Programa - Comunicação Oral Curta - COC19.2 - Incoporação Tecnológica e Educação em Saúde

Período de Realização
Fevereiro a Junho de 2025

Objeto da experiência
Implementação de estratégias pedagógicas ativas para integrar saúde digital, inteligência artificial e ética profissional na formação médica.

Objetivos
Relatar a experiência de inclusão da Saúde Digital na graduação em Medicina, promovendo a formação ética, técnica e socialmente comprometida dos futuros médicos, alinhada à Estratégia de Saúde Digital para o Brasil e às diretrizes da OMS para equidade e justiça digital.

Descrição da experiência
A disciplina, ministrada no 6º semestre de um Curso de Medicina em São Paulo, combinou metodologias ativas com análise crítica das políticas públicas em saúde digital, uso de IA, produção de materiais educativos e desenvolvimento de soluções digitais para desafios reais das especialidades médicas no SUS. As atividades incluíram elaboração de cartilhas, perfis digitais profissionais e estudos de caso sobre riscos e oportunidades da transformação digital na saúde.

Resultados
Os estudantes produziram materiais educativos (cartilhas e perfis digitais), propuseram a resolução de problemas assistenciais com uso de IA, mediante o desenvolvimento de soluções digitais para desafios reais da saúde. Houve aumento da consciência crítica sobre segurança da informação, equidade digital e privacidade.

Aprendizado e análise crítica
A experiência alinhou-se às recomendações da OMS para capacitação em saúde digital, estimulando o pensamento crítico e ético. Os principais desafios envolveram infraestrutura digital limitada, necessidade de capacitação docente/discente continuada e a superação de resistências iniciais ao uso de IA no ensino médico.

Conclusões e/ou Recomendações
A inclusão da saúde digital na formação médica é urgente e viável. Recomenda-se ampliar o tempo dedicado ao tema, fortalecer a infraestrutura tecnológica das instituições e investir na formação docente/discente, promovendo uma educação médica capaz de preparar futuros profissionais para o cuidado em contextos digitais.

Apresentação/Introdução
No Rio de Janeiro, o escorpionismo é um agravo de saúde de grande impacto sobre populações vulneráveis e invisibilizadas de vários municípios. A vigilância epidemiológica depende do SINAN para subsidiar as tomadas de decisão. A insuficiência de dados completos e que retratem a realidade desses acidentes afeta a distribuição adequada e o acesso ao soro antiescorpiônico no território.

Objetivos
Avaliar a qualidade da informação pela análise da taxa de completude das variáveis responsáveis por delinear o perfil dos grupos vulneráveis ao escorpionismo no Rio de Janeiro e propor um Indicador Geral de Completude dos Dados (IGCD) por município.

Metodologia
Analisamos as notificações por acidentes com escorpião para o Rio de Janeiro no período de 2007 a 2023 registradas no SINAN. Calculamos os percentuais de casos em branco ou ignorados para o conjunto de variáveis sociodemográficas, sobre o acidente e sobre o atendimento recebido. As variáveis foram classificadas quanto a completude em categorias que vão de excelente a muito ruim. Para cada município foi calculado o Indicador Geral de Completude dos Dados (IGCD), proposto para avaliar a qualidade das notificações em três dimensões (sociodemográfica, acidente e atendimento), baseado na média e na dispersão dos indicadores em cada dimensão.

Resultados
Analisamos 7460 notificações de 88 municípios do estado. A escolaridade e a raça/cor do paciente foram preenchidas em 37% e 76% das notificações respectivamente. As informações sobre complicações locais, se o acidente foi relacionado ao trabalho e a evolução do caso foram preenchidas em 72%, 67% e 71% dos casos respectivamente. O IGCD varia entre 0 e 1, sendo 1 equivalente a 100% de completude. O índice para o estado foi de 0,72, sendo pior na dimensão sociodemográfica (0,64). Para os municípios o índice variou entre 0,30 e 0,95, com mediana de 0,71. Em relação às dimensões, as medianas foram 0,66 (sociodemográfica), 0,79 (acidente) e 0,74 (atendimento).

Conclusões/Considerações
As variáveis sociodemográficas como raça/cor e, principalmente, a escolaridade apresentaram sérios problemas na completude, mesmo sendo fundamentais para mapear as desigualdades sociais relacionadas a estes eventos. As informações relacionadas ao acidente e ao atendimento podem subsidiar ações para aprimorar o acesso à soroterapia. Os resultados do IGCD reforçam a necessidade de melhoria na qualidade do preenchimento das notificações.

Período de Realização
O período de realização foi de novembro de 2024 à fevereiro de 2025.

Objeto da produção
Refere-se a produção de uma cartilha, de disponibilização online, para auxiliar pais e responsáveis na introdução alimentar gentil e responsiva.

Objetivos
O objetivo deste estudo consiste em desenvolver uma tecnologia educacional direcionada à introdução alimentar com ênfase em práticas gentis e responsivas.

Descrição da produção
Trata-se de um estudo metodológico seguindo o modelo de prototipação de Pressman e o conteúdo conforme a teoria de aprendizagem significativa de Ausubel. Dessa forma, foram identificadas as necessidades do público alvo e elaboração de requisitos e desenvolvimento do protótipo inicial. Após este processo, foi realizado o refinamento e desenvolvimento interativo após o feedback dos demais autores e, por fim, a preparação para a distribuição do conteúdo para realização de validação.


Resultados
A cartilha intitulada “Desvendando a alimentação infantil” apresenta-se como um material didático composto por ilustrações tematicamente relacionadas, linguagem acessível voltada a pais e responsáveis. Sua estrutura foi organizada de forma sequencial em capítulos, iniciados pelas diferentes formas de alimentação infantil e, posteriormente, a temática de maneira aprofundada. O conteúdo contempla o conceito de alimentação gentil e responsiva, além de orientações relevantes sobre o tema.

Análise crítica e impactos da produção
Considerando as complexidades que permeiam o processo de introdução alimentar, bem como as dúvidas associadas e a relevância da produção de tecnologias educacionais, torna-se evidente a necessidade de abordar essa temática e disponibilizar materiais educativos ao público-alvo. Nesse contexto, a disponibilização de materiais com informações claras, objetivas e embasadas cientificamente é fundamental para fomentar um olhar holístico desde o início da vida.

Considerações finais
A cartilha constitui um material educativo fundamentado em literaturas nacionais e internacionais que traduz o conhecimento técnico-científico em linguagem acessível, direcionada ao público leigo, configurando-se como uma ferramenta de apoio relevante para a promoção de práticas alimentares gentis e responsivas durante o processo de introdução alimentar.

Apresentação/Introdução
O pré-natal de alto risco trata-se de um conjunto de ações assistenciais que visam viabilizar, promover e tratar doenças maternas de acordo com a classificação de risco gestacional. Dessa forma, a utilização de tecnologia educativa que promova a autogestão em saúde pode favorecer a prevenção de complicações das patologias que podem acometer as mulheres no período gestacional.

Objetivos
Construção de podcast educativo com ênfase no letramento em saúde para gestantes atendidas pelo ambulatório de atendimento de pré-natal de alto risco em um hospital universitário.

Metodologia
Trata-se de um estudo metodológico que tem como objetivo o desenvolvimento de um podcast educativo fundamentado nas boas práticas do letramento em saúde para gestantes do alto risco. O estudo foi realizado em 5 etapas, a saber: 1- Criação do podcast; 2- Cadastramento na plataforma; 3- Gravação das temporadas; 4- Validação das temporadas e 5- Avaliação das temporadas pelo público-alvo. Nesse momento será abordado até a etapa três.

Resultados
O projeto iniciou-se com a análise de plataformas de podcasts sobre obstetrícia e pré-natal de alto risco para definir o diferencial do “Maternar Podcast”. Em seguida, foi criada sua identidade visual, com foco em acolher mulheres em diferentes fases da maternidade. Os roteiros foram desenvolvidos com base em entrevistas com profissionais de um ambulatório de pré-natal de alto risco e avaliados com o software ALT e a Calculadora de leiturabilidade. Todos os episódios gravados até o momento apresentaram textos classificados como fáceis ou muito fáceis, adequados ao público-alvo.

Conclusões/Considerações
Foi possível criar uma tecnologia educativa baseada nos fundamentos do letramento em saúde que poderá ser utilizada tanto por gestantes atendidas na atenção primária como em ambulatórios de alto risco, por ser de fácil acesso, baixo custo, apresentar a possibilidade de revisitação sempre que for preciso. O estudo segue agora para as próximas etapas com intuito de disponibilizar as temporadas.

Período de Realização
4 projetos (2 com financiamento da FAPESP, 1 do CNPq e 1 da OPAS-MS) se sucederam entre 2021 e 2025.

Objeto da produção
Redesenho da plataforma CulturaEduca (https://culturaeduca.cc) para mapeamento colaborativo de dados e ações no entorno de serviços públicos.

Objetivos
Aperfeiçoar uma plataforma originalmente desenvolvida por convênio entre os Ministérios da Educação e da Cultura com tecnologia livre e abrangência nacional, buscando redesenhar sua interface e suas funcionalidades a partir de novos conceitos de territorialização e do uso investigado da plataforma.

Descrição da produção
Para o redesenho da interface e mapeamento de funcionalidades, utilizou-se a metodologia de design de interação dividida em 5 estágios: (1) investigação, que envolveu mapeamento de plataformas semelhantes, revisão bibliográfica, e questionário a usuários cadastrados na plataforma; (2) ideação, com definição de personas; (3) workshop de user centered design sprint; (4) redesign, a partir da elaboração de um protótipo de alta fidelidade; (5) verificação, com aferição de usabilidade.

Resultados
A atual versão da plataforma permite conciliar 3 atividades em linha com os princípios de territorialização: (1) particularização de dados socioeconômicos de um dado contexto em escala intraurbana extraídos de diversas fontes oficiais; (2) disposição de informações sobre as unidades de políticas públicas, seu funcionamento, público atendido e entorno; e (3) cadastramento de agentes da sociedade civil que vivenciam o território, com inclusão de ações comunitárias desenvolvidas localmente.

Análise crítica e impactos da produção
O redesenho realizado teve avaliação de 80% (ótimo) segundo a system usability scale (SUS). Números da caracterização de acessos mostram que em 2024 a plataforma teve quase 1,5 milhão de acessos, sobretudo às páginas de serviços (98%), com particular ênfase na busca por unidades de saúde (cerca de 60%). Tais números se devem a seu ranqueamento nos motores de busca. A alta busca por informações dos serviços de saúde mostra lacunas de comunicação digital de páginas oficiais com o público.

Considerações finais
A plataforma é um recurso de livre acesso bastante útil a serviços que lidam diretamente com a população, como a atenção básica. Suas características possibilitam incrementos de comunicação digital, leitura de dados locais, e a interação com outros serviços e agentes que promovem ações nos territórios. Isso permite uma aproximação das políticas públicas em relação a estes territórios e, consequentemente, uma melhor adequação a suas demandas.

Período de Realização
A experiência de idealização e desenvolvimento do aplicativo ocorreu entre janeiro de 2025 e maio de 2025.

Objeto da experiência
A sistematização da experiência de idealizar e desenvolver uma ferramenta de saúde digital, o app "InfoSaúde 60+", para a pessoa idosa.

Objetivos
Relatar o processo de criação do aplicativo InfoSaúde 60+, destacando os desafios e aprendizados na construção de uma solução tecnológica focada na autonomia, no engajamento e no letramento em saúde da população 60+, visando um envelhecimento mais saudável e ativo.

Metodologia
A experiência partiu da observação das dificuldades de idosos em gerenciar sua saúde e acessar informações confiáveis. O processo incluiu a definição de funcionalidades essenciais (gestão de remédios, IA para tirar dúvidas, agenda, etc.) e a prototipação de uma interface amigável, com design de alta legibilidade. Foram realizados testes informais de usabilidade para validar a simplicidade da navegação e a clareza das informações, buscando um diálogo direto com as necessidades desse público.

Resultados
O principal resultado foi a consolidação do InfoSaúde 60+, um aplicativo funcional e bem-recebido em testes preliminares. A experiência demonstrou a viabilidade de criar tecnologia em saúde que seja ao mesmo tempo robusta e acessível. Observou-se grande interesse na ferramenta de IA, que se mostrou um ponto-chave para engajar o usuário e desmistificar temas de saúde. A plataforma integra hoje 14 funcionalidades que cobrem desde o controle de doenças crônicas até o estímulo cognitivo.

Análise Crítica
O maior aprendizado foi a constatação de que a tecnologia, para ser efetiva em saúde coletiva, precisa ser cocriada com base na empatia e na real necessidade do usuário final. A complexidade não deve estar na interface, mas na inteligência por trás dela. A análise crítica aponta para o desafio de ampliar a distribuição do app e garantir sua sustentabilidade e atualização constante, bem como integrá-lo a serviços do SUS para maximizar seu impacto na saúde da população idosa.

Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a experiência foi bem-sucedida em criar uma ponte entre tecnologia e o cuidado com a pessoa idosa. Recomenda-se o fomento de mais iniciativas de inovação tecnológica com foco em populações vulnerabilizadas, valorizando o design inclusivo e o potencial da IA como ferramenta de educação e promoção da saúde. O InfoSaúde 60+ pode servir como modelo para futuros projetos na área, reforçando a importância da tecnologia social no campo da saúde.

Período de Realização
Fevereiro de 2024 a junho de 2025

Objeto da experiência
Uso de prompt estruturado para busca online de referências institucionais e científicas com apoio da IA generativa.

Objetivos
Descrever a experiência de formulação e aplicação de um prompt sistematizado para busca de referências confiáveis em saúde, priorizando fontes institucionais e científicas, e analisar os impactos da introdução do modo “reflexão profunda” no desempenho dessas buscas.


Descrição da experiência
Desde fevereiro de 2024, foi testado um prompt para triagem fina de fontes confiáveis em saúde, com três etapas: compreensão do pedido, busca online e entrega de links diretos. A partir de abril de 2025, com a introdução do modo “Refletir” nos modelos o3 e o4-mini do ChatGPT, foi observada sobreposição crescente entre os resultados espontâneos e os guiados por prompt, com maior precisão nas respostas mais lentas, ainda que com necessidade de filtro adicional para evitar fontes genéricas.

Resultados
O uso do prompt sistematizado permitiu localizar fontes atualizadas e específicas em plataformas institucionais e científicas, como PCDTs, Projeto Diretrizes, OMS, OPAS, JAMA e SciELO. A organização da entrega por tópicos e links testados facilitou a aplicação em projetos de ensino e pesquisa, além de fomentar uso ético e rastreável da IA generativa.

Aprendizado e análise crítica
O prompt usado antecipou os resultados do modo “Refletir”, disponível a partir de abril/2025, que aprimorou a qualidade das referências localizadas, com curadoria mais refinada e que mostrou superioridade em temas complexos, apesar de mais lento (até 30 min por busca). Prompts personalizados seguem úteis como filtros para evitar fontes irrelevantes, mas a reflexão profunda passou a ser estratégia preferencial.

Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se o uso combinado de prompts estruturados e do modo “Refletir” para buscas institucionais em saúde, com priorização de fontes normativas e científicas. A sistematização testada mostrou-se eficaz, segura e replicável, devendo ser incorporada à formação técnica e científica em saúde digital.

Período de Realização
Fevereiro de 2024 até o presente momento

Objeto da experiência
Compartilhar os principais resultados de uma iniciativa de inovação digital aplicada à gestão das solicitações de imunobiológicos especiais.

Objetivos
Compartilhar os principais resultados de um projeto de transformação digital dos processos de solicitação de imunobiológicos especiais dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais, desenvolvido por uma Secretaria Estadual de Saúde em parceria com o Laboratório de Inovação de Governo.

Metodologia
O projeto buscou padronizar e digitalizar o fluxo de solicitação de imunobiológicos especiais, promovendo eficiência e transparência. Utilizou-se design thinking, Modelo e Notação de Processos de Negócio (BPMN) e escuta ativa para mapear gargalos. A solução, baseada em uma ferramenta low-code (ProBPMS), redesenhou o processo, reduzindo as etapas do processo de 22 para 5 e o tempo de resposta de 6 meses para 8 dias, garantindo acesso aos pacientes com condições clínicas especiais em tempo ágil.

Resultados
Com a implementação do projeto, o sistema aumentou em 75% a capacidade de análise dos processos, eliminou 30% do retrabalho relacionado à conferência documental do tempo das equipes técnicas, estruturou um banco de dados com relatórios epidemiológicos em tempo real e garantiu 100% de rastreabilidade digital. A inovação reduziu falhas, aumentou a segurança e fortaleceu o controle institucional sobre os processos de solicitação de imunobiológicos especiais por parte da Secretaria.

Análise Crítica
O projeto evidenciou que a escuta ativa e o mapeamento colaborativo de processos são essenciais para soluções eficazes. Verificou-se que a transformação digital exige não apenas tecnologia, mas mudança cultural e capacitação contínua. A análise crítica revela que, embora os resultados tenham sido expressivos, a sustentabilidade da inovação depende do engajamento permanente das equipes e da atualização constante do sistema.

Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou que a transformação digital pode gerar ganhos significativos em eficiência, rastreabilidade e gestão na saúde pública. Recomenda-se a replicação da iniciativa em outros serviços, com atenção à capacitação das equipes e à adaptação às realidades locais. É fundamental garantir manutenção do sistema, investimento contínuo em inovação e monitoramento dos indicadores para sustentar os avanços alcançados.

Período de Realização
Janeiro de 2025.

Objeto da experiência
Webinário sobre hanseníase, promovido pela Telessaúde do HUGV/UFAM, voltado a profissionais do interior do Amazonas.

Objetivos
Relatar a experiência da atividade de teleducação “Hanseníase: como identificar”, promovida pela Telessaúde do Hospital Universitário Getúlio Vargas da Universidade Federal do Amazonas, destacando sua contribuição para a qualificação clínica de profissionais de áreas remotas da Amazônia.

Metodologia
A atividade foi realizada em janeiro de 2025 por meio de webinário remoto, promovido pela Telessaúde-HUGV/UFAM. Com público-alvo formado por profissionais da atenção primária atuantes em municípios do interior do Amazonas, o evento abordou sinais e sintomas da hanseníase, formas de detecção precoce e fluxo assistencial. Dentre os desafios observados, destacam-se a limitação de acesso à internet e o horário da transmissão, realizada em turno matutino de dia útil.

Resultados
A participação de 32 profissionais de saúde demonstrou o interesse pelo tema e a relevância da temática nos territórios atendidos. Apesar da adesão moderada, possivelmente influenciada por barreiras logísticas, os questionários de avaliação aplicados ao final indicaram alta satisfação com o conteúdo, sua aplicabilidade prática e a importância de ações formativas voltadas ao reconhecimento precoce da hanseníase, condição endêmica com impacto epidemiológico expressivo no Amazonas.

Análise Crítica
A experiência evidencia a importância estratégica da qualificação profissional mediada por tecnologias digitais, sobretudo em regiões de difícil acesso. A hanseníase, negligenciada e estigmatizada, exige vigilância e preparo clínico para diagnóstico precoce, especialmente na atenção primária. O webinário mostrou-se uma ferramenta eficaz de atualização em serviço, ainda que desafios como conectividade e agenda profissional demandam planejamento mais alinhado à realidade local.

Conclusões e/ou Recomendações
A qualificação sobre hanseníase via Telessaúde-HUGV/UFAM reforça o potencial das tecnologias educacionais no fortalecimento da atenção primária em saúde. Recomenda-se a ampliação das ações e o aperfeiçoamento das estratégias de engajamento, com enfoque na acessibilidade e continuidade pedagógica. A incorporação de avaliações sistemáticas contribui para mensurar impacto e orientar melhorias contínuas nas práticas formativas.