Programa - Comunicação Oral Curta - COC10.2 - Espaços de participação e diversidade territorial
03 DE DEZEMBRO | QUARTA-FEIRA
08:30 - 10:00
MODELO DE GOVERNANÇA FIOCRUZ. UMA HISTÓRIA SOBRE A CONSTRUÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA DURANTE AS DÉCADAS DE 1980-2020
Comunicação Oral Curta
Matos, L.F.1, Manzoni-Cavalcanti, J.1, Kaufmann, C.X.S.1, Teixeira, L.A.S.1, Barbosa, L.N.G.1, Müller-Neto, E.E.M.1
1 Fiocruz
Apresentação/Introdução
A história da participação social na idealização e implementação do SUS se confunde com a própria história da gestão democrática e participativa da Fiocruz. Além das eleições para presidente e diretores de unidade, a instituição criou e desenvolveu outros espaços de gestão democrática e participativa como os congressos internos e os conselhos deliberativos.
Objetivos
Analisar a história da gestão democrática e participativa da Fiocruz em sua interação com os movimentos sociais e a administração pública brasileira na construção do SUS.
Metodologia
Mesclando história institucional e memória institucional, o projeto mergulhará nas milhares de fontes primárias disponíveis nos arquivos da Fiocruz e de outras instituições, além de aplicar a História Oral para apreender os processos de gestão democrática e participativa que foram conformados desde a década de 1980. As entrevistas também serão acessadas para entender como se constituiu a(s) memória(s) institucional(is), ou seja, entender a perspectiva dos diversos atores e da pluralidade de narrativas que constroem a identidade da Fiocruz. A história da administração pública brasileira, bem como dos movimentos sociais auxiliam na análise desta história.
Resultados
Tentativas de uma gestão democrática e participativa na Fiocruz começam a se esboçar na década de 1970, quando a instituição inicia seu processo de recuperação tecnológica e de pesquisa científica. No entanto, é apenas na década de 1980 que espaços de governança democrática começaram a se formar como a eleição para presidente, em 1989, e o I Congresso Interno. A tentativa de eleger o presidente da instituição em 1989, ainda encontrou barreiras na recente retomada da democracia, e os anos de 1990 foram marcados tanto pela resistência quanto pela resiliência da Fiocruz aos percalços da democracia no Brasil.
Conclusões/Considerações
A pesquisa vem mostrando a peculiaridade da experiência da Fiocruz na construção de seu modelo de governança democrática na administração pública brasileira, contribuindo assim para a compreensão da história do Estado no Brasil. Também tem mostrado a intersecção entre a gestão da instituição e os movimentos sociais como, por exemplo, à época da Reforma Sanitária e a importância da Fiocruz na defesa da democracia na pandemia de Covid-19.
PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA NO PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM LOCALIDADES RURAIS RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA
Comunicação Oral Curta
Dias, S. M. N.1, Sousa, A. B. L.2, Gutierrez, D. M. D.3, Pimentel, V. R. M.2, Nunes, A. C. C.2, Young, C. R. A.4, Herkrath, F. J.1
1 ILMD/Fiocruz Amazônia; UEA
2 ILMD/Fiocruz Amazônia
3 UFAM
4 UEA
Apresentação/Introdução
Os serviços de saúde nas áreas rurais ribeirinhas da Amazônia enfrentam desafios específicos, incluindo barreiras geográficas, organizacionais e financeiras. Assim, modelos tradicionais, baseados em uma lógica urbana, tendem a desconsiderar essas realidades. Esse contexto demanda a formulação de estratégias que valorizem a participação comunitária e a adequação às especificidades dos territórios.
Objetivos
Fortalecer a participação comunitária no planejamento, organização e oferta dos serviços de saúde em localidade rural ribeirinha amazônica, através da abordagem "Impacto Coletivo", almejando serviços mais adequados às especificidades locais.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa de intervenção com metodologia participativa, realizada no período de 2022 a 2024. Foram seguidas as etapas e critérios propostos pelo método "Impacto Coletivo". Foram promovidos encontros e atividades com moradores, lideranças, profissionais locais e gestores da saúde da comunidade rural ribeirinha de Santa Maria, Manaus. As atividades incluíram mapeamento colaborativo do território, identificação de prioridades em saúde e estabelecimento de uma agenda comum, elaboração de plano de ação comunitário e monitoramento das ações promovidas. Todo o processo foi conduzido de forma colaborativa, respeitando os saberes locais e adaptando as práticas à realidade amazônica.
Resultados
Observou-se melhora da percepção comunitária sobre saúde, a partir da construção coletiva de respostas a um problema condutor reconhecido como prioritário (promoção da atividade física). Foi elaborado e executado um plano de ação, o qual gerou impactos positivos sob as práticas individuais e coletivas em saúde. Notou-se um protagonismo crescente dos moradores, sobretudo dos jovens, na organização das atividades. No decorrer do projeto, foram ainda produzidos um mapa interativo do território e materiais de apoio, documentário e cartilhas. Destaca-se que a metodologia gerou adesão de gestores e profissionais, os quais planejaram a replicação do modelo em outras localidades ribeirinhas.
Conclusões/Considerações
A abordagem participativa demonstrou ser eficaz na promoção da corresponsabilização entre comunidade, profissionais e gestores, favorecendo a organização dos serviços de saúde de forma mais adequada às especificidades rurais ribeirinhas. O modelo mostrou ainda potencial de replicação em outros territórios amazônicos, contribuindo com a promoção da saúde e para o fortalecimento dos princípios de equidade e participação social no SUS.
PESQUISA PARTICIPATIVA E CONTROLE SOCIAL NO SUS: EXPERIÊNCIA NA COMISSÃO DE PESQUISA DA 4ª CNGTES
Comunicação Oral Curta
SILVA, R.L.F.1, FERLA, A.A.2, SANTOS, W.P.3, POSSA, L.B.2, MACHADO, F.V.2, SILVA, L.K.S.4, PAIVA, H.M.F.P.5, SANTOS, G.M.S.6, LIBERINO, T.P.L.7, CRUZ, J.L.8
1 UFMA
2 UFRGS
3 UFJF
4 HMSJP
5 UNIFAA
6 UPIS
7 UDF
8 Faculdade Pitágoras
Período de Realização
Outubro a dezembro/2024, considerando a seleção, formação e participação presencial na 4ª CNGTES.
Objeto da experiência
Atuação na Comissão de Pesquisa da 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, vinculada ao projeto “Saúde e Democracia”.
Objetivos
Relatar a experiência como voluntária no desenvolvimento de uma pesquisa que tematizou a participação social realizada durante a 4ª CNGTES, com foco na articulação entre prática investigativa, diversidade socioterritorial e o fortalecimento do controle social no Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia
Uma equipe de monitores se dedicou às atividades de campo de um projeto multicêntrico, o qual consistiu no levantamento de dados sobre o perfil dos participantes da 4ª CNGTES, suas trajetórias e o engajamento na construção e defesa do SUS. Após formação da Fiocruz-AM, a atuação dos pesquisadores voluntários envolveu a aplicação de instrumentos estruturados, entrevistas semiestruturadas, observação de espaços deliberativos e sistematização dos dados para análises sobre a participação social.
Resultados
A atuação na 4ª CNGTES possibilitou o reconhecimento da pluralidade de participantes, das distintas compreensões acerca da gestão do trabalho e da educação em saúde, além das expectativas e reivindicações coletivas dos profissionais, gestores e usuários do SUS. Ademais, fortaleceu o exercício da pesquisa participativa por meio da capacitação de jovens pesquisadores de dezesseis Estados para a habilidade da escuta ativa, evidenciando a relevância do controle social nas arenas deliberativas.
Análise Crítica
A interlocução com participantes de distintos segmentos regionais e sociopolíticos evidenciou que o processo conferencial expressa a complexidade e a diversidade de vivências que conformam o SUS. Tal experiência constituiu um marco significativo na compreensão crítica da participação social como base de um sistema de saúde democrático, reafirmando o compromisso ético-político com a valorização dos espaços coletivos para o aprimoramento das políticas públicas na perspectiva da Saúde Coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a implementação de estratégias de pesquisa que incluam jovens pesquisadores nos espaços de conferências, conselhos, mobilização, pactuação e negociação do SUS, com caráter permanente e estrutura formativa. Iniciativas como o projeto “Saúde e Democracia” demonstram que o exercício da pesquisa é também uma ferramenta potente na formação de profissionais comprometidos com a democracia e a participação social.
POR DENTRO DA ETAPA MUNICIPAL E REGIONAL DA 5ª CONFERÊNCIA DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA: UM OLHAR DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Comunicação Oral Curta
FAGUNDES, S. F.1, CELESTINO, G. N.1, MATIAS, M. M. M.1
1 UFF
Período de Realização
Entre os dias 16 e 17 de maio de 2025.
Objeto da experiência
1ª Conferência Municipal e Regional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora dos municípios de Niterói e São Gonçalo (RJ).
Objetivos
Compartilhar a experiência dos estudantes da Universidade Federal Fluminense na etapa municipal e regional da 5ª Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Buscando-se refletir sobre a maneira como se dá a participação popular nesse espaço e os desafios para a democratização do mesmo.
Metodologia
Durante os dois dias de conferência acompanhamos uma mesa autogestionada, grupos de trabalho e a plenária final. No primeiro dia, houve discussão sobre trabalhadores invisibilizados, como autônomos e entregadores de aplicativo, e falas de representantes do Ministério da Saúde e do CEREST responsável por Niterói e São Gonçalo. No segundo, foram discutidas as propostas para as etapas Estadual e Nacional, seguidas da plenária final, com apresentação das propostas aprovadas.
Resultados
A participação nas discussões da etapa municipal e regional da 5ª Conferência de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, nos permitiu compreender na prática como funciona um espaço de participação social no SUS, bem como a dinâmica entre gestores, profissionais e usuários nesses espaços.
Análise Crítica
Através da nossa vivência, percebemos que há tensões em relação aos interesses dos trabalhadores, usuários e gestores, que ficaram evidentes no momento da realização de propostas. Houve questionamentos sobre o engessamento do espaço por parte de alguns participantes, porém, a Conferência mostrou-se um momento de discussão de ideias, demonstrando a necessidade do espaço.
Conclusões e/ou Recomendações
Apesar de todos os entraves e percalços observados na 1ª Conferência Municipal e Regional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora de Niterói e São Gonçalo, ficou claro através da observação do evento a importância do espaço das conferências temáticas como local de participação social no Sistema Único de Saúde, fundamental para a manutenção da democracia no âmbito da saúde, garantindo o debate coletivo.
RESISTÊNCIA COMUNITÁRIA: LIÇÕES APRENDIDAS DO ADIAMENTO DA MINERAÇÃO DE URÂNIO EM SANTA QUITÉRIA
Comunicação Oral Curta
Kendall, C.1, Barbosa, V. N. M.2, Potiguar, R.3, Carneiro, F. F.4, Pessoa, V. M.4, Teixeira, A. C.4, Batista, M. H.5, Kerr, L.5
1 Universidade Federal do Ceará/Tulane University
2 Universidade Federal do Ceará/ Campus Sobral
3 Secretaria de Educação de Fortaleza
4 FIOCRUZ/CE
5 Universidade Federal do Ceará
Apresentação/Introdução
Este estudo identifica lições aprendidas sobre o engajamento de comunidades locais na resistência à instalação de uma mina na maior jazida de urânio do Brasil em Santa Quitéria, Ceará, que se extende por 40 anos. É parte do projeto “Riscos socioeconômicos, de saúde e ambientais entre moradores do entorno de uma jazida de urânio no Ceará, Brasil”.
Objetivos
Explorar a resposta exitosa de comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos rurais que vivem na região da maior jazida de urânio do país e que resistem à implantação da mina pretendida por um consórcio privado e governamental, há 40 anos.
Metodologia
Utilizou-se entrevistas no estilo de história de vida organizacional em uma estrutura de estudo de caso. A análise prossegue com a identificação de temas e conclusões compartilhadas entre os membros entrevistados das organizações comunitárias. Os resultados iniciais são compartilhados com os participantes para revisão e refinamentos dos achados, e são apresentados aqui como uma série de lições aprendidas e propostas para o futuro.
Resultados
As lições aprendidas incluem os benefícios da colaboração entre a universidade, ONGs e a igreja. Um padre americano, conhecedor do desatre ocorrido com os indígenas Navajos, de New Mexico/EUA, desempenhou um papel fundamental na organização da resistência. Resistir 40 anos, exigiu a participação independente de outras organizações e sua representação nacional. A resistência à mina foi uma forma de captar clamores sobre oportunidades, e acesso à terra, água e serviços. As comunidades foram reprocessando seus próprios objetivos para resistir a cada novo pedidos de licença e planos do consórcio de mineração. A expertise da universidade foi fundamental para embasar as críticas ao consórcio.
Conclusões/Considerações
O estudo revela um sucesso notável para a organização comunitária diante de forças externas substanciais. Registrar o processo e as percepções dos atores não apenas permite que as lições sejam compartilhadas, mas também documenta essa conquista. Muitas vezes, os relatos históricos de projetos comunitários não são publicados, perdendo-se os sucessos do passado. O tipo de "progresso" que levou o mundo à beira do desastre não é inevitável.
SAÚDE_POD: COMUNICAÇÃO POPULAR E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NAS CONFERÊNCIAS LIVRES DE SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Comunicação Oral Curta
Severgnini, G. B1, Ribas, E. L. N.1, Souza, M. V. E.1, Silva, R. S.1, Costa, L. S.1, Mendes, M. F. M.1
1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Alvorada
Período de Realização
Junho de 2023 a dezembro de 2024
Objeto da produção
Criação de podcast para divulgar debates e propostas das Conferências Livres da 17ª CNS em linguagem acessível.
Objetivos
Divulgar os conteúdos gerados nas conferências por meio de linguagem acessível e afetiva, ampliando seu alcance e fortalecendo o vínculo entre ciência, arte e cidadania. Estimula-se a escuta ativa e a participação de grupos historicamente excluídos nos debates sobre o SUS.
Descrição da produção
Foram selecionadas conferências livres com temáticas emergentes. A produção envolveu entrevistas com organizadores/as, análise documental de relatórios e categorização temática. Essas etapas subsidiaram o roteiro do podcast, que integra falas, conceitos e especialistas convidados. Após gravação e edição, os episódios são publicados em plataformas digitais e veiculados por rádios comunitárias, promovendo ampla acessibilidade.
Resultados
O episódio analisado abordou o uso medicinal da cannabis, destacando os efeitos do racismo institucional e os estigmas linguísticos. O formato dialogado e sensível favoreceu o engajamento de públicos diversos e a escuta de vozes frequentemente excluídas. O podcast demonstrou potencial para ampliar o acesso à informação qualificada, fortalecer o controle social e conectar ciência, comunicação e cultura na construção de políticas públicas de saúde.
Análise crítica e impactos da produção
A experiência reforça o papel da comunicação popular na ampliação da participação social em saúde. A escuta qualificada e a linguagem sensível foram fundamentais para democratizar os conhecimentos das conferências. O podcast atuou como espaço simbólico de disputa, traduzindo conteúdos complexos e fortalecendo o pertencimento político de sujeitos historicamente marginalizados.
Considerações finais
O SAÚDE_POD evidencia que a comunicação acessível e sensível é estratégia essencial na democratização da saúde. Ao promover narrativas potentes em linguagem não técnica, o podcast amplia o alcance das pautas do SUS, fortalece o protagonismo popular e contribui para o entrelaçamento entre ciência, arte e transformação social. Pretende-se ampliar a série com novos episódios.
VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE NOS TERRITÓRIOS DO SERIDÓ E TRAIRI/RN: EXPERIÊNCIA EM SAÚDE COLETIVA DE BASE POPULAR E INTERSECCIONAL
Comunicação Oral Curta
Lopes, P. M. S.1, Maia Lima, K. K. B.2, Oliveira, P. E. B.3, Silva, M. F. S.4, Guedes, D. T.1
1 PPGSACOL/FACISA/UFRN
2 FUNCERN
3 MDHC
4 UFPE/PPGSACOL/FACISA/UFRN
Período de Realização
Novembro de 2023 a junho de 2025
Objeto da experiência
Formação em Vigilância Popular em Saúde com base territorial e comunitária em regiões interiorizadas do RN.
Objetivos
Promover práticas de vigilância popular em saúde na IV e V URSAP/RN, com protagonismo de movimentos sociais, SUS e conselhos. Sistematizar dados sobre desigualdades e validar materiais educativos, como cartilhas e mapas falantes, fortalecendo ações emancipatórias no território.
Descrição da experiência
A experiência integrou pesquisa e extensão em sete municípios do Seridó e Trairi/RN. A metodologia envolveu análise documental, entrevistas com lideranças e oficinas locais. A formação abordou diagnósticos em saúde com base em corpos-territórios, justiça social e vigilância popular. Foram produzidas cartilhas e mapas falantes, mobilizando grupos vulnerabilizados como população negra, indígena, LGBTQIA+, mulheres e quilombolas.
Resultados
Identificaram-se lacunas na participação nos conselhos de saúde e na territorialização das ações. Os dados revelaram vulnerabilizações marcadas por racismo ambiental, falta de saneamento, desassistência em saúde mental e ausência de políticas específicas. Os mapas falantes evidenciaram conflitos e resistências locais. A cartilha pedagógica mostrou-se replicável, fortalecendo a articulação entre saberes e ampliando a consciência crítica dos participantes.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou que a vigilância em saúde, quando territorializada e participativa, fortalece o enfrentamento das exclusões históricas. A parceria entre universidade e movimentos sociais descoloniza o cuidado e valoriza a escuta, a coautoria e o diálogo. Superaram-se lógicas tecnocráticas, destacando ancestralidade, espiritualidade e resistência como bases do cuidado em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a institucionalização da Vigilância Popular em Saúde como ação permanente do SUS. A experiência destaca a importância de instrumentos formativos dialógicos, políticas interseccionais e valorização dos saberes territoriais. Sugere-se replicar a metodologia em outras regiões e manter o financiamento de projetos que integrem extensão, pesquisa e justiça social.