Programa - Comunicação Oral Curta - COC26.7 - Trabalho feminino e pesca artesanal
02 DE DEZEMBRO | TERÇA-FEIRA
08:30 - 10:00
08:30 - 10:00
SAÚDE E TRABALHO TRADICIONAL DE PESCADORAS ARTESANAIS PERNAMBUCANAS NA ERA DO CAPITAL
Comunicação Oral Curta
1 CAAPS/Fiocruz Pernambuco
2 UFPE
3 Lasat/Fiocruz Pernambuco
Apresentação/Introdução
Os povos que mantém a interação metabólica justa com os bens comuns enfrentam desafios para a manutenção do trabalho em cenários de avanço da acumulação capitalista. A desvirtuação do trabalho tradicional, oriundos da alienação da natureza, expõe problemáticas nas práticas do comum, sobretudo na precarização das condições de vida, a partir da degradação em diferentes escalas da saúde coletiva.
Objetivos
Analisar as vulnerabilizações à saúde da trabalhadora tradicional da pesca artesanal, que enfrenta a instalação e convivência com a insustentabilidade de processos produtivos homogeneizadores do espaço e da vida, em favor da acumulação de capital.
Metodologia
Este resumo foi produzido a partir de recorte dos resultados iniciais de um objetivo específico de tese de doutorado. Trata-se de um estudo de caso, realizado com mulheres da pesca artesanal de Pernambuco, com coleta de dados realizada nos anos de 2022 e 2023, no curso de Agentes Populares de Saúde dos Povos das Águas, no módulo sobre Vigilância Popular. Os cursos foram promovidos pelo Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho da Fiocruz Pernambuco. Os encontros foram orientados pelo debate sobre os elementos nos territórios que desafiam a saúde. Os dados foram analisados a partir de pressupostos marxistas sobre a saúde como processo social e da perspectiva geográfica sobre corpo-território.
Resultados
O trabalho tradicional posiciona-se como um sensível indicador para a denúncia de violações à saúde do corpo-território das águas. O trabalho vinculado a essas mulheres ocorre em locais de transição entre o continente e o oceano, fato que as expõe imediatamente aos danos ambientais oriundos de cadeias produtivas. Problemas dermatológicos, prejuízos à saúde mental e saúde reprodutiva, por exemplo, estão relacionadas ao despejo de produtos químicos nos manguezais, privatização de porções do território pesqueiro e episódios de violência. Então vê-se que a monocultura da cana, zonas portuárias, redes hoteleiras e a carcinicultura ameaçam a saúde nos âmbitos corporal, territorial e macropolítico.
Conclusões/Considerações
A racionalidade econômica tem transformado as costas litorâneas em objeto de intensa atração de empreendimentos, que provocam modificações nas dinâmicas territoriais de reprodução social. As naturezas extra-humanas são apropriadas, ao esgotamento, como ferramenta da produção capitalista, inseridos em um metabolismo social unilateral, que tem como consequência primária a inviabilização das interações ecodependentes, como a pesca artesanal.
CUIDADOS EM SAÚDE A PESCADORES ARTESANAIS: EXPERIÊNCIAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E VALORIZAÇÃO DO TRABALHO INVISIBILIZADO
Comunicação Oral Curta
1 UFMT
2 UNEMAT
Período de Realização
Período de pesca de 2023, de fevereiro a setembro, com visita a campo realizada em setembro.
Objeto da experiência
Saúde dos pescadores artesanais
Objetivos
Relatar a experiência na promoção de saúde dos pescadores artesanais do pantanal mato-grossense
Metodologia
A experiência foi realizada como parte de uma ação vinculada a uma pesquisa de doutorado voltada à saúde dos pescadores artesanais de Cáceres–MT. O contato com os pescadores ocorreu através de ações realizadas na colônia à qual os mesmos são associados, bem como visitas em seu local de trabalho – o rio. Os pescadores foram convidados a participar em momentos organizados conforme suas rotinas de trabalho para coleta de material biológico submetido a análise e orientações em saúde.
Resultados
Durante a vivência, observou-se um cenário marcado por múltiplas formas de vulnerabilidade como a falta de acesso regular à atenção básica e jornadas exaustivas de trabalho. Os relatos dos pescadores evidenciaram o desgaste físico e emocional relacionado ao exercício da pesca, agravado pela falta de reconhecimento e apoio do Estado. Os pescadores também relataram desconhecimento acerca de sua condição atual de saúde, bem como da necessidade de cuidados em saúde, inclusive da vacinação.
Análise Crítica
As ações educativas realizadas promoveram reflexão sobre saúde e prevenção de agravos, mas também trouxeram à tona sentimentos de invisibilidade social. A escuta ativa e o vínculo se mostraram ferramentas potentes para o cuidado em saúde do trabalhador, evidenciando a necessidade de compreender as particularidades deste grupo e ampliar o acesso aos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça a importância de ações em saúde que considerem os determinantes sociais do adoecimento, especialmente entre trabalhadores informais e rurais, como os pescadores profissionais. Ao atuar com sensibilidade e compromisso social, é possível transformar o cuidado em um espaço de reconhecimento da dignidade do trabalho.
PROMOÇÃO DA SAÚDE COM PESCADORES ARTESANAIS: UMA EXPERIÊNCIA PARTICIPATIVA A PARTIR DA CARTOGRAFIA SOCIAL
Comunicação Oral Curta
1 UERN
2 UFPE
Período de Realização
Início de planejamento em março de 2025, com ação realizada em 4 de junho de 2025.
Objeto da experiência
Ação educativa com pescadores, articulada a partir da cartografia social e das potencialidades do território.
Objetivos
Relatar ação educativa que visou promover saúde, valorizando e fortalecendo o território e vínculos entre pescadores e equipe, e prevenir agravos relacionados à pesca, como dermatofitoses, lesões solares, intoxicações, parasitoses e acidentes de trabalho como afogamento e lesões perfurocortantes.
Metodologia
A ação foi construída a partir da cartografia social realizada com a equipe da UBS, mapeando potencialidades como o açude público, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação e a Colônia de Pescadores. A escolha do público foi pautada pela relevância da pesca artesanal no território. Em articulação com a liderança dos pescadores, a ação ocorreu no clube do sindicato, com atendimentos básicos, vacinação, rodas de conversa e educação em saúde voltada aos agravos relacionados ao trabalho na água.
Resultados
O planejamento se deu a partir da atividade da disciplina de promoção da saúde do PROFSAÚDE. A ação teve boa adesão, com a participação de 25 pescadores. Houve reconhecimento da comunidade e depoimento positivo do presidente da Colônia. Foram identificados 12 pescadores com hipertensão não tratada, que passaram a ser acompanhados pela Unidade Básica de Saúde. A experiência gerou satisfação na equipe, estimulou novas ações coletivas e fortaleceu o vínculo entre trabalhadores e serviço de saúde.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a baixa adesão masculina aos serviços de saúde e a desinformação sobre cuidados entre os pescadores, como proteção solar e uso de bóias salva-vidas. Reforçou a importância da escuta e da construção coletiva como ferramentas de cuidado. Imprevistos na articulação institucional ressaltaram o valor da autonomia e da autogestão como caminhos para garantir a efetividade das ações em saúde. A disciplina do PROFSAUDE proporcionou os elementos teóricos para a intervenção.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça o valor das ações coletivas e da prevenção em saúde no contexto da Atenção Primária a Saúde. Evidenciou o potencial da cartografia social como ferramenta de planejamento participativo e destacou a importância da escuta, da competência cultural e da articulação com lideranças locais. Recomenda-se que outras equipes da estratégia de saúde da família reconheçam e acionem as potências vivas do território.
FORTALECENDO O SUS NA COMUNIDADE PESQUEIRA: EXPERIÊNCIA DE UM CIRCUITO SAÚDE ITINERANTE E INTERSETORIAL
Comunicação Oral Curta
1 CEREST Fortaleza
2 Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Fortaleza
Período de Realização
Novembro de 2024
Objeto da experiência
Circuito de Saúde intersetorial para pescadores e marisqueiras, com atendimento clínico, educação e vacinação, focado em necessidades do público.
Objetivos
Promover a saúde e prevenir o adoecimento dos pescadores e marisqueiras através de ações integradas da atenção básica e saúde do trabalhador.
Incentivar o autocuidado;
Estimular a adesão aos serviços de saúde;
Fortalecer o vínculo com a atenção básica.
Metodologia
O Circuito Saúde itinerante para pescadores e marisqueiras, realizado pelo CEREST em parceria com a atenção básica, levou triagens, atendimentos clínicos, vacinação e ações educativas diretamente à comunidades. Com foco na prevenção, diagnóstico precoce e autocuidado, incluiu práticas integrativas e rodas de conversa. A ação fortaleceu o vínculo da comunidade pesqueira com os serviços de saúde,promovendo saúde integral e acessibilidade para trabalhadores inseridos em um contexto tão vulnerável.
Resultados
Participação ativa de 34 trabalhadores da pesca com identificação de adoecimentos, encaminhamentos à ESF e atualização do cartão vacinal de todos os participantes do circuito. O vínculo entre a comunidade pesqueira e a equipe de saúde foi fortalecido, com satisfação dos participantes pela abordagem humanizada e respeitosa.
Análise Crítica
A experiência mostrou que ações itinerantes personalizadas promovem saúde em populações vulneráveis, facilitando o acesso dos usuários aos serviços. Destacaram-se o cuidado integral através de ações educativas, mobilização comunitária e reconhecimento do SUS como direito.O principal desafio observado através de relatos dos pescadores e marisqueiras foi a carência de políticas públicas para trabalhadores informais e dificuldade de utilização dos serviços de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Evidenciou-se que ações territorializadas e integradas geram impactos positivos na saúde de trabalhadores informais. A experiência reforça a importância da escuta qualificada, da valorização dos modos de vida e da presença ativa do SUS nos territórios. Recomenda-se a institucionalização dessas ações como parte de uma política de saúde que valorize o trabalhador informal, com investimentos em educação e redes de apoio multidisciplinares e intersetoriais.
O TRABALHO NAS COZINHAS SOLIDÁRIAS: RESULTADOS PRELIMINARES DE UMA PESQUISA-AÇÃO NO TERRITÓRIO NACIONAL
Comunicação Oral Curta
1 UNIFESP
2 UNICAMP
3 USP
4 MST
5 MTST
Apresentação/Introdução
As Cozinhas Solidárias (CSol) são equipamentos fruto dos movimentos sociais, que oferecem refeições para pessoas em vulnerabilidade e risco social. As CSol proporcionam acolhimento e oportunidade de trabalho, muitas vezes desempenhado por mulheres que vivenciam experiências de insegurança alimentar. Assim, estratégias para garantir condições de trabalho nas CSol são fundamentais.
Objetivos
Descrever as condições de trabalho nas Cozinhas Solidárias, segundo características estruturais físicas, oferta de treinamento/capacitação e remuneração.
Metodologia
Estudo transversal a partir de uma pesquisa-ação de abordagem quanti-qualitativa com amostra intencional de CSol no Brasil. Identificou-se as CSol por meio de levantamento por formulário divulgado pelo MDS na WEB, que resultou em 2.463 CSol no país. Foram eleitas as CSol articuladas com a Estratégia Alimenta Cidades e que atendem as demandas dos movimentos sociais parceiros. Os dados das trabalhadoras foram coletados a partir de entrevistas presenciais, conduzidas com formulário eletrônico construído no software REDCap. Nas análises utilizou-se o software Stata versão 15. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Parecer nº 6.877.657).
Resultados
Visitadas CSol no PA, RS, PE e PR. Das 6 trabalhadoras entrevistadas, todas são mulheres pretas/pardas, atuando em funções diversas. A estrutura das CSol em equipamentos tinha fogão, geladeira, forno, panela de pressão, uso de GLP, em todas. Acesso a serviços públicos, verificou-se 3 com internet, 4 com via asfaltada, rede de esgoto, coleta de lixo e 5 com água da rede. Quanto à formação, 5 trabalhadoras relataram treinamento anual em boas práticas e 1 treinamento mensal em temas diversos. Formalizadas 2 trabalhadoras das 5 remuneradas. Para melhorar o trabalho mencionaram o orçamento, que sendo insuficiente dificulta a remuneração, a compra do gás e mais variedade de alimentos.
Conclusões/Considerações
Em síntese, o trabalho nas CSol visitadas é feito por mulheres pretas e pardas, e as condições de trabalho são marcadas por diferenças de acesso à serviços públicos e remuneração. Destaca-se a baixa oferta de treinamentos e sugere-se um aprimoramento do Programa Cozinha Solidária, incluindo uma bonificação vinculada ao Programa Bolsa Família, para as trabalhadoras das CSol, como idealizado pela coordenadora da CSol Maria da Glória, PoA/RS.
ESSENCIAL E INVISÍVEL: A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO FEMININO NO ÂMBITO DOMÉSTICO PARA O SISTEMA ECONÔMICO
Comunicação Oral Curta
1 UFBA
Apresentação/Introdução
A divisão sexual do trabalho teve implicação na hierarquização dos gêneros e exclusão das mulheres da construção do mítico contrato social. Exploramos a estruturação do patriarcado moderno e do capitalismo sobre a invisibilidade do trabalho doméstico feminino, garantidor de sua lucratividade e da reprodução da força de trabalho, e a inserção das mulheres no mercado de trabalho de forma precária.
Objetivos
Compreender as implicações da divisão sexual do trabalho para a hierarquização de gêneros, com consequente exclusão das mulheres da formulação do contrato social, e a invisibilidade das funções que lhes foram atribuídas, conforme seu papel de gênero.
Metodologia
Com abordagem qualitativa e exploratória, realizamos uma revisão da literatura com o objetivo de tomar conhecimento do estado da arte com relação ao tema das múltiplas violências que são cometidas contra as mulheres no contexto do patriarcado moderno. Através da perspectiva oferecida pela Epistemologia Feminista Decolonial, analisamos de forma crítica os dados estatísticos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, referentes ao período entre os anos de 2016 e 2022, assim como estudos sobre a violência que é praticada contra as mulheres por seus parceiros e ex-parceiros íntimos e a respeito do impacto dessa violência sobre a capacidade laboral das mulheres assim vitimadas.
Resultados
Com abordagem qualitativa e exploratória, realizamos uma revisão da literatura com o objetivo de tomar conhecimento do estado da arte com relação ao tema das múltiplas violências que são cometidas contra as mulheres no contexto do patriarcado moderno. Através da perspectiva oferecida pela Epistemologia Feminista Decolonial, analisamos de forma crítica os dados estatísticos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, referentes ao período entre os anos de 2016 e 2022, assim como estudos sobre a violência que é praticada contra as mulheres por seus parceiros e ex-parceiros íntimos e a respeito do impacto dessa violência sobre a capacidade laboral das mulheres assim vitimadas.
Conclusões/Considerações
A divisão sexual do trabalho limitou o desenvolvimento das potencialidades das mulheres e o exercício da sua autonomia. Assim também lhes foi atribuído o trabalho doméstico que, apesar de ser essencial ao sistema econômico, segue invisibilizado. Reconhecer a importância desse trabalho, a heterogeneidade do conjunto “mulheres” e a sobreposição dos sistemas de opressão é fundamental para a correção das desigualdades historicamente construídas.
SAÚDE DA GESTANTE TRABALHADORA EM SERVIÇO HOSPITALAR: ESTUDO DE REVISÃO INTEGRATIVA
Comunicação Oral Curta
1 UFU/SRS-UDI
2 UFU
3 SRS-UDI
Apresentação/Introdução
Compreender e viver a gravidez como um estado de experiências exitosas é algo que as gestantes esperam experimentar. A saúde de mulheres gestantes que trabalham em hospitais é uma temática de crescente relevância, considerando os múltiplos riscos ocupacionais aos quais estão expostas. O ambiente hospitalar impõe diversos desafios que podem impactar negativamente no período gravídico-puerperal.
Objetivos
Identificar na literatura a produção científica acerca da saúde das gestantes trabalhadoras em ambiente hospitalar.
Metodologia
Trata-se de um estudo bibliográfico e descritivo, do tipo de revisão de literatura integrativa. A pesquisa foi realizada on-line, no portal da Biblioteca de Saúde Virtual, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF. Os seguintes critérios de inclusão foram adotados: artigos disponíveis na íntegra; acesso completo e aberto; em português, inglês e espanhol; publicado entre outubro de 2011 e outubro de 2023. Este estudo consistiu em seis estágios. Os critérios de exclusão foram artigos publicados nos anos anteriores aos delimitados; não livre; cartas; Teses; livros; revisões; monografias; e artigos que não encontraram a questão orientadora da pesquisa.
Resultados
Amostra composta por 12 artigos. Os achados foram organizados com as seguintes informações: sequência alfanumérica, título, autores, ano, país de publicação, objetivo do estudo, métodos e nível de evidência. A maioria dos artigos, 67% estavam disponíveis base de dados LILACS. Concernente ao ano de publicação dos artigos, compreendeu-se o período de 2011 a 2023, nos anos de 2012 e 2020, teve 17% dos artigos em cada ano, respectivamente. Em relação ao idioma, destaca-se a publicação de 83% dos artigos em português. Emergiram as seguintes categorias: Direitos trabalhistas das profissionais de saúde gestantes em ambiente hospitalar e Amamentação no retorno ao ambiente de trabalho hospitalar.
Conclusões/Considerações
As evidências demonstram que o ambiente de trabalho exerce influência direta sobre a saúde física, mental e a continuidade da amamentação da trabalhadora. Observa-se que há poucas publicações nacionais sobre os direitos trabalhistas das gestantes e puérperas profissionais de saúde, bem como, um vazio teórico a respeito desta temática e a necessidade de olhares complementares, a despeito do cuidado e a saúde destas profissionais.
EXPERIÊNCIA DAS MULHERES TRABALHADORAS TERCEIRIZADAS NO SETOR DE LIMPEZA NO MINISTÉRIO DA SAÚDE NO DISTRITO FEDERAL
Comunicação Oral Curta
1 Escola de Governo Fiocruz Brasília (EGF)
Período de Realização
A experiência foi realizada entre os meses de novembro de 2024 a janeiro de 2025, no Distrito Federal.
Objeto da experiência
A relação entre o acesso a políticas públicas de saúde da mulher e trabalhadores, e seus impactos na vida das terceirizadas da limpeza do Ministério da Saúde.
Objetivos
Realizar três encontros com mulheres terceirizadas da limpeza no Ministério da Saúde: uma oficina psicoeducativa e duas educativas sobre políticas de saúde da mulher e do trabalhador; analisar o acesso as ações das políticas e avaliar o conhecimento das trabalhadoras sobre seus direitos.
Descrição da experiência
Foram realizadas três oficinas entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, no refeitório do Ministério da Saúde, com a participação de mulheres terceirizadas da limpeza. As atividades abordaram reflexões sobre condições de trabalho e acesso às políticas públicas de saúde, com foco em direitos das mulheres e trabalhadores. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética da Fiocruz Brasília, respeitou a privacidade, sem coletar dados pessoais, apenas autorização para uso de imagens.
Resultados
Os encontros criaram um espaço seguro para diálogo, promovendo reflexões sobre autocuidado, redes de apoio e acesso a serviços públicos. As participantes demonstraram interesse em conhecer seus direitos, destacando a importância da Defensoria Pública e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador/DF para compreender os impactos do trabalho na saúde. Informações sobre unidades básicas, agendamento especializado e proteção jurídica foram oferecidas, fortalecendo sua autonomia e bem-estar.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a importância de espaços seguros para diálogo, ampliando a consciência das participantes sobre autocuidado, redes de apoio e direitos. O acesso a informações práticas em saúde e justiça fortaleceu sua autonomia, revelando o papel essencial de políticas públicas no enfrentamento das desigualdades que afetam trabalhadoras terceirizadas.
Conclusões e/ou Recomendações
Com base nas queixas das participantes, evidenciaram-se lacunas nas políticas públicas de saúde. Recomenda-se o fortalecimento da rede de atenção no território e a inclusão da interseccionalidade entre raça, classe e gênero. É essencial promover estratégias coletivas de acesso a direitos, valorizando as vozes das trabalhadoras na construção de politicas politicas e soluções concretas.
Realização: