
Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.19 - Vivências na Graduação: Práticas Reflexivas e Integração no SUS
02 DE DEZEMBRO | TERÇA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
A FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA PARA ATUAÇÃO NO CONTEXTO HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO NO HOSPITAL ESTADUAL DE URGÊNCIAS DE GOIÁS
Comunicação Oral Curta
1 UEG - Inhumas
Período de Realização
As atividades desenvolvidas no estágio ocorreram entre março e junho de 2025.
Objeto da experiência
O estágio foi realizado no Hospital Estadual de Urgências de Goiás (HUGO), referência no atendimento a casos de urgência e emergência.
Objetivos
Os objetivos do estágio consistiram em analisar a atuação da psicologia no contexto hospitalar e promover a integração entre teoria e prática, possibilitando a aplicação dos conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica.
Descrição da experiência
O Hospital, referência em ortopedia e traumatologia, possui uma estrutura organizada por setores, portanto, as atividades são realizadas por equipes multidisciplinares composta por profissionais de diversas áreas. Assim sendo, após revisar conteúdos sobre atendimento hospitalar e evolução psicológica, foi possível acompanhar e atuar na rotina hospitalar, que inclui atendimentos à beira do leito de pacientes e familiares, visitas multidisciplinares e reuniões para comunicação de óbito.
Resultados
O estágio proporcionou uma visão mais ampla sobre a psicologia em um cenário hospitalar, destacando sua importância. Isto é, embora os atendimentos sejam breves e únicos, eles oferecem aos pacientes alívio emocional e recursos de enfrentamento ao contexto vivido, por exemplo. Além disso, essas circunstâncias favorecem a psicoeducação, permitindo que o primeiro contato, e estabelecimento de vínculo com o psicólogo, seja positivo, que pode incentivar o acompanhamento pós internação.
Aprendizado e análise crítica
A atuação do psicólogo vai além do atendimento individual, sendo fundamental integrar-se à equipe multidisciplinar, garantindo um atendimento que considere o paciente como um ser biopsicossocial. É perceptível que alguns profissionais ainda mantêm uma visão individualizante, que gera uma lacuna na equipe e consequentemente na oferta de um bom atendimento. Apesar desse déficit, é visível que esse paradigma está sendo rompido e o hospital está em maturação, abordando um olhar mais humanístico.
Conclusões e/ou Recomendações
Embora a psicologia atue em diversos ambientes, ainda necessita de maior valorização, especialmente em hospitais. Destarte, seria necessário uma quantidade razoável de psicólogas que atendam a alta demanda, mas o baixo número de profissionais resultam em uma seleção de atendimentos, baseando-se na complexidade. Essa classificação não abrange todos que requerem atenção psicológica, provocando uma falta de atenção adequada para alguns pacientes.
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) NA FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOB A ÓTICA DISCENTE
Comunicação Oral Curta
1 UFRJ
Período de Realização
Relata-se a prática vivida em maio de 2025 e junho 2025.
Objeto da experiência
Formação de Enfermagem no campo da Saúde Mental - Experiência em um Serviço Territorial - CAPS
Objetivos
Descrever a partir de um relato de experiência discente, o impacto e as transformações para a formação de um profissional de saúde enquanto enfermeiro, no olhar a categoria loucura, o processo de cuidado e de trabalho, e as relações sanitárias no campo da saúde mental.
Descrição da experiência
A riqueza da experiência vivida na área de Saúde Mental junto aos CAPS, para nós estudantes, ainda esbarra com questões de ordem cultural e ético-política. Nesse sentido, os preconceitos sobre os transtornos psiquiátricos presentes no cotidiano da rede não psicossocial pode ser um complicador nos cenários de cuidado à saúde. No entanto, para uma sequência formativa que vinha se traduzindo hospitalocêntrica, a experiência nos CAPS e sua Rede Psicossocial, demarca um limitador de águas.
Resultados
Como resultado, tivemos uma reconfiguração da idéia de assistência em doença mental, demarcada pela possibilidade de reflexão e reconfiguração ético-política, reconstruir ideias sobre a categoria loucura, antes estigmatizadas pelos estudantes, e possibilitando o entendimento da importância e impactos da interdisciplinaridade e da intersetorialidade, permitindo a produção de uma assistência mais próxima da integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Aprendizado e análise crítica
Dessa forma, a experiência no CAPS mostrou-se transformadora uma vez que enriqueceu a formação profissional e ampliou a compreensão dos estudantes quanto ao cuidado de enfermagem na saúde mental. A partir da aproximação com os usuários e com as práticas interdisciplinares aplicadas ao cuidado psicossocial. Ou seja, um formação mais bem preparada para atender a dimensionalidade das subjetividades do outro, em sua história e realidade concretas.
Conclusões e/ou Recomendações
O experimentar a dimensionalidade do cuidar em Saúde Mental, no processo de formação, não nos limitou a uma localização especializada, mas nos levou a repensar cada cenário clínico que compõe o universo da assistência e do cuidado, em seus dispositivos e programas. Permitindo que o futuro profissional de saúde resgate o seu lugar ético-político como agente de mudanças.
ANÁLISE REFLEXIVA DA UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA POR ACADÊMICOS DE MEDICINA
Comunicação Oral Curta
1 UniFSP
Período de Realização
Início no 2º semestre de 2024 e em andamento até a data atual (junho de 2025).
Objeto da experiência
Aplicação do método de Planejamento Estratégico Situacional (PES) em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Avaré/SP.
Objetivos
Descrever o processo de aplicação do método PES, realizado por alunos do 1º ano do curso de Medicina do Centro Universitário Sudoeste Paulista (UniFSP) na USF Dr Flávio Negrão, e as ações desenvolvidas a partir da análise do problema identificado na gestão de dados e planejamento da assistência.
Metodologia
Entre as atividades do eixo Integração Ensino Saúde e Comunidade (IESC) do curso de Medicina, foram realizadas ações de reconhecimento do território e análise dos dados de cadastramento da população adscrita à USF, durante o 2º semestre de 2024, juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Identificou-se que a maioria dos registros apresentava respostas "não sabe", dificultando o diagnóstico das condições de saúde da população
Resultados
Identificou-se como problema central a ausência de dados e falta de atualização dos cadastros. Como consequência, havia desconhecimento das condições de saúde da comunidade, dificultando o planejamento de ações. As causas incluíram a falta de capacitação dos ACS e inexistência de atualização sistemática dos cadastros. Elaborou-se um plano de ação com a ferramenta 5W2H, sendo realizados: capacitação dos ACS, mutirão de coleta de dados, e criação de protocolo de atualização cadastral
Análise Crítica
A experiência demonstrou que PES é uma ferramenta efetiva para planejamento e fortalecimento da gestão local, e evidenciou como fragilidades na gestão de dados impactam diretamente na assistência. Destacou-se a importância da integração ensino-serviço, permitindo aos estudantes atuarem como mediadores de processos de qualificação da atenção. As ações, como a capacitação e a atualização cadastral, geraram ganhos concretos na resolutividade da unidade e ampliaram o olhar sobre o território
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a adoção de protocolos de atualização cadastral e a contínua capacitação da equipe, com foco em gestão e análise de dados visando qualificação da assistência. A experiência reforça o valor da integração ensino-serviço na formação acadêmica de médicos.
CARGA HORÁRIA DOS ESTÁGIOS CURRICULARES OBRIGATÓRIOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM CURSOS DE ENFERMAGEM DE UNIVERSIDADES FEDERAIS DO NORDESTE
Comunicação Oral Curta
1 UFMA
Apresentação/Introdução
A formação prática em enfermagem é essencial para o desenvolvimento de competências clínicas, éticas e políticas. A carga horária (CH) destinada à atenção primária à saúde (APS) nos estágios supervisionados pode influenciar a qualidade da formação e a inserção crítica do egresso no SUS, especialmente em regiões com marcadas desigualdades, como o Nordeste brasileiro.
Objetivos
Investigar e comparar a carga horária destinada aos estágios curriculares supervisionados obrigatórios na atenção primária à saúde em cursos de enfermagem de universidades federais do Nordeste.
Metodologia
Estudo documental, de abordagem descritiva e comparativa, realizado a partir da análise dos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) das instituições federais de ensino superior da região Nordeste que ofertam graduação em Enfermagem. Foram incluídos nove cursos vinculados às universidades federais da Bahia, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os documentos foram acessados por meio dos sites institucionais entre abril e junho de 2025. Foram extraídas informações sobre a carga horária total e a carga horária específica destinada aos estágios obrigatórios na atenção primária. Os dados foram organizados em planilha e analisados de forma comparativa.
Resultados
A média regional foi de aproximadamente 397h. Os estágios são divididos igualmente entre APS e atenção secundária/terciária em 8 das 9 universidades. Entretanto, na UFMA o estágio é dividido por subáreas com “Atenção Básica em Saúde” sendo a menor CH presente (135h). A maior foi de 500h (UFAL). Quatro instituições apresentam CH igual ou superior a 450h (UFBA, UFAL, UFPE, UFRN), enquanto outras quatro estão abaixo de 400h. Em todas as universidades, os estágios visam integrar teoria e prática no contexto do SUS, com ênfase na Estratégia Saúde da Família. A análise revelou heterogeneidades significativas entre os currículos, o que pode impactar a formação equitativa dos enfermeiros na região.
Conclusões/Considerações
A variação na carga horária dos estágios na atenção primária à saúde evidencia a necessidade de diretrizes mais uniformes que assegurem uma formação prática robusta e equitativa. A valorização da APS como espaço formativo é fundamental para fortalecer o SUS, especialmente no Nordeste, onde há elevada demanda por profissionais preparados para atuar em contextos de vulnerabilidade social.
COMUNICAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO: REFLEXÕES SOBRE A SAÚDE COLETIVA NA ÁREA DE EXATAS
Comunicação Oral Curta
1 Universidade Federal Fluminense
2 Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Período de Realização
A prática da experiência relatada ocorreu entre 7 de maio e 14 de maio de 2025.
Objeto da experiência
Elaboração de estratégias na Promoção da Saúde estudantil utilizando abordagens participativas em uma disciplina obrigatória da graduação de engenharia.
Objetivos
1) Apresentar os conceitos sobre Promoção da Saúde (PS) no contexto universitário para estudantes do primeiro ano de graduação de engenharia.
2) Incentivar a reflexão sobre o protagonismo estudantil nas ações promotoras de saúde voltadas ao bem-estar dos estudantes.
Descrição da experiência
Trata-se de vivência em sala de aula com graduandos de engenharia do 1º semestre de uma Instituição de Ensino Superior pública, compondo a ementa de disciplina obrigatória. A prática foi realizada com 200 participantes, em duas turmas e dividida em duas etapas. A primeira consistiu em aula expositiva sobre o conceito de PS alinhado à realidade deste público. A segunda, foi feita a integração com uma atividade participante, de planejamento de projetos utilizando a técnica “Working Backwards”.
Resultados
Os estudantes demonstraram conexão com o tema de Promoção da Saúde Universitária à medida que os conceitos eram apresentados junto à realidade vivenciada. A identificação dos participantes foi maior com temas que refletem no desempenho acadêmico, como soft skills. Observou-se o interesse coletivo por meio das perguntas realizadas durante a aula expositiva e no envolvimento dos grupos formados para a elaboração de soluções sustentáveis em prol do bem-estar da comunidade dos estudantes.
Aprendizado e análise crítica
Faz-se necessário explorar possibilidades de ensino-aprendizagem sobre PS em diversos contextos, ampliando a co-responsabilidade na contribuição social pelo público que vivencia os ambientes universitários. Partindo do pressuposto que estudantes universitários possuem maior acesso às informações de qualidade, discutir sobre Comunicação e Literacia em Saúde é um passo fundamental para que os jovens sejam incentivados a assumir o protagonismo das transformações em benefício da saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
As discussões sobre PS encontram-se centralizadas na formação e na prática de profissionais da saúde, e sua presença também se faz necessária em outras áreas do conhecimento. A transdisciplinaridade é fundamental para o desenvolvimento de ações em benefício da saúde de todos. A Comunicação e a Literacia em Saúde é uma importante ferramenta de conexão entre saberes, permitindo o diálogo, consolidação e a construção coletiva.
DIVULGASUS: CONSTRUINDO PONTES DE INFORMAÇÃO NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Comunicação Oral Curta
1 UEFS
2 UNIVASF
Período de Realização
De janeiro de 2024 a dezembro de 2024.
Objeto da experiência
As atividades extensionistas (planos de trabalho, palestras, curso, seminário) desenvolvidas por discentes e docentes no programa de extensão.
Objetivos
Relatar a experiência de atividades extensionistas do programa "DIVULGASUS: Divulgação do Sistema Único de Saúde na promoção da saúde enquanto direito à cidadania”, e seu papel na construção de pontes de informação na extensão universitária.
Descrição da experiência
Relato de experiência das atividades desenvolvidas no programa de extensão DIVULGASUS, implementado por docentes e discentes do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana, no ano de 2024. As atividades realizadas estiveram relacionadas a: desenvolvimento de planos de trabalhos por discentes bolsistas (4) e voluntários (2); construção de materiais educativos (cards, folders, cartilha entre outros); palestras e salas de espera; curso de extensão (2) e seminário (1).
Resultados
Foram concluídas seis orientações de planos de trabalho de extensão, que originaram produções técnicas, como cards (21), folders (5), panfleto (1), cartilha (1), palestras e salas de espera (11), trabalhos apresentados/ publicados em anais de congressos (7), cursos de extensão (2) e seminário (1). O programa de extensão tem oportunizado a expansão de conhecimentos sobre o SUS, para seus membros, para as pessoas que têm acesso ao material informativo e as que participaram dos eventos organizados.
Aprendizado e análise crítica
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Contudo, é inegável a influência da mídia sobre a sociedade brasileira através de veiculações de seus limites e fragilidades, reforçando uma visão negativa. Destaca-se o papel das universidades públicas na divulgação desse sistema, sendo importante o desenvolvimento da extensão com esse enfoque.
Conclusões e/ou Recomendações
Destaca-se o envolvimento do ensino, do serviço e dos usuários na execução do programa de extensão. As atividades desenvolvidas têm colaborado para a divulgação do SUS e podem contribuir para valorização dos seus serviços e a defesa da cidadania, o que poderá também proporcionar o acesso aos seus serviços e reconhecimento dos direitos, assegurando dessa forma a participação cidadã em um sistema que é universal, integral e gratuito.
DO DADO À AÇÃO: ENSINANDO EPIDEMIOLOGIA COMO FERRAMENTA SOCIAL NA GRADUAÇÃO
Comunicação Oral Curta
1 UFPR
Período de Realização
Setembro a dezembro de 2024, durante o semestre letivo da disciplina de Epidemiologia.
Objeto da experiência
A experiência docente no ensino de Epidemiologia, com ênfase em práticas críticas, interdisciplinares e aplicadas.
Objetivos
Apresentar a proposta pedagógica de uma disciplina de Epidemiologia que integra teoria, prática e criticidade, promovendo a formação de estudantes capazes de compreender e aplicar o pensamento epidemiológico à realidade social e sanitária contemporânea.
Descrição da experiência
A disciplina abordou aplicações da Epidemiologia no planejamento, gestão e avaliação em saúde, bem como fundamentos do método epidemiológico para análise de situação de saúde. O conteúdo foi articulado a práticas interdisciplinares com realização de um trabalho aplicado. Grupos de estudantes coletaram dados secundários, calcularam medidas de frequência e desenvolveram uma análise crítica para temas selecionados. A leitura e análise de artigos científicos deu sustentação ao percurso formativo.
Resultados
Os estudantes demonstraram capacidade de aplicar conceitos epidemiológicos na análise de problemas reais. Desenvolveram autonomia na busca e sistematização de dados secundários. O trabalho final resultou em propostas relevantes para problemas de saúde pública, evidenciando o papel da Epidemiologia como ferramenta de transformação social. A análise e produção de artigos científicos, complementou a formação, ampliando o olhar sobre a construção do conhecimento em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência demonstrou que o ensino da Epidemiologia pode ir além da técnica, ao promover uma compreensão ampliada e crítica da saúde. Os estudantes aprenderam a operar o raciocínio epidemiológico, a reconhecer os limites e potencialidades dos dados e a formular proposições embasadas. Com uma abordagem interdisciplinar, foi possível perceber a transição de um olhar descritivo para um olhar analítico e propositivo que favoreceu o engajamento e a autonomia discente.
Conclusões e/ou Recomendações
O ensino da Epidemiologia como prática formativa crítica contribui para uma formação integral e engajada. Recomenda-se que disciplinas desta natureza incorporem estratégias de análise de dados, articulação com problemas sociais reais, promovendo a construção do pensamento epidemiológico aplicado, a reflexão interdisciplinar e o diálogo com a prática em saúde coletiva.
EDUCAÇÃO EM DOR COMO ESTRATÉGIA INTERDISCIPLINAR NA ATENÇÃO À DOR CRÔNICA: DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA NO PROJETO DE EXTENSÃO AMBULATÓRIO DA DOR
Comunicação Oral Curta
1 UNIFOR
Período de Realização
Implantado em 2021, o Ambulatório da Dor realiza ações de educação em dor às segundas-feiras.
Objeto da experiência
Educação em dor como estratégia interdisciplinar no cuidado à dor crônica no Ambulatório da Dor (NAMI/Unifor).
Objetivos
Descrever a experiência da Educação em Dor como estratégia interdisciplinar de extensão universitária, visando a promoção da saúde, o autogerenciamento da dor crônica e a formação integrada dos estudantes na atenção qualificada aos pacientes.
Descrição da experiência
Com abordagem participativa, a experiência integra pacientes, estudantes de saúde e equipe multiprofissional em encontros que exploram dor, enfrentamento e autocuidado. São utilizadas rodas de conversa, recursos visuais e atividades práticas, valorizando o saber compartilhado e o protagonismo dos sujeitos no processo de cuidado.
Resultados
Os encontros favoreceram o compartilhamento de experiências, o fortalecimento do vínculo terapêutico e o aumento da adesão às estratégias de cuidado. As participantes relataram melhor compreensão da dor e maior autonomia para enfrentá-la. Para os discentes, houve aprimoramento em comunicação, escuta ativa e trabalho interdisciplinar. Profissionais da saúde aprofundaram seus conhecimentos teóricos e ampliaram a capacidade crítica na atuação conjunta.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou progresso na formação interdisciplinar e na promoção de uma abordagem humanizada da dor. Ressaltou-se o valor da participação ativa dos pacientes e da adaptação metodológica. Entre os desafios, destacou-se a necessidade de ampliar recursos pedagógicos e fortalecer estratégias para aumentar o engajamento e o autogerenciamento da dor. O projeto confirma a importância da educação contínua e da articulação entre ensino e prática clínica.
Conclusões e/ou Recomendações
A Educação em Dor mostrou-se eficaz no cuidado a pessoas com dor crônica, promovendo empoderamento e apoio psicossocial. Contribui para a formação multiprofissional, aproxima a universidade da comunidade e fortalece o cuidado humanizado e interdisciplinar. Recomenda-se ampliar a divulgação do projeto e investir em recursos para garantir maior engajamento e continuidade do atendimento.
ENTRE OLHARES E REFLEXOS: EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM COMO DISPARADORA DE REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
Comunicação Oral Curta
1 IDOR
2 UNIGRANRIO
Período de Realização
A atividade proposta foi realizada por um período de 36 dias (17 de abril a 22 de maio).
Objeto da experiência
Exposição fotográfica que relata vivências e olhares no Processo Saúde-Doença, despertando uma reflexão crítica sobre a realidades cotidiana.
Objetivos
A proposta teve como objetivo sensibilizar e promover reflexões críticas sobre o Processo Saúde-Doença, estimulando um olhar mais humano e empático para as vivências dos usuários, ampliando os conhecimentos do público sobre as realidade e desafios vividos em cada realidade.
Descrição da experiência
O trabalho foi realizado por uma turma do 2º semestre do curso de Enfermagem, onde 16 fotografias capturadas pelos integrantes da turma foram expostas junto a um mural de espelhos, que refletiam os anseios dos participantes. Os temas abordaram fatores que influenciam o Processo Saúde-Doença: religião, família, autocuidado e cotidiano. A exposição foi aberta a discentes, docentes e outros profissionais da faculdade, visando sensibilizá-los para diferentes realidades e olhares sobre o Processo Saúde-Doença.
Resultados
Através de relatos dos convidados, a exposição resultou na sensibilização e reflexão crítica do cotidiano dos participantes envolvidos. Estimulou debates sobre fatores sociais, culturais e ambientais que impactam a saúde, fortalecendo a identidade profissional dos alunos. Além disso, a atividade evidenciou a arte como ferramenta pedagógica e de comunicação eficaz, enriquecendo a formação humanística e o olhar empático no cuidado em saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência proporcionou aprendizado sobre a importância de abordagens sensíveis e humanizadas no ensino em saúde. Favoreceu o desenvolvimento do olhar crítico dos alunos sobre os determinantes sociais da saúde e do Processo Saúde-Doença. A interação com o público evidenciou a necessidade de comunicação empática e de reflexão contínua na formação profissional, reforçando o papel da arte como mediadora desse processo.
Conclusões e/ou Recomendações
A atividade sensibilizou os participantes para diversas realidades que compõem o Processo Saúde-Doença no cotidiano. A exposição de olhares e vivências promoveu empatia e análise crítica, ampliando a compreensão sobre os diversos fatores que impactam na saúde. Além disso, evidenciou que experiências integrativas como a proposta contribuem de forma significativa para a formação crítica e humanizada dos futuros profissionais da saúde.
GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: POTÊNCIAS E DESAFIOS NA FORMAÇÃO DE SANITARISTAS E FORTALECIMENTO DO SUS
Comunicação Oral Curta
1 USP
2 UFPR
3 UnB
4 UFRGS
5 ISC-UFBA
6 UFPE
Apresentação/Introdução
Criados há mais de 15 anos, os Cursos de Graduação em Saúde Coletiva (CGSC) surgiram a partir da necessidade de ampliar a formação de profissionais alinhados às demandas populacionais e do Sistema Único de Saúde (SUS). Fazendo-se necessário refletir criticamente sobre a formação e atuação desses profissionais.
Objetivos
Refletir sobre a criação dos CGSC e seus desafios e potencialidades na formação de sanitaristas no Brasil.
Metodologia
Trata-se de um trabalho derivado do ensaio “A graduação em saúde coletiva como estratégia política de re-existência e defesa do SUS: trajetória, expectativas e desafios para o futuro” de Silva et al. (2024). buscou-se refletir sobre a IDEIA, PROPOSTA, PROJETO, MOVIMENTO E PROCESSO de criação e manutenção dos CGSC, tendo como base a proposta de Paim (2008). Consultou-se produções científicas, documentos institucionais e históricos e a legislação sobre o tema.
Resultados
A IDEIA para criação dos CGSC surgiu durante a Reforma Sanitária Brasileira como uma PROPOSTA para formar profissionais capazes de responder às necessidades emergentes após implantação do SUS, sendo um debate tensionado com posições pró e contra. Após amplas discussões, esse PROJETO demandou esforços para o delineamento dos CGSC, culminando nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Enquanto MOVIMENTO se percebe a potencialidade desses cursos na atualidade, apresentando-se de modo interdisciplinar e com potencial para romper os moldes biomédicos de atenção à saúde. Nesse PROCESSO se reverberam os desafios de aprimoramento da formação, reconhecimento profissional e a inserção no mundo trabalho.
Conclusões/Considerações
Os CGSC se apresentam enquanto um projeto político-pedagógico e estratégico de formação de sanitaristas comprometidos com às necessidades da população e do SUS, configurando-se como agentes de transformação. São marcados por tensões desde sua concepção e com desafios formativos e profissionais a serem superados, porém com amplo potencial de fortalecimento da Saúde Coletiva enquanto campo de saberes e de práticas.

Realização: