Programa - Comunicação Oral Curta - COC13.21 - Formação em Saúde: Trajetórias e Desafios
03 DE DEZEMBRO | QUARTA-FEIRA
08:30 - 10:00
DA TEORIA À SUBMISSÃO: OFICINA DE ESCRITA CIENTÍFICA DE UMA LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE COLETIVA (LASC) COMO PRÁTICA EXTENSIONISTA FORMATIVA
Comunicação Oral Curta
GIRARDI, F.1, C. F.2, FONTANA, M.2, RIBEIRO, O. A. P. S.3, DE OLIVEIRA, K. I.2, SILVA, R. L.3, TAQUARY, V. H. L. B.3, GEREMIA. D. S.4, DA SILVA FILHO, C. C.4, TOMBINI, L. H. T.4
1 Docente Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Campus Chapecó-SC
2 Acadêmica de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó-SC
3 Acadêmico de Medicina da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó-SC
4 Docente Enfermagem da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó-SC
Período de Realização
07/04/2025 a 07/05/2025
Objeto da experiência
Capacitação em escrita científica com foco na elaboração de resumos acadêmicos para submissão em eventos científicos na perspectiva da saúde coletiva.
Objetivos
Realizar oficina teórica e prática de escrita científica voltada à elaboração de resumos acadêmicos para submissão em eventos acadêmicos. Estimular a produção colaborativa em temas relevantes da saúde coletiva, oferecendo acompanhamento durante o processo de construção, revisão e submissão.
Descrição da experiência
A oficina ocorreu em 07/04/2025, das 18h às 21h, com exposição teórica e atividade prática. Foram abordadas etapas da submissão de trabalhos, estrutura de resumos, metodologias e estratégias de escrita. Os participantes formaram grupos e iniciaram a produção dos resumos, que entre 14/04 e 07/05 foram revisados por professores doutores e submetidos em eventos regionais e estaduais. A ação fortaleceu a escrita acadêmica e fomentou a cultura científica, promovendo diálogo entre universidade e sociedade.
Resultados
Participaram 52 estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul e foram produzidos e submetidos 17 resumos. Houve engajamento contínuo dos estudantes, fortalecimento do vínculo com a LASC e desenvolvimento de habilidades em escrita científica. O ambiente colaborativo favoreceu o processo formativo e a produção acadêmica, confirmou a potencialidade das Ligas Acadêmicas na divulgação da saúde coletiva e reforçou a indissociabilidade desta e da formação na área da saúde.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância da escrita científica como prática formativa. A metodologia ativa e o apoio constante favoreceram o aprendizado prático e o envolvimento estudantil e docente foi essencial para a qualidade dos resumos e para o sucesso da atividade. O retorno informal dos participantes reforça a relevância da oficina e da saúde coletiva na formação acadêmica, destacando a necessidade de iniciativas que articulem ensino, pesquisa e extensão.
Conclusões e/ou Recomendações
A oficina cumpriu plenamente seus objetivos, sendo uma experiência formativa de destaque. Recomenda-se a continuidade da ação em edições futuras, com sistematização formal da avaliação e ampliação do público-alvo. Iniciativas como essa são fundamentais para democratizar o acesso à produção científica e fortalecer a reflexão acerca de temas da saúde coletiva no cotidiano acadêmico.
OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO SANITARISTA: RELATO DO PROCESSO DE REFORMA CURRICULAR DE UM CURSO NOTURNO DE SAÚDE COLETIVA
Comunicação Oral Curta
Silva, R.D.F.C.1, Rocha, C.M.F.1, Bairros, F. S.1, Gerhardt, T.E.1, Pasche, D.F.1, Souza, T. P.1, Cruz, E.M.1, Moraes, D. U.1, Schmitz, C.A.A.1, Medeiros, R.H.A.1
1 UFRGS
Período de Realização
Iniciou no segundo semestre de 2022 e encontra-se em fase final
Objeto da experiência
Os desafios da formação do sanitarista a partir da elaboração da reforma curricular de um curso noturno de saúde coletiva
Objetivos
Discutir a elaboração de um projeto pedagógico a partir das DCNs aprovadas em 2022; propor caminhos para a permanência dos estudantes de um curso noturno na universidade pública; apresentar estratégias de inovação pedagógica no curso de saúde coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Descrição da experiência
Desde o segundo semestre de 2022, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso vem realizando reuniões quinzenais, de forma ampliada, contando com a participação de docentes, representantes discentes e de egressos. Durante o processo, no primeiro ano, foi realizada avaliação do Curso e do currículo vigente. A partir de 2024, os encontros foram propositivos a fim de adequar o Curso às DCNs e trazer melhorias na formação dos futuros profissionais.
Resultados
Além das reuniões do NDE ampliado, foram realizadas atividades abertas com docentes, discentes e egressos; com representantes do Fórum de Graduação da ABRASCO; e, com representantes da comunidade (conselhos de saúde, serviços, etc), que puderam conhecer e analisar o projeto pedagógico em construção. As alterações mais significativas são: reorganização das áreas temáticas; tempo de conclusão do curso, alteração do ingresso, adoção da semana de 4 dias e as atividades curriculares integradoras.
Aprendizado e análise crítica
A partir de 2026, o Curso passa a ocorrer de segunda a quinta-feira, respeitando o perfil de estudantes trabalhadores, promovendo tempo para realização de atividades extra classe, estudo e lazer. A construção de uma Unidade de Produção Pedagógica (UPP) Integradora que será ministrada por docentes das três áreas, conforme DCNs; com carga horária extensionista e, a cada semestre, abordará uma população em situação de vulnerabilidade, trazendo luz ao debate sobre políticas de equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
O processo da reforma curricular do Curso de Saúde Coletiva teve um caráter democrático, amplo e inclusivo nesses três anos. A construção contou com a participação de discentes, docentes, egressos e comunidade externa. As mudanças são uma aposta desafiadora com a finalidade de trazer uma adequação e melhor distribuição da carga horária de acordo com as áreas, permanência na universidade, maior integração das áreas e um debate sobre equidade no SUS.
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, ACADÊMICO E PROFISSIONAL DOS EGRESSOS DO BACHARELADO EM SAÚDE COLETIVA DA UFRGS
Comunicação Oral Curta
Borges, L. V.1, Ribeiro, F. R.1, Silva, R. D. F. C.1, Plácido, F.1, Umpierre, D.1, Porto, N. D. H.1, Rocha, C. M. F.1
1 UFRGS
Apresentação/Introdução
O Bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) completou 15 anos em 2024. Apesar da consolidação do curso e da recente regulamentação da profissão de sanitarista, pouco se conhece sobre a trajetória de seus egressos, especialmente quanto à inserção no mercado de trabalho e às escolhas acadêmicas e profissionais.
Objetivos
Descrever o perfil sociodemográfico, socioeconômico, acadêmico e profissional dos egressos do Bacharelado em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Metodologia
Trata-se de estudo descritivo-exploratório, realizado por meio de questionário online, semiestruturado e autoaplicado, com 41 perguntas. A coleta ocorreu entre novembro e dezembro de 2023, divulgada por e-mail, WhatsApp e redes sociais do curso. O questionário abrangeu quatro dimensões: sociodemográfica, socioeconômica, acadêmica e profissional. Participaram 100 egressos formados entre 2009 e 2023. A análise foi realizada de forma descritiva, com organização dos dados em planilhas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS (CAAE 77860924.6.0000.5347).
Resultados
A maioria dos egressos é mulher (84%), branca (70%) e tem entre 31 e 40 anos (42%). Do total, 74% atuam na área da saúde, porém 55,2% não exercem atividades como sanitaristas. Entre os trabalhadores, 47% são servidores públicos e 19,8% estão no setor privado (CLT). Quanto à formação acadêmica, 78% realizaram pós-graduação, principalmente especialização (46%) e residência (32%). As principais dificuldades apontadas foram a baixa oferta de vagas específicas, falta de reconhecimento da profissão, insegurança quanto à estabilidade e retorno financeiro e a escassez de concursos públicos para sanitaristas.
Conclusões/Considerações
Os resultados evidenciam desafios na valorização e reconhecimento do sanitarista no mercado. Apesar de inseridos na saúde, nem todos os egressos atuam como sanitaristas, refletindo as limitações de oportunidades. A regulamentação profissional traz perspectivas positivas, mas é necessário fortalecer a articulação entre formação, mercado e políticas públicas para garantir efetiva inserção profissional.
CONSTRUÇÃO COLETIVA DE UM PROTOCOLO MUNICIPAL PARA QUALIFICAÇÃO DO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO NO SUS BETIM: EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-GESTÃO
Comunicação Oral Curta
SOUZA, E. S.1, SUNDERMANN, Y. M.2, FERNANDES, E. S.2, ALEIXO, W. M. A.1, PINHEIRO, E. R. S.1, DIAS, E. de M.2, OLIVEIRA, T.M.1, SOUZA, M. W.1, ROCHA, D. C.1, JUNQUEIRA, C. P.1
1 Prefeitura Municipal de Betim
2 Pontifícia Universidade Católica- PUC, Campus Betim
Período de Realização
Setembro de 2019 a julho de 2023.
Objeto da produção
Construção e implantação do Protocolo Municipal de Pré-Natal e Puerpério em Betim como instrumento oficial norteador da prática clínica no SUS.
Objetivos
Fortalecer a linha de cuidado materno-infantil em Betim, por meio da construção de um protocolo clínico que unifica condutas, qualifica a assistência, promove segurança na prática e fortalece a integração ensino-serviço-gestão, contribuindo para a redução da morbimortalidade materna e neonatal.
Descrição da produção
A experiência começou em 2019, com um grupo técnico da rede SUS Betim. Interrompida pela pandemia, foi retomada em 2022, via PET-Saúde, em parceria com SMS Betim e PUC Minas. Divididos em subgrupos, acadêmicos, tutores, preceptores e profissionais fizeram revisão de literatura, produção textual e validação coletiva. As reuniões híbridas garantiram a construção dos capítulos. Na etapa final, 12 oficinas em unidades permitiram escuta dos profissionais, validação prática e ajustes do documento.
Resultados
O protocolo foi publicado no Diário Oficial do Município em 2024 e hoje é instrumento normativo obrigatório para o cuidado às gestantes e puérperas na rede SUS Betim. Observou-se maior padronização das condutas, fortalecimento da atuação multiprofissional, mais segurança clínica na assistência, além da ampliação dos espaços de educação permanente nas unidades. A construção coletiva também fortaleceu vínculos entre academia, gestão e serviços, estimulando a corresponsabilidade pelo cuidado.
Análise crítica e impactos da produção
O protocolo foi publicado no Diário Oficial do Município em 2024 e hoje é instrumento normativo obrigatório para o cuidado às gestantes e puérperas na rede SUS Betim. Observou-se maior padronização das condutas, fortalecimento da atuação multiprofissional, mais segurança clínica na assistência, além da ampliação dos espaços de educação permanente nas unidades. A construção coletiva também fortaleceu vínculos entre academia, gestão e serviços, estimulando a corresponsabilidade pelo cuidado.
Considerações finais
A construção e implantação do protocolo mostram que práticas com escuta ativa, participação coletiva e valorização do território geram impactos concretos na qualificação do cuidado. Recomenda-se que municípios adotem protocolos locais como estratégia para fortalecer a APS, promover segurança assistencial e melhores desfechos. É essencial garantir espaços permanentes para revisão, atualização e monitoramento desses instrumentos.
EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO - OSCE NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO E DE ENSINO REFLEXIVO PAUTADO NA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Comunicação Oral Curta
De Lima, H.F.C.1, De Aquino, L.A.S1, Portella, D.L.1
1 Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Período de Realização
Entre fevereiro de 2023 à maio de 2025
Objeto da produção
A formação e atuação de profissioanis e discentes de educação física na atenção primária em saúde
Objetivos
Construir, validar e aplicar o OSCE como instrumento educacional para Educação Física, baseado na integralidade do cuidado à saúde, promovendo a formação crítica, integral e multidisciplinar dos discentes, qualificação do atendimento e preparo para atuação no Sistema Único de Saúde.
Descrição da produção
A metodologia para construção e validação do OSCE seguiu um estudo transversal, quali-quanti, com 10 especialistas em ciências médicas e ensino em saúde. O material foi estruturado em três partes: caso clínico, encaminhamento médico e checklist dividido em domínios (acolhimento, físico, mental e social). A validação utilizou o Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde, com análise de confiabilidade pelo alfa de Cronbach e coeficiente de correlação intraclasse.
Resultados
A validação do OSCE revelou alta confiabilidade, com alfa de Cronbach de 0,89 e ICC de 0,95. Os domínios apresentaram ICCs de 1,00 (relevância), 0,95 e 0,94 (estrutura/apresentação e objetivos). Sugestões de melhorias foram feitas para o checklist, caso simulado e encaminhamento médico. O OSCE mostrou-se uma ferramenta confiável para avaliar competências em Educação Física alinhada à Atenção Integral à Saúde, promovendo uma prática relacioandao à atenção integral à saúde.
Análise crítica e impactos da produção
O OSCE estruturado na Atenção Integral à Saúde representa avanço crucial na avaliação prática em Educação Física, integrando as dimensões físicas, mentais e sociais da saúde. Como Produto Técnico Tecnológico, promove ensino reflexivo e formação crítica, com alta confiabilidade e potencial para fortalecer a atuação no SUS. Demonstra impacto positivo na formação humanizada e contextualizada devendo ser aplicado em maior escala.
Considerações finais
O OSCE pautado na Atenção Integral à Saúde é instrumento validado e confiável que contribui para a formação integral em Educação Física. Desenvolve competências técnicas, emocionais e comunicativas, promovendo avaliação holística e reflexão crítica. Fortalece o ensino, qualifica o cuidado no SUS e responde às demandas atuais com abordagem inovadora, humanizada e multidisciplinar.
HIGIENE DAS MÃOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PARA A PRÁTICA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Comunicação Oral Curta
Costa, EAM1, Moraes, MA de2, Macedo, TTS de3, Oliveira, AC4, Carvalho, RLR de2, Brazil, J1, Queiroz, FS2, Santana, MS3
1 Universidade do Estado da Bahia
2 Universidade Federal da Bahia
3 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
4 Universidade Federal de Minas Gerais
Apresentação/Introdução
A higienização das mãos (HM) é reconhecida como estratégia-chave de prevenção e controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), embora taxas de adesão à HM sejam inaceitavelmente baixas. Faz-se imperioso que a temática da HM seja objeto de preocupação também das Instituições de Ensino Superior, a contribuir com o papel das universidades frente à prevenção das IRAS.
Objetivos
Analisar o conhecimento de discentes de cursos de graduação em Enfermagem acerca da técnica e temática da HM
Metodologia
: Estudo multicêntrico e transversal, realizado com discentes de cursos de graduação em Enfermagem de quatro universidades localizadas em Salvador, BA e Belo Horizonte, MG. Duas variáveis foram pesquisados: 1) Caracterização acadêmica e 2) Conhecimento. A amostra, por conveniência, constou de todos os alunos matriculados nesses cursos. A coleta de dados, presencial, incluiu duas etapas realizadas de modo sequenciado: 1) Da observação não participante da técnica de higienização das mãos utilizando solução alcóolica e 2) Da aplicação de um questionário com perguntas semi-estruturadas. Na análise, utilizou-se estatística descritiva, medidas de frequência absoluta e relativa.
Resultados
O estudo contemplou 960 participantes das quatro universidades, com percentual de alunos participantes superior a 80%. O sexo feminino foi predominante (86,4%) bem como a idade entre 18 a 24 anos (74,7%). Dos seis passos recomendados para a técnica de HM, apenas 11,5% dos alunos realizou todos os passos; a fricção das palmas das mãos entre si, foi a etapa mais executada; a maioria dos alunos (49,1%), higienizou as mãos com tempo inferior a 20 segundos. Mais da metade (56,6%) dos discentes conhecem o conceito de HM, e 65,1% reconhecem os cinco momentos para a HM durante os cuidados em saúde, entretanto, desconhecem o tempo preconizado para HM em 78,7%.
Conclusões/Considerações
Esse estudo identificou lacunas de conhecimento acerca da HM entre os discentes dos curso de Enfermagem estudados, apontando necessidade de currículos voltados para a prevenção de erros e sistemas de saúde seguros, de modo a preparar futuros profissionais e a contribuir para a consolidação da cultura da HM nas instituições de saúde.
PERSPECTIVAS CRÍTICAS NA FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA A PARTIR DA EXTENSÃO: INTERSECÇÕES COM DIREITOS HUMANOS E SAÚDE
Comunicação Oral Curta
Nascimento, A. M.1, Resende, C. M. De2, Silva, F. F. Da2, Cruz, J. C. O.2, Fernandes, R. L.2, Prates, V. Q. de M.2, Silva, N. A. da2, Morato, L. de J. M.2
1 UFG
2 UniCambury
Período de Realização
De 2025 até o presente momento.
Objeto da experiência
Formação universitária crítica a partir da extensão universitária em Psicologia, em diálogo com os Direitos Humanos e a Saúde.
Objetivos
Promover estudos, reflexões e intervenções em interface entre a Psicologia, Direitos Humanos e Saúde, em diferentes espaços sociais, por meio de ações grupais que fortaleçam a saúde e a saúde mental, ampliem o acesso a direitos e contribuam para práticas psis socialmente comprometidas.
Descrição da experiência
A experiência extensionista resulta de um grupo de estudos iniciado no segundo semestre de 2024, com visitas institucionais, eventos intersetoriais e dez encontros de estudo direcionados. Em janeiro de 2025, transforma-se em projeto de extensão, envolvendo discentes, docentes e comunidade, buscando articular o encontro da Psicologia, Direitos Humanos e práticas em saúde em diversos contextos.
Resultados
Enquanto atividade de extensão, o projeto tem promovido a participação em eventos, formações, visitas institucionais, grupos de estudo e ações culturais. Tem se ampliado a discussão sobre temas fundamentais e historicamente negligenciados na formação em Psicologia, tensionando teoria e prática. Observa-se avanços na articulação dos temas, com aprofundamento nas problematizações acerca da medicalização, mercantilização da saúde, territorialização e interseccionalidade nas abordagens.
Aprendizado e análise crítica
A experiência tem ampliado o olhar sobre a indissociabilidade entre dinâmicas socioeconômicas, culturais e o adoecimento, evidenciando que a Psicologia não pode se afastar desses atravessamentos, sob risco de reforçar o apagamento das vivências. Tem também fortalecido o protagonismo discente na escolha de temas e na construção de propostas, acolhendo as angústias formativas, apontando os limites curriculares e a urgência de práticas críticas, comprometidas com os direitos humanos e a equidade.
Conclusões e/ou Recomendações
A participação ativa dos discentes, mediada pela extensão, tem contribuído para a construção de uma Psicologia comprometida, articulando políticas públicas, territórios, práticas interdisciplinares e movimentos sociais. Os temas relativos aos direitos humanos, saúde e Psicologia ainda se mostram desarticulados da realidade social e da formação discente. Assim, é fundamental fortalecer espaços que integrem ensino, pesquisa e extensão.
PREVENÇÃO DE DOENÇAS E ATENÇÃO AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO DO COMPONENTE CURRICULAR EPIDEMIOLOGIA COM CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS EM CRECHE MUNICIPAL
Comunicação Oral Curta
Oliveira, S.B.1, Marinho, F.A.1, Moraes, J. C. M.1, Sousa, L. O.1, Santos, B. B.1
1 FAINOR
Período de Realização
Fevereiro a junho de 2025, totalizando 30 horas de atividade extensionista junto a uma creche pública.
Objeto da experiência
Avaliação do crescimento e desenvolvimento infantil por meio de ações extensionistas voltadas à saúde e nutrição de crianças em creche pública
Objetivos
Avaliar o crescimento e o desenvolvimento de crianças de 2 a 4 anos de uma creche municipal e promover intervenções preventivas e orientações para profissionais e famílias, a fim de proporcionar um ambiente favorável ao crescimento saudável e ao desenvolvimento cognitivo, emocional e social desse público.
Descrição da experiência
A atividade fez parte do Componente Epidemiologia do curso de Enfermagem de uma faculdade de Vitória da Conquista – BA. O projeto inicial foi desenhado ao longo de três meses e foi apresentado à direção da creche, o qual foi imediatamente aceito e comemorado. Foram organizados todos os processos necessários à realização da atividade cuja culminância ocorreu no dia 02/06/2025, por meio de atividades lúdicas sobre alimentação saudável, avaliações antropométricas e do desenvolvimento das crianças.
Resultados
Foram avaliadas 46 crianças, sendo que 93,5% apresentaram IMC dentro do padrão esperado, dois casos de magreza (4,3%) e um de obesidade (2,2%). A maior parte das crianças (87%) conseguiu realizar as atividades avaliativas dos marcos de desenvolvimento de forma satisfatória, demonstrando bons padrões cognitivo, motor e linguístico para a idade. Dentre as que tiveram dificuldades (seis crianças), apenas uma não tinha diagnóstico prévio de transtorno do neurodesenvolvimento, segundo as professoras.
Aprendizado e análise crítica
A ação proporcionou aos discentes uma vivência prática relevante sobre puericultura, permitindo observar as relações entre nutrição, desenvolvimento e fatores socioambientais e evidenciou a importância do olhar integral sobre a realidade infantil, fortalecendo a formação crítica dos futuros profissionais de saúde. Além disso, demonstrou a relevância de atividades lúdicas para a realização de educação popular em saúde em ações com o público infantil.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração ensino-serviço-comunidade mostrou-se eficaz para promover saúde por meio de orientações de práticas alimentares e estratégias de prevenção voltadas às famílias e educadores da creche. A experiência reforça a importância da atuação preventiva e educativa em espaços escolares. Recomenda-se o acompanhamento contínuo das crianças com equipe multiprofissional e a inclusão de ações periódicas de avaliação e orientação nutricional.
USO DE UM PORTIFÓLIO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Comunicação Oral Curta
Lima, T. N. B.1, Oliveira, T. S.2, Carvalho, M. E, L.3, Freire, M. E. M.1, Abrão, F. M. S.2
1 UFPB
2 UPE
3 FIOCRUZ- Instituto Aggeu Magalhães
Período de Realização
(Ocorreu entre os meses de março a junho de 2023).
Objeto da experiência
(Relatar o uso da ferramenta portifólio como uma metodologias ativas na sala de aula durante a formação em docência na enfermagem).
Objetivos
(Descrever a experiência de processo de construção do portfólio durante as vivências da disciplina da tecnologia educacional construtivistas em saúde, num Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPB).
Metodologia
(Nas discussões da disciplina, estimulou-se a importância do papel do planejamento no ensino e aprendizagem, para deste modo, refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem. A construção do portfólio teve como finalidade o registro reflexivo sobre todas as vivências durante a disciplina, o uso de metodologias ativas na sala de aula estimulou-se a importância do papel do planejamento no ensino e aprendizagem, para deste modo, refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem na saúde).
Resultados
( Portanto, a utilização de metodologias ativas evidencia uma mudança, tanto para o educador quanto para o educando, pois o primeiro passa a ser o facilitador da aprendizagem, que “guia” o segundo no caminho da compreensão a partir do seu ponto de vista. Com isso, o discente passa a ser um explorador autônomo que desenvolve opiniões e pensamentos próprios).
Análise Crítica
(O ensino em saúde exige do futuro docente entender essa prática além da simples transmissão de conhecimento, mas a transformação da informação durante a formação, e desenvolver um conhecimento através das relações com todos os envolvidos no processo).
Conclusões e/ou Recomendações
(Frente ao exposto, a relevância da disciplina em pauta, e o uso do portfólio no âmbito da Pós-Graduação, emerge da necessidade de debater sobre as carências da sociedade nas pautas dos educandos, guiando as ações e estratégias de ensino, e assim fornecer soluções de acordo às necessidades, e os educandos ganham confiança e experiência, no que diz respeito ao uso das metodologias ativas durante a sua prática educacional no ensino na área da saúde).