Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.23 - Educação em Saúde e Promoção da Vida: Práticas Participativas e Sustentáveis no SUS
03 DE DEZEMBRO | QUARTA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
AÇÕES DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE: OFICINAS COM ESTUDANTES DO SEXTO ANO DE UMA ESCOLA PÚBLICA EM SÃO PAULO
Comunicação Oral Curta
1 USP
Período de Realização
Ao longo do ano de 2022.
Objeto da experiência
Oficinas de educação em saúde com adolescentes, construídas a partir de suas demandas sobre convivência, identidade e temas sociais.
Objetivos
Os objetivos foram a formação das graduandas e a intervenção com adolescentes. Pretendia-se que as graduandas desenvolvessem habilidades como escuta ativa, organização, planejamento e coordenação de grupos, além de proporcionar aos adolescentes um espaço para dialogar sobre saúde física e mental.
Descrição da experiência
Foram realizadas três oficinas com metodologias participativas e dinâmicas de grupo, promovendo escuta, acolhimento e construção coletiva do conhecimento. A partir das demandas, abordaram-se temas como assédio, bullying, racismo e padrões de beleza, articulados à saúde mental, enfatizando a importância do consentimento, o direito de dizer não, impacto das ações, identidade e valorização da diversidade, por meio de jogos, músicas e brincadeiras que estimularam o diálogo e a expressão.
Resultados
Os resultados são constatados em ambos os grupos: para as graduandas, ficou evidente o desenvolvimento de habilidades necessárias para a implementação de ações de educação em saúde como planejamento, criatividade e escuta. Para os adolescentes, foi importante encontrar espaços seguros para expressar dificuldades, refletir sobre relacionamentos interpessoais e ampliar repertórios sobre racismo, preconceitos e assédios. As avaliações indicam contribuição para um ambiente escolar mais inclusivo.
Aprendizado e análise crítica
A experiência propiciou reflexões importantes sobre as limitações e potencialidades da intervenção em contextos escolares, destaca-se: a necessidade de adaptar as metodologias, traduzir em linguagem simples conceitos complexos e a importância da escuta constante das necessidades das/os pré- adolescentes. Ficou evidente que o ambiente escolar pode ser fonte de sofrimento psíquico e que é fundamental encontrar estratégias para lidar com esses aspectos no cotidiano da escola.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a experiência proporcionou múltiplas aprendizagens às graduandas e aos estudantes do ensino fundamental, destacando a importância das ações extensionistas na formação e o reconhecimento das escolas como espaços privilegiados para trabalhar a saúde mental. Nesse sentido, a educação em saúde é uma estratégia de ação para a promoção da saúde, e da ampliação dos espaços oferecidos pela escola para o cuidado com as/os adolescentes.
AGROECOLOGIA NA PRÁTICA: EDUCAÇÃO E CULTIVO NO MORRO DA FORMIGA
Comunicação Oral Curta
1 UERJ
Período de Realização
As atividades relatadas tiveram início em abril de 2024 e permanecem em curso até a presente data.
Objeto da experiência
Alunos, funcionários e responsáveis da Escola Municipal Jornalista Brito Broca, no Morro da Formiga, uma favela da Tijuca, Rio de Janeiro.
Objetivos
Realizar práticas educativas com o intuito de promover a educação agroecológica como ferramenta de enfrentamento a escassez de alimentos in natura disponíveis na localidade em que a comunidade está inserida, estimulando o consumo e cultivo desses alimentos.
Descrição da experiência
As experiências ocorreram por meio de três práticas educativas desenvolvidas por alunos universitários extensionistas: limpeza de uma praça próxima à escola e plantio de mudas frutíferas , produção de tintas agroecológicas em três cores usando legumes e verduras, e cultivo de sementes de árvores ricas em vitamina C, como goiaba e acerola. Em média, 250 pessoas participaram das ações, realizadas quinzenalmente ao longo de um ano.
Resultados
A união entre os alunos extensionistas, o corpo docente e a comunidade resultou em aprendizado coletivo, fortalecimento das práticas agroecológicas e maior conscientização sobre o consumo de alimentos in natura. A revitalização da praça, antes abandonada, com limpeza e plantio de mudas frutíferas, junto às práticas em sala de aula, foram os principais resultados obtidos durante a experiência.
Aprendizado e análise crítica
As práticas educativas promoveram o contato com princípios da agroecologia e a valorização do consumo de alimentos in natura, além de favorecerem o aprendizado multidisciplinar entre extensionistas que atuaram juntamente com pedagogos e biólogos. As ações abordaram o uso diversificado dos alimentos e o cultivo de sementes frutíferas. Contudo, a baixa participação familiar, fatores climáticos e a ausência de aulas dificultaram a continuidade das práticas educativas.
Conclusões e/ou Recomendações
Apesar dos desafios, os vínculos criados e os saberes compartilhados indicam caminhos promissores para a continuidade da iniciativa e cumprimento do principal objetivo, o consumo e cultivo de alimentos in natura. A participação dos alunos, docentes e moradores reforçam a efetividade do papel da educação agroecológica como estratégia para promover autonomia alimentar, nutrição adequada e fortalecimento da saúde coletiva.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DA VIDA NOS TERRITÓRIOS: EXPERIÊNCIA DA COORDENAÇÃO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA SMS-RIO
Comunicação Oral Curta
1 SMS/RJ – Equipe Técnica de Promoção da Saúde
2 SMS/RJ - Superintendente de Promoção da Saúde
3 SMS/RJ – Coordenação de Promoção da Saúde
Período de Realização
Janeiro de 2024 a maio de 2025, na Atenção Primária à Saúde do Município do Rio de Janeiro.
Objeto da experiência
Ações educativas promovidas pela Coordenação de Promoção da Saúde da SMS-Rio voltadas à qualificação do cuidado nos territórios da Atenção Primária.
Objetivos
Fortalecer a atuação de profissionais da Atenção Primária por meio de ações educativas dialógicas, intersetoriais e culturalmente sensíveis, promovendo equidade e cuidado integral.
Descrição da experiência
A experiência consistiu na estruturação de um programa de apoio técnico-pedagógico para as unidades de saúde da Atenção Primária. Foram realizadas oficinas, rodas de conversa, produção de materiais e encontros com as equipes. A construção coletiva das ações se deu com apoio das áreas técnicas, parceiros institucionais e rede de educação popular, abordando temas como saúde da mulher, população negra, agravos crônicos, tabagismo e alimentação saudável.
Resultados
Mais de 450 profissionais foram envolvidos nas ações em 10 áreas programáticas. Foram produzidos 28 materiais educativos, ampliadas as práticas educativas nas unidades e fortalecidos o papel dos Agentes Comunitários de Saúde e a integração com os territórios, promovendo maior escuta e participação dos usuários.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reafirma a potência da educação em saúde como ferramenta de transformação social. O diálogo entre gestão, território e comunidade foi essencial. Entre os desafios, destacam-se a sobrecarga das equipes e a necessidade de valorização institucional das ações educativas.
Conclusões e/ou Recomendações
É essencial consolidar uma política estruturante de educação em saúde com diretrizes claras e apoio contínuo às unidades. A proposta é aplicável em outros contextos municipais e contribui para fortalecer o SUS com base na educação popular e na equidade.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE APRENDIZADO NA FORMAÇÃO DE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral Curta
1 Laboratório de Inovação para o Cuidado em Saúde (Linc), Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Espírito Santo.
Período de Realização
A experiência ocorreu entre março de 2024 e março de 2025.
Objeto da experiência
Construção e execução de uma ação de Educação em Saúde por discentes do curso de Farmácia, matriculados na disciplina de Saúde Coletiva.
Objetivos
Relatar a experiência docente na proposição de uma ação de Educação em Saúde desenvolvida por discentes do curso de Farmácia da Universidade Federal do Espírito Santo, matriculados na disciplina de Saúde Coletiva.
Descrição da experiência
A disciplina Saúde Coletiva (60h) objetiva que o estudante seja capaz de compreender os fundamentos da Saúde Coletiva e a atuação do farmacêutico no sistema de saúde. Como parte da metodologia de ensino aprendizagem, os estudantes construíram, de forma coletiva ao longo do semestre letivo, uma ação de Educação em Saúde, com temas previamente definidos, sob orientação e mediação da docente. A ação foi realizada, ao final do semestre, em uma escola municipal com alunos do 1º ao 5º ano.
Resultados
A ação ocorreu em parceria com uma Escola Municipal de Ensino Fundamental, nos semestres letivos de 2024.1 e 2024.2. No semestre letivo 2024.1, o tema do “Uso Racional de Medicamento” foi escolhido e os discentes optaram por utilizar a estratégia do Teatro de Fantoches e da Paródia. No semestre 2024.2, além desse tema, abordou-se a “Intolerância Alimentar”, e as estratégias de teatro humano com contação de história e paródia foram utilizadas. As ações tiveram duração aproximada de 60 minutos.
Aprendizado e análise crítica
Durante a construção das ações, a docente atuou como facilitadora do processo de aprendizagem, mediando as discussões e estimulando a participação e o protagonismo dos estudantes. A docente percebeu que foi possível estimular e observar o desenvolvimento de competências importantes para a prática profissional, como proatividade, criatividade, tomada de decisão, liderança, trabalho em equipe e comunicação, tanto no planejamento quanto na execução da ação de Educação em Saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A construção e execução de uma ação de educação em saúde pode contribuir para uma aprendizagem mais significativa no âmbito da Saúde Coletiva e para o desenvolvimento de competências essenciais à prática profissional farmacêutica. Além disso, ações de educação em saúde na escola fortalecem os vínculos entre universidade e comunidade e promovem a partilha de saberes.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE E SUSTENTABILIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATIVIDADE DE PREVENÇÃO À DENGUE EM UBS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
Comunicação Oral Curta
1 Prefeitura de Guarulhos
2 Unifesp
Período de Realização
Março de 2025
Objeto da experiência
Atividade de sala de espera em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Guarulhos sobre dengue e sustentabilidade.
Objetivos
Analisar os impactos de uma atividade educativa de sala de espera sobre dengue e sustentabilidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Guarulhos, com foco na promoção da saúde e na conscientização ambiental da população atendida.
Descrição da experiência
Foi realizada na sala de espera uma atividade educativa sobre dengue e sustentabilidade. A ação utilizou linguagem acessível e materiais didáticos reaproveitados, estimulando o diálogo com os usuários sobre práticas de prevenção, descarte adequado, identificação de sinais e sintomas de Dengue, além de estímulo à imunização contra Dengue do público alvo preconizado pelo MS. A experiência evidenciou o potencial da sala de espera como espaço de promoção da saúde e educação da população.
Resultados
A atividade resultou em maior compreensão dos usuários sobre a relação entre descarte inadequado, proliferação da dengue, casos suspeitos da doença e ações de prevenção. Houve engajamento nas discussões, com relatos de intenção de mudança de hábitos. A ação favoreceu a educação ambiental, reforçou práticas preventivas e mostrou a eficácia da sala de espera como espaço para promoção de educação em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A atividade evidenciou o potencial educativo da sala de espera e a importância do diálogo acessível. Aprendeu-se que ações simples, contextualizadas e participativas fortalecem o vínculo com a comunidade. Criticamente, observou-se a necessidade de maior continuidade e integração dessas práticas nas rotinas da UBS para ampliar seu impacto e sustentabilidade ao longo do tempo.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que atividades educativas em sala de espera são eficazes na promoção da saúde e conscientização ambiental. Recomenda-se sua ampliação e continuidade, com apoio institucional e integração às ações da equipe de saúde, para fortalecer a participação popular e consolidar práticas sustentáveis no território.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE, JUSTIÇA CLIMÁTICA E FORTALECIMENTO COMUNITÁRIO: RELATO DE AÇÃO EDUCATIVA SOBRE ARBOVIROSE EM PICOS, PI.
Comunicação Oral Curta
1 UFPI
Período de Realização
As atividades foram realizadas entre abril e maio de 2025, no município de Picos, estado do Piauí.
Objeto da experiência
Relato de ação educativa desenvolvida por acadêmicos da Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade sobre arboviroses para estudantes e trabalhadores.
Objetivos
Relato de ação educativa realizada por acadêmicos da Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade sobre arboviroses para alunos e trabalhadores.
Descrição da experiência
Atividade realizada por acadêmicos da medicina e enfermagem, com apoio institucional e de profissionais da saúde, através de encontros em uma escola e em uma distribuidora de bebidas, ambas situadas no município de Picos, as quais foram marcadas por uma abordagem horizontal dos impactos e da prevenção das arboviroses (dengue, chikungunya e zika) para o contexto local. Ademais, em ambos os contextos, a linguagem foi adequada de acordo com o público, mas com um diálogo interpessoal sempre presente.
Resultados
Evidenciou que estratégias educativas adaptadas ao perfil do público favorecem a sensibilização, o diálogo e a corresponsabilização. Os adolescentes demonstraram interesse e ampliaram sua compreensão por meio de atividades lúdicas e visualização do mosquito Aedes aegypti em microscópios. Já os adultos refletiram criticamente sobre seus hábitos e o impacto laboral das arboviroses. A ação fortaleceu o elo entre universidade, território e saúde coletiva com foco no aspecto social e ambiental.
Aprendizado e análise crítica
A vivência reafirmou o papel da educação em saúde como ferramenta essencial na promoção da equidade e no enfrentamento dos impactos das mudanças climáticas. A atuação em cenários distintos permitiu aos ligantes reconhecer a diversidade sociocultural e ambiental dos territórios e desenvolver competências dialógicas. Assim, a ação potencializou o protagonismo estudantil e comunitário na construção de soluções coletivas e sustentáveis em saúde, bem como da equidade em territórios vulnerabilizados.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência mostrou que ações educativas planejadas, com diálogo e participação, promovem mudanças no combate às arboviroses. Recomenda-se a continuidade de ações intersetoriais, envolvendo escolas, trabalho e comunidade, valorizando saberes locais e formando discentes críticos, éticos e sensíveis às vulnerabilidades dos territórios.
PAULO FREIRE EM VERSO E PROSA: MOVIMENTOS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO RN
Comunicação Oral Curta
1 ESPRN - Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte
Período de Realização
O projeto teve início em abril de 2023 e segue em curso com encontros quinzenais.
Objeto da experiência
Criação do Projeto de Extensão “Paulo Freire em Verso e Prosa” para fomentar mudanças nas práticas pedagógicas da Escola de Saúde Pública do RN
Objetivos
Promover espaços dialógicos e reflexivos, por meio de oficinas de formação pedagógica, fóruns regionalizados, articulação com movimentos sociais e outros processos formativos da Educação Popular em Saúde e da Educação Permanente em Saúde.
Metodologia
O projeto surgiu de demandas e inquietações nos processos formativos e avaliativos da Escola de Saúde Pública do RN (ESPRN). Criou-se um grupo que pensou na inclusão de ferramentas da Educação Popular em Saúde. Nesses dois anos de percurso, foram realizadas rodas de conversa, estudos dirigidos, sarau com cordelistas, oficinas sobre círculo de cultura, teatro do oprimido, artesanário e tenda do conto. O projeto mobiliza atores internos, educadores populares e parceiros da comunidade acadêmica.
Resultados
No decorrer do projeto, foram realizadas cinco oficinas com participação média de 25 pessoas e 4 horas por oficina, à exceção do Círculo de Cultura, realizado em três encontros. Houve participação de atores externos que contribuíram com as temáticas da Educação Popular em Saúde. Foi feita articulação com o Programa de Formação de Agentes Educadores e Educadoras Populares de Saúde e Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde. Os fóruns regionalizados encontram-se em desenvolvimento.
Análise Crítica
A experiência potencializou os processos formativos da ESPRN, mobilizou atores externos, fomentou espaços coletivos de construção de conhecimento, diálogos, escuta e compartilhamento de saberes. Destaca-se o desafio de institucionalizar a Educação Popular nos processos formativos, superar práticas tradicionais e consolidar espaços de educação permanente em saúde pautados na participação, autonomia e emancipação, tensionando estruturas verticais e democratizando o saber no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
O projeto tem avançado em suas proposições, especialmente, na discussão da Educação Popular em Saúde como eixo estruturante da formação. O desafio é ampliar essa discussão para outros espaços, de forma itinerante, por meio de fóruns regionalizados e parcerias com movimentos sociais, para além dos muros da ESPRN. Recomenda-se a continuidade do projeto para a ampliação da democracia, a emancipação e a participação popular no SUS.
EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO RECIFE: CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA MUNICIPAL PARTICIPATIVA E DEMOCRÁTICA
Comunicação Oral Curta
1 Secteraia de Saúde do Recife
2 Secretaria de Saúde do Recife
Período de Realização
Julho de 2024 à Junho de 2025
Objeto da experiência
Implantação da Política Municpal de Educação Popular em Saúde do Recife
Objetivos
Descrever o processo de formulação e implementação da Política Municipal de Educação Popular em Saúde do Recife, destacando sua construção coletiva e os dispositivos de gestão e formação desenvolvidos.
Metodologia
Ocorreu de maneira integrada entre as políticas da Secretaria de Saúde, Trabalhadores de Saúde e Movimentos Sociais do Recife. Envolveu diagnóstico territorial, 11 oficinas e seminário municipal com representação de gestores, usuários e movimentos sociais. A política foi aprovada no Conselho Municipal de Saúde e publicada em 2024, sob coordenação da Escola de Saúde do Recife/SEGTES.
Resultados
A política está organizada em 4 eixos: Governança, Formação, Estruturação de Redes de Educação Popular em Saúde e Comunicação. A estrutura de governança contempla comitê gestor municipal e oito núcleos distritais. A formação contemplou 2 turmas de curso de atualização e em 2025 Formação de Educadores do Ed Pop SUS (3º Edição) para oferta de 6 turmas, em parceria com a Fiocruz. Os núcleos estão em articulação mapeando experiências de educação popular e identicando necessidades de saúde. Videos curtos estão sendo produzidos para apoio e disseminação das princípios. Planejamento de Tendas Paulo Freire Intinerantes.
Análise Crítica
Indica-se a potencialidade da experiência vivenciada na oportunidade de compartiljamento com outros municípios. Internamente possibilitou amadurecimento e articulações entre as diversas políticas e progamas de saúde. Desafios estão relacionados a garantia de condições materiais e organização do processo de trabalho para os profissionais implantarem as práticas educativas.
Conclusões e/ou Recomendações
A construção da Política Municipal de EPS reafirma o potencial emancipador da educação no SUS. Fortalece a gestão participativa, o controle social e os vínculos entre serviço, território e população, consolidando a Educação Popular em Saúde como estratégia de educação e cuidado.
EDUCAÇÃO POPULAR, PRÁTICAS INTEGRATIVAS E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO POPULAR EM SAÚDE
Comunicação Oral Curta
1 UFPB
Período de Realização
Desde 2007 até os dias atuais.
Objeto da experiência
Ações de promoção da saúde no território articuladas com a Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Unidade Básica de Saúde e equipamentos sociais.
Objetivos
Fomentar uma práxis acadêmica e de cuidado integrada aos movimentos populares, inserida no contexto da Estratégia Saúde da Família pela convivialidade com seus protagonistas e articulação com os atores sociais da Atenção Primária à Saúde, para a construção de espaços comunitários de encontros e de partilhas.
Descrição da experiência
O Projeto é fundamentado pela filosofia freiriana da Educação Popular. Nessa perspectiva, o saber-fazer construiu um percurso histórico que se adapta às demandas das conjunturas acadêmica, política e comunitária. Atualmente o Programa se estrutura em duas frentes: a realização presencial de grupos comunitários de Educação Popular em Saúde e a realização, por via remota, de cursos, seminários e das atividades do Observatório de Educação Popular em Saúde e Realidade Brasileira.
Resultados
Frutificaram ações dedicadas à formação, ao diálogo e ao acolhimento, a partir das demandas locais, bem como à promoção de práticas integrativas de saúde na perspectiva da Educação Popular. Foram realizados encontros acolhedores e problematizadores sobre temas do cotidiano, a oferta contínua de práticas de saúde que promoveram a integralidade, o acolhimento e a autonomia das participantes com relação ao processo de saúde e doença e o cuidado e apoio social às mães de pessoas com deficiência.
Aprendizado e análise crítica
A Educação Popular pode fazer parte das práticas de promoção da saúde na APS, pois sua metodologia permite a ampliação das expressões de reconhecimento e valorização da dimensão do ser do humano para além de aspectos biologicistas de saúde, passando a compreender os diversos desafios e possibilidades que compõem a construção da saúde na perspectiva do bem viver, bem como a potência da articulação e mobilização das redes de afeto e de espaços comunitários frente aos problemas de saúde comunitários.
Conclusões e/ou Recomendações
A cada dia se faz mais necessário o envolvimento com práticas emancipatórias dentro de todos os direitos sociais, de todas as conquistas de cidadania. A atuação pelo prisma da Educação Popular em Saúde prioriza um olhar atento para compreendermos os outros como sujeitos no seu processo de saúde e doença e envidarmos iniciativas que, sendo participativas e dialógicas, valorizem seu protagonismo e seus saberes e fazeres cotidianos.
ENTRE O TERRITÓRIO E A PRÁXIS: SISTEMATIZAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO SUS
Comunicação Oral Curta
1 Núcleo Angicos/Fiocruz Brasília
Período de Realização
Estágio no Núcleo Angicos da Fiocruz Brasília no período de Novembro a Dezembro de 2024
Objeto da experiência
Partilhar vivência do estágio da residência multiprofissional na Especialização em Educação Popular em Saúde como estratégia formativa e política no SUS
Objetivos
Apresentar a vivência do estágio na Especialização Nacional em Educação Popular em Saúde, do Núcleo de Educação Popular, Cuidado e Participação na Saúde (Núcleo Angicos), como espaço estratégico, formativo e político-pedagógico no SUS embasado pelos princípios da Educação Popular em Saúde (EPS)
Descrição da experiência
A experiência vivida por meio do estágio ocorreu em meio ao debate na formação crítica de profissionais da saúde. Foi marcada pela imersão através das reuniões com a equipe nacional, construção do PPP, assim como os elementos pedagógicos da Especialização, somados aos aprendizados adquiridos durante a Residência, com foco no fortalecimento de vínculos com os territórios, valorização dos saberes populares somada à gestão da Especialização ao longo desses dois meses
Resultados
A experiência proporcionou aproximações com a EPS e fez conexões com o território de prática da residência, fortalecendo as práticas dialógicas, ampliação da leitura crítica dos determinantes sociais da saúde e consolidando o protagonismo dos sujeitos nos processos educativos. A Educação Popular media a articulação entre saber técnico e saber popular, promovendo ações mais humanizadas e politizadas, comprometidas com a justiça social, o fortalecimento do SUS e a construção coletiva do cuidado
Aprendizado e análise crítica
Evidenciou-se a potência da Educação Popular em Saúde na ressignificação da formação em saúde com a construção de vínculos ético-políticos com os sujeitos e territórios. A atuação integrada revelou limites de práticas tecnicistas ainda presentes nos serviços, reforçando a importância de estratégias pedagógicas emancipatórias. O envolvimento em atividades de base comunitária e processos participativos contribuiu para o desenvolvimento de uma postura crítica comprometida com os princípios do SUS
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência do estágio a partir da Especialização representa uma estratégia potente para a formação de profissionais sensíveis às realidades dos territórios. Recomenda-se o fortalecimento de experiências que integrem ensino-serviço-comunidade sob uma perspectiva popular, contribuindo para práticas mais inclusivas, fortalecendo o SUS como espaço de emancipação, equidade e cidadania
Realização: