão privada e pública, bem como compreender os processos de trabalho. No campo da equidade em saúde, o AMIG, um ambulatório de gênero, demonstrava práticas em saúde que iam de encontro à população LGBTQIAPN+ e no CAPS falava-se de referência e contrarreferência como um processo de qualificar o cuidado com os usuários
Conclusões e/ou Recomendações
Todos esses processos vivenciados, me colocaram em confronto com a realidade de outras pessoas e serviços, contribuindo diretamente para minha formação profissional que se dá em caráter contínuo. Alguns pensamentos se modificaram, enquanto outros, só reforçaram a emergência na luta e na organização popular em defesa do SUS. Como residente em saúde, vejo o quanto as Vivências no SUS reforçam o compromisso com um SUS que é do povo brasileiro
PROJETO DE EXTENSÃO INTERCAV: PROMOVENDO SAÚDE ATRAVÉS DA LEITURA, BRINCADEIRAS E IMAGINAÇÃO
Comunicação Oral Curta
1 UFPE
Período de Realização
O relato refere-se à vivência no período de julho de 2023 à junho de 2025.
Objeto da experiência
Projeto que realiza contação de histórias, incentivo à leitura e brincadeiras populares com crianças do Alto do Reservatório, Vitória de Santo Antão-PE
Objetivos
Promover ações de educação em saúde, incentivo a leitura e brincadeiras populares junto à crianças e adolescentes com base na perspectiva da interprofissionalidade e da Educação Popular em Saúde.
Descrição da experiência
O projeto realiza ações quinzenais com crianças de 4 a 12 anos. As crianças são organizadas em grupos de acordo com faixa etária e a programação é composta por dois momentos: i) acolhimento e integração; ii) Contação de histórias; ii) brincadeiras populares e lanche coletivo. No final de 2024, o projeto criou uma geloteca com objetivo de ampliar o acesso das crianças à literatura infanto-juvenil. Os extensionistas também apoiam às crianças na seleção dos livros, leitura e atividades didáticas.
Resultados
O projeto está promovendo a ampliação do acesso à literatura infantil e a vivências de lazer em uma comunidade composta por muitas crianças que pertencem a famílias com alta vulnerabilidade social e nenhum equipamento de lazer público. Incentivar o sonho e promover alegria também é cuidado em saúde. Além disso, fortalece o vínculo da universidade e comunidade, e contribui na formação dos extensionistas com foco na interprofissionalidade e no diálogo com a comunidade.
Aprendizado e análise crítica
A extensão popular é uma estratégia potente para aproximar estudantes, docentes e sociedade na construção de práticas de cuidado e solidariedade que ajudem a produzir mudanças nas realidades locais. O trabalho com crianças é um desafio instigante devido à relativa escassez de experiências de cuidado ampliado e participativo com esse público. A vivência partilhada e solidária dessa experiência tem produzido mudanças na formação dos estudantes e na realidade das crianças participantes do projeto.
Conclusões e/ou Recomendações
A universidade pública tem colaborado na produção de saberes e práticas com foco na mudança da realidade. É importante avançar na aproximação entre comunidade acadêmica e sociedade, na identificação de necessidades sociais locais e na implementação conjunta de ações para transformação. A extensão universitária e popular pode ser o caminho para construção de inéditos viáveis e necessários.
PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EDUMAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral Curta
1 UNESP
Período de Realização
O projeto foi realizado todas as segundas e terças-feiras, do dia 27/03/2024 à 02/12/2024.
Objeto da experiência
Relatar a experiência de graduandos de enfermagem da FMB/UNESP nas rodas de conversa do Ambulatório de Pré-Natal de Alto Risco do HC de Botucatu.
Objetivos
A ação buscou orientar e conscientizar as gestantes que aceitaram participar das rodas acerca da importância dos fatores modificáveis e do acompanhamento para controle dos casos de alto risco, assim como orientar os direitos e sanar possíveis dúvidas com relação à gestação, parto e/ou puerpério.
Metodologia
Durante os atendimentos de pré-natal, graduandos de Enfermagem, Nutrição e Medicina, capacitados previamente, junto aos residentes, as convidam a participar dessas rodas de conversa. Por meio da interprofissionalidade, favorecemos as trocas de saberes entre as áreas e buscamos entender as possíveis dúvidas e necessidades dessas mulheres para que possamos auxiliar. Promovendo a interlocução entre a universidade e comunidade, através do projeto de extensão.
Resultados
Buscamos orientar gestantes sobre seus direitos e a importância de controlar os fatores de risco, sendo os principais hipertensão e diabetes gestacional, além de outros motivos, principais razões para encaminhamento ao ambulatório de obstetrícia para pré natal de alto risco. Ademais, percebemos grande interesse em conhecer seus direitos e expressar medos sobre o parto. Por isso, destacamos a relevância de um plano de parto, garantindo que estejam bem informadas e preparadas para o momento.
Análise Crítica
Estar semanalmente com gestantes diferentes, com condições de risco e necessidades distintas, nos mostra os diversos fatores que influenciam a gravidez e que existe uma lacuna quanto ao acesso às informações adequadas. Assim, o contato dos discentes com os residentes possibilitam a troca de conhecimento, além das gestantes com suas gestações anteriores, contribuindo para o aprendizado dos graduandos.
Conclusões e/ou Recomendações
O pré-natal de alto risco acontece para gestantes com algum fator de risco à gestação ou ao parto, mas notamos a falta de informações sobre essa temática. Nessa perspectiva, este projeto mostra-se relevante à medida que ocorre a troca de conhecimento entre as gestantes e graduandos, fortalecendo a conexão de conhecimento entre sociedade e universidade.
PROJETO “DAR VOZ” E O ENFRENTAMENTO DE VIOLÊNCIAS NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral Curta
1 UFF
2
Período de Realização
: 2018 a 2024
Objeto da experiência
O “Dar Voz” é um projeto de extensão desenvolvido na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense, composto por docentes e discentes.
Objetivos
Descrever as intervenções realizadas pelo “Dar Voz” voltadas ao enfrentamento de conflitos e questões sociais que permeiam o cotidiano dos estudantes da instituição, majoritariamente na relação docente - discentes.
Descrição da experiência
O Dar Voz criou um espaço de debates e diálogo mediado pelas professoras coordenadoras, a partir do qual surgiam as ideias das intervenções. As intervenções elaboradas pelo Dar Voz ocorreram no formato de campanhas de sensibilização, fóruns e seminários, sempre com o protagonismo dos discentes. As campanhas eram realizadas em diferentes formatos, como cartazes, cartilhas, painéis interativos, vídeos e oficinas. Os fóruns e seminários ocorriam com convidados ou com as professoras coordenadoras.
Resultados
Observa-se que a maioria das violências eram abuso de poder, assédio, discriminação e preconceito, exercidas especialmente por docentes. As intervenções foram sobre racismo, machismo, assédio moral, psicológico ou sexual, classe social, inclusão e acessibilidade e democratização das oportunidades. Com as intervenções, houve uma sensibilização de docentes e discentes sobre estas questões, e uma redução dos conflitos e violências, apesar de ainda ocorrer em menor frequência.
Aprendizado e análise crítica
O “Dar Voz” representou o primeiro espaço de debate a discutir as questões de violência e conflitos éticos que atravessam a formação dos estudantes de Odontologia. Abordou conteúdos que não são frequentemente tratados, ampliando a visão crítica e reflexiva dos discentes, a partir da sua própria vivência. Representou um lócus privilegiado de desenvolvimento das relações interpessoais entre os membros da comunidade acadêmica, tendo como base informacional a justiça social.
Conclusões e/ou Recomendações
O Dar Voz gerou um impacto positivo na redução da violência, em especial por expor uma questão pouco dita, mantida às escuras, para que pudesse ser reproduzida. Bem como houve uma conscientização e engajamento da comunidade acadêmica com temas antes velados. Espera-se, com este relato, contribuir para a criação de iniciativas similares em outros cursos e instituições para que a formação profissional esteja alinhada aos valores éticos e sociais.
RECOLHENDO OS EFEITOS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO - JORNADA UNIVERSITÁRIA DA SAÚDE (JUS) - NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Comunicação Oral Curta
1 USP
2 USP-
Período de Realização
A JUS existe desde de 2007, já o projeto de avaliação foi produzido no primeiro semestre de 2025.
Objeto da produção
A Jornada Universitária da Saúde, extensão que promove ações interprofissionais de educação e promoção da saúde em municípios do interior paulista.
Objetivos
A extensão é fundamental na formação profissional, integrando conhecimento científico e realidade social. Essa prática permite aos alunos vivenciar cenários reais e desenvolver saberes. Objetiva-se recolher os efeitos da JUS nas dimensões acadêmica, profissional e pessoal dos participantes.
Descrição da produção
Um questionário online foi divulgado no primeiro semestre de 2025, por e-mail e grupos digitais do projeto, abrangendo participantes e egressos da JUS, investigando percepções sobre interprofissionalidade e promoção da saúde. Objetivou-se avaliar efeitos formativos, profissionais e pessoais da experiência extensionista. As respostas foram analisadas mediante categorização temática e interpretação contextual, visando compreender as mudanças decorrentes da participação no projeto.
Resultados
A JUS visa incrementar a formação dos participantes por meio da oportunidade de aplicação prática da teoria aprendida na faculdade. Com os resultados já levantados foi possível aferir que os participantes são afetados com os seguintes temas: troca de saberes entre comunidades e estudantes; prática em trabalho interprofissional; sensibilização do olhar dos profissionais aos determinantes sociais de saúde no território.
Análise crítica e impactos da produção
O projeto demonstra os efeitos, agregando na formação em saúde, integrando teoria-prática e desenvolvendo: trabalho interprofissional, compreensão dos determinantes sociais e ação comunitária. Resultados revelam efeitos duradouros nos egressos - maior capacidade multiprofissional e visão integral do SUS. Consolida-se como modelo extensionista alinhado às demandas da Saúde Coletiva, formando profissionais críticos e socialmente comprometidos.
Considerações finais
Aos 17 anos, a JUS é uma iniciativa fundamental na Saúde Coletiva. O estudo mostra a importância de medir os efeitos na formação acadêmica e profissional, destacando êxitos e desafios da abordagem interprofissional, baseada nos princípios do SUS e na promoção e educação em saúde. Os dados revelarão a necessidade de alinhar as práticas extensionistas às demandas atuais, consolidando a JUS como modelo integrador entre ensino, serviço e comunidade.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DO CURSO “VIGILÂNCIA, PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE - SABERES E PRÁTICAS INERENTES AO PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA.”
Comunicação Oral Curta
1 FIOCRUZ BRASÍLIA-NÚCLEO ANGICOS
2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM
3 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM-SEÇAO DF
4 SEC.MUN.SAÚDE DE SÃO PAULO
5 SEC.DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
Período de Realização
O curso foi planejado, desenvolvido e avaliado entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024.
Objeto da experiência
Curso livre realizado pela FIOCRUZ- Brasília, Associação Brasileira de Enfermagem seção DF e apoio da Coordenação de Atenção Primária à Saúde do DF.
Objetivos
Promover processo formativo com enfermeiras da Atenção Básica do Distrito Federal sobre vigilâncias, promoção, educação em saúde e, transversalmente, sobre mobilização social para defesa do SUS e melhoria das condições de trabalho em saúde.
Descrição da experiência
Com carga horária de 120 horas, o curso foi dividido em 4 módulos e teve como eixos a Ed. Popular em Saúde, o processo de trabalho da enfermeira na APS, os determinantes sociais, a Vigilância em Saúde e suas dimensões, incluindo a Vig. Popular em Saúde e a Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. A modalidade foi semipresencial, com carga horária liberada, metodologia participativa, com atividades virtuais remotas síncronas e assíncronas quinzenais, além de encontros presenciais a cada módulo.
Resultados
Foram realizadas práticas coletivas de cuidado, círculos de cultura, webinário, diálogos temáticos com especialistas, rodas de conversa com as facilitadoras, exposição de vídeos, leitura de textos e atividades orientadas no território. Participaram 30 enfermeiras das regionais Leste, Sudoeste e Sul e 18 concluíram o curso com a mostra das ações nos territórios. As justificativas de evasão foram: adoecimento, equipe desfalcada na unidade, sobrecarga de trabalho e desinteresse pelos temas.
Aprendizado e análise crítica
Foi possível mobilizar saberes construídos no cotidiano do trabalho, trocar experiências sobre ações propostas do curso, problematizar o processo de trabalho a partir das temáticas e apoiar a formulação de estratégias para superar as situações-limite identificadas.As avaliações apontaram os encontros presenciais como espaço de cuidado, alguns encontros virtuais como cansativos e a potencialidade da Ed.Popular e Vigilância em Saúde e suas dimensões como estratégias transformadoras dos territórios.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência pedagógica possibilitou que as profissionais se identificassem com os princípios da Educação Popular e as incentivou para a implantação de estratégias de mobilização social junto aos colegas de equipe e usuários. A vigilância popular foi reconhecida como possibilidade de fortalecimento de vínculo e parceria com a comunidade. A liberação da carga horária para as atividades foi essencial para o engajamento das participantes.
VIVÊNCIA EXTENSIONISTA EM VISITAS DOMICILIARES NA ILHA GRANDE: CUIDADO EM SAÚDE E MAPEAMENTO SOCIAL NO TERRITÓRIO AMAZÔNICO
Comunicação Oral Curta
1 UFPA
Período de Realização
Janeiro de 2025
Objeto da experiência
Relatar a vivência com cartografia social e visitas domiciliares realizadas por estudantes extensionistas na Ilha Grande, Amazônia.
Objetivos
Descrever a experiência extensionista em visitas domiciliares na Ilha Grande;
Destacar o uso do mapeamento social para compreender o território, identificar necessidades e fortalecer a formação crítica em saúde junto a comunidades tradicionais.
Descrição da experiência
Em janeiro de 2025, estudantes participaram de um projeto de extensão na comunidade ribeirinha Ilha Grande. Após reunião com lideranças locais, realizou-se um mapeamento social participativo, conduzido com os moradores. Em seguida, foram feitas visitas domiciliares com aplicação de ficha socioeconômica sobre renda, escolaridade, composição familiar e acesso a serviços básicos.
Resultados
O mapeamento mostrou forte coesão comunitária e liderança articulada. As visitas permitiram identificar vulnerabilidades como dificuldades no acesso à saúde, transporte e saneamento, além de baixa renda e escolaridade. A atividade também fortaleceu vínculos com a população.
Aprendizado e análise crítica
A vivência aproximou teoria e prática em um contexto real, permitindo aos estudantes refletirem sobre desigualdades e práticas de cuidado territorializado. Desenvolveram escuta qualificada, observação crítica e sensibilidade cultural, habilidades fundamentais na formação em Enfermagem voltada à equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência evidenciou o potencial pedagógico das visitas domiciliares e do mapeamento social na formação em saúde. Recomenda-se ampliar ações extensionistas em territórios tradicionais, promovendo práticas sensíveis à realidade amazônica e reforçando o compromisso ético e transformador do SUS.
VIVÊNCIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE FACILITADORES DO VER-SUS: RESIDENTE EM SAÚDE COLETIVA E O RECONHECIMENTO DOS TERRITÓRIOS VIVOS E DA INTEGRALIDADE NO SUS
Comunicação Oral Curta
1 UFBA
Período de Realização
25 a 31 de maio de 2025, em Recife (PE), no âmbito do Programa Nacional de Vivências no SUS.
Objeto da experiência
Vivência no VER-SUS 2025, no processo de formação de facilitadores, enquanto residente em Saúde Coletiva (Planejamento e Gestão – ISC/UFBA).
Objetivos
Refletir criticamente sobre o SUS por meio da inserção direta em seus serviços, compreender o território como espaço vivo de cuidado e ampliar a formação ético-política dos participantes, alinhando teoria e prática nos princípios da integralidade, equidade e participação social.
Descrição da experiência
O VER-SUS Nordeste 2025, realizado em Recife/PE, no processo de formação de facilitadores, proporcionou vivência imersiva em territórios, movimentos sociais e serviços do SUS. A vivência envolveu visitas, rodas de conversa, debates e trocas interestaduais. As manhãs foram dedicadas às vivências externas e às tardes à reflexão coletiva e capacitação. A proposta favoreceu a compreensão crítica do SUS em sua complexidade, fortalecendo o vínculo entre território, gestão, cuidado e educação popular.
Resultados
A experiência possibilitou reconhecimento da diversidade dos territórios e serviços de saúde e aprofundamento dos princípios do SUS. Fortaleceu a visão ampliada do cuidado e do trabalho interprofissional e favoreceu a articulação entre residentes e estudantes de diversas estados do nordeste. Destacaram-se o contato com movimentos sociais, a transversalidade no atendimento às populações vulneráveis e o entendimento da territorialização como base estruturante do cuidado em saúde.
Aprendizado e análise crítica
Compreender o SUS em sua dimensão real e cotidiana evidenciou o impacto das desigualdades sociais nos territórios e como as práticas de cuidado devem estar conectadas à escuta ativa e à realidade local. A vivência reforçou a importância da educação permanente, da articulação entre ensino-serviço-comunidade e da militância por um SUS público e popular. O diálogo com diferentes atores sociais ampliou a percepção crítica sobre as potências e desafios do sistema.
Conclusões e/ou Recomendações
O VER-SUS se reafirma como estratégia potente de formação crítica, vivencial e humanizada, essencial na formação em saúde. Recomenda-se a ampliação das vivências para mais territórios e categorias profissionais, garantindo continuidade da política de formação comprometida com os princípios do SUS. Indica-se também o fortalecimento da integração entre academia, serviço e comunidade para consolidar mudanças estruturantes na saúde coletiva.
VIVÊNCIAS EDUCATIVAS EM AÇÃO MULTIDISCIPLINAR: PROJETO HORIZONTES EDUCACIONAIS E A POSSIBILIDADE DE ESCUTA ATIVA
Comunicação Oral Curta
1 Universidade Cesumar
Período de Realização
O projeto de extensão Horizontes Educacionais tem encontros mensais, iniciou em 03/2024 término em 12/2025.
Objeto da experiência
Promover ações na comunidade voltadas à psicologia social e a saúde coletiva em diferentes territórios como UBS e clínica multidisciplinar.
Objetivos
Expor as vivências dos coordenadores do projeto de extensão em como estimular aos acadêmicos do curso de Psicologia e Enfermagem a terem uma escuta ativa no território da saúde e nos percursos de ação na comunidade.
Descrição da experiência
O projeto em contexto educativo para os estudantes de graduação foi pensando quanto aos processos educacionais que a saúde coletiva exige. Ao planejar o projeto a variável de maior complexidade foi o engajamento dos estudantes, de modo que as oficinas de preparação foram estipuladas em formato presencial, tratando-se dos temas: o social; psicologia social; psicologia educacional; saúde coletiva, psicologia ambiental; o sujeito.
Resultados
Participaram dos encontros uma média de 45 estudantes, que estão entre o primeiro e o segundo ano acadêmico. Os acadêmicos ainda insistem em uma concepção de saúde que leva a cura, a transformação ou ainda a proposta de um protocolo. A dinâmica do projeto foi conquistar espaços de discussão que ultrapassassem o conceito de saúde coletiva como uma dificuldade individual, e sim uma questão social e do desenvolvimento integral.
Aprendizado e análise crítica
Nossa prática evidenciou os pressupostos de Paulo Freire e Milton Santos quanto a necessidade de projetar espaços educativos que oportunizem ao acadêmico da saúde problematizar a saúde como uma variável que atravessa o sujeito e não se fixa nos ambientes hospitalares ou de assistência à saúde, ou ainda, como uma ação que repercute no estar do outro na sociedade. Entendemos que o acadêmico precisa ser estimulado à crítica da sua futura profissão como um recurso de mover.
Conclusões e/ou Recomendações
Os projetos de extensão precisam ser utilizados como área de ensino, ferramenta de conhecimento e processo de transformação social, de tal modo, que leve o acadêmico a analisar seu território de ação. Esse projeto, em seu segundo ano ativo, é planejado por uma equipe multidisciplinar, o que causou uma promoção de experiências e ainda de compartilhamento.

Realização: