
Programa - Pôster Eletrônico - PE19 - Informação e Tecnologias da Informação em Saúde
DIVERGÊNCIA EM MODELOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA A PREDIÇÃO DE MORTALIDADE
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
O uso de algoritmos de inteligência artificial na saúde cresce rapidamente. No entanto, modelos com desempenho similar podem divergir em predições, fenômeno conhecido como multiplicidade algorítmica. Este estudo analisa os impactos da multiplicidade algorítmica na predição de mortalidade por covid-19 em hospitais brasileiros.
Objetivos
Investigar os impactos da multiplicidade algorítmica na predição da mortalidade por covid-19 em hospitais brasileiros, analisando padrões de erro e a influência das características dos pacientes sobre as decisões dos modelos.
Metodologia
Trata-se de um estudo de coorte com 4.337 pacientes RT-PCR positivos para COVID-19, internados em hospitais das cinco regiões do Brasil entre março e agosto de 2020. Cinco algoritmos para dados estruturados foram treinados com informações da admissão hospitalar. O desempenho foi avaliado por AUC-ROC, com análise de correlação entre predições e importância de variáveis via SHAP. Subgrupos foram identificados por k-means e validados por ANOVA. A divergência de performance intra-cluster foi analisada com intervalo de confiança de 95%.
Resultados
Os modelos mostraram alto desempenho (AUC ≥ 0,85) e baixa variância (σ² = 0,007), mas apresentaram correlações preditivas variadas (R² de 0,56 a 0,80). A análise SHAP apontou idade, frequência respiratória e leucócitos como preditores mais relevantes. A clusterização k-means revelou cinco perfis clínicos com mortalidade entre 22% e 80%. O desempenho dos algoritmos variou entre os grupos (F(4) = 73.182316, p < 0.001); nos clusters “Anemia” e “Imunodeficientes”, houve diferenças significativas, com TabPFN e LightGBM se destacando no primeiro e TabPFN tendo pior desempenho no segundo.
Conclusões/Considerações
Este estudo demonstra que modelos de inteligência artificial com desempenho preditivo equivalente podem gerar predições distintas conforme as características da amostra. Assim, a seleção de algoritmos baseada em características populacionais específicas é fundamental para promover maior equidade em decisões na saúde pública brasileira.
ANÁLISE COMPARATIVA DE MODELOS MULTI-ALGORÍTMICOS PARA A PREDIÇÃO DE MORTALIDADE POR COVID-19
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
Algoritmos de inteligência artificial são uma estratégia promissora para apoiar diagnósticos e prognósticos de forma rápida e econômica, especialmente em regiões com recursos limitados. Contudo, na saúde, é essencial que esses modelos atinjam alta performance. Assim, técnicas de ensemble (combinações de algoritmos) surgem como uma alternativa robusta para melhorar o desempenho preditivo.
Objetivos
Comparar técnicas de agrupamento com algoritmos tradicionais, visando maximizar o desempenho na predição de mortalidade por covid-19.
Metodologia
Foram utilizados dados da rede IACOV-BR, envolvendo 4337 pacientes com RT-PCR positivo para covid-19, de hospitais das cinco regiões do Brasil, acompanhados entre março e agosto de 2020. Oito algoritmos de machine learning foram treinados em 70% da base e testados nos 30% restantes, com avaliação de acurácia, AUC-ROC, precisão, sensibilidade e F1-score. Também foram testadas três técnicas de agrupamento: votação, empilhamento (com LightGBM como meta-modelo) e TCF (Topsis-based Classification Fusion).
Resultados
Todos os algoritmos apresentaram boa performance preditiva (AUC > 0,72). O agrupamento com epilhamento destacou-se como o melhor modelo em todas as métricas, alcançando acurácia de 0,90 e AUC-ROC de 0,94, além de bons índices de precisão, sensibilidade e F1. Os agrupamentos de votação e TCF também superaram os modelos puros em acurácia. Considerando a AUC-ROC, o TCF teve desempenho equivalente ao CatBoost, que foi o melhor entre os modelos isolados. Já o ensemble por votação apresentou AUC inferior, de 0,79.
Conclusões/Considerações
Os resultados indicam que métodos de agrupamento, especialmente o empihamento, têm grande potencial para melhorar o desempenho preditivo, não apenas na acurácia, mas também em métricas relacionadas à justiça algorítmica. Assim, seu uso pode viabilizar aplicações de machine learning mais precisas, robustas e equitativas na área da saúde.
DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DE DADOS ABERTOS EM SAÚDE NAS CAPITAIS BRASILEIRAS SEGUNDO O ÍNDICE DE DADOS ABERTOS PARA CIDADES (2023)
Pôster Eletrônico
1 Wikimedia Brasil / ENSP (Fiocruz)
Apresentação/Introdução
A abertura de dados governamentais é essencial para a transparência e o controle social, no Sistema Único de Saúde. A Lei de Acesso à Informação e as políticas de dados abertos buscam garantir essa publicidade, mas encontram desafios. O estudo selecionado avaliou a situação atual da abertura de dados em saúde nas capitais brasileiras, sendo inovador por constituir uma linha de base para futuras análises.
Objetivos
Analisar a disponibilidade e a qualidade de dados abertos relacionados a serviços públicos municipais de todas as 26 capitais brasileiras utilizando o Índice de Dados Abertos para Cidades (ODI Cidades).
Metodologia
Estudo descritivo com dados secundários da pesquisa ODI Cidades realizada em 2023 pela organização Open Knowledge Brasil. Foi empregada versão adaptada para o Brasil deste instrumento que classifica em 5 níveis (Alto, Bom, Médio, Baixo, Opaco) os dados disponíveis segundo 6 critérios que levam em conta a possibilidade de sua utilização, reutilização e distribuição livres. Na dimensão “Saúde”, foram analisados 8 conjuntos de dados referentes a atendimento e serviços de saúde (equipes de Saúde da Família; atendimentos realizados; filas de espera; vacinação; unidades de saúde), contratos de gestão (informações contratuais; indicadores de desempenho e qualidade) e vigilância sanitária (fiscalização).
Resultados
Foram encontrados dados abertos em apenas 14 capitais, sendo todos referentes a atendimento e serviços de saúde. Não foram identificados dados abertos sobre contratos de gestão e vigilância sanitária em nenhuma capital. A classificação final das capitais foi: Recife (“Bom”), Rio de Janeiro (“Médio”), Curitiba, São Paulo e Salvador (“Baixo”) e as demais (“Opaco”). Os conjuntos de dados que alcançaram critérios mínimos para avaliação (acesso online, gratuito e livre) pelo nº de capitais foram: “unidades de saúde” (11), “vacinação” (7), “atendimentos realizados” (3), “filas de espera” (2) e “equipes de Saúde da Família” (1). Dados que não atenderam à descrição mínima foram desconsiderados.
Conclusões/Considerações
A transparência dos dados em saúde nas capitais brasileiras é preocupante. Apenas 14 capitais têm dados abertos sobre atendimento e nenhuma sobre contratos ou vigilância sanitária, dificultando o controle social. A falta de parâmetros oficiais para esferas municipais e estaduais dificulta o processo de abertura de dados. Estudos como este destacam a importância de organizações da sociedade civil na avaliação externa de políticas públicas.
IA E POLÍTICAS DE COMPARTILHAMENTO DE DADOS: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA METAPESQUISA NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL
Pôster Eletrônico
1 Unisinos
2 UFCSPA
Apresentação/Introdução
A era Big Data tem aplicado inteligência artificial em dados comportamentais e de saúde. O movimento de Ciência Aberta promove a publicação de dados brutos, mas gera debates éticos sobre propriedade intelectual, autonomia dos participantes e reprodução de desigualdades. A governança ética é incipiente, com implicações críticas para dados de saúde mental, área carente de discussões específicas.
Objetivos
Mapear as políticas editoriais de periódicos internacionais na área da Psicologia e Saúde sobre o compartilhamento de dados e analisar como abordam aspectos éticos envolvidos nessa prática.
Metodologia
Trata-se de um estudo preliminar de meta-pesquisa. Entre as 25 revistas mais bem ranqueadas no índice SJR em Psicologia em 2024, selecionaram-se as 14 primeiras que publicavam estudos empíricos. Extraíram-se dados dos sites sobre as políticas editoriais e instruções aos autores. Utilizou-se análise de conteúdo qualitativa dos aspectos éticos. Tais procedimentos serão replicados em revistas na área específica da Psicologia e Saúde que terão artigos empíricos analisados para verificar: nível e tipo de dado compartilhado, repositórios, curadoria de acesso, justificativas para não compartilhar, bem como aspectos éticos explicitados pelos autores quanto as políticas de Ciência Aberta.
Resultados
Onze periódicos incentivam, em diferentes graus, o compartilhamento de dados, códigos e outros recursos de pesquisa. Em 3 delas, o compartilhamento era mandatório, exceto perante a comprovação de restrições legais ou éticas, situação que era reconhecida por todas as revistas. Todas exigiam declaração de disponibilidade de dados na submissão. Oito revistas citavam diretrizes externas que orientavam a sua política de compartilhamento e quatro citavam aquelas das próprias editoras ou sociedades científicas. Em geral, ofereciam pouco apoio direto para efetivar o compartilhamento, embora estimulassem a prática com base em princípios como transparência, integridade e reprodutibilidade.
Conclusões/Considerações
Constatou-se que periódicos qualificados em Psicologia possuem políticas de compartilhamento variadas quanto às exigências e níveis de abertura, considerando a proteção ética dos indivíduos como obstáculo aceitável e os ganhos coletivos como principal justificativa para tal prática. É preciso promover a discussão de diretrizes, estratégias de monitoramento e participação pública no desenvolvimento e uso de datasets no campo da saúde mental.
UTILIZAÇÃO DA TELESSAÚDE NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS
Pôster Eletrônico
1 Universidade do Estado do Amazonas
Apresentação/Introdução
A telessaúde como componente da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, tem como finalidade a expansão e melhoria da rede de serviços de saúde, sobretudo da Atenção Primária à Saúde (APS) e sua interação com os demais níveis de atenção, fortalecendo as Redes de Atenção à Saúde (RAS) do Sistema único de Saúde (SUS)
Objetivos
O objetivo do estudo é descrever quais municípios do Estado do Amazonas possuem pontos ativos de telessaúde vinculados ao Núcleo de Telessaúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa. Foi realizada pesquisa de dados secundários coletados por meio do Núcleo de Telessaúde da Universidade do Estado do Amazonas. Foram disponibilizados dados de 2022 a 2025 sobre quais municípios do Estado solicitaram e consultaram os serviços de telessaúde. A tabulação dos dados ocorreu mediante o Microsoft Excel e sua análise por meio do mapeamento dos municípios conforme as nove regiões de saúde do Amazonas, sendo elas: Regional Alto Solimões, Regional Rio Madeira, Regional Entorno de Manaus e Rio Negro, Regional Purus, Regional Juruá, Regional Triângulo, Regional Rio Negro e Solimões, Regional Baixo Amazonas e Regional Médio Amazonas.
Resultados
A Rede Telessaúde Amazonas integra 62 pontos, implantados na totalidade dos municípios amazonenses, e 5 pontos em áreas indígenas. Entretanto, apenas 22 municípios utilizam os serviços disponíveis do Núcleo de Telessaúde da UEA. Destaca-se que o Regional Purus e o Regional Médio Amazonas não possuem nenhum município que tenha solicitado o desenvolvimento de alguma das modalidades e serviços de telessaúde. A dificuldade de acesso à assistência em saúde é um problema presente em todo o território nacional, não sendo diferente na região Norte, especialmente por suas particularidades que são distintas das demais regiões do Brasil.
Conclusões/Considerações
Desta forma, tecnologias como a telessaúde podem desempenhar um papel importante, permitindo que os profissionais prestem assistência a população em locais mais distantes. A telessaúde possui potencial transformador para minimizar as desigualdades no acesso à assistência em saúde, especialmente com sua utilização em áreas isoladas no Estado do Amazonas por suas características culturais, geográficas e sociais.
A DESINFORMAÇÃO EM SAÚDE: A DINÂMICA INCONSCIENTE NOS SERVIÇOS DE MSAÚDE.
Pôster Eletrônico
1 Unicamp
Apresentação/Introdução
A chamada saúde móvel (mSaúde [mHealth]) compõem a “transformação digital da saúde”. Embora com inúmeras potencialidades, seu avanço, porém, tem levantado desafios significativos, e um deles é funcionar como vetor de desinformação em saúde. Com vista a analisar as particularidades deste vetor, nossa hipótese de trabalho é que a interação com a mSaúde comporta uma dinâmica inconsciente.
Objetivos
O objetivo geral desse relato é apresentar a mSaúde como vetor de desinformação em saúde. E, mais especificamente, apresentar alguns dados que indicam o processo inconsciente de transferência na entrega desses serviços.
Metodologia
A interação profissional-paciente é interpretada pela psicanálise a partir conceito de “transferência”. À luz de Jaques Lacan entendemos que o processo transferencial pode ser estendido, também, às interações entre os “sistemas algorítmicos” (SA) embarcados na mSaúde e os/as usuários/as; posto que ele está assentada no que o autor denominou de “sujeito suposto saber”.
A partir desse referencial teórico e com base em dados secundários, empreendemos uma análise de discurso das declarações de usuários/as de mSaúde marcados pela desinformação.
Resultados
As evidências empíricas parecem demonstrar que tais serviços mobilizam narrativas de controle, responsabilidade e auto-aperfeiçoamento, capazes de despertar intensas respostas afetivas. Algo que pode ser interpretado pela psicanálise a partir da dinâmica transferencial proposta por Lacan. Nesse sentido, consideramos que a crescente presença da desinformação no ambiente digital pode ser amplificada pela mSaúde a partir de uma nova posição de autoridade simbólica, que introduz um risco adicional ao bem-estar dos usuários: o de internalizar orientações imprecisas ou mesmo prejudiciais, no exato momento em que buscam amparo para lidar com vulnerabilidades e inseguranças.
Conclusões/Considerações
Se tomamos por consideração que os SAs da mSaúde são máquinas linguageiras, elas podem agir no campo do inconsciente, por conseguinte, capturar os desejos, medos e ideais dos usuários. Esse relato convida para importância de uma abordagem interdisciplinar que compreenda as interações usuários-mSaúde como processos simbólicos complexos, onde estão em jogo não apenas dados e algoritmos, mas também fantasias, afetos e estruturas inconscientes.
BIG DATA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO MONITORAMENTO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS DCNT NO BRASIL: UM RELATO PRELIMINAR
Pôster Eletrônico
1 UnB
Apresentação/Introdução
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por grande parte da carga de morbimortalidade no Brasil. Avaliar as redes de atenção exige dados tempestivos e integrados. Big Data e IA emergem como ferramentas capazes de melhorar o monitoramento e a avaliação dessas redes no contexto do SUS.
Objetivos
Discutir potencialidades e desafios do uso de Big Data e IA para monitorar indicadores de DCNT na Rede de Atenção do SUS, propondo diretrizes para integração de dados e validação de algoritmos visando melhorar o planejamento e gestão de políticas.
Metodologia
Revisão crítica de literatura sobre Big Data e IA em saúde coletiva por meio de revisão narrativa, análise das bases do SUS (e-SUS AB, SISAB, SIH, SIM, Hiperdia, RNDS) e mapeamento de desafios de interoperabilidade. Propõe-se pipeline de integração: coleta, limpeza, padronização e anonimização dos dados, seguido de desenvolvimento e validação de modelos preditivos (machine learning supervisionado) para estimar indicadores como internações evitáveis e controle glicêmico. Aborda-se ainda aspectos de infraestrutura, privacidade de dados e mitigação de vieses algorítmicos.
Resultados
Aplicações simuladas de IA a dados integrados do SUS indicam potencial para identificar padrões de desfechos em pacientes com DCNT, como internações evitáveis e manutenção de controle glicêmico, em níveis municipal e regional. Modelos preditivos iniciais demonstram estimativas de internação evitável com acurácia superior a 80%. Exemplos ilustrativos permitem delimitar áreas geográficas de maior risco e prever demandas futuras de recursos, possibilitando planejamento proativo de intervenções dirigidas.
Conclusões/Considerações
Big Data e IA podem aprimorar o monitoramento da Rede de Atenção às DCNT no SUS, gerando indicadores mais precisos e em tempo real para planejamento eficaz. Contudo, desafios de qualidade de dados, interoperabilidade, infraestrutura e vieses algorítmicos exigem diretrizes claras e capacitação de equipes. Recomenda-se avançar em governança de dados e criar núcleos de inteligência em saúde para consolidar essas inovações.
AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE QUALIDADE DAS INFORMAÇÕES SOBRE DENGUE DISPONÍVEIS NA INTERNET: UM ESTUDO INFODEMIOLOGICO
Pôster Eletrônico
1 UFSCar
Apresentação/Introdução
A ampla disponibilidade de informações na Internet pode comprometer sua confiabilidade. Nem sempre as informações são baseadas em evidências, especialmente em crises como pandemias. Situações assim podem gerar uma superabundância de informações chamada de infodemia, visto que algumas são precisas, verdadeiras e outras não, e dificultam que as pessoas encontrem fontes confiáveis (Eysenbach, 2002).
Objetivos
Avaliar os critérios técnicos de qualidade das informações disponíveis sobre Dengue em URL brasileiros.
Metodologia
Trata-se de um estudo infodemiológico exploratório, descritivo, transversal com abordagem quantitativa que abordará a análise as páginas de URLs de acordo com os Critérios Técnicos de Qualidade (CTQ) que são realizadas através de pesquisas dicotômicas. Estudos infodemiológicos analisam a distribuição de informações em plataformas eletrônicas e na internet (Eysenbach, 2009, 2011). Portanto, este tipo de estudo tem como propósito observar, descrever e explorar aspectos da realidade ou de uma situação (Polit; Beck, 2011). Os dados foram coletados no mês de fevereiro e analisados nos meses de março e abril de 2024.
Resultados
Foram selecionadas as 200 primeiras URLs e inseridas em uma tabela Excel. Após aplicado os critérios de exclusão, 192 páginas foram analisadas. Dentre outros dados foi possível identificar que, destas páginas, 64 (33,33%) tinham autores identificados, sendo que apenas 18 (9,37%) eram de instituições relevantes. Apenas 21 (10,93%) forneceram credenciais completas dos autores, e muitos não eram especialistas na área. Em relação às instituições responsáveis pelos sites, 175 (91,14%) foram identificadas, mas nenhuma declarou conflitos de interesse. A maioria das páginas (134 ou 69,79%) indicou a data de publicação, e 18 (9,37%) mostraram a data de atualização.
Conclusões/Considerações
Os resultados, indicam que embora uma parte significativa dos websites revele a instituição responsável e data de publicação, há uma lacuna na transparência sobre a autoria, credenciais, e possíveis conflitos de interesse. A baixa incidência de informações sobre a atualização do conteúdo, referências detalhadas, e revisão por pares aponta para a necessidade de melhorar a qualidade e confiabilidade das informações sobre dengue disponíveis online.
PROPOSTAS AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE E SEGURANÇA DA TRABALHADORA E DO TRABALHADOR DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (PNAIST-SUS)
Pôster Eletrônico
1 IFBA
2 UFBA
3 IFPR
Apresentação/Introdução
A Saúde dos Trabalhadores (ST) é fundamental para assegurar a saúde da população no Sistema Único de Saúde (SUS) e este demanda um Sistema de Informação em Saúde (SIS) robusto. Este estudo investigou as percepções e contribuições estaduais sobre o desenvolvimento do SIS do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde e Segurança do Trabalhador e da Trabalhadora do SUS (PNAIST/SUS).
Objetivos
Compreender o cenário dos SIS ST nos estados e coletar sugestões para um sistema nacional que fortaleça a mensuração da saúde dos trabalhadores do SUS.
Metodologia
Estudo exploratório qualitativo. A coleta de dados ocorreu nas oficinas estaduais do PNAIST, entre 11 de março a 27 de maio de 2024, em 21 estados brasileiros, em reuniões presenciais com técnicos, gestores e atores-chave do sistema de saúde estadual. As informações foram obtidas através de discussões, para compreender o cenário atual dos SIS em ST nos estados e sistematizar as recomendações para um sistema nacional. A análise foi focada em identificar o panorama (fragmentação, acesso, atualização, lacunas, segurança) e consolidação para o desenvolvimento do SIS PNAIST/SUS, incluindo integração, novos campos, segurança, adaptação, flexibilização do modelo de dados e priorização de qualidade.
Resultados
A análise das reuniões revelou que os sistemas de informação em saúde do trabalhador estão fragmentados. Foram identificadas dificuldades de acesso, atualização, lacunas de informação e preocupações com a segurança. Apesar dos desafios, os participantes ofereceram contribuições valiosas para o SIS PNAIST/SUS, apresentando as seguintes sugestões principais: integração com outros sistemas, novos campos, segurança e adaptação às realidades locais. Enfatizou-se flexibilização do modelo de dados e priorização de requisitos como análise, gestão e qualidade, visando um sistema nacional mais eficiente e integrado.
Conclusões/Considerações
O estudo confirmou a fragmentação dos SIS em ST nos estados. As contribuições coletadas nas oficinas são cruciais para o desenvolvimento de um sistema nacional robusto, capaz de aprimorar a mensuração e gestão da saúde dos trabalhadores do SUS. Espera-se que a implementação das recomendações resulte em maior qualidade dos dados, agilidade nos processos e, consequentemente, na promoção de ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.
ANÁLISE DA COMPLETUDE DAS NOTIFICAÇÔES DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS POR MEDICAMENTOS OCORRIDAS NO CEARÁ EM 2023
Pôster Eletrônico
1 UFC
Apresentação/Introdução
Os medicamentos são os principais agentes químicos responsáveis por intoxicações no Brasil. Assim, é essencial conhecer o perfil epidemiológico relacionado a esses eventos. No entanto, a incompletude dos dados relativos às variáveis analisadas pode afetar a compreensão e comprometer a precisão das informações, levando a interpretações errôneas desse problema de saúde pública.
Objetivos
Analisar a completude das notificações de intoxicações exógenas por medicamentos ocorridas no Ceará.
Metodologia
Estudo transversal que usou informações contidas nas fichas de notificação de intoxicações por medicamentos ocorridos no Ceará, em 2023, e extraídas do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) no site do DATASUS. A análise da completude das notificações foi realizada a partir da verificação das 40 variáveis disponibilizadas pelo SINAN. Os dados foram organizados em um banco e analisados no software Microsoft Excel. Os percentuais de completude referentes às variáveis foram calculados a partir da quantidade daqueles categorizados como ignorados/em branco e classificados como: excelente (>95%); bom (90 a 94,9%); regular (80 a 89,9%); ruim (50 a 79,9%); muito ruim (<50%).
Resultados
Ocorreram 4.938 casos de intoxicações exógenas por medicamentos no período do estudo. Observou-se que, dentre as 40 variáveis utilizadas 29 apresentaram percentuais de completude classificados como “excelente”, 3 como “bom”, 4 como “regular”, 2 como “ruim” e 2 como “muito ruim”. Dentre as classificadas como “regular” estão raça (88,32%), gestantes (88,40%), tipo de exposição (88,89%) e evolução (87,25%). Das que apresentaram completude como “ruim” observa maior destaque para a escolaridade (66,77%). E como “muito ruim”, zona de residência e tipo de atendimento estão com 100% dos dados ausentes.
Conclusões/Considerações
A partir dos dados apresentados foi possível verificar que muitas das variáveis disponíveis no site do DATASUS apresentaram excelente percentual de completude. No entanto, ainda há diversas variáveis com dados ignorados ou em branco, o que pode comprometer a análise epidemiológica. Diante disso, faz-se necessária a investigação sobre os motivos que levam à ausência de preenchimento desses dados.
ANÁLISE DE CONTEÚDO DAS TELECONSULTORIAS ODONTOLÓGICAS ASSÍNCRONAS DO TELESSAÚDE GOIÁS DAS ESPECIALIDADES COM MAIOR DEMANDA
Pôster Eletrônico
1 Faculdade de Odontologia, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
2 Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
3 Telessaúde Goiás, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
Apresentação/Introdução
As teleconsultorias assíncronas permitem que profissionais da saúde enviem dúvidas a especialistas, que respondem com base em evidências científicas. Esse recurso aprimora o atendimento, reduz custos e promove a educação continuada, facilitando a comunicação entre profissionais gerais e especialistas na Atenção Primária à Saúde.
Objetivos
O objetivo deste estudo foi analisar o conteúdo das teleconsultorias odontológicas assíncronas do Telessaúde Goiás direcionadas às especialidades com maior demanda.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo que analisou solicitações de teleconsultorias odontológicas recebidas entre julho de 2015 a fevereiro de 2023, extraídas de banco de dados obtido mediante autorização institucional. Considerou-se as teleconsultorias das cinco especialidades com maior demanda, as quais foram lidas e categorizadas individualmente quanto ao tipo de questão (diagnóstico, conduta clínica ou dúvidas sobre o SUS) e quanto à subárea da especialidade. A análise descritiva foi executada no software SPSS v.20.0 e no Microsoft Office Excel 2010.
Resultados
Foram analisadas 2.911 teleconsultorias. Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTB) foi a especialidade com mais solicitações (n=648; 22,2%), seguida por Estomatologia (n=624; 21,4%), Dentística (n=603; 20,7%), Odontopediatria (n=596; 20,4%) e Endodontia (n=440; 15,1%). A maioria tratava de condutas clínicas (n=2.425; 83,3%), seguida de diagnóstico (n=451; 15,5%) e dúvidas sobre o SUS (n=35; 1,2%). As subáreas mais frequentes foram: exodontia na CTB (n=301; 46,4%), lesões orais na Estomatologia (n=174; 27,8%), diagnóstico e planejamento na Dentística (n=181; 30,6%), erupção dentária na Odontopediatria (n=116; 19,4%) e patologias pulpares na Endodontia (n=99; 22,5%).
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a maioria das teleconsultorias abordou condutas clínicas, com destaque para dúvidas sobre exodontia, lesões orais e planejamento em Dentística. Esses achados evidenciam a importância de ações de educação permanente voltadas às principais demandas, fortalecendo a resolutividade na Atenção Primária à Saúde.
INTEGRAÇÃO DIGITAL NO TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: O QUE BRASIL E PORTUGAL TÊM A ENSINAR?
Pôster Eletrônico
1 UFBA - IMS/CAT
2 UFBA- IMS/CAT
3 UnB
4 UFBA
5 Universidade do Porto
Apresentação/Introdução
Na última década, a transformação digital nos serviços e na oferta da assistência à saúde tem ocupado um lugar central nos debates governamentais. Nesse contexto, torna-se pertinente conhecer experiências que empregam as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no trabalho dos profissionais, bem como os avanços e desafios observados em sua implementação.
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo sistematizar a produção científica sobre os desafios e avanços das transformações digitais no trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil e em Portugal
Metodologia
Trata-se de uma revisão de escopo com busca de artigos nas bases de dados PubMed, Science direct e Web of Science, relativa ao período 2014-2024. Para síntese e revisão dos dados, foram seguidos o manual do Joanna Briggs Institute e os princípios do protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses PRISMA-SCR1. Para definição da pergunta norteadora do estudo foi utilizada a estratégia PICo. Do total dos estudos identificados, doze compuseram o corpus analítico final.
Resultados
Observou-se avanços significativos no Brasil, como aplicações de telessaúde e inteligência artificial, uso de tecnologias móveis e prontuários eletrônicos e implementação de sistemas de informação em saúde. Portugal adotou uma abordagem mais abrangente, investindo em transformação digital e inovação tecnológica, especialmente na telessaúde e sistemas informatizados de vigilância em saúde com monitorização de pessoas com doenças crônicas e identificação precoce de agravamento das condições clinicas.
Conclusões/Considerações
As transformações digitais e seus desdobramentos representam benefícios e, ao mesmo tempo, riscos potenciais em relação a um conjunto expressivo de direitos humanos fundamentais, especialmente os relacionados à saúde, o que demanda uma especial atenção aos processos e incorporação de tecnologias digitais aos processos de trabalho na APS.
AFETOS E DISCURSOS EM REDE: A MEDIAÇÃO DAS EMOÇÕES NOS PROCESSOS COLABORATIVOS DE REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz; UFRJ
2 UFRJ
Apresentação/Introdução
A desinformação sobre vacinas, intensificada em contextos de instabilidade política e infodemia, impacta diretamente a adesão às campanhas de imunização. No Brasil, casos como a epidemia do sarampo e a pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, a distribuição da vacina da dengue evidenciam como emoções e discursos influenciam a percepção pública sobre a ciência.
Objetivos
A pesquisa analisa a indexação social sobre a vacina contra a dengue no X (Twitter), visando discutir o papel das emoções na (des)informação.
Metodologia
A pesquisa adota abordagem quali-qualitativa e exploratória, com estudo de caso sobre a desinformação relacionada à vacina da dengue no X (Twitter). Integra análise documental digital, análise de redes sociais, análise do discurso e análise de sentimentos. O corpus empírico é composto por 528 posts com 155 hashtags, coletados entre dezembro de 2023 e julho de 2024, com base nas hashtags #vacinadadengue, #qdenga e #presidengue. Os dados foram tratados com script em Python no Google Colab, permitindo a extração de perfis, hashtags, análise de sentimentos, grafos e clusters. A pesquisa combina recursos computacionais com análise crítica e interpretativa dos dados.
Resultados
Reflete uma complexa disputa em que o discurso científico é ressignificado por atores político-partidários como estratégia de construção de autoridade epistêmica e mobilização afetiva. As hashtags operam como marcadores identitários e vetores de polarização, reforçando a legitimidade institucional e desconstruindo a confiança em agentes públicos por meio de narrativas de catástrofe, corrupção ou genocídio. Os afetos emergem como dispositivos de engajamento, contribuindo para a formação de bolhas, câmaras de eco e espaços identitários, em que adesão às narrativas se dá menos por evidências científicas e mais por alinhamento afetivo-ideológico.
Conclusões/Considerações
A desinformação exige abordagens estruturais e regulatórias, além da responsabilização individual e institucional. A educação em informação em saúde surge como possibilidade de promover a análise crítica e a compreensão sobre os afetos na conformação discursiva sobre vacinação, exigindo das autoridades sanitárias competências infocomunicativas para saúde e cidadania em contextos marcados por desigualdades e disputas de sentido.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS APLICADAS À SAÚDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2023.
Pôster Eletrônico
1 UFMA
2 FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O desenvolvimento e a aplicação de geotecnologias mostram-se um instrumento essencial na análise de situações de saúde e seus determinantes. Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) consistem em um conjunto integrado de softwares e hardwares projetados para a coleta, armazenamento e análise de dados espaciais, com capacidade de representar um grande volume de informações.
Objetivos
Identificar os usos dos SIG’s aplicados à saúde pública no Brasil, destacando as análises espaciais realizadas no contexto da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CT&IS).
Metodologia
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica, registrada na plataforma PROSPERO (ID: CRD42025106286), sobre a aplicação de SIGs à saúde pública no Brasil, destacando as análises espaciais realizadas no contexto da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CT&IS) e obedecendo as seguintes etapas: levantamento de dados do Portal de Periódicos da CAPES, utilizando descritores válidos em português e inglês; revisão sistemática da literatura em uma abordagem descritiva baseada nos princípios PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses); e organização e categorização de artigos científicos.
Resultados
Os resultados mostram uma concentração de publicações apóso ano de 2019, com destaque para técnicas de análise espacial como Buffer, Interpolador de densidade Kernel, Índice de Moran e Clusterização espacial. As principais bases de dados utilizadas incluem o IBGE, Portal Brasileiro de Dados Abertos, e INDE, fundamentais para o suporte das pesquisas analisadas. Os principais softwares utilizados foram: QGIS, ARCGIS, Epi Info, e GeoDa. Mesmo o geoprocessamento sendo importante na distribuição dos dados geográficos, 65% dos artigos não apresentaram correlação espacial com testes de significância entre variáveis.
Conclusões/Considerações
A integração de dados geoespaciais com informações de saúde pode otimizar o planejamento e a execução de políticas de saúde. Os achados da revisão sistemática realizada reforçam a utilidade dessas tecnologias na identificação de padrões de doenças, riscos ambientais e determinantes sociais da saúde, possibilitando intervenções mais direcionadas e eficazes.
MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÕES: PERSPECTIVAS PRELIMINARES EM UNIDADES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DE NITERÓI (RIO DE JANEIRO) E SALVADOR (BAHIA)
Pôster Eletrônico
1 Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde, CIDACS
2 Universidade Federal da Bahia, UFBA
Apresentação/Introdução
As Unidades de Atenção Primária à Saúde (APS) lidam com mecanismos de transferência de informação substanciais. Tratam-se de práticas com que grupos regulam a gestão e distribuição de dados. Dada a relevância, é mister entender como os profissionais destas Unidades percebem os materiais e conceitos inseridos neste contexto. Propõe-se uma pesquisa para estudar tal percepção ao longo do tempo.
Objetivos
Apresentar e habilitar o estudo contínuo de resultados de um projeto de pesquisa através de análise preliminar das respostas do teste-piloto de questionário aplicado entre profissionais de unidades APS em Salvador/BA e Niterói/RJ.
Metodologia
O estudo é multirreferencial, exploratório, descritivo e com abordagem qualiquantitativa. Utiliza o método da análise de categorias operacionais de Minayo para estudo de parte dos resultados. Toma como amostra o teste-piloto de um questionário, aplicado entre seis profissionais em unidades APS de Salvador/BA e Niterói/RJ. Articula aportes conceituais derivados da Arquivologia, Administração e Saúde Coletiva como mecanismos de transferência de informação e conhecimento no âmbito das APS a partir da classificação e análise de parte das respostas recebidas em categorias nomeadas “Administração em Saúde”, “Comunicação Institucional”, “Recursos cotidianos” e “Informação e arquivística”.
Resultados
Há uma situação de não-adequação nas questões em escala Likert que proporciona uma distribuição de respostas não-desejável para futuras comparações. As respostas classificadas nas categorias produzidas, no entanto, cumprem sua função em gerar um esquema inicial comparável. Foram apurados os seguintes percentuais para as categorias: 32% para “Administração em Saúde” e 31% para os “Recursos Cotidianos”, evidenciando uma priorização para a gestão e a prática das unidades de APS; 20% para “Informação e Arquivística” e 17% para “Comunicação Institucional” indicando que o escopo relacionado a mecanismos de transferências de informações pode estar sendo subutilizado.
Conclusões/Considerações
Considera que há equilíbrio moderado entre as contagens das categorias produzidas, demonstrando certa absorção dos princípios derivados da Arquivologia que gerem os mecanismos de transferência de informação e conhecimento na Atenção Primaria à Saúde. Infere-se, ao fim, que a tendência geral observada é desejável em pesquisas futuras pois evidencia harmonia entre diretrizes de Saúde, do cotidiano das APS, com as relacionadas à Informação.
CARACTERÍSTICAS DAS SOLICITAÇÕES DE LAUDOS DE RADIOGRAFIAS À TELERRADIOLOGIA DO NÚCLEO DE TELESSAÚDE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (NUTS/UFPA)
Pôster Eletrônico
1 UFPA
Apresentação/Introdução
O Programa SUS Digital visa promover a transformação digital à saúde, desse modo, fortaleceu as ações do NUTS/UFPA. A Telerradiologia do NUTS oportuniza aos municípios pactuados a emissão de laudos de radiografias. Os municípios do Pará, na Amazônia Oriental, região de difícil acesso, se beneficiam de laudos emitidos por meio de plataformas digitais, ampliando o acesso das comunidades locais.
Objetivos
Apresentar as características das solicitações de laudos de exames de radiografia da Telerradiologia do NUTS/UFPA, disponíveis no ramo regional do Sistema de Telessaúde e Telemedicina (STT).
Metodologia
A Telerradiologia do NUTS/UFPA oferta laudos para 2 municípios na Amazônia Paraenses. Os municípios dispõem de equipamento para radiologia digital(DR) ou radiologia computadorizada(CR) e um Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (PACS) que se comunica ao PACS do NUTS. Este estudo foi baseado em dados dos laudos de Telerradiologia do NUTS/UFPA disponíveis no STT, parceria com a Universidade de Santa Catarina. Período de setembro/2024 a março/2025. Os dados foram extraídos sem identificação e com as variáveis: data do laudo, motivo de solicitações, região anatômica. A partir disso, os dados foram organizados em planilha e análise pelo SPSS 24.0 e a série histórica no Excel.
Resultados
No período estudado, houve 1868 solicitações em Telerradiologia (tabela 1), dessas 58,4% para ossos e articulações, sendo a dor o principal motivo (731=67,0%) e 8,9% por trauma. Cerca de 41,0% para o tórax, a maioria (401=52,3%) devido pré-operatório, 13,7% para queixas ou doenças respiratórias e 0,9% por doença cardíaca. De outras regiões foram 0,6%. Não constava a indicação clínica em 12,3% das solicitações. A série histórica mostrou utilização crescente, com algumas quedas: no mês seguinte ao início do serviço, resultado de atender a demanda reprimida e normalizar no mês subsequente, ou devido a problema no equipamento de radiologia com não realização dos exames.
Conclusões/Considerações
As solicitações de laudos por Telerradiologia do NUTS/UFPA indicam que a maioria dos exames foi de partes ósseas, cujo motivo foi dor, em seguida tórax visando pré-operatório, porém ainda existe parcela considerável de solicitações sem indicação clínica. O Telessaúde contribui à transformação digital ao ofertar laudos por plataforma digital, desse modo ampliando acesso das comunidades amazônidas, ao diminuir o tempo de espera para o resultado.
ACEITAÇÃO E USO DA TELECONSULTA: UMA APLICAÇÃO DO MODELO UTAUT ADAPTADO PARA USUÁRIOS DO SISTEMA PÚBLICO E PRIVADO DE SAÚDE BRASILEIRO
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Brasília
2 Unialfa
Apresentação/Introdução
Entender a aceitação e o uso de tecnologias como a teleconsulta, pode auxiliar a superar as barreiras para a sua utilização e aumentar o seu acesso à Saúde Digital no Brasil. A teleconsulta foi analisada como estratégia tecnológica de assistência à saúde, utilizando o modelo de aceitação e uso de tecnologias adaptado de Venkatesh et al. (2012) para auxiliar a compreender o fenômeno.
Objetivos
Verificar a influência das variáveis Expectativa de Performance, Expectativa de Esforço, Influência Social, Condições Facilitadoras, Custo-Benefício, Hábito, Confiança, Literacia em Saúde Digital sobre o Comportamento de Uso da teleconsulta.
Metodologia
A pesquisa possui uma abordagem quantitativa, adaptando o modelo de aceitação e uso de tecnologias UTAUT2 (Venkatesh et al., 2012) para a aplicação na teleconsulta. O método utilizado foi o de levantamento (survey), a amostra foi coletada através de um questionário, e contou com 403 participantes no território brasileiro. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa da Faculdade de Saúde da UnB. O modelo foi validado por análise fatorial confirmatória e análise fatorial exploratória através do software R e os dados foram analisados através de modelagem de equações estruturais pelo software SmartPLS 4.
Resultados
O objetivo da pesquisa foi alcançado através do desenvolvimento e validação de um modelo de aceitação e uso da teleconsulta adaptado da UTAUT2. Os resultados empíricos demonstraram que, as variáveis Expectativa de Performance, Expectativa de Esforço, Influência Social, Hábito, e Confiança exercem influência sobre a Intenção Comportamental de uso da teleconsulta. Todavia, as variáveis Custo-Benefício, Condições Facilitadoras, e Literacia em Saúde Digital não apresentaram influência significativa nesta relação. As variáveis Intenção Comportamental, Condições Facilitadoras, Hábito e Literacia em Saúde Digital exerceram influência significativa sobre o Comportamento de Uso da teleconsulta.
Conclusões/Considerações
Os resultados obtidos podem servir de subsídio para gestores públicos e privados, formuladores de políticas de saúde, profissionais da área e desenvolvedores de tecnologias, no sentido de promover iniciativas que incentivem a aceitação e uso da teleconsulta, auxiliando na transformação digital da saúde no país, uma vez que o plano de desenvolvimento digital do SUS, almeja a maior adesão do cidadão aos serviços disponibilizados de maneira digital.
UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE POWER BI PARA MONITORAMENTO E TRANSPARÊNCIA DA POLÍTICA OPERA MAIS, MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 SES-MG e UFMG
2 SES-MG
Apresentação/Introdução
Business Inteligence (BI) pode ser usado como uma ferramenta para tomada de decisão quando combina os dados armazenados de vários bancos e fornece informações completas de acordo com a necessidade do gestor. Além de poderem contribuir com a qualidade e a inovação na gestão, fortalecendo processos de planejamento em vários setores, entre eles na saúde pública.
Objetivos
Analisar o uso do dashboard como uma ferramenta de transparência e acompanhamento dos recursos repassados pelo estado aos municípios mineiros através da Política Opera Mais, Minas Gerais.
Metodologia
Para a elaboração do dashboard foi utilizado o Microsoft Power BI. Como os dados utilizados vêm no formato Excel, o Power BI foi o que melhor se adequou por ser também da Microsoft. A ideia do BI na Política Opera Mais, Minas Gerais é a de tornar visual a exibição dos recursos repassados aos municípios e do quantitativo de cirurgias eletivas realizadas no estado. À medida que a base do Ministério da Saúde é liberada com a produção ou que são realizados repasses de recursos, a base de dados do painel é atualizada.
Resultados
O BI conta com informações sobre a produção de cirurgias eletivas em todo o estado, incluindo as cirurgias custeadas com recursos da Política Opera Mais, valores repassados, data dos repasses e o consolidado, que pode ser filtrado por macrorregião, microrregião, município ou prestador.
Há também a aba com informações por município, permitindo acompanhar os procedimentos realizados e identificar se a população atendida é própria ou referenciada.
A ferramenta é atualizada com base na liberação das informações referentes aos pagamentos realizados e na disponibilização, pelo Ministério da Saúde, dos dados do Sistema de Informação Hospitalar Descentralizado sobre os procedimentos realizados.
Conclusões/Considerações
Além da ferramenta ser utilizada pelos gestores para acompanhamento dos recursos recebidos do estado, o BI traz possibilidade de um melhor acompanhamento também pelo controle social. Nesse sentido, a exposição dos dados de maneira visual e interativa no formato de dashboard facilita a transparência da Política Opera Mais, Minas Gerais.
O USO DE PROGRAMAS DE RASTREAMENTO INDIVIDUAL NA SAÚDE PÚBLICA: UM DILEMA DA BIOÉTICA
Pôster Eletrônico
1 IFNMG
2 Unimontes
3 IF Sul de Minas
Apresentação/Introdução
O avanço de tecnologias digitais e o uso massivo de dados, intensificado pela pandemia de COVID-19, geram novos desafios éticos. O uso de tecnologias de rastreamento e Inteligência Artificial na saúde é um novo paradigma bioético, abordando o monitoramento pessoal e as restrições de liberdades individuais em prol da coletividade.
Objetivos
Compreender as perspectivas bioéticas no uso de dispositivos móveis de rastreamento.
Metodologia
Estudo teórico fundamentado através de pesquisa-ação, realizado com oito pós-graduandos de uma universidade pública. Utilizou-se grupo focal, com metodologia de análise de conteúdo temática com estrutura de codebook, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados
A partir da análise, constatou-se uma preocupação sobre o uso dos dispositivos findada a pandemia. O uso ou não do dispositivo, direitos inerentes à pessoa humana, legislação e efetividade dos métodos aprofundam interpretações, passando os participantes de uma concepção personalista do tema a uma visão voltada a implicações profissionais sobre os métodos.
Conclusões/Considerações
O debate sobre o impacto do uso de dispositivos tecnológicos na saúde, em especial os que impliquem restrição de direitos que se referem à vida privada do indivíduo, passa por uma discussão de caráter profissional, além da exigência de claro regramento sobre o tema.
FARMÁCIA DE OURO: CARACTERIZAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES ESPONTÂNEAS RECEBIDAS PELO SERVIÇO DE FARMACOVIGILÂNCIA DE OURO PRETO, MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 UFOP
Apresentação/Introdução
O Farmácia de Ouro, sediado na Farmácia Escola da UFOP, é o primeiro Centro de Farmacovigilância de Ouro Preto/MG. Atua na promoção da segurança do paciente por meio de atividades de educação em saúde, promoção das notificações espontâneas de eventos adversos (EA) e queixas técnicas e disseminação de informações sobre medicamentos e vacinas.
Objetivos
O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil das notificações espontâneas de eventos adversos a medicamentos (EAM), eventos adversos pós-vacinação (EAPV) e queixas técnicas (QT) recebidas pelo Farmácia de Ouro.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com coleta de dados realizada de outubro de 2020 a abril de 2025, por meio de formulários impressos e eletrônicos, elaborados com base nos formulários da Anvisa para notificação de EA e QT. Foram coletadas variáveis demográficas, condições de saúde, descrição dos EA ou QT e informações sobre o produto farmacêutico. As notificações recebidas foram registradas nas plataformas da Anvisa (VigiMed e Notivisa), e armazenadas em banco de dados no Microsoft Excel®. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFOP sob CAAE (65852422.6.0000.5150).Os medicamentos foram classificados de acordo com o primeiro nível da Anatomical Therapeutic Chemical(ATC).
Resultados
No período de estudo foram recebidas 348 notificações. A maioria dos notificadores eram mulheres (n= 261; 75,0%), com idade entre 20 e 59 anos (n=302;86,8%), residentes nos estados de Minas Gerais (n=309;88,8%) e São Paulo (n=20;5,7%). Observou-se predominância de EAPV, (n=282;81,0%), seguido por 11,2%(n=39) de notificações de EAM e 7,8%(n=27) de QT. Os medicamentos classificados como sistema nervoso - N (n=21;30,4%) e metabolismo e trato alimentar - A (n=16;23,2%) foram os mais frequentemente notificados. Os sinais e sintomas predominantes foram dor no local de aplicação (n=228;65,5%), dor de cabeça(n=192;55,1%) e dor no corpo (n=190;54,6%).
Conclusões/Considerações
Conclui-se que a maioria das notificações espontâneas foram EAPVs, com predominância de sinais e sintomas leves. Esse perfil pode ser explicado pela pandemia da Covid-19, que gerou a inclusão de novas vacinas no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS), fomentando a notificação espontânea. O baixo percentual de EAM é desafiador e demanda o desenvolvimento de estratégias para fortalecer a farmacovigilância no SUS.
ASSOCIAÇÃO ENTRE FAIXAS ETÁRIAS MATERNAS E NEAR MISS MATERNO: ANÁLISE DE MODELOS ESPACIAIS NOS MUNICÍPIOS DO NORDESTE BRASILEIRO
Pôster Eletrônico
1 UFMA
Apresentação/Introdução
O near miss materno refere-se a situações em que a mulher quase morreu, mas sobreviveu a complicações graves durante a gestação, parto ou pós-parto. Fatores como a idade materna são reconhecidos como determinantes importantes na ocorrência desses eventos, mas estudos que considerem a dimensão espacial são ainda escassos na região Nordeste do Brasil.
Objetivos
Investigar a associação entre faixas etárias maternas extremas (menores de 15 anos, 35 anos ou mais, e a combinação dessas faixas) e a razão de near miss materno nos municípios do Nordeste, utilizando modelos de regressão espacial.
Metodologia
Estudo ecológico utilizando dados de casos de near miss materno, segundo critérios de Waterstone, por municípios do Nordeste brasileiro. As taxas foram modeladas por regressão espacial, incluindo o Modelo de Erro Espacial (SEM) e o Modelo Autorregressivo Espacial (SAR), considerando variáveis etárias: menores de 15 anos, 35 anos ou mais e os extremos (menores de 15 e maiores de 35 anos). A dependência espacial foi avaliada pelos coeficientes λ e ρ, ambos com significância estatística (p < 0,001), usando máxima verossimilhança no software GeoDa v. 1.22®. Mapas das variáveis significativas foram gerados no QGIS v.3.40.7® para análise espacial.
Resultados
Os modelos espaciais explicaram aproximadamente 72% da variabilidade nas razões de near miss materno, evidenciando forte dependência espacial, conforme indicado pelos elevados coeficientes λ (0,86) e ρ (0,85). A proporção de gestantes com idade superior a 35 anos apresentou associação positiva e estatisticamente significativa com o risco de near miss materno, sugerindo maior vulnerabilidade nessa faixa etária. A variável que combina os extremos de idade (menores de 15 e maiores de 35 anos) também demonstrou efeito positivo, embora com menor significância estatística. Porém, a proporção de gestantes menores de 15 anos, não apresentou associação significativa com near miss materno.
Conclusões/Considerações
A idade materna avançada se destaca como fator de risco para near miss materno na região Nordeste, reforçando a necessidade de atenção direcionada a essa população. A análise espacial mostrou-se fundamental para compreender a distribuição e riscos associados, contribuindo para a formulação de políticas de saúde materna mais eficazes.
EFEITO DA MUDANÇA DE FLUXO EDITORIAL NO TEMPO DE PROCESSAMENTO DE UMA REVISTA CIENTÍFICA DE ACESSO ABERTO DIAMANTE
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Campinas, Brasil
2 Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde, Brasília, Brasil
3 Fundação Oswaldo Cruz, Gerência Regional de Brasília, Brasília, Brasil
4 Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Farmácia, Belo Horizonte, Brasil
5 Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva, Brasília, Brasil
Apresentação/Introdução
Descrições detalhadas dos fluxos de processamentos de periódicos, mas estudos empíricos que avaliam seus efeitos são escassos. Em 2024, um novo fluxo de trabalho foi implementado na Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do SUS (RESS) com o objetivo de obter revisões oportunas e de qualidade.
Objetivos
Avaliar o efeito de um novo fluxo de processamento editorial no tempo de tomada de decisão da revista.
Metodologia
Estudo antes e depois que avaliou as submissões à RESS, junho-dezembro/2024 (intervenção) e junho-dezembro/2023 (controle), com seguimento até janeiro/2025. A intervenção foi a inclusão de uma gestora de pareceristas responsável pela atribuição de revisores e inclusão de novos editores associados após treinamento; avaliação prévia pelo editor-chefe (escopo) e pelo editor científico (qualidade metodológica); e listas de verificação para padronizar as revisões. O comparador foi o fluxo de trabalho anterior. Os resultados foram: tempo de processamento, número de revisores convidados e revisões recebidas. Análises estatísticas foram realizadas para comparar os grupos.
Resultados
Em 2024, 218/928 artigos foram revisados por pares, sendo 78 com decisão. Em 2023, 77/970 foram revisados por pares (P=0.220). O tempo médio em dias até a decisão foi menor na intervenção (62,8±40,5) do que no controle (130,1±64,5] (P<0.001), sendo mais rápido na intervenção para aceite (92,8±39,8 vs 133,5±61,6]; P=0.002) ou rejeição (37,1±16,0 vs 128,1±66,7; P0<.001). O número de revisores convidados por manuscrito foi mais alto na intervenção (10,1±6,3) do que no controle (7,8±5,5]; P=0.020), sem diferença significativa na decisão quando comparado com o controle (aceito, 10,0±7,0 vs 6,3±2,8; P=0.070; rejeitado, 10,3±5,8 vs 8,6±6,5; P=0.110).
Conclusões/Considerações
O novo fluxo de trabalho reduziu a duração do processamento editorial e permitiu que um maior número de revisões por pares servisse de base à tomada de decisão. Os resultados não foram definidos antes da intervenção ser planejada; a duração do acompanhamento, os novos editores e o sistema de submissão são factores de confusão que podem ter influenciado os resultados.
PROPORÇÃO DE ÓBITOS POR CAUSAS MAL DEFINIDAS NOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SAÚDE SUL – JEQUIÉ, BAHIA, 2015 A 2024
Pôster Eletrônico
1 FESFSUS: Fundação Estatal Saúde da Família
Apresentação/Introdução
Óbitos com causas mal definidas refletem limitações na qualidade da informação em saúde e comprometem o planejamento de políticas públicas. Esta análise visa descrever e comparar a proporção desses óbitos entre os municípios da Região de Saúde Sul – Jequié entre 2015 e 2024.
Objetivos
Analisar a evolução da proporção de óbitos por causas mal definidas nos municípios da Região de Saúde Sul – Jequié, no período de 2015 a 2024, e identificar municípios com desempenhos positivos ou críticos.
Metodologia
Trata-se de estudo descritivo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), analisando óbitos classificados sob códigos de causas mal definidas (Capítulo XVIII da CID-10) por município de residência, no período de 2015 a 2024. Foram considerados como desempenho positivo os municípios com proporção inferior a 10% de causas mal definidas. Os dados foram obtidos via SUVISA/SESAB e analisados por séries temporais em percentual anual.
Resultados
Alguns municípios apresentaram melhora expressiva, como Lajedo do Tabocal (45,3% em 2015 para 3,3% em 2024), Dário Meira (22,1% para 3,8%) e Jequié (28,2% para 8,8%). Outros mantiveram padrões preocupantes: Itiruçu (37,3% para 34,5%) e Jitaúna (13,9% para 36,3%). Dos 26 municípios, apenas cinco encerraram 2024 com desempenho satisfatório (<10%). O cenário evidencia desigualdade entre territórios e desafios persistentes na qualidade da declaração de óbito.
Conclusões/Considerações
A persistência de altas proporções de óbitos por causas mal definidas compromete a fidedignidade dos dados de mortalidade. Municípios que apresentaram redução significativa devem ser analisados como exemplos de boas práticas. Reforça-se a necessidade de investimentos em capacitação de profissionais de saúde, na ampliação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e em auditoria contínua da qualidade da informação em mortalidade.
LETRAMENTO E INCLUSÃO DIGITAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SANTA CATARINA: DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA A QUALIFICAÇÃO NO SUS DIGITAL
Pôster Eletrônico
1 UFFS
2 UNB
3 UDESC
Apresentação/Introdução
A transformação digital no Sistema Único de Saúde exige novos saberes e habilidades dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Em Santa Catarina, iniciativas como o Programa SUS Digital e a pesquisa de Índice de Maturidade em Saúde Digital evidenciam lacunas de competências. Nesse sentido, o letramento digital é essencial para garantir cuidado qualificado, equidade e acesso ampliado à saúde.
Objetivos
Identificar as principais necessidades formativas relacionadas à inclusão e ao letramento digital dos profissionais da APS em Santa Catarina, a fim de subsidiar o desenvolvimento de tecnologias educacionais voltadas à gestão e à assistência.
Metodologia
Estudo descritivo-analítico, de abordagem qualitativa, com profissionais de todas macrorregiões de saúde de Santa Catarina. Utiliza dados dos relatórios públicos do Índice de Maturidade em Saúde Digital, conforme a Portaria nº 842/2024, que orienta o SUS Digital em três eixos: (1) cultura de saúde digital e educação permanente; (2) soluções tecnológicas e serviços digitais; (3) interoperabilidade e uso de dados. A coleta ocorreu por consulta consulta pública do diagnóstico situacional do programa SUS digital para o estado de Santa Catarina entre junho de 2024 e maio de 2025. A análise de conteúdo dos dados preliminares do diagnóstico situacional do Programa SUS Digital de SC.
Resultados
Apesar do avanço na infraestrutura digital no estado de SC, existe um despreparo dos profissionais para lidar com situações do cotidiano, o que sinaliza a necessidade de ações permanente de educação para essa remodelagem cultural da gestão do trabalho e estratégias para o protagonismo na construção de um sistema de saúde digital inteligente, integrado e centrado nas necessidades da população. A adoção da saúde digital deve ser entendida como um processo progressivo, orientado por princípios éticos, técnicos e sociais, que respeite as diversidades regionais e promova a equidade no acesso às tecnologias e aos seus benefícios.
Conclusões/Considerações
A inclusão e o letramento digital dos profissionais que atuam na APS potencializam o uso das tecnologias de saúde para uma assistência e gestão qualificada, mas demandam formação contínua e superação de barreiras técnicas e culturais. O Programa SUS Digital, por seus três eixos, pode fortalecer a infraestrutura, capacitar profissionais e ampliar o acesso e a resolutividade, promovendo uma atenção integral e alinhada às especificidades do estado.
DIGITAL COMMONS E SAÚDE COLETIVA: UMA APROXIMAÇÃO NECESSÁRIA?
Pôster Eletrônico
1 USP
2 Fiocruz
Apresentação/Introdução
O avanço da saúde digital e a circulação global de dados demandam novos paradigmas de governança. Este trabalho propõe princípios para Bens Públicos Globais Digitais (BPGD), com foco em equidade, soberania digital e justiça, enfrentando riscos de mercantilização e neocolonialismo tecnológico.
Objetivos
Propor princípios orientadores para a governança inclusiva dos BPGD, com foco na saúde digital, equidade no compartilhamento de benefícios e proteção da soberania digital do Sul Global.
Metodologia
A pesquisa adota abordagem qualitativa e normativa, baseada em revisão bibliográfica e documental, com análise crítica de referências da ONU, OMS, Conselho da Europa e iniciativas multilaterais. Utiliza-se a lente da justiça global e dos direitos humanos para formular princípios voltados à governança participativa e ao compartilhamento equitativo de benefícios digitais, especialmente em contextos de saúde pública.
Resultados
O estudo apresenta nove princípios para BPGD inclusivos: equidade digital, soberania e autodeterminação, partilha justa de benefícios, transparência, interoperabilidade com respeito local, sustentabilidade, desmercantilização, responsabilidade corporativa e dever estatal de enforcement. Propõe mecanismos como fundos globais, cláusulas de retorno de benefícios e tratados vinculantes para proteger dados e tecnologias em saúde como bens comuns acessíveis e não excludentes.
Conclusões/Considerações
A governança dos BPGD exige pactos multilaterais que priorizem o bem comum digital sobre interesses comerciais. Para garantir justiça global e evitar novos colonialismos digitais, é essencial incorporar princípios de inclusão, soberania e partilha justa. Estados e organismos internacionais devem assegurar regulação efetiva, responsabilização das Big Techs e participação equitativa do Sul Global na formulação das regras do jogo digital.
ANÁLISE DA CONCORDÂNCIA DA VARIÁVEL RAÇA/COR DA MÃE E DO BEBÊ NA DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO DE NASCIMENTOS DE JANEIRO A ABRIL NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2025
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
2 SMS
3 -
Apresentação/Introdução
A Declaração de Nascido Vivo é o documento padrão que coleta dados de nascimentos em âmbito nacional. A variável raça/cor deve ser autodeclarada pela parturiente, tanto a dela quanto a do bebê. Muitas vezes a raça/cor do bebê é definida pelo profissional que preenche o documento ou até mesmo deixada em branco. No SINASC, consta apenas a raça/cor da mãe, sendo a do bebê somente no documento físico.
Objetivos
Avaliar o grau de concordância entre as variáveis raça/cor da mãe e do bebê na Declaração de Nascido Vivo dos nascimentos ocorridos entre janeiro e abril no município do Rio de Janeiro em 2025.
Metodologia
Estudo ecológico com dados da variável raça/cor da mãe e do bebê do documento físico da DNV. Excluíram-se registros em branco, “amarela” ou “indígena”. Calculou-se proporção de concordância das categorias de raça/cor mãe e bebê, com teste de proporções para comparar concordância entre grupos raciais maternos, estimando diferenças e seus IC95%. Ajustou-se modelo de regressão logística com desfecho “discorda” (1=discordância; 0=concordância), tendo raça/cor materna como variável explicativa. Estimaram-se razões de chance (OR) com IC95%. Calculou-se coeficiente Kappa de Cohen, interpretado conforme Landis e Koch, para avaliar a concordância global entre as classificações de raça/cor mãe e bebê.
Resultados
Foram coletados 9647 registros de nascimentos de janeiro a abril de 2025. Concordância global da raça/cor entre mãe e bebê foi 85,7% de mães brancas, 74,2% de pardas e 40,8% de pretas. Coeficiente Kappa de Cohen foi 0,535 (z=69,7; p<0,001), indicando concordância moderada e estatisticamente significativa. Teste de proporções indicou diferença significativa entre todos os grupos: maior entre mães brancas e pretas (44,9 pontos percentuais, IC95%:42,3–47,6), seguida por pardas e pretas (33,4 p.p., IC95%:30,8–36,1) e também entre brancas e pardas, embora menor. Na regressão logística, mães pardas tiveram 2,08 vezes mais chance de discordância que pretas; mães pretas, 8,71 vezes mais que brancas.
Conclusões/Considerações
Os resultados evidenciam discordância expressiva entre grupos racialmente vulnerabilizados, corroborando a ideia de racismo institucional presente nas práticas dos estabelecimentos de saúde. Essa análise reforça a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde a fim de garantir dados mais precisos e representativos da realidade social. Destaca-se que o estudo está em curso e análises adicionais poderão complementar os achados apresentados.
USO DA SAÚDE DIGITAL PARA O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NO CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO
Pôster Eletrônico
1 PPGFis/UFPB
Apresentação/Introdução
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é diretriz para o funcionamento dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) desde 2010. Nesse contexto, o uso do prontuário eletrônico (PE) está transformando o processo de trabalho dos profissionais da assistência especializada, favorecendo a abordagem biopsicossocial e promovendo a interprofissionalidade por meio do recurso digital.
Objetivos
Conhecer as funcionalidades, abrangência e potencialidades do PE para o uso do mesmo como ferramenta da saúde digital na implementação do PTS no CER.
Metodologia
Trata-se de um estudo de caso qualitativo e exploratório, orientado pela Análise de Conteúdo. A observação direta foi usada para a descrição do PE e entrevistas realizadas com os gestores do CER e com os desenvolvedores do PE para levantar sentidos sobre obstáculos e facilitadores no uso do PE para produzir o PTS. Para coleta de dados foram utilizados um roteiro de pesquisa documental baseado na literatura sobre PTS, o diário de campo e o roteiro de entrevista semiestruturada. Os informantes precisavam atender aos critérios de ter familiaridade com o uso do PE na gestão e na assistência. Para a análise dos dados coletados, foi utilizada a Análise de Conteúdo Temática.
Resultados
O PE apresenta várias funcionalidades que facilitam a implementação do PTS, como os registros clínicos (avaliações, evoluções, laudo) e o Plano Terapêutico (PT). Contudo, evidenciou-se a necessidade de chats de comunicação e de campo específico para a participação efetiva do usuário e família de forma digital. Apontam-se ainda mudanças no processo de trabalho dos profissionais, a fim de fortalecer os processos comunicativos e trocas de saberes, visando à integralidade do cuidado, além das dificuldades de interoperabilidade entre CER e Rede de Cuidado ampliada. Por fim, destaca-se a urgência de incluir a saúde digital na educação permanente de forma situada e integrada.
Conclusões/Considerações
A efetiva integração do PTS ao PE, no CER em estudo, requer a criação de funcionalidades que favoreçam a comunicação virtual interprofissional, com o usuário e com a Rede ampliada. Além da reorganização dos processos de trabalho, com agendas que viabilizem os fluxos comunicativos. A educação permanente é fundamental para o letramento digital e a consolidação de uma cultura institucional de identidade digital inclusiva e situada.
SAÚDE DIGITAL NO BRASIL E OS DESAFIOS DA GOVERNANÇA E DA PROTEÇÃO DE DADOS DOS CIDADÃOS USUÁRIOS DO SUS
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Apresentação/Introdução
A crescente transformação digital da saúde no Brasil tem influenciado na organização do Sistema Único de Saúde (SUS). Expandida na pandemia de Covid-19, a saúde digital, embora promissora, avança em meio a disputas políticas e econômicas, marcadas pelo neoliberalismo, desigualdades sociais, iniquidades no acesso, plataformização do Estado e privatização de instituições públicas.
Objetivos
Investigar como o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) se posicionam sobre governança e proteção de dados na saúde digital do SUS, com base em recorte de pesquisa maior.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa netnográfica, realizada entre setembro e outubro de 2024. A coleta de dados ocorreu em sites oficiais do CNS e de 4 OSCs, sem recorte temporal, utilizando os descritores “saúde digital”, “tecnologia digital para saúde”, e “estratégias de eSaúde”. Foram encontradas 35 publicações (notícias, artigos, resoluções, e eventos), das quais 17 foram descartadas por não abordarem diretamente o tema, duplicações em diferentes formatos ou por estarem indisponíveis. Às 18 publicações analisadas foram organizadas em matriz com diferentes variáveis. Utilizou-se a análise de conteúdo como técnica para categorizar os conteúdos emergentes em eixos temáticos.
Resultados
Das 18 publicações analisadas, 12 foram categorizadas no eixo “Governança e Proteção de Dados”, que se refere aos conteúdos sobre a regulação, transparência e controle sobre os usos dos dados em saúde em conjunto com os conteúdos relativos à fragilidade ou garantia de privacidade e segurança dos direitos dos cidadãos no contexto da digitalização. Além disso, as OSCs e o CNS expressam preocupação com a mercantilização dos dados por grandes corporações e a fraca aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que compromete o acesso democrático às informações. Nesse contexto, também é reivindicado o fortalecimento do controle social nas decisões sobre a saúde digital.
Conclusões/Considerações
A pesquisa evidencia o papel estratégico do controle social, a participação dos usuários na gestão e na tomada de decisões para construção de uma governança democrática da saúde digital. É urgente ampliar a participação social e proteger os dados diante da digitalização e dos interesses privados. Os posicionamentos do CNS e das OSCs reforçam a defesa da soberania digital e da regulação pública como caminhos para fortalecer o SUS.
A TELEODONTOLOGIA COMO FERRAMENTA DE APRENDIZADO UTILIZANDO A PLATAFORMA YOUTUBE NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Pôster Eletrônico
1 Universidade do Estado do Amazonas
Apresentação/Introdução
A teleodontologia é uma ferramenta essencial de suporte técnico-assistencial que facilita o acesso dos profissionais às atividades de educação permanente em saúde, contribui para a integralidade do cuidado, reduz a necessidade de deslocamentos geográficos desnecessários e amplia a capacidade de resolução das equipes, além de transmitir informações como forma de sensibilização ao público alvo.
Objetivos
Esta pesquisa objetiva descrever o perfil e quantidade das webconferências realizadas pelo Núcleo de Telessaúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no âmbito da teleodontologia e sua importância na integração ensino-serviço-comunidade.
Metodologia
O estudo se caracteriza em descritivo com abordagem quantitativa, baseado na análise de dados secundários coletados através do canal do YouTube da Unidade de Desenvolvimento Docente e Apoio ao Ensino (UDDAE), onde são transmitidos e disponibilizados as webconferências do Núcleo de Telessaúde da UEA, durante os anos de 2022 a 2025. O canal transmite diversos temas, mas para o presente estudo foram utilizados as webconferências da teleodontologia, sendo excluídos podcasts, palestras, vídeo aulas e demais recursos didáticos que não possibilitavam interação com os participantes de maneira síncrona. Os dados foram submetidos ao Programa Microsoft Excel 2016 para a categorização e posterior análise.
Resultados
Foram totalizados 28 webconferências, possuindo um tempo médio de duração de 30 minutos e 28 segundos, com uma soma de 7.140 visualizações e uma média de 255 visualizações por transmissão. O público alvo foram servidores públicos, discentes de graduação e pós-graduação e a população de modo geral. A maioria das webconferências foram ministradas por acadêmicos, docentes, discentes de pós-graduação e convidados, respectivamente. O ano de 2023 foi o com mais prevalência de transmissões, totalizando 19 webconferências e a área mais abordada somando todos os anos foi a de Estomatologia, com um total de 13, seguida de prevenção na Odontopediatria com 5 e Saúde Coletiva com 3.
Conclusões/Considerações
A estratégia fortalece o elo entre a formação profissional, prática clínica e as demandas da população, contribui para a qualificação do cuidado, amplia o acesso em regiões remotas, consolida a interdisciplinaridade e assegura a integralidade da atenção. O Núcleo de Telessaúde da UEA corrobora efetivamente nas práticas de integração entre ensino-serviço-comunidade, pois permite cooperação mútua, troca de experiências e a promoção do diálogo.
ARQUITETURAS E TÉCNICAS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL UTILIZADAS PARA DETECÇÃO E ANÁLISE DE SENTIMENTOS NOS SISTEMAS E SERVIÇOS DE SAÚDE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
Pôster Eletrônico
1 Fiocruz-BA
2 UFC
3 IFCE
4 SMS - Fortaleza
5 Fiocruz-CE
Apresentação/Introdução
Este trabalho apresenta uma revisão sistemática sobre as arquiteturas e técnicas de inteligência artificial utilizadas nos sistemas e serviços de saúde, com foco na pessoa idosa, realizado em 2024, registrado na plataforma PROSPERO, número CRD42024539120. Analisando artigos nas bases de dados dos últimos cinco anos, o estudo mostrou que há uma grande vacância no uso destas técnicas nesses serviços
Objetivos
Identificar quais arquiteturas ou técnicas de inteligência artificial, aprendizado de máquina, aprendizado profundo, processamento de linguagem natural para detecção e análise de sentimentos nos serviços e sistemas de saúde, com foco na pessoa idosa.
Metodologia
Neste estudo, a metodologia utilizada foi a revisão sistemática da literatura. Este trabalho foi iniciado em maio de 2024 e concluído em dezembro do mesmo ano, protocolado na plataforma PROSPERO, sob o número de registro CRD42024539120, caracterizando como pesquisa inédita neste seguimento. A pergunta principal da revisão foi “Quais arquiteturas ou técnicas de IA, Aprendizado de Máquina, Aprendizado Profundo, Processamento de Linguagem Natural ou outras abordagens para Detecção e Análise de Sentimentos Nos Serviços e Sistemas de Saúde, com foco na pessoa Idosa?”. Outras dez perguntas foram elaboradas, a partir desta. As bases de dados buscadas foram: Pubmed, Web of Science e Scopus.
Resultados
Foram encontrados 361 artigos relacionados ao tema nas três bases dados pesquisadas (PubMed, Web of Science e Scopus), nos últimos cinco anos. Após a busca e o download destes artigos na plataforma ryyan, os resumos destes trabalhos foram lidos e 315 foram excluídos. Dos 46 restantes, que foram lidos por completo, foram excluídos 23 e uma amostra final de 23 artigos foram selecionados para compor a discussão do estudo após utilizar os critérios de inclusão e exclusão. Vale ressaltar que nenhum trabalho demostrou efetivamente a utilização destas técnicas nos serviços e sistemas de saúde, para nenhum público, para detecção e análise de sentimentos, apresentando uma grande vacância nesta área.
Conclusões/Considerações
Dado a vacância do uso destas técnicas, concluímos a necessidade de utilizar as técnicas de inteligência artificial, especialmente a IA generativa, nos serviços e sistemas de saúde (público e provado), visando detectar e analisar sentimentos na pessoa idosa, promovendo a comunicação eficiente, a inclusão digital e social deste público e uma maior eficiência no cuidado e na gestão da saúde do cidadão.
ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DE AIDS/HIV EM CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS NO BRASIL: TENDÊNCIAS DA TRANSMISSÃO VERTICAL E DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
Pôster Eletrônico
1 Universidade Estadual do Centro-Oeste
2 Universidade Estadual do Norte do Paraná
3 Universidade Federal de Santa Maria
4 Prefeitura Municipal de Guarapuava - PR
5 Universidade de Mogi das Cruzes
Apresentação/Introdução
Para que os objetivos de Desenvolvimento Sustentável de erradicar a AIDS e reduzir mortalidade infantil evitável sejam atingidos, é fundamental a qualidade da informação em saúde e o controle de infecção vertical do HIV. Entre os desafios no Brasil pode-se listar a transmissão por transfusão sanguínea, a transmissão vertical e a expressiva proporção de registros sem uma categoria definida.
Objetivos
Analisar a evolução das notificações referentes a AIDS/HIV em crianças menores de 5 anos no Brasil, através do Sistema de Notificação e Agravos- SINAN, no período correspondente de 1984 a 2024.
Metodologia
Estudo epidemiológico descritivo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram analisadas as notificações de AIDS/HIV em crianças menores de 5 anos no Brasil no período de 1984 a 2024. A partir de 2014, também são considerados os dados de infecção pelo HIV nessa faixa etária, em função da obrigatoriedade da notificação da infecção pelo vírus HIV, com ênfase na transmissão vertical. Os dados foram agrupados segundo ano de diagnóstico e categorias de exposição. As proporções foram calculadas em relação ao total de casos por grupo de anos. O estudo obteve dispensa de análise do Comitê de Ética.
Resultados
O período que compreendeu o estudo, de 1984 a 2024, evidenciou um total de 19.001 notificações de casos de AIDS/HIV em crianças menores de cinco anos no Brasil. A maior ocorrência foi entre 2000-2009 (42,6%), seguido por 1990-1999 (29,8%), 2010-2019 (21,4%) e 1984-1989 (1,59%). De todos os casos, 11.979 foram através de exposição vertical e 6.454 indicaram o campo “ignorado”. A transmissão por transfusão sanguínea reduziu de 43% (1990-1999) para 0% a partir de 2010. A transmissão vertical apresentou redução de 42% (de 1990 a 1999) para 2,17% em 2000-2024. Já a categoria 'Ignorado' apresentou 53,9% (2000-2009), 32,9% (2010-2019) e 9% nos últimos 5 anos.
Conclusões/Considerações
Apesar da transmissão por transfusão ter reduzido diante de avanços na triagem sanguínea, os desafios na exposição infantil se mantêm. A transmissão vertical ainda é o principal fator. A alta proporção de casos sem definição mostra a importância de aprimorar os sistemas de informação no SUS, para melhor precisão dos registros. A governança de dados é crucial para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável relacionados ao AIDS/HIV.
APRIMORAMENTO DO APLICATIVO “ONDE ESTÁ O DINHEIRO DA SAÚDE?” A PARTIR DE UM PROCESSO DE DEMOCRATIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Pôster Eletrônico
1 UFPE
2 IAM/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) apresenta linguagem contábil específica. Assim, foi desenvolvido o aplicativo “Onde está o dinheiro da saúde?” a fim de traduzir esses dados para o público em geral e, com isso, promover o exercício da cidadania. O objetivo do estudo foi aprimorar a primeira versão do aplicativo com vistas à democratização e empoderamento social.
Objetivos
Aprimorar e qualificar o aplicativo “Onde está o dinheiro da saúde?” com vistas à democratização e ampliação do acesso às informações contábeis de interesse da sociedade.
Metodologia
Trata-se de estudo avaliativo caracterizado por pesquisa de opinião dos usuários do aplicativo. Foi realizado em três etapas: 1) Levantamento de avaliações atribuídas espontaneamente na plataforma GooglePlay Store por quem realizou o download do aplicativo; 2) Oficina para discussão acerca dos indicadores utilizados com atores-chave inseridos direta ou indiretamente no processo de planejamento e gestão da saúde pública; 3) Pesquisa de opinião com representantes da sociedade civil em Pernambuco e São Paulo orientada por formulário contendo perguntas quantitativas e qualitativas acerca de termos e palavras-chave utilizadas no aplicativo.
Resultados
Houve predomínio de aspectos positivos nas avaliações espontâneas acerca do aplicativo. Porém, as palavras-chave utilizadas nele não se mostraram de conhecimento totalmente esclarecido devido pouca aproximação dos entrevistados ao serem questionados sobre seus conhecimentos acerca de conceitos contidos no aplicativo. Os atores envolvidos na gestão da saúde pública apresentaram discordância durante a oficina sobre como o conhecimento didático dos dados orçamentários do financiamento estavam apresentados no aplicativo. As impressões dos usuários e dos envolvidos na gestão do SUS levou a mudanças desde o conteúdo informativo do aplicativo até questões relacionadas ao designer gráfico do mesmo.
Conclusões/Considerações
Foi possível correlacionar as perspectivas dos atores sociais envolvidos sobre as forças e fraquezas envolvidas no processo da proposta da atualização do aplicativo “Onde está o dinheiro da saúde?”. Nesse contexto, foi visto que era necessária uma nova versão do aplicativo com mudanças de palavras-chave, pois persistia a falta de entendimento das informações da primeira versão, ainda que já estejam traduzidas do modelo contábil do SIOPS.
SUBUTILIZAÇÃO, LIMITES E POTENCIALIDADES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PARA A ATENÇÃO BÁSICA (SISAB)
Pôster Eletrônico
1 ICICT/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O SISAB é um importante sistema do Ministério da Saúde para armazenar informações sobre a Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Evoluiu do SIAB e passou a registrar dados individualizados, permitindo análise aprimorada das ações no território. Fornece suporte operacional e gerencial às equipes, bem como a análise de desempenho, produtividade, promoção da saúde e demandas em saúde.
Objetivos
Identificar e analisar como os dados do SISAB têm sido utilizados na produção científica como fonte na tomada de decisões em saúde.
Metodologia
Revisão integrativa sobre o uso do SISAB como fonte de informação na APS. Foram elaboradas questões orientadoras para identificar o conhecimento científico produzido, os tipos de intervenções que utilizam o SISAB, as localidades dos estudos e o perfil das amostras extraídas. Foram analisados o uso do SISAB pelos gestores, as recomendações feitas e os fatores limitantes e potenciais do sistema. Consideraram-se estudos publicados entre 2013 e 2022, disponíveis gratuitamente em diferentes idiomas. Foram aplicados critérios de inclusão e exclusão. A análise dos artigos foi auxiliada por dois quadros sinópticos, nos quais variáveis categóricas foram extraídas para facilitar a interpretação.
Resultados
A revisão revelou a subutilização do SISAB em pesquisas científicas, com apenas sete estudos identificados, indicando uma lacuna na literatura. A maioria analisou programas como a informatização da Atenção Básica e o Previne Brasil. As principais limitações foram a falta de integração com outros sistemas, infraestrutura precária, dificuldades de acesso à internet, resistência dos profissionais e dúvidas sobre a qualidade dos dados. As potencialidades incluem seu papel na gestão da saúde e na tomada de decisões. Recomendações incluem políticas de monitoramento, suporte contínuo, integração com outros sistemas e capacitação dos profissionais.
Conclusões/Considerações
O SISAB é pouco explorado como fonte de informação, com estudos reforçando sua função de financiamento e adesão a programas. Pouquíssimos estudos analisaram amplamente seus dados, indicando oportunidades para pesquisas futuras. Informatização, conectividade e capacitação são essenciais para a adoção do SISAB. O sistema tem potencial estratégico, e investimentos são necessários para melhorar a adoção e qualidade dos dados.
INTERVENÇÕES TECNOLÓGICAS NÃO FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DA DOR EM PACIENTES ONCOLÓGICOS PALIATIVOS ADULTOS
Pôster Eletrônico
1 CASSI SANTA CATARINA
Apresentação/Introdução
A dor oncológica em cuidados paliativos é desafiadora e demanda estratégias multimodais. Diretrizes brasileiras recomendam tecnologias não farmacológicas para modular a nocicepção, melhorar a analgesia e minimizar efeitos adversos dos opioides. Este estudo investiga a eficácia dessas abordagens na promoção da qualidade de vida dos pacientes.
Objetivos
Discutir as intervenções tecnológicas não farmacológicas mais eficazes no tratamento da dor em pacientes oncológicos adultos em cuidados paliativos, com foco na melhora da qualidade de vida e na redução do uso de opioides.
Metodologia
Realizou-se uma revisão de escopo conforme diretrizes do Joanna Briggs Institute. A pergunta norteadora foi: “Quais intervenções tecnológicas não farmacológicas são descritas para tratar a dor em pacientes oncológicos paliativos adultos?”. A busca, entre junho e novembro de 2024, incluiu as bases PubMed/MEDLINE, Scopus, Web of Science, CINAHL e Embase, considerando estudos publicados entre 2015 e 2025. Após triagem por títulos, resumos e textos completos, 5 estudos foram incluídos. Os dados foram extraídos de forma padronizada e os resultados sintetizados por meio de análise narrativa.
Resultados
A dor oncológica em cuidados paliativos requer abordagem multimodal, dada sua complexidade neurofisiológica. Intervenções como TENS, termoterapia, crioterapia, acupuntura, laser e plataformas digitais (ex.: ANtiPain) mostraram-se eficazes. A radioterapia antiálgica demonstrou benefício em metástases ósseas. A efetividade está ligada à padronização dos processos, avaliação multidimensional e protagonismo da enfermagem. A atuação interdisciplinar é essencial para preservar funcionalidade e dignidade
Conclusões/Considerações
A adoção hierarquizada de intervenções tecnológicas não farmacológicas é essencial nos cuidados paliativos oncológicos. A combinação de técnicas modula alvos fisiopatológicos, reduz fármacos e preserva a funcionalidade. A efetividade requer capacitação, monitoramento e pesquisa. Lacunas em evidências, estrutura e formação devem guiar futuras prioridades assistenciais e científicas.
USO ESTRATÉGICO DOS DADOS DO SISVAN: PANORAMA DA OBESIDADE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 Instituto Desiderata
Apresentação/Introdução
O Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes, lançado em 2022 pelo Instituto Desiderata, é uma ferramenta virtual interativa que organiza dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, apoiando o monitoramento da obesidade infantil no Brasil. Em 2024, o país alcançou o maior número de acompanhamentos já registrados, fortalecendo o uso qualificado dessas informações na saúde coletiva.
Objetivos
Apresentar os principais dados do Panorama da Obesidade Infantil, com foco nos indicadores de estado nutricional e consumo alimentar gerados pelo SISVAN, destacando sua contribuição como ferramenta de monitoramento e planejamento em saúde pública.
Metodologia
Estudo descritivo, transversal e documental, com abordagem quantitativa, a partir de dados do SISVAN analisados até 2023. As informações são organizadas por faixa etária, sexo, raça/cor e território e estão disponíveis em: https://panorama.obesidadeinfantil.org.br/. O Panorama apresenta dados de estado nutricional e consumo alimentar com base nos acompanhamentos realizados na Atenção Primária à Saúde (APS). Em 2024, o SISVAN atingiu a maior cobertura histórica de registros para a população de 0 a 19 anos, com 22.570.661 acompanhamentos em estado nutricional (41,41% da população estimada), o que reforça o potencial da ferramenta para ampliar a vigilância alimentar e nutricional no país.
Resultados
Em 2023, cerca de 32% das crianças e adolescentes acompanhados na APS apresentaram excesso de peso. Entre as de 0 a 4 anos, os maiores percentuais foram registrados no Ceará (39%), Rio Grande do Norte (37%) e Rio Grande do Sul (37%). Crianças pardas apresentaram 7% de obesidade grave nessa faixa. O maior consumo de ultraprocessados foi observado entre crianças de 5 a 9 anos (85%). Em 2024, os acompanhamentos do SISVAN atingiram recordes históricos em números absolutos de registros, exceto no grupo de consumo alimentar entre 5 e 9 anos, ainda abaixo de 2023. Esse avanço reforça a relevância do Panorama na sistematização e uso desses dados.
Conclusões/Considerações
Com base no SISVAN, o Panorama se consolida como uma ferramenta estratégica para a vigilância da obesidade infantil, ampliando o acesso a dados confiáveis e subsidiando ações de prevenção e cuidado. O alcance inédito de registros em 2024 evidencia avanços na consolidação do SISVAN e no uso qualificado de seus dados para fortalecer a saúde pública.
DESIGUALDADES SOCIODEMOGRÁFICAS E CONTEXTUAIS NOS ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS ENTRE MULHERES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2018 A 2023.
Pôster Eletrônico
1 UFF
2 Instituto de Saúde Coletiva - Universidade Federal Fluminense (ISC/UFF)
Apresentação/Introdução
A mortalidade feminina por causas evitáveis no Brasil reflete desigualdades sociais e falhas na atenção à saúde. Este estudo analisa o perfil dos óbitos evitáveis entre mulheres no estado do Rio de Janeiro entre 2018 e 2023, destacando vulnerabilidades associadas à baixa escolaridade, idade reprodutiva e local de ocorrência.
Objetivos
Descrever os óbitos femininos por causas evitáveis registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no estado do Rio de Janeiro, no período de 2018 a 2023, segundo variáveis sociodemográficas e contextuais.
Metodologia
Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, com dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram analisados todos os óbitos femininos ocorridos no estado do Rio de Janeiro entre 2018 e 2023. Os óbitos foram classificados como evitáveis segundo lista da SVS/MS. Variáveis sociodemográficas e contextuais (faixa etária, escolaridade, estado civil e local de ocorrência) foram descritas segundo a presença ou não de causa evitável. As análises foram realizadas em planilha eletrônica, com cálculo de frequências absolutas e relativas.
Resultados
Dos 452.809 óbitos femininos analisados, 127.291 (28,1%) foram classificados como evitáveis. Esses óbitos ocorreram com maior frequência entre mulheres com baixa escolaridade: 64,1% tinham até 7 anos de estudo ou nenhuma instrução. A maior proporção de mortes evitáveis foi observada entre viúvas (44,4%) e em mulheres de 20 a 49 anos (14,8%). Observou-se também maior ocorrência fora do ambiente hospitalar: 19,3% ocorreram em domicílio e 18,0% em outros estabelecimentos de saúde. Embora o campo obstétrico esteja incompleto, destaca-se maior proporção de óbitos durante a gestação e o puerpério entre os classificados como evitáveis, sugerindo fragilidades na atenção à saúde da mulher.
Conclusões/Considerações
Os achados indicam persistentes desigualdades no padrão de mortalidade feminina por causas evitáveis, relacionadas à baixa escolaridade, situação conjugal e barreiras de acesso ao cuidado. Reforça-se a importância de qualificar a atenção à saúde da mulher e fortalecer a vigilância dos óbitos femininos, com enfoque intersetorial e territorializado, considerando as especificidades das populações em situação de vulnerabilidade.
APLICATIVO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: INOVAÇÃO EM SAÚDE DIGITAL ARTICULADA AO SUS
Pôster Eletrônico
1 UERJ
2 UNESA
Apresentação/Introdução
Este estudo propõe o desenvolvimento de um aplicativo com IA voltado à prevenção do suicídio, articulado ao SUS em um município do RJ. A partir de dificuldades identificadas em pesquisa anterior, a proposta busca oferecer escuta qualificada, orientação e encaminhamento em crises, ampliando o acesso e fortalecendo a RAPS via saúde digital.
Objetivos
Desenvolver um app com IA para prevenção do suicídio, integrado ao SUS, com escuta automatizada, identificação de risco, orientações e encaminhamentos à RAPS. O sistema gerará dados anônimos para subsidiar políticas públicas em saúde mental.
Metodologia
A metodologia será dividida em quatro etapas: (1) levantamento de requisitos via grupos focais com usuários da RAPS, UBSs e profissionais, visando mapear demandas e integrar o app ao SUS; (2) desenvolvimento e treinamento da IA com base em atendimentos simulados e literatura técnica, utilizando PLN para detectar sinais de risco e validar a linguagem empática com profissionais de saúde; (3) prototipagem e testagem piloto em unidade de saúde com diversidade sociodemográfica, com foco em acessibilidade e ajustes via feedback; (4) avaliação de impacto e integração ao SUS por meio de análises qualitativas e quantitativas.
Resultados
Espera-se como resultado a criação de um protótipo funcional de aplicativo com IA voltado ao acolhimento automatizado via linguagem natural, adaptado às demandas territoriais e integrado ao SUS. O sistema mapeará UBS e RAPS locais, auxiliando no reconhecimento de casos de risco e enfrentando a subnotificação. Para mitigar riscos, contará com validação humana em situações graves e seguirá a LGPD quanto à proteção de dados. Um Comitê de Ética acompanhará o projeto, garantindo sigilo, consentimento informado e limites claros do atendimento digital, com incentivo contínuo à busca por apoio presencial.
Conclusões/Considerações
Avaliará usabilidade, acolhimento e encaminhamentos à RAPS. O app gerará indicadores para políticas públicas e incluirá módulo interativo para participação social. Parcerias com instituições e gestores garantirão expansão e sustentabilidade. Alinhado ao SUS e à CT&I, o projeto propõe um cuidado automatizado, acessível e centrado no usuário, sem substituir o cuidado humano, mas como ponte para a rede de atenção.
CLINICA VIRTUAL NUEPES:UMA INTERVENÇÃO PRA REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA
Pôster Eletrônico
1 UFPI
2 UNICAMP
3 NMDER
4 HEDA
5 Sec Saude Sao Raimundo Nonato
6 Sec Saude Bom Jesus
7 PUC Rio
Apresentação/Introdução
a assistência médica remota, especialmente em áreas como a obstetrícia, onde há uma demanda crescente por ferramentas eficazes para suporte a gestantes e profissionais de saúde. Este estudo foca na implementação de um sistema-produto de telessaúde para decisão clínica em obstetrícia, visando melhorar a qualidade da assistência e facilitar o processo de tomada de decisão clínica
Objetivos
Avaliar a implementação de um sistema de telessaúde em obstetrícia, considerando sua usabilidade, barreiras para o uso, impacto na prática clínica, e percepção de gestantes e profissionais de saúde
Metodologia
A análise quantitativa incluiu testes Qui-Quadrado, Mann-Whitney para comparar variáveis antes e após a implementação do sistema. A análise qualitativa foi realizada através de análise de discurso, buscando identificar temas emergentes nas percepções dos profissionais sobre o atendimento recebido e fornecido, respectivamente. Aspectos Éticos: O projeto teve a aprovação do CEP com Parecer Nº 78646224.8.0000.5214.
Resultados
a eficácia do sistema de telessaúde na melhoria da assistência a gestantes, identificou barreiras como, financiamento, tempo disponível e domínio do uso da plataforma. impacto e relevância do trabalho.Existe grandes lacunas para o atendimento a gestante em todo território brasileiro o que impacta na mortalidade materna. Uma das grandes lacunas é o distanciamento do médico da atenção primária do obstetra.Defesa da inovação e capacidade disruptiva do trabalho
Conclusões/Considerações
Concluiu-se que parte assistencial a plataforma permite webconferencias e a própria teleinterconsulta são estratégia pedagógicas . Portanto a teleinterconsulta poderá ser o caminho para qualificação da assistência na atenção primária em saúde.
TECNOLOGIAS DIGITAIS E NEOLIBERALISMO NAS PRÁTICAS DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA AMAZÔNIA: COLONIALIDADES E RESISTÊNCIAS
Pôster Eletrônico
1 Centro Universitário do Estado do Pará - CESPA
Apresentação/Introdução
Baseada em experiências da autora em serviços digitais públicos e privados de saúde mental a pesquisa debate sobre a fragilidade das resoluções técnicas e produções teóricas sobre o uso das tecnologias pelos profissionais, a aparente captura do discurso neoliberal nas práticas, resultados almejados e instrumentos utilizados e a massiva concentração da oferta de serviços no mercado privado.
Objetivos
Analisar criticamente os efeitos da digitalização e da lógica neoliberal nas práticas de cuidado em saúde mental na Amazônia, promovendo reflexões ético-políticas sobre o uso das tecnologias no contexto amazônico.
Metodologia
A pesquisa documental e a análise qualitativa compõem a metodologia desta pesquisa que se debruçou acerca da regulamentação da psicologia no uso das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação e seus efeitos na produção de cuidado / atuação dos profissionais no campo da saúde mental. Foram utilizados como fonte: podcasts, aulas, seminários, palestras, artigos e textos científicos disponíveis on-line. Considerando o viés e papel políticos de toda pesquisa e por se tratar de um tema que é fruto da cultura de uma época, a psicanálise foi pano de fundo importante na pesquisa, auxiliando na construção inicial, na análise do material e na construção do debate e resultados.
Resultados
A sistematização da literatura, dos marcos normativos e das políticas públicas revelou uma implementação desigual das Tecnologias Digitais no campo da saúde mental amazônica. A lógica neoliberal impõe desafios éticos à prática clínica, exigindo resistência e reinvenção constantes para manter o cuidado humanizado e plural. Há tendência de colonização das práticas de cuidado por modelos biomédicos hegemônicos mediados por algoritmos e plataformas digitais, com impactos na autonomia dos sujeitos. Aponta-se a necessidade urgente de letramento digital crítico, formação de profissionais com sensibilidade territorial e ampliação da participação social nos processos de digitalização da saúde.
Conclusões/Considerações
Recomenda-se que políticas de saúde digital considerem os marcadores territoriais, socioculturais e infraestruturais da Amazônia. É essencial garantir princípios como equidade, autonomia e participação social, evitando que as tecnologias sejam veículos de exclusão e aprofundamento das desigualdades já existentes.
DESAFIOS NA PRODUÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DE DADOS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.
Pôster Eletrônico
1 ICICT/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
Diariamente, mulheres são vítimas de violência de gênero ao redor do mundo, produzindo enormes custos não somente para a saúde e o bem-estar, como também para o desenvolvimento social e econômico. Trata-se de um grave problema de saúde pública internacional e inaceitável na vida em sociedade. O Brasil é elencado como um dos países onde mais ocorre as situações de violência contra a mulher.
Objetivos
Identificar os principais desafios atuais envolvidos na produção e sistematização de dados sobre a violência contra a mulher no Brasil, no âmbito da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (PNEV).
Metodologia
Este trabalho pode ser classificado como um estudo descritivo, de caráter bibliográfico, com abordagem qualitativa do tipo revisão de literatura. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no Google Acadêmico. Foram utilizados os seguintes descritores: violência contra a mulher, sistemas de informação em saúde, sistemas de informação, Brasil e política pública. Como critério de inclusão, foram considerados os artigos, tese e capítulos de livro disponíveis na íntegra, em português e publicados entre 2011 e 2025 Foram excluídos da seleção os artigos, que após a leitura dos resumos, não tratavam do objeto deste trabalho.
Resultados
A partir do levantamento na literatura científica, foi possível identificar os principais fatores que tem comprometido a efetividade da PNEV no tocante produção e sistematização de dados. Para facilitar a compreensão, os desafios foram organizados em cinco categorias, descritas tais como: Desafios estruturais e intersetoriais da política pública; Fragmentação e falhas na integração dos sistemas de informação; Fragilidades na coleta e preenchimento dos dados; Subnotificação e insegurança profissional; Concepção limitada e tecnicista dos sistemas de informação; Fragmentação e integração precária entre segurança, justiça e saúde:
Conclusões/Considerações
A produção e sistematização de dados sobre a violência contra a mulher no Brasil, enfrentam múltiplos desafios, muitos deles relacionados à fragilidade da efetivação da PNEV. As principais dificuldades são os obstáculos estruturais (fragmentação dos sistemas de informação, a subnotificação dos casos, a limitação na coleta de variáveis sensíveis) e intersetoriais (ausência de integração entre os setores de saúde, justiça e segurança pública).
INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL: UMA VISÃO PANORÂMICA
Pôster Eletrônico
1 UFMG
2 MS
3 UFPEL
Apresentação/Introdução
Desde 2015 o Brasil possui uma política nacional de informação em Saúde, com foco na APS. Em 2023, com a Secretaria de Saúde Digital, o SUS dá um passo para transformação digital. Passa a existir um processo de diagnóstico e planejamento em relação à saúde digital. Com o Censo das Unidades Básicas em 2024, é possível verificar como está a situação de saúde digital na atenção primária no Brasil.
Objetivos
Analisar a incorporação de Tecnologias de Informação e Comunicação nas Unidades Básicas de Saúde brasileiras, propondo recomendações para seu desenvolvimento
Metodologia
Estudo descritivo com dados do Censo Nacional das UBS de 2024, realizado por instrumento eletrônico na plataforma e-Gestor. Trata-se de um universo de 44.937 UBS brasileiras. Inicialmente, foi estruturado um grupo de especialistas em saúde digital, com 10 pessoas, com representação da SAPS do Ministério da Saúde e da rede APS da ABRASCO. Foi realizado um diagnóstico quanto a situação de saúde digital a partir do censo com análise de dados de 44937 UBS, envolvendo disponibilidade de equipamentos de TICs, acesso à internet, uso de prontuário eletrônico (PE) e de telessaúde. A seguir, foram elaboradas recomendações para o desenvolvimento de saúde digital na APS.
Resultados
Quanto à conectividade, 94,6% das UBS possuem acesso à internet. O PE é utilizado em 87,3% das UBS e 17,0 % das UBS não compartilham PE. Faltam computadores e tablets na APS. A utilização de TICs para agendamento de consultas ainda é incipiente. 39% das UBS utilizam recursos de telessaúde, com somente 21% das UBS realizando teleconsultorias, 13% teleconsulta e 17% webconferências e cursos. Quanto às recomendações, sugere-se equacionar o acesso de qualidade à internet para as UBS no país e os equipamentos básicos de TIC, ampliar o compartilhamento do prontuário eletrônico e incentivar a utilização de recursos de telessaúde e de TICs incorporando-os ao processo de trabalho de forma efetiva na APS.
Conclusões/Considerações
O Brasil avançou em relação ao processo de incorporação de TIC na APS no que se refere ao acesso à internet e a utilização de PE. No entanto, ainda faltam equipamentos de TICs de forma significativa nas UBS e sua utilização em processos como agendamento. A utilização de recursos de telessaúde necessita avançar. Ainda há um longo caminho a ser percorrido na incorporação de TIC na APS.
PLATAFORMA EDUCATIVA EM SAÚDE PARA CAPACITAÇÃO DE ENFERMEIRAS(OS) NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PRODUÇÃO DO CUIDADO ÀS GESTANTES
Pôster Eletrônico
1 UESC
2 UFMG
Apresentação/Introdução
Os Objetos Virtuais de Aprendizagem, como tecnologias educacionais interativas, colaborativas e atrativas, favorecem a ampla reusabilidade e acessibilidade. Assim, podem ser ferramentas importantes para a capacitação de profissionais de enfermagem na Atenção Primária à Saúde (APS), contribuindo para a melhoria do cuidado à saúde de gestantes e da redução da morbimortalidade materna no Brasil.
Objetivos
Elaborar a Plataforma Educativa em Saúde como estratégia de capacitação de enfermeiras(os) e de produção do cuidado às gestantes na assistência pré-natal.
Metodologia
Pesquisa metodológica e tecnológica, realizada por meio do Design Instrucional Contextualizado. Etapa 1 (análise): Diagnóstico situacional sobre as demandas de aprendizado de enfermeiras(os) sobre pré-natal na APS. Etapa 2 (design): Baseada nos modelos de Desenvolvimento Rápido de Aplicações e de processo genérico. Etapa 3 (desenvolvimento): Curadoria do conteúdo por meio de protocolos oficiais e artigos científicos. Etapa 4 (implementação): A Plataforma Educativa em Saúde (PLES) está disponível em uma homepage. Etapa 5 (avaliação): Validação de aparência, usabilidade e conteúdo da PLES - fase atual. Ao final, a PLES será disponibilizada gratuitamente para download em lojas virtuais.
Resultados
Os temas desenvolvidos na PLES consideraram o diagnóstico situacional realizado em um município baiano e as principais causas de morbimortalidade materna no Brasil: infecções do trato urinário, planejamento reprodutivo, anemia ferropriva, diabetes gestacional, síndromes hipertensivas, sífilis e toxoplasmose. O método SOAP (Subjetivo - Objetivo – Avaliação – Plano) e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foram utilizados para subsidiar a formatação dos conteúdos da PLES. Produtos: E-books, cards, folhetos, fluxogramas, vídeos, áudios e calculadoras para Índice de Massa Corporal (IMC), Data Provável do Parto (DPP), Idade Gestacional (IG) e estratificação de risco.
Conclusões/Considerações
A PLES desponta como estratégia promissora para capacitação de enfermeiras(os) na assistência pré-natal, pois promove aprofundamentos teóricos e compartilhamento de materiais educativos entre profissionais, gestantes e familiares. Ao favorecer o cuidado qualificado e humanizado na APS, produzirá melhoria dos indicadores de saúde materna e perinatal. Insere-se também quanto iniciativa voltada à expansão da saúde digital no Sistema Único de Saúde.
AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DOS ÓBITOS POR DOENÇA DE CHAGAS
Pôster Eletrônico
1 SRLES
2 ESP/CE
Apresentação/Introdução
A Doença de Chagas-DC é uma antropozoonose definida como uma doença tropical de elevada prevalência e expressiva morbimortalidade. A informação sobre a mortalidade por DC, é no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), tendo a Declaração de Óbito-DO como documento-padrão do SIM e de uso obrigatório em todo o território nacional capaz de colaborar com o planejamento das ações em saúde.
Objetivos
Avaliar os atributos qualitativos dos dados (completude e consistência) e representatividade, colaborando dessa maneira, para a avaliação da qualidade da Vigilância Epidemiológica para a Doença de Chagas.
Metodologia
Estudo avaliativo, com abordagem quantitativa, a partir da análise de dados secundários, referente às informações dos óbitos por causa básica da doença de Chagas, inseridos no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), residentes no Estado do Ceará, de 2013 a 2022, com o código B57, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID -10). Para a caracterização dos dados coletados foram considerados os atributos segundo a metodologia proposta pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em Updated Guidelines for Evaluating Public Health Surveillance Systems, a consistência, a completude e a representatividade.
Resultados
Verificou-se que a completude dos campos analisados foi classificada como “boa qualidade”. Existem dados inconsistentes nas declarações de óbito (DO), com causa básica Doença de Chagas, podendo fragilizar o planejamento das ações de saúde. Salienta-se, que houve representatividade, quando analisadas as variáveis relacionadas a tempo, pessoa e lugar, por isso, considera-se que o SIM teve alta representatividade. Esses resultados comprovam que a análise do SIM, confrontando com dados das diferentes publicações e temáticas semelhantes ao nosso estudo, apresentou boa qualidade dos dados para completude, sendo considerado representativa na notificação dos casos de óbitos por Doença de Chagas.
Conclusões/Considerações
A definição de óbito como causa básica da Doença de Chagas envolve uma rede de Atenção à Saúde, o que tornou necessário esse trabalho para ampliar o conhecimento sobre os processos de avaliação do sistema de vigilância dos óbitos por Doença de Chagas, vislumbrando a importância da notificação e investigação das informações sobre mortalidade, bem como, a qualidade dos dados que possam proporcionar uma tomada de decisão assertiva.
BASES DE DADOS E GESTÃO DE DOCUMENTOS: PERSPECTIVAS EM UNIDADES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE DE NITERÓI/RJ E SALVADOR/BA
Pôster Eletrônico
1 Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde, CIDACS
2 Universidade Federal da Bahia
Apresentação/Introdução
Os mecanismos de transferência de informação representam um conjunto de ações com que grupos implementam a gestão da informação por meio de práticas que regulam sua produção, distribuição e uso. Questiona-se de que maneira são utilizados os registros eletrônicos em saúde, arquivos, repositórios e práticas de administração nas Unidades de APS como tais mecanismos de transferência de informação.
Objetivos
Apresentar os resultados preliminares de uma pesquisa sobre a gestão da informação e das bases de dados digitais como mecanismos de transferência de informações em unidades do SUS de APS em Salvador/Ba e Niterói/RJ.
Metodologia
O estudo é multirreferencial, exploratório, descritivo e qualiquantitativo. Utiliza técnicas de Análise de conteúdo de Bardin e estatística descritiva para explorar as informações prospectadas do questionário em teste piloto aplicado entre 06 profissionais de unidades APS das cidades de Salvador/Ba e Niterói/RJ. Articula aportes conceituais da Arquivologia, Administração e Saúde Coletiva relacionando-os a mecanismos de transferência de informação com a análise das categorias operacionais pré-definidas “Bases de dados” e “Gestão de arquivos e documentos”.
Resultados
Os achados de pesquisa foram apurados conforme a pertinência atribuída nas assertivas em escala Likert, pontuando de acordo com o resultado expectável; além de em cada ocorrência nas questões de múltipla escolha, pontuando de acordo com marcação em cada opção por respondente individual. Os percentuais das categorias operacionais indicam uma predisposição para o uso dos mecanismos de transferência da Informação nos Registros Eletrônicos em Saúde, entretanto, os resultados demonstram que as práticas utilizadas para o acesso e recuperação das informações refletem contradições na gestão das tecnologias avançadas de produção, circulação, compartilhamento e acesso às informações em saúde.
Conclusões/Considerações
Considera-se que os resultados revelados refletem um cenário insatisfatório. Infere-se a adoção tímida dos princípios, técnicas e procedimentos advindos da Arquivística relacionados a bases de dados e à gestão de documentos e arquivos nas unidades de Atenção Primária à Saúde da amostra. Evidenciando necessidade de investimentos e esforços de qualificação dos agentes da APS para o uso destes mecanismos.
TELESSAÚDE NO SUS: UMA ANÁLISE DO USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA ODONTOLOGIA ENTRE 2019 E 2024 EM RIBEIRÃO PRETO SP
Pôster Eletrônico
1 FORP-USP
Apresentação/Introdução
Como estratégia de cuidado em saúde no âmbito do SUS, o uso da Teleodontologia teve um crescimento significativo durante o período pandêmico, norteado pelas resoluções 226 e 228 de 2020 do Conselho Federal de Odontologia. Manteve-se presente nos anos subsequentes, com respaldo da Lei da Telessaúde, 14.510 de 2022, vigente atualmente no Brasil.
Objetivos
Analisar o cuidado em saúde bucal com uso de Tecnologias de Informação e Comunicação na Atenção Primária à Saúde (APS), antes, durante e após a pandemia, a partir dos registros de do município de Ribeirão Preto-SP.
Metodologia
Estudo exploratório, observacional e transversal, com uso de dados secundários referentes à produção de 44 equipes de saúde bucal da APS de um município de grande porte, no período de 2019 a 2024. Foram consultados relatórios quantitativos das ações de Telessaúde destas equipes de saúde bucal, conforme períodos de conveniência. Os dados foram organizados em planilhas eletrônicas e submetidos à análise estatística.
Resultados
Observou-se uma queda acentuada no acesso em saúde bucal, no período pandêmico na esfera municipal. Apresentou-se um suave, porém constante aumento deste acesso no decorrer dos anos seguintes, além de um pequeno declive nos atendimentos de urgências odontológicas. O aumento progressivo no uso da Teleodontologia ocorreu desde 2020, mesmo considerando lacunas nos registros. Os dados revelaram desigualdade entre distritos e a ausência de registros de 60,6% (“missing data”).
Conclusões/Considerações
A Covid-19 exigiu adaptações no trabalho em saúde bucal, destacando a teleodontologia como uma ferramenta viável para ampliar o acesso e qualificar o cuidado. O estudo ressalta a importância de identificar as necessidades das equipes para orientar investimentos e ações de educação permanente e letramento em saúde digital, sendo essencial melhorar registros, padronizar conceitos e adequar tecnologias à realidade das unidades de saúde.
EFETIVIDADE DAS TECNOLOGIAS EDUCATIVAS NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS TIPO 2
Pôster Eletrônico
1 UNB
Apresentação/Introdução
O Diabetes Mellitus tipo 2 é uma condição de saúde crônica que afeta uma proporção significativa da população global e ocasiona uma série de complicações, tanto em nível microvascular quanto macrovascular. No manejo e monitoramento desta doença tem-se utilizado tecnologias de saúde que podem oferecer vantagens para os pacientes.
Objetivos
Identificar na literatura a efetividade das tecnologias educativas no controle do DM2.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada com nove artigos selecionados nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, usando os descritores, em português e inglês, Diabetes mellitus, idosos, educação em saúde e tecnologia educacional, e equivalentes, combinados entre si juntamente com o artigo booleano AND e o filtro randomizados. Os critérios de inclusão utilizados foram: responder à pergunta de pesquisa, ensaios clínicos randomizados, sem recorte de tempo, nos idiomas inglês, português e espanhol. Os critérios de exclusão utilizados foram: artigos de revisão, estudos de caso, relatos de experiência e editoriais.
Resultados
Os artigos analisados foram publicados entre 2003 e 2021, com participantes entre 18 e 82 anos. Identificou o uso de tecnologias leve-duras e duras. A telemedicina e o uso de aplicativos foram as tecnologias mais utilizadas. Observou-se ainda o uso de programas, site e medidor de controle glicêmico. Quanto aos indicadores de controle do DM2 avaliados nos estudos, a HbA1c foi mais comumente utilizada. Adicionalmente avaliaram parâmetros clínicos e bioquímicos. Em oito estudos houve redução da hemoglobina glicada após o uso de tecnologias.
Conclusões/Considerações
Os achados mostram que as tecnologias beneficiam o controle glicêmico em pacientes diabéticos e fornecem conhecimento científico útil para profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, na tomada de decisão. A implementação de tecnologias educativas no controle do diabetes tipo 2 é uma estratégia promissora. Contudo, é essencial que os profissionais se atualizem e desenvolvam competências para usar essas ferramentas de forma eficaz.
A TRAJETÓRIA DA DIGITALIZAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL (1970-ATUAL)
Pôster Eletrônico
1 ENSP/Fiocruz
Apresentação/Introdução
Os processos de digitalização da saúde refletem disputas entre interesses econômicos, políticos e sociais. No Brasil, a digitalização da saúde tem início nos anos 1970, marcada por avanços tecnológicos, conceituais, institucionais e normativos. Desde então, há intensificação de ações, revelando tensões entre interesses públicos e privados e desafios tecnológicos da digitalização da saúde.
Objetivos
Analisar criticamente a trajetória da digitalização da saúde no Brasil (1970-Atual), sistematizando as principais ações e estratégias empreendidas no período, à luz das transformações institucionais, tecnológicas e políticas no campo da saúde.
Metodologia
Trata-se de estudo qualitativo e exploratório, com análise documental e revisão narrativa da literatura. A busca foi realizada nas principais bases, como BVS, Banco de Teses Capes, Scielo, com descritores como saúde digital, sistemas de informação e informática médica, estratégias e políticas de digitalização em saúde. Os documentos foram tratados conforme a técnica de análise de conteúdo de Bardin, considerando fases de pré-análise, exploração e interpretação. A organização dos materiais foi realizada com apoio do software Zotero. O aporte da literatura crítica sobre digitalização da saúde orientou a sistematização e análise crítica dos documentos.
Resultados
A digitalização da saúde no Brasil pode ser compreendida em três fases: (1) 1970-1999, com a criação de sistemas nacionais de informação, no contexto da Reforma Sanitária; (2) 2000-2014, marcado por esforços de integração de sistemas no âmbito federal, ainda sob forte fragmentação institucional; e (3) 2015-atual, deflagrado pela Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) e Estratégia Brasileira de Saúde Digital (EBSD), convergência com a agenda global e forte associação entre o público e o privado. Cada fase revela tensionamentos entre interesses públicos e privados, diferentes conceitos que orientam estratégias políticas e mudanças estruturais dos sistemas tecnológicos.
Conclusões/Considerações
No âmbito do SUS, a digitalização seguiu moldes fragmentados e tecnicistas, dificultando a interoperabilidade entre os sistemas de informação. A recente expansão da saúde digital evidencia o protagonismo do setor privado e a restrição da participação social. Apesar dos avanços normativos, a política nacional permanece limitada e com importantes desafios na garantia dos princípios da integralidade, equidade e do controle social no contexto do SUS.
MODELOS PREDITIVOS PARA ABANDONO DO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE ALGORITMOS DE MACHINE LEARNING
Pôster Eletrônico
1 USP
Apresentação/Introdução
A evasão do tratamento da tuberculose persiste como um obstáculo significativo à eliminação da doença, ao sucesso terapêutico e à saúde coletiva. O uso de algoritmos preditivos de machine learning (ML) em dados secundários de notificação é uma estratégia promissora para antecipar casos com maior risco de abandono.
Objetivos
Comparar modelos de ML na predição do abandono do tratamento de tuberculose na região sudeste, visando métodos com maior aplicabilidade em vigilância e que possam fundamentar futuras abordagens de aprendizado por transferência em Saúde Pública.
Metodologia
Foram utilizados os dados de casos de tuberculose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). O conjunto de dados foi dividido em partições de treino (70%) e teste (30%) e foram avaliados os algoritmos XGBoost, Random Forest, LightGBM e CatBoost, cujos hiperparâmetros foram ajustados com base em uma amostra significativa de 10% dos dados da região Sudeste. O desempenho dos modelos foi mensurado pela acurácia, área sob a curva ROC (AUC-ROC), precisão e sensibilidade; sendo AUC-ROC a principal métrica de comparação. Adicionalmente, utilizou-se a técnica SHAP (SHapley Additive exPlanations) para identificar a contribuição preditiva de cada variável.
Resultados
O algoritmo XGBoost apresentou uma maior AUC (0,8091), com acurácia de 0,8637. Random Forest teve maior precisão (0,6610), mas sensibilidade inferior (0,1497). LightGBM e CatBoost mostraram desempenho similar, com AUC de 0,8053 e sensibilidade de 0,2514. A análise indicou a relevância de fatores clínicos e sociais, com destaque para idade, número de contatos relevantes, uso de drogas ilícitas e condição de privação de liberdade. A baixa sensibilidade dos modelos reforça a complexidade da análise do abandono e aponta para os desafios do uso de uma base de dados desbalanceada, fortalecendo a necessidade de interpretar os resultados através de AUC-ROC.
Conclusões/Considerações
Os modelos testados apresentaram desempenho promissor na predição do abandono do tratamento de tuberculose, com potencial de apoio às ações de vigilância. Esta análise poderá constituir a base para futuras estratégias de aprendizado por transferência, permitindo adaptar os modelos a outras regiões brasileiras. Ao antecipar casos com maior risco de evasão, a abordagem pode contribuir para intervenções preventivas e direcionadas.
DESIGN E DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE SAÚDE DIGITAL PARA APOIO À ASSISTÊNCIA EM UNIVERSIDADES
Pôster Eletrônico
1 UFPR
2 UEA
Apresentação/Introdução
Os registros eletrônicos emergem como ferramentas para otimizar o cuidado, integrar informações e ampliar a capacidade analítica dos serviços. Ambientes universitários demandam soluções inovadoras que articulem cuidado, ensino e gestão. A criação de tecnologias voltadas à saúde acadêmica representa avanço estratégico, promovendo integração entre ações e potencializando a resposta dos serviços.
Objetivos
Descrever o processo de desenvolvimento de um protótipo de registro eletrônico de saúde de alta fidelidade voltado ao suporte da assistência em saúde no contexto universitário.
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo exploratório de desenvolvimento metodológico de uma ferramenta de tecnologia da informação, em forma de um protótipo de alta fidelidade intitulado e-Saúde Universitária, fundamentado na teoria ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas de Pressman e Maxim (2021). A pesquisa foi realizada no período de abril a novembro de 2024. O percurso metodológico engloba cinco etapas de desenvolvimento a saber: comunicação que caracteriza a aproximação com os interessados e levantamento das necessidades, planejamento das técnicas e recursos a serem utilizados, modelagem da tecnologia a ser desenvolvida, construção do software e, por fim, entrega do produto de software.
Resultados
O protótipo foi desenvolvido em cooperação com gestores e profissionais da saúde, profissionais dos sistemas de informação, e pesquisadores de enfermagem. O escopo da solução tecnológica foi estabelecido como um "sistema integrado de assistência à saúde universitária", destinado às unidades de atenção à saúde da universidade. O protótipo foi estruturado em cinco módulos principais: prontuário eletrônico, sala de vacinação, vigilância em saúde, promoção da saúde e relatórios assistenciais. Este relato enfoca o desenvolvimento do módulo de prontuário eletrônico, composto por cerca de 20 telas principais e 15 secundárias, organizadas para otimizar o fluxo de atendimento e registro de dados.
Conclusões/Considerações
Considera-se que o software favorecerá o acesso ágil e sistematizado às rotinas assistenciais pelas equipes de saúde dos centros universitários, possibilitando encaminhamentos mais precisos e alinhados às demandas específicas dos serviços, com ênfase na promoção da saúde. Desse modo, consolida-se como uma ferramenta estratégica e inovadora para o fortalecimento da assistência em saúde no contexto acadêmico.
NAVEGADOR DIGITAL E INIQUIDADES EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 ENSP/Fiocruz
2 Centre for Online Health, The University of Queensland
Apresentação/Introdução
Navegar no sistema de saúde é complexo, sendo uma preocupação a fragmentação do cuidado. Navegadores de paciente e do cuidado surgem para melhorar continuidade e prover suporte social a indivíduos vulnerabilizados. Com o crescimento da saúde digital, emerge o navegador digital, que pode apoiar uso e acesso a tecnologias digitais, literacia digital, redução de iniquidades, dentre outras funções.
Objetivos
Identificar o papel do ND na redução das iniquidades em saúde, além de verificar termos usados para descrevê-lo, sua ocupação profissional, treinamento, técnicas, habilidades, formas de comunicação e resultados associados.
Metodologia
Realizou-se uma revisão sistemática, com as buscas sendo feitas em 09/2024 em cinco bases de dados, com pergunta elaborada pela estratégia PICo (População: adultos; Interesse: navegador digital; Contexto: iniquidades digitais e de saúde). Foram incluídos estudos originais em inglês, português ou espanhol sobre o papel do ND em tecnologias digitais de saúde. Exclusões envolveram desenho de estudo, ND em formato de IA ou similar e ND exclusivamente para profissionais. A triagem foi feita por três revisoras e a extração de dados incluiu características dos estudos e dos NDs. Foi realizada uma análise temática baseada em estudos metodológicos, comparando expectativas e resultados.
Resultados
Após seleção, foram revisados 15 estudos. Os resultados indicam que o ND pode reduzir iniquidades no acesso à saúde, embora isso não seja garantido. A amostra foi de 93,3% estudos dos EUA, e 53,3% na área da saúde mental. Houve lacunas quanto à atuação do ND, suas competências, formação e na terminologia usada. A maioria focou no apoio técnico ao uso de tecnologias, comunicação e integração clínica, com pouca atenção a questões sociais. Foram observadas disparidades em relação às expectativas, com fatores importantes sobre sua atuação não sendo descritos nos estudos empíricos, mas também havendo novas contribuições para seu escopo de atuação. Os potenciais do ND ainda são pouco explorados.
Conclusões/Considerações
A revisão identificou que o papel do ND na redução de iniquidades em saúde ainda é pouco explorado. Embora potencialmente promissor, principalmente em regiões com grande fragmentação e cenário de iniquidades, o foco atual está mais nos aspectos tecnológicos do que no suporte social. É necessário avançar na compreensão e aplicação do ND, analisando sua real necessidade e priorizando fatores sociais e culturais para otimizar seus benefícios.
COMUNICAÇÃO CRIATIVA: ABORDAGENS PARA O ENGAJAMENTO JOVEM NA PREVENÇÃO DE IST E HIV/AIDS NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
Apresentação/Introdução
Diante da epidemia de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e hepatites virais entre jovens no Brasil, a comunicação em saúde é fundamental para a prevenção. Reconhecendo a crescente imersão digital da juventude, foi desenvolvido o aplicativo Saúde Jovem. Criado por jovens, para jovens, e com a colaboração de especialistas de diversas universidades brasileiras.
Objetivos
Apresentar o aplicativo Saúde Jovem como uma estratégia de comunicação digital inovadora e colaborativa para a promoção da saúde e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/Aids e hepatites virais entre jovens no Brasil.
Metodologia
A construção do aplicativo seguiu uma metodologia participativa e interdisciplinar, envolvendo jovens desenvolvedores e pesquisadores da saúde. Foram realizados grupos focais para escutar as expectativas do público, garantindo linguagem adequada e conteúdos validados por especialistas. As funcionalidades incluem geolocalização de serviços de saúde e chatbots para esclarecimento de dúvidas. Testes de usabilidade foram feitos antes do lançamento nas lojas Google Play e App Store.
Resultados
O aplicativo Saúde Jovem apresentou bons resultados, com destaque para o uso das ferramentas de georreferenciamento e chatbots. A criação de personagens representativos das cinco regiões do Brasil contribuiu para uma comunicação mais próxima da realidade dos jovens, facilitando o engajamento e a identificação com o conteúdo. A linguagem acessível e a abordagem visual aumentaram o interesse por temas como prevenção de IST, HIV/Aids e hepatites virais.
Conclusões/Considerações
O projeto Comunicação Promotora de Saúde contribuiu para promover a saúde entre jovens brasileiros, enfrentando IST, HIV/Aids e hepatites virais. O aplicativo Saúde Jovem, com linguagem acessível e recursos interativos, ampliou o acesso à informação. A criação de personagens regionais, dentro de uma pesquisa nacional, fortaleceu o vínculo com o público, tornando a comunicação mais próxima e eficaz.
CONFIANÇA EM FOCO: O QUE CINCO ESTUDOS COMBINADOS REVELAM SOBRE A CONFIANÇA EM TELESSAÚDE E SAÚDE DIGITAL
Pôster Eletrônico
1 The University of Queensland
Apresentação/Introdução
A confiança é essencial para a adoção da saúde digital. Na Austrália, a mudança do prontuário eletrônico do paciente (My Health Record) para um modelo opt-out em 2018 gerou preocupações com privacidade, segurança e transparência de dados. A confiança segue moldando o debate público, à medida que telessaúde e outras modalidades de saúde digital tornam a confiança uma prioridade política e prática.
Objetivos
Este trabalho reúne resultados de 5 estudos de metodologias diversas que exploraram a complexidade da confiança em saúde digital e modalidades de telessaúde, assim como fatores associados.
Metodologia
1. Revisão sistemática de 49 estudos avaliando a confiança em saúde digital;
2. Estudo transversal (n=1.116) para análise fatores associados a confiança em teleconsultas;
3. Desenvolvimento e validação de escalas para medir confiança em teleonsultas telefônicas e por vídeo (n=156);
4. Estudo transversal para medir confiança em teleonsultas telefônicas e por vídeo no gerenciamento de doença renal crônica, com comparação entre as molidades (n=156);
5. Estudo de métodos mistos (questionário n=156; entrevistas n=24) explorando preferências, experiências e confiança em saúde digital em pessoas com doença renal crônica, apontando soluções para aumento da adesão aos serviços de saúde digital.
Resultados
Mais de 50% dos estudos revisados apontaram associações entre confiança e uso, adoção e aceitação da saúde digital. Observou-se maior confiança em consultas telefônicas do que por vídeo, diretamente associadas a experiências positivas com ambas modalidades. Fatores como qualidade, internet estável, familiaridade com o profissional e autoconfiança no uso da tecnologia também influenciam. Promover confiança requer qualidade, maior literacia digital, regulamentação clara e transparência no uso de dados. A confiança no profissional pode ser transferida à modalidade prescrita. As escalas de confiança em oferecem estrutura prática para avaliar e aprimorar a confiança em telessaúde.
Conclusões/Considerações
Em última análise, promover a confiança é fundamental para o avanço de sistemas de saúde digital equitativos, eficazes e sustentáveis – especialmente em sociedades em envelhecimento com crescentes demandas por serviços de saúde. Estes estudis oferecem recomendações baseadas em evidências para orientar políticas, pesquisas e práticas futuras.
IMPLANTAÇÃO DA TELESSAÚDE NA ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Pôster Eletrônico
1 Escola de Governo Fiocruz Brasília (EGF-Brasília)
Apresentação/Introdução
Introdução:
A telessaúde tem sido uma estratégia fundamental para ampliar o acesso à saúde em comunidades indígenas, especialmente em áreas remotas. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) tem implementado programas de telessaúde que integram tecnologias de informação para superar barreiras geográficas e culturais, facilitando o atendimento especializado.
Objetivos
Objetivo:
Este estudo objetiva analisar o processo de implantação da telessaúde na atenção à saúde indígena no Brasil, identificando desafios, estratégias de capacitação profissional e impactos na resolutividade dos atendimentos.
Metodologia
Metodologia:
Trata-se de um relato de pesquisa qualitativa, baseado em revisão documental de relatórios oficiais da SESAI, entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde indígena e análise das ações de capacitação e infraestrutura implementadas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Resultados
Resultados:
A implantação da telessaúde resultou na melhoria do acesso a especialistas, redução do deslocamento de pacientes e aumento da resolutividade dos atendimentos, com destaque para capacitações realizadas e doações de kits tecnológicos. Todavia, desafios persistem, como limitações de conectividade e necessidade de adequação cultural dos serviços.
Conclusões/Considerações
Conclusão:
A telessaúde se apresenta como uma ferramenta eficaz para ampliar a atenção à saúde indígena, porém é fundamental continuar investindo em infraestrutura, capacitação e adaptações culturais para garantir sua sustentabilidade e efetividade.
POLÍTICA DE TELESSAÚDE NO BRASIL: DA CRIAÇÃO À CONSOLIDAÇÃO – UM ESTUDO DE MÉTODOS MISTOS
Pôster Eletrônico
1 Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins (EUA)
2 Instituto para Estudos de Políticas de Saúde - IEPS
Apresentação/Introdução
A experiência brasileira com telessaúde tem mais de três décadas, e as políticas nacionais completarão 20 anos em 2027. Apesar de ser um exemplo de sucesso em saúde digital, poucos estudos analisaram sua resiliência, impacto nacional, o papel do Ministério da Saúde e desafios.
Objetivos
Descrever a adoção, alcance, efetividade e ampliação do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, além de identificar facilitadores e barreiras entre 2007 e 2024.
Metodologia
Estudo longitudinal exploratório de métodos mistos, com 13 entrevistas a informantes-chave do governo federal e de núcleos de telessaúde, além de dados secundários, obtidos via pedidos de Acesso à Informação, do Sistema de Monitoramento e Avaliação dos Resultados do Programa de Telessaúde (SMART) e do Sistema de Informações da Atenção Básica (SISAB). Foram realizadas análises estatísticas descritivas sobre teleconsultas entre profissionais (P2P) e telediagnósticos (SMART, 2017–2023), e teleconsultas entre profissional e paciente (P2C) (SISAB, 2021–2024), cruzadas com dados municipais do IBGE. As análises comparam dados de 2017 a 2023, incluindo uma subanálise pré e pós-pandemia (2019–2022).
Resultados
O Ministério da Saúde incentivou a ampliação da telessaúde, com foco em telediagnóstico a partir de 2019. Entre 2017 e 2023, o telediagnóstico aumentou 57% (+451 mil serviços, +330 mil pós-pandemia); e a teleconsultoria reduziu significativamente em uso (35%, -28 mil no pós-pandemia) e em cobertura (70% municípios, -1,6 mil pós-pandemia) no pós. As taxas de telediagnóstico cresceram em municípios menores (+55% em até 20 mil hab.) e rurais (+52%), enquanto a teleconsultoria cresceu em grandes centros (+566% com +500 mil hab.). Encaminhamentos evitados por teleconsultoria caíram, exceto em cidades grandes (+163% a +323%). A teleconsulta teve pico em 2021 (201 mil), com forte demanda respiratória (34,2%)
Conclusões/Considerações
O telediagnóstico se expandiu de forma equitativa, impulsionado por incentivos ministeriais. A teleconsultoria caiu em uso e cobertura, afetada pela pandemia, mas alcançou mais efetividade em municípios maiores. A teleconsulta é um serviço promissor, que demanda mais estudo. Fragmentação e incerteza de financiamento podem limitar a sustentabilidade da telessaúde. Recomenda-se implementar dados de fonte municipal para fortalecer as evidências
REVISÃO DE ESCOPO: BENCHMARKING FUNCIONAL COMO ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO APLICADA À TECNOLOGIA DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UFBA
Apresentação/Introdução
Trata-se de uma revisão de escopo sobre o benchmarking funcional de aplicativos de saúde, buscando mapear as metodologias e indicadores utilizados atualmente na avaliação dessas tecnologias. Diante do crescimento acelerado de aplicativos voltados à promoção, prevenção e monitoramento da saúde, é fundamental compreender as abordagens adotadas na literatura para mensurar seu desempenho e impacto.
Objetivos
Analisar o uso da técnica de benchmarking na avaliação de aplicativos móveis de saúde, portais de pacientes e sistemas digitais de cuidado.
Metodologia
Foi utilizada a estratégia População, Conceito e Contexto para formular a pergunta de pesquisa: Qual é a aplicação do benchmarking na avaliação de aplicativos voltados para a saúde pública? População: aplicativos voltados à saúde pública; Conceito: utilização da técnica de benchmarking; Contexto: avaliação de tecnologias digitais aplicadas ao cuidado em saúde. A pesquisa ocorreu em Dezembro/2024, nas bases de dados SciELO, PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Portal de Periódicos da CAPES. Descritores: Benchmarking, tecnologia em saúde, health technology, aplicativos móveis, saúde, eHealth e mHealth. Critérios de inclusão: publicações no período de 2019 a 2024, em português e inglês.
Resultados
Foram identificados 5.995 artigos e selecionados 23 para leitura na íntegra. Observou-se uma crescente aplicação do benchmarking como estratégia metodológica para orientar melhorias em tecnologias de saúde digital. Os instrumentos mais utilizados foram o System Usability Scale, Mobile App Rating Scale e o Suitability Assessment of Materials. Limitação: poucos estudos abordaram as diferenças socioeconômicas, culturais e tecnológicas dos usuários.
Conclusões/Considerações
Embora o benchmarking funcione como ferramenta estratégica para avaliação, sua aplicação ainda carece de maior contextualização social e cultural, além da integração com métodos qualitativos e participação dos atores envolvidos. A padronização de critérios, a valorização da escuta dos profissionais de saúde e a consideração das condições estruturais são pontos fundamentais para tornar o benchmarking mais eficaz e equitativo.
TECNOLOGIA COM EQUIDADE: GOVERNANÇA FEDERATIVA E INCENTIVOS NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DO SUS
Pôster Eletrônico
1 IEPS e USP (DCP/FFLCH)
2 IEPS
3 NA
4 Centro de Saúde Digital e Inovação - Bloomberg School of Public Health at Johns Hopkins University (CGDHI/JHU)
Apresentação/Introdução
A transformação digital na saúde é vista globalmente como meio de ampliar acesso e qualificar resultados. Na prática, em contextos de desigualdades e capacidades institucionais diversas, soluções digitais podem reduzir ou ampliar iniquidades. Este estudo destaca o papel da governança interfederativa e de incentivos para uma implementação equitativa no SUS.
Objetivos
Analisar como instrumentos de governança e incentivos financeiros moldam a adoção de soluções digitais no SUS, nos casos do e-SUS APS e do SUS Digital, considerando programas e decisões do Ministério da Saúde, da criação dos programas à gestão atual.
Metodologia
Estudo multimétodos, parte do projeto Digital Health Exemplars (jan/2024 - em conclusão). Métodos empregados: análise documental de normativas de programas federais de saúde digital; 30 entrevistas com gestores, técnicos e profissionais do SUS e do setor privado; e análise quantitativa da estratégia PEC/e-SUS APS: estatística descritiva, regressões múltiplas e modelo quasi-experimental sobre determinantes e efeitos da adoção de prontuários eletrônicos na atenção primária (2017–2023). O estudo foca na governança federal da saúde digital e nos instrumentos de indução, observando como moldam a adoção local. Projeto aprovado por comitê de ética (CAAE: 79254624.6.0000.0068).
Resultados
O Ministério da Saúde desenvolve soluções digitais públicas e incentivos para sua adoção subnacional. São marcos da saúde digital na APS: criação do Datasus (1991); reestruturação da APS e introdução do prontuário eletrônico do SUS (2011–2013); programas de incentivo à digitalização (2019); e criação da Secretaria de Informação e Saúde Digital (2023). Essas estruturas desenvolvem sistemas interoperáveis para o SUS, com repasses financeiros condicionados à adoção de padrões nacionais, mas preservando a autonomia local. No caso do PEC, por exemplo, os efeitos incluem maior adoção em regiões rurais e de menor renda, e aumento de serviços (73 consultas por 1.000 hab. (24%)).
Conclusões/Considerações
Governança federativa e incentivos são chave para fortalecer sistemas de saúde públicos descentralizados, estimulando a digitalização em regiões vulneráveis, sem ampliar desigualdades; e regulando a participação do mercado privado, mas sem reduzir a autonomia subnacional. É preciso garantir infraestrutura mínima, com definição de padrões em nível nacional, para que a transformação digital fortaleça o SUS de forma equitativa e democrática.
A EXPANSÃO DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE BRASILEIRA E SEUS EFEITOS NA OFERTA DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS)
2 Centro de Saúde Digital e Inovação - Bloomberg School of Public Health, Johns Hopkins University
3 Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e Universidade de São Paulo (USP)
Apresentação/Introdução
A adoção de prontuários eletrônicos (PEPs) na atenção primária em saúde (APS) busca melhorar a oferta de serviços e a qualidade dos dados. No Brasil, programas federais como o PEC/e-SUS APS e o Informatiza APS promoveram sua expansão. No entanto, seus efeitos na produtividade, qualidade dos dados e fatores de adoção ainda são pouco estudados em contextos diversos e com implementação escalonada.
Objetivos
Analisar os efeitos da adoção de PEPs na APS brasileira, respondendo a duas questões: (i) quais fatores facilitam a adoção de prontuários eletrônicos (PEPs)? (ii) quais os efeitos da adoção de PEPs sobre os resultados em saúde?
Metodologia
Realizamos análises de regressão para identificar facilitadores da expansão de PEPs e um estudo quase-experimental com dados de 2017–2023 sobre sua adoção na APS. Análises descritivas consideraram fatores como renda, ruralidade e programas de financiamento. Um modelo de Diferenças em Diferenças escalonado estimou os efeitos na oferta de saúde (consultas por 1000 hab., pré-natal por gestante e atendimentos por condição). Controlamos por renda, infraestrutura digital e população. Diagramas de Sankey avaliaram mudanças nas práticas de codificação.
Resultados
Municípios que adotaram o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) tendem a ter menor renda, maior população e mais residentes rurais. A participação no Informatiza APS esteve fortemente associada à adoção. O PEC aumentou em 73 consultas por 1.000 hab. (24%), enquanto PEPs privados mostraram aumento semelhante (83 por 1.000; 32% - diferenças não estatisticamente significativas entre os dois sistemas). O pré-natal subiu 13% após adoção, indicando maior oferta e não só melhor registro. O PEP também ampliou o escopo das condições de saúde notificadas, além daquelas previstas nos formulários de papel.
Conclusões/Considerações
A adoção de PEPs, especialmente o sistema governamental PEC, melhorou a produtividade e a qualidade dos dados na APS. Isso reforça o papel de programas federais na viabilização da adoção. Uma plataforma única, como o PEC, é crucial para avanços consistentes. Futuras pesquisas devem avaliar os impactos de longo prazo nos desfechos em saúde e o papel do contexto municipal na adoção.
USO DE TÉCNICAS DE CHAVE DETERMINÍSTICA PARA GERAR IDENTIFICADOR ÚNICO NO ESUS-NOTIFICA VISANDO MELHORIA NA QUALIDADE DOS DADOS
Pôster Eletrônico
1 UFRJ
Apresentação/Introdução
A mineração e linkage de dados em saúde são cruciais para respostas epidemiológicas. O eSUS-Notifica, criado na pandemia, carece de identificadores únicos, dificultando análise de reincidência e duplicidade. A qualidade dos dados impacta diretamente os resultados. Este estudo propõe técnica determinística para identificar indivíduos únicos e melhorar a análise dos dados.
Objetivos
Desenvolver rotina determinística para identificar registros do mesmo indivíduo no eSUS-Notifica, reduzindo duplicidades e ruídos. Avaliar duas chaves compostas e aplicar clusterização para gerar identificadores únicos automatizados.
Metodologia
Análise descritiva com 2.212.164 registros do eSUS-Notifica (2020-21). Pré-processamento com limpeza, padronização e remoção de dados inválidos. Criação de duas chaves determinísticas: chave_slk (soundex 1º, 2º e último nome, data nascimento e sexo) e chave_ref (soundex 1º e último nome, data nascimento e sexo). Linkage interno via distância de Levenshtein (limite 2). Clusterização com algoritmo Louvain para gerar identificadores únicos (id_pessoa). Implementação em R e PostgreSQL para associação dos clusters à base original e exportação para análises.
Resultados
Gerou-se id_linha sequencial para controle dos registros. Linkage com chave_slk encontrou 3.391.546 pares, 99% com Levenshtein ≤2; chave_ref captou 3.479.766 pares, 96% com distância ≤2. Identificação de registros únicos foi 1.780.794 (80,5%) para chave_slk e 1.755.135 (79,3%) para chave_ref. Distâncias entre 3 e 6 concentraram maioria dos pares, com chave_ref captando mais pares sensíveis, porém com maior risco de falsos positivos. Revisão manual indicou maior robustez da chave_slk em evitar associações incorretas.
Conclusões/Considerações
O uso de linkage determinístico combinado à clusterização por grafos mostrou-se eficaz na identificação de indivíduos únicos em bases extensas como o eSUS-Notifica. A chave_slk apresentou maior robustez, reduzindo falsos positivos, enquanto a chave_ref captou mais variações, mas com maior necessidade de validação. A metodologia reduziu duplicidades e ruídos, aprimorando análises epidemiológicas em contextos críticos.
PRODUÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE DADOS EM EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA USANDO A EPIDEMIA DO VÍRUS ZIKA COMO ESTUDO DE CASO
Pôster Eletrônico
1 CIDACS/Fiocruz
Apresentação/Introdução
Durante emergências de saúde pública, dados populacionais e de registros eletrônicos de saúde (RES) são cruciais para a sua identificação, investigação, controle e resposta. O caso da epidemia de Zika no Brasil, que completa 10 anos em 2025, é emblemático devido a sua abrangência e riscos. O estudo enfoca lições apendidas sobre produção e compartilhamento de dados em emergências de saúde pública.
Objetivos
Compreender como a literatura científica aborda a produção e compartilhamento de dados em emergências de saúde pública enfocando a epidemia de Zika Vírus.
Metodologia
Trata-se de uma revisão de literatura que buscou documentar uma visão geral da produção científica nacional e internacional, e conduzir uma análise qualitativa, interpretativa do sobre a produção e o compartilhamento de dados durante emergências de saúde pública, com foco na epidemia do vírus Zika(ZIKV). A pesquisa foi conduzida por meio da busca e seleção de literatura científica e documentos institucionais e literatura cinzenta.
Resultados
A epidemia de Zika exigiu uma articulação coordenada entre serviços de saúde, vigilância em saúde, gestão da saúde, pesquisadores de instituições nacionais e internacionais e pessoas afetadas. Nesse cenário, distintos dados foram produzidos e compartilhados, incluindo dados administrativos e registros eletrônicos de saúde que compõe os Sistemas de Informação Brasileiros (SINASC, RESP, SIH, SIM), dados de várias iniciativas globais de pesquisa em saúde, como dados clínicos, dados qualitativos e dados baseados em estudos de coorte. O compartilhamento de dados e articulação coordenada dessas iniciativas permitiu a construção de respostas.
Conclusões/Considerações
A epidemia de Zika oferece lições para recomendações sobre compartilhamento de dados para futuras epidemias globais, considerando suas finalidades de usos e questões éticas. Os dados populacionais e de RES têm efeitos concretos para as pessoas afetadas. Tem potencialidades de revelar como a epidemia impacta suas vidas e informa políticas públicas e serviços que visam responder às necessidades específicas das famílias afetadas.
A REVOLUÇÃO DA TRADUÇÃO NA SAÚDE: DESAFIOS E BENEFÍCIOS DA INTERAÇÃO HUMANA COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Pôster Eletrônico
1 Estácio
2 Universidade Estadual do Ceará
3 Universidade Federal do Ceará
4 Secretaria da Saúde do estado do Ceará
Apresentação/Introdução
A tradução na área da saúde exige precisão e contextualização para garantir a correta comunicação entre profissionais, pesquisadores e usuários. A interação entre tradução humana e inteligência artificial (IA) é avanço um significativo, promove eficiência, acessibilidade e qualidade na comunicação multilíngue. Contudo, permanecem desafios como ambiguidade linguística, adaptação cultural e ética.
Objetivos
Revisão integrativa que investiga os desafios e benefícios da tradução humana na área da saúde quando integrada com IA. Busca compreender como a IA pode complementar a expertise dos tradutores, promovendo maior precisão e acessibilidade.
Metodologia
Para avaliar os impactos da tradução híbrida, foi realizada uma revisão integrativa, incluindo artigos científicos e estudos de caso sobre o uso de IA na tradução na área da saúde. As pesquisas foram realizadas nas bases SciELO, PubMed, Scopus, Embase, Lilacs, Cochrane Library e Web of Science, utilizando os descritores “machine translation", "artificial intelligence-assisted translation" , "AI translation", "healthcare communication", "accuracy", "cultural adaptation", "acceptance", "translation" e "translator". Critérios de inclusão: estudos que abordam tradução híbrida (humana + IA) na área da saúde; Exclusão: artigos sem metodologia clara, relatórios, cartas e artigos de opinião.
Resultados
Os 64 artigos identificados foram organizados e exportados para o Rayyan para remoção de duplicatas e triagem por título e resumo, selecionando-se os elegíveis para leitura integral por dois pesquisadores. A análise considerou precisão linguística, adaptação cultural e aceitação por profissionais da saúde. Utilizou-se o fluxograma PRISMA para representar o processo. Um estudo apontou 92,5% de precisão em traduções com IA revisadas por humanos, frente a 85% em traduções humanas sem revisão. Outro estudo revelou que 78% dos profissionais veem a IA como útil, embora 62% ressaltem a necessidade de revisão humana, especialmente para casos de linguagem ambígua e adaptação cultural.
Conclusões/Considerações
A interação tradução humana-IA representa um avanço significativo, proporcionando maior acessibilidade e precisão na comunicação multilíngue. No entanto, desafios como adaptação cultural, precisão terminológica e ética do uso da IA exigem atenção contínua. O tradutor humano segue indispensável, mormente em casos complexos que demandam interpretação contextual profunda. A tradução na área da saúde deverá equilibrar automação e intervenção humana.
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DE ÓBITOS POR CAUSAS MAL DEFINIDAS EM SALVADOR, BAHIA, BRASIL
Pôster Eletrônico
1 ISC/UFBA
Apresentação/Introdução
Os dados de mortalidade se constituem em elementos básicos para o desenvolvimento de políticas nacionais de assistência à saúde e bem-estar, bem como, para se conhecer o perfil de mortalidade de um país. Na literatura epidemiológica, são limitadas as investigações sobre análises espaço-temporais de óbitos por causas mal definidas, em particular, pelo recorte étnico/racial.
Objetivos
Estudar a evolução temporal da mortalidade por Causa Básica Mal Definida, segundo raça/cor da pele, no período de 2013 a 2022, em Salvador, Bahia, Brasil.
Metodologia
Estudo de Série Temporal Interrompida dos óbitos por causa Mal Definida do Capítulo XVIII da CID-10ª por raça/cor da pele, do SIM de Salvador, capital da Bahia, ocorridos nos anos de 2013 até 2022. As variáveis do SIM foram relacionadas à Causa Básica dos óbitos, de residentes e de ocorrência no município de Salvador. As taxas de mortalidade foram calculadas com base na população total de Salvador e a distribuição por raça/cor foi projetada por interpolação matemática, utilizando os dados do censo demográfico do IBGE de 2010 para os anos de 2013 a 2017 e os dados do censo de 2022, para o período de 2018 a 2022. As taxas foram por 100 mil habitantes e a distribuição dos óbitos foram mensais.
Resultados
As CMD oscilaram entre 2013 e 2017. A série dos Negros se manteve a mais elevada das três, durante quase todo período. Em 2018, ocorreu a elevação das séries Geral e dos Não Negros, se mantendo elevada até 2022. A taxa e o número absoluto das CBO seguiram o mesmo padrão que as CB, contudo, se observou elevações maiores das séries Geral e Negros no périodo anterior a 2020. Em termos númericos, a população Negra, apresentou, quase duas vezes mais, valores mais altos que a população Não Negra, tanto para CBO, como para a CB. Quanto às taxas, há partir de 2018, a população Não Negra, apresentou valores mais altos que a população Negra, na faixa etária de 60 anos e mais, nas duas causas.
Conclusões/Considerações
A população Negra apresentou elevados óbitos por CMD durante o período estudado. No inicio da pandemia, manteve-se alta. Durante a pandemia houve flutuações nas taxas de mortalidade. A população Não Negra, dos três grupos, registrou maiores taxas de CBO durante a pandemia, entretanto a população Não Negra, na faixa etária de 60 anos e mais, apresentou taxas duas vezes maiores que a população Negra, a partir de 2018.
AÇÕES EDUCATIVAS COMO FACILITADORAS NA QUALIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO HOSPITALAR NO SIH/SUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul; Universidade Federal do Rio Grande Do Norte
2 Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul
3 Ministério da Saúde
4 Universidade Federal do Rio Grande Do Norte
Período de Realização
A experiência foi realizada no período de agosto de 2024 a março de 2025.
Objeto da experiência
Capacitação de profissionais sobre o uso correto do SISAIH01, visando à redução de rejeições no SIH/SUS.
Objetivos
Promover ações educativas com profissionais responsáveis pela apresentação da produção hospitalar no SISAIH01, com o objetivo de reduzir falhas no preenchimento das AIHs, fortalecer o conhecimento técnico e incentivar o uso qualificado da informação em saúde na gestão estadual.
Metodologia
A experiência foi realizada com equipes de 17 hospitais públicos sob gestão estadual. As intervenções educativas aconteceram em duas etapas (ago e nov/2024) mediadas por metodologias participativas, simulações práticas e gamificação. Foram abordadas temáticas referente à apresentação da produção hospitalar, como preenchimento da AIH, uso do SISAIH01, CNES e SIGTAP. Ao final, aplicou-se formulário de avaliação e foram analisados os indicadores de aprovação e rejeição das AIHs enviadas.
Resultados
Verificou-se melhora na qualidade das informações hospitalares, com redução dos índices de rejeição nas competências subsequentes. A participação ativa dos profissionais foi fortalecida com o uso da gamificação, e os questionários de avaliação apontaram boa aceitação da metodologia e sugestão de continuidade das ações educativas. A instabilidade gerada por mudanças de gestão e alta rotatividade de profissionais foi um desafio identificado.
Análise Crítica
A experiência reforçou o papel da educação permanente na qualificação da informação em saúde. O envolvimento dos profissionais e o uso de metodologias interativas mostraram-se eficazes para o fortalecimento de práticas seguras e técnicas. Contudo, fatores como sobrecarga de trabalho, instabilidade administrativa e ausência de infraestrutura adequada ainda comprometem a consolidação dos resultados e exigem ações estruturantes.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se a institucionalização de ações educativas periódicas e a criação de espaços de formação contínua nos estabelecimentos saúde. A qualificação da informação hospitalar deve ser incorporada como rotina de gestão, com apoio técnico permanente e estratégias participativas. A experiência pode servir de modelo replicável em outros contextos do SUS.
DO RESGISTRO A DECISÃO: O IMPACTO DO PRONTUÁRIO ELETRONICO E-SUS NA ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA.
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
3 PREFEITURA DE TOMAZINA
4 Universidade Estadual de Londrina
Período de Realização
Este estudo analisou os relatórios pelo Prontuário Eletrônico entre os anos de 2017 e 2025.
Objeto da experiência
Relatar os efeitos da implantação do PEC na organização do processo de trabalho e no desempenho da APS.
Objetivos
Descrever como o PEC tem contribuído para o planejamento das ações em saúde no território.
Metodologia
A informatização dos serviços de saúde constitui um marco significativo na qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS), especialmente a partir da implementação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), ferramenta central da estratégia e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB), desenvolvida pelo Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter retrospectivo, apresentado na forma de relato de experiência, que descreve uma prática profissional vivenciada no contexto da APS.
Resultados
A implantação do PEC gerou melhorias na segurança clínica, continuidade do cuidado e comunicação entre profissionais. O acesso ao histórico do paciente qualificou decisões e aumentou a resolutividade. Os relatórios passaram a subsidiar o planejamento e contribuíram para o avanço nos indicadores da APS, refletindo o impacto positivo da informatização na qualidade do trabalho das equipes.
Análise Crítica
A experiência proporcionou aprendizagem significativa sobre o potencial do PEC na qualificação da APS, evidenciando a importância do uso estratégico da informação em saúde. A análise crítica destacou avanços, mas também revelou a necessidade de investimentos contínuos em capacitação, infraestrutura e cultura do uso de dados, fundamentais para a consolidação do PEC como ferramenta de gestão e cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que o PEC é considerado uma ferramenta eficaz para a qualificação da APS, promovendo maior integração entre os serviços, valorização da informação em saúde e fortalecimento da gestão do cuidado. Contudo, sua eficácia está diretamente relacionada ao compromisso das equipes e à superação dos entraves estruturais e operacionais ainda presentes no sistema.
HABILIDADES COMUNICACIONAIS EM EPIDEMIOLOGIA
Pôster Eletrônico
1 UFG
Período de Realização
Agosto de 2024 à Maio de 2025
Objeto da experiência
Elaboração de um recurso audiovisual destinado à comunicação em saúde.
Objetivos
Utilizar o recurso audiovisual como uma ferramenta educativa, capaz de informar e conscientizar sobre a relevância da comunicação eficiente por meio das fichas de notificação compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública.
Descrição da experiência
O presente relato de experiência descreve a elaboração e execução de um vídeo educativo sobre Notificação Compulsória. O vídeo foi estruturado em seis cenas distintas, cada uma abordando aspectos específicos do tema, e foi desenvolvido com uma abordagem didática e envolvente.
Resultados
O vídeo está disponibilizado no canal do YouTube da Escola de Saúde Pública de Goiás no link https://youtu.be/xAv0hjcm_zw?si=iQY2gjLo0KgXDsPQ e na plataforma Educa Saúde no ambiente virtual de aprendizagem em uma aba de orientações práticas no link https://educa.saude.go.gov.br/.
Aprendizado e análise crítica
A elaboração do recurso audiovisual focado na importância das fichas de notificação compulsória representa um avanço significativo na comunicação em saúde pública. Ao abordar de forma crítica e educativa a utilização dessas fichas, o projeto não apenas informa, mas também engaja profissionais e estudantes em práticas mais eficazes de vigilância epidemiológica. Este esforço de comunicação visa transformar a maneira como a informação é transmitida e recebida.
Conclusões e/ou Recomendações
Assim, o trabalho não só cumpre seu objetivo de compor nota para conclusão da disciplina de Epidemiologia do Mestrado Profissional, mas também pode contribuir para processos de educação permanente em saúde, estabelecendo uma base sólida para futuras iniciativas de integração da academia com habilidades práticas em saúde pública.
TECNOLOGIAS DIGITAIS APLICADAS À IMUNIZAÇÃO: IMPLEMENTAÇÃO DE UM PAINEL EPIDEMIOLÓGICO PARA O RESGATE DAS COBERTURAS VACINAIS EM CRIANÇAS DE NITERÓI/RJ.
Pôster Eletrônico
1 Fundação Municipal de Saúde de Niterói/RJ.
Período de Realização
Revisão da literatura, método, elaboração do painel em 2023; Publicação em 2024. Atualização mensal
Objeto da experiência
Painel epidemiológico de BI (Business Intelligence) como ferramenta de monitoramento e suporte à ampliação das coberturas vacinais em Niterói/RJ.
Objetivos
Descrever o desenvolvimento do painel epidemiológico de BI para monitoramento das coberturas vacinais em Niterói. Analisar o uso da ferramenta na produção de dados atualizados que subsidiem a gestão pública na tomada de decisão e na promoção de estratégias para aumento das coberturas vacinais.
Metodologia
A experiência baseou-se em dados locais dos sistemas e-SUS, SINASC e IBGE, tratados por script em R, elaborado após revisão da literatura para definir métodos específicos de cálculo segundo imunobiológico. Os dados são incorporados ao BI, que hospeda o painel interativo com indicadores por grupo populacional e região municipal. O painel subsidia a elaboração de notas técnicas mensais direcionadas aos gestores municipais, qualificando o monitoramento e avaliação das coberturas vacinais.
Resultados
A ferramenta representa avanço no contexto de transformação digital no SUS, integrando dados e indicadores que permitem monitoramento contínuo e estratificado das coberturas vacinais. O painel possibilita a gestão municipal acompanhar a situação em tempo oportuno, apoiar a tomada de decisão e planejar intervenções direcionadas. Funciona como instrumento de governança, ampliando a transparência e o uso estratégico da informação em saúde pública.
Análise Crítica
A construção da ferramenta reforça a importância da qualificação dos sistemas de informação e da incorporação dos processos de monitoramento e avaliação à rotina da gestão municipal. Destaca-se o desafio de manter a atualização e completude dos dados, além da necessidade de capacitação técnica para uso eficiente do painel. A experiência evidencia o potencial das tecnologias digitais para fortalecer o SUS e promover a equidade na imunização.
Conclusões e/ou Recomendações
O painel constitui recurso essencial para o monitoramento sistemático e ampliação das coberturas vacinais em Niterói, promovendo suporte à gestão em tempo oportuno. Recomenda-se investimento contínuo em qualificação de dados, capacitação técnica, infraestrutura de tecnologia da informação e conectividade, bem como em integração intersetorial para consolidar o uso da tecnologia e melhorar os indicadores de imunização.
IMPLANTAÇÃO DO E-SUS NO CAPS: AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS – A EXPERIÊNCIA DE ITANHANDU-MG
Pôster Eletrônico
1 SMS Itanhandu
Período de Realização
De fevereiro a junho de 2025, com etapas de preparação iniciadas em novembro de 2023.
Objeto da experiência
Implantação do PEC e-SUS na rotina do CAPS de Itanhandu - MG, visando informatizar o registro de atendimentos.
Objetivos
Implementar o prontuário eletrônico e-SUS no CAPS, promovendo a modernização do registro dos atendimentos, a redução dos sub-registros e a integração das informações assistenciais, além de avaliar a adesão da equipe multiprofissional ao novo sistema.
Descrição da experiência
Após a atualização do e-SUS PEC (versão 5.2), que permitiu seu uso na atenção especializada, foram realizadas articulações com a gestão municipal e adequação da infraestrutura até junho de 2024. A implementação foi adiada por receio de perda de dados e ausência de posicionamento claro da SES-MG e do suporte e-SUS. Com a autorização do secretário municipal em fevereiro de 2025, a capacitação da equipe foi iniciada em março e o registro eletrônico implantado oficialmente em abril de 2025.
Resultados
Em aproximadamente dois meses, toda a equipe mostrou plena adaptação ao PEC, o que garantiu maior segurança e agilidade no acesso aos prontuários, rastreabilidade dos dados e redução significativa dos sub-registros, além de promover integração efetiva entre os pontos de atendimento. Houve resistência inicial por parte de alguns profissionais, superada rapidamente pelo treinamento direcionado e apoio contínuo durante o processo de adaptação.
Aprendizado e análise crítica
A transição evidenciou a necessidade de adequar o e-SUS às especificidades dos CAPS. O PEC apresenta limitações, como dificuldade na vinculação de procedimentos, ausência de algumas medicações e a obrigatoriedade de lançar manualmente a RAAS, pois, diferente das UBS, a produção do CAPS não é enviada automaticamente ao Ministério da Saúde. Ressalta-se, porém, que o sistema proporcionou avanços reais na qualificação das informações clínicas e na unificação do prontuário entre as unidades de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação do PEC no CAPS de Itanhandu representa um importante avanço na informatização, mas ainda demanda ajustes no e-sus para atender plenamente às necessidades da saúde mental. Recomenda-se atualizar o módulo de prescrição, facilitar o registro dos procedimentos do CAPS e automatizar o envio da produção ao MS, eliminando a necessidade de RAAS e BPA e tornando o fluxo assistencial mais eficiente e menos burocrático.
O BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO COMO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO DISTRITO SANITÁRIO CABULA-BEIRU EM SALVADOR
Pôster Eletrônico
1 Instituto de Saúde Coletiva
2 Secretaria de Saúde de Salvador
Período de Realização
Iniciada em 2022 com continuidade até o presente momento (2025).
Objeto da experiência
Produção de boletins epidemiológicos como estratégia de disseminação de informações para profissionais de saúde de um distrito sanitário (DS).
Objetivos
Produzir e divulgar boletins epidemiológicos, monitorando a situação de saúde no território; disseminar informações em saúde para profissionais, especialmente os que atuam na Atenção Primária; contribuir com os processos de trabalho dos profissionais de saúde e o planejamento de ações.
Descrição da experiência
Os Boletins Epidemiológicos são produzidos pelos setores de Planejamento em Saúde e Vigilância Epidemiológica do Distrito Sanitário Cabula-Beiru, constando na Programação Operativa Anual distrital. Tratam-se de boletins temáticos que apresentam dados epidemiológicos e informações relevantes sobre um determinado agravo, como definição, notificação, aspectos da assistência e indicações de materiais para consulta técnica, conforme o tema. Possuem formato eletrônico e são divulgados de forma virtual.
Resultados
Foram produzidos 06 boletins, com os temas: Sífilis, HTLV, arboviroses, Hanseníase, Esporotricose e Coqueluche. Para compreender o alcance da ação, foi solicitado aos profissionais o preenchimento de um formulário, sem identificação, em que se verificou que a maioria teve acesso aos boletins, considera a estratégia muito relevante e que contribui no seu trabalho no acompanhamento da situação epidemiológica do território, acesso a informações e orientação quanto a ações de prevenção e controle.
Aprendizado e análise crítica
Um desafio observado no contexto do DS é fazer as informações chegarem aos profissionais das unidades de saúde. O boletim foi elaborado como estratégia de monitorar e disseminar informações sobre dados epidemiológicas e orientações sobre os agravos, fluxos e instruções preconizados pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde. O referido formulário, apesar das limitações, permitiu compreender um pouco o alcance da ação e trouxe proposições para aperfeiçoar a experiência posteriormente.
Conclusões e/ou Recomendações
Os boletins permitem o monitoramento e análise de dados sobre a situação de saúde do território do DS, contribuindo com a vigilância epidemiológica e o planejamento. Possibilitam também a divulgação de informação para os profissionais, auxiliando no conhecimento do território e planejamento de ações. Recomenda-se a busca de estratégias para maior divulgação dos boletins e apoio aos profissionais no uso dessa ferramenta no processo de trabalho.
AVALIAÇÃO DA PLATAFORMA TELE ESTOMATO® NA TRIAGEM DE LESÕES BUCAIS POR TELECONSULTORIA NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG)
2 Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Período de Realização
De 2023 até meados de 2025.
Objeto da experiência
Uso da plataforma Tele Estomato® na triagem de lesões bucais e na articulação entre atenção primária e especializada.
Objetivos
Avaliar o desempenho da plataforma de teleconsultoria Tele Estomato® na área da saúde bucal no Brasil, por meio da caracterização de profissionais e pacientes atendidos, bem como da análise da concordância diagnóstica entre dentistas da atenção primária e especialistas remotos.
Metodologia
Trata-se de um estudo transversal baseado em dados coletados entre 2023 e meados de 2025, incluindo apenas casos válidos, exclusão de duplicidades e registros incompletos. Foram analisadas variáveis relacionadas ao perfil demográfico dos usuários, características das lesões bucais e tempo de resposta da plataforma. A concordância diagnóstica foi avaliada pela comparação entre hipóteses iniciais formuladas pelos cirurgiões-dentistas da atenção primária e avaliações emitidas pelos especialistas.
Resultados
Foram analisados 2.425 profissionais e 1.763 casos de 14 estados brasileiros. A maioria dos dentistas era do sexo feminino (68,98%), atuava na atenção primária (84,2%) e em municípios não capitais (59,1%). A média de idade dos pacientes foi de 46 anos, sendo 53,71% do sexo feminino e 87,3% autodeclarados pardos ou brancos. As localizações mais acometidas foram língua (22,9%) e lábios (17,5%). A concordância diagnóstica alcançou 62,6%, com tempo médio de resposta de 2,46 dias.
Análise Crítica
A experiência demonstrou que a plataforma é uma ferramenta eficaz para ampliar o acesso ao diagnóstico especializado, fortalecer a integração entre os níveis de atenção e apoiar a identificação precoce de lesões bucais potencialmente malignas, com impacto positivo na resolutividade da atenção primária.
Conclusões e/ou Recomendações
A Tele Estomato® pode ser uma estratégia sustentável para qualificação da atenção à saúde bucal no SUS. Recomenda-se sua expansão nacional, com capacitação contínua dos profissionais e integração com ações de vigilância em saúde bucal.
PROPOSTA DE MELHORIAS DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM À PESSOA COM DIABETES MELLITUS: UM ESTUDO REFLEXIVO
Pôster Eletrônico
1 UFPI
Período de Realização
Janeiro a maio de 2025.
Objeto da experiência
Estudo reflexivo sobre melhorias no Prontuário Eletrônico do Cidadão, na consulta ao portador de Diabetes Mellitus na Atenção Primária a Saúde (APS).
Objetivos
Refletir sobre propostas de melhorias no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) para subsidiar a consulta de enfermagem à pessoa com Diabetes Mellitus (DM) na Atenção Primária à Saúde (APS), valorizando o uso da CIPE® e o potencial da tecnologia para o cuidado contínuo e integral.
Metodologia
A experiência envolveu a análise crítica dos campos do PEC, na aba SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano), no acompanhamento de usuários com DM. No campo Subjetivo, propõe-se ampliar a escuta qualificada. No Objetivo, sugerem-se automatizações e alertas. A Avaliação requer inclusão da CIPE®. No Plano, defende-se a padronização das condutas. A proposta visa fortalecer a clínica ampliada, com foco na integralidade, segurança e autonomia do usuário.
Resultados
A análise do PEC demonstrou limitações na consulta de enfermagem à pessoa com Diabetes Mellitus, como ausência de diagnósticos e intervenções, predominância biomédica e poucos dados subjetivos. Propuseram-se melhorias como: inclusão da CIPE®, campos para risco, plano de cuidados e metas, menus de cliques, alertas visuais e padronização por diretrizes. A visibilidade da atuação do enfermeiro é limitada, prejudicando o cuidado e a decisão clínica.
Análise Crítica
A experiência evidenciou a importância da sistematização da consulta de enfermagem, aliando-se o uso de terminologias padronizadas, como a CIPE®, e ferramentas tecnológicas inovadoras. A ausência desses recursos no PEC compromete a atuação clínica do enfermeiro, a integralidade do cuidado e a tomada de decisão baseada em evidências. Refletir sobre essas lacunas favorece propostas que ampliem a visibilidade profissional e qualifiquem o cuidado à pessoa com DM na APS.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a incorporação da CIPE® e a implementação de funcionalidades específicas no PEC, alinhadas ao processo de enfermagem, são essenciais para qualificar o cuidado ao usuário portador Diabetes Mellitus na APS. Recomenda-se que as equipes técnicas envolvam os profissionais de saúde na construção das soluções, assegurando pertinência clínica e usabilidade.
IMPLEMENTAÇÃO DO MÓDULO DE LICENCIAMENTO SANITÁRIO SIMPLIFICADO NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
Período de Realização
Janeiro de 2019 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Implementação do Módulo de Licenciamento Sanitário Simplificado (LSS) no Estado de Minas Gerais (MG)
Objetivos
Fomentar a adesão à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM); Simplificar, modernizar e agilizar o processo de licenciamento sanitário para estabelecimentos classificados como Nível II (baixo risco) da Resolução SES/MG n° 8.765/2023.
Metodologia
Para aderir ao módulo LSS, o município deve estar integrado à REDESIM pela Junta Comercial do Estado (JUCEMG), sendo formalizado mediante assinatura do Termo de Adesão pelo gestor municipal, bem como o Termo de Responsabilidade. A Vigilância Sanitária (Visa-MG) tem o papel de mobilizar e acompanhar a adesão ao módulo de LSS, promover capacitações continuadas com os municípios integrados e contribuir com a manutenção e gestão do sistema pelo município.
Resultados
O módulo de LSS está disponível no portal de serviços da JUCEMG. O Estado de Minas Gerais possui 550 municípios aderidos à REDESIM, em que 205 utilizam o módulo licenciamento sanitário simplificado e 5 em processo de adesão ao módulo. Como benefícios do módulo LSS, há otimização na obtenção do alvará sanitário para os estabelecimentos de baixo risco; tramitação do processo com mais rapidez, transparência e simplificação; e fomento ao empreendedorismo e a legalização de empresas e negócios.
Análise Crítica
A implantação do módulo de licenciamento sanitário simplificado destaca a importância a da desburocratização e agilidade para obtenção do alvará para estabelecimentos de baixo risco, o que facilita a abertura e regularização de empresas. Os principais desafios identificados nessa experiência incluem a rotatividade de funcionários da vigilância sanitária e a mudança de gestão municipal, que podem fragilizar o trabalho de implantação e gestão do sistema.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência reforça o compromisso institucional da Superintendência de Vigilância Sanitária com a desburocratização e modernização dos serviços prestados pelos municípios aos cidadãos mineiros. A simplificação é uma diretriz que deve ser incorporada ao processo de licenciamento sanitário como forma de fomentar a regularização dos estabelecimentos, o que impacta diretamente na qualidade dos serviços e na saúde coletiva.
UTILIZAÇÃO DO PROCESSAMENTO DE LINGUAGEM NATURAL NA ADAPTAÇÃO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA DIGITAL EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 UFSC
2 DRS/SES-SP
3 UNDB
4 Pesquisador Saúde 360
5 CUSC-SP
6 UNIFESP
7 ENSP/Fiocruz
8 UFMA
Período de Realização
Junho de 2024 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Uso de processamento de linguagem natural (PLN) como ferramenta facilitadora na adaptação de conteúdos avaliativos em saúde para o Teste IDs.
Objetivos
Relatar a experiência do uso de PLN na adaptação de um instrumento de avaliação da inteligência digital em saúde para profissionais da Atenção Primária no Brasil, buscando maior alinhamento com a realidade local.
Metodologia
Estudo metodológico de adaptação da linguagem de instrumento sobre inteligência digital na APS, no projeto Teste IDs. Utilizou-se PLN com ChatGPT da OpenAI (modelo GPT-4o) para adequar o conteúdo ao público-alvo. Criou-se histórico de comandos e respostas da IA, moldando sua atuação conforme personas da pesquisa. Aprovado pelo CEP/UNIFESP – CAAE 74640923.1.0000.5505.
Resultados
Após várias rodadas de discussão entre pesquisadores do projeto Teste IDs e uso da IA, identificou-se a importância de incluir exemplos próximos da rotina da APS, com base nos indicadores do Previne Brasil. Os comandos ajustaram os exemplos do instrumento, tornando-os mais homogêneos e aderentes à realidade brasileira. Foram descritas 3 personas e revisados 63 aspectos do Teste IDs.
Análise Crítica
A experiência evidenciou que prompts personalizados e direcionados potencializam os retornos do PLN. O uso de um histórico de comandos possibilitou treinar e moldar a IA conforme o público-alvo, otimizando o processo de adaptação. Contudo, destaca-se como limitação a perda da intersubjetividade, inerente ao uso de ferramentas automatizadas.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso do PLN mostrou-se um aliado potente na educação em saúde, otimizando processos e fortalecendo a adaptação de conteúdos avaliativos para apoiar a formação de profissionais. A prática dialoga com as prioridades da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028, especialmente quanto à formação de recursos humanos (prioridade 5) e ao fomento de ecossistemas de inovação (prioridade 7).
TECNOLOGIA INSTRUCIONAL COMO FERRAMENTA FACILITADORA PARA A UTILIZAÇÃO DE UM APLICATIVO IMPLEMENTADO EM UM MUNICÍPIO NO INTERIOR DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 UEFS
2 Secretaria Municipal de Saúde
Período de Realização
O período foi de 11 a 25 de abril de 2025.
Objeto da experiência
Instruir os usuários de uma unidade de saúde da família acerca do funcionamento de um aplicativo implementado em um município do interior da Bahia.
Objetivos
Relatar a experiência de estagiários do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Feira de Santana sobre a utilização de tecnologia instrucional para usuários em uma unidade de saúde da família em um município no interior da Bahia.
Metodologia
O desenvolvimento da tecnologia instrucional surgiu a partir da problemática de utilização do aplicativo, principalmente por pessoas idosas. Por meio de uma sala de espera com a temática, foi perceptível o descontentamento com a disposição de informações e possibilidades de agendamento, bem como o anexo de documentações necessárias para tal. Para a disseminação da tecnologia, os ACS atuaram como protagonistas do processo, disponibilizando a ferramenta à população no momento das visitas domiciliares.
Resultados
A tecnologia foi elaborada no formato de folder e dividida em cadastro, acesso aos serviços e marcação de exames e consultas. Possibilitou facilitar o agendamento de consultas e exames, a fim de evitar inconveniências, atrasos ou abandono de acompanhamento. Foram utilizadas capturas de telas do aplicativo com marcadores que indicavam diretamente cada tópico abordado. O material foi divulgado em educação permanente com as ACS para conhecimento necessário para difundir com a população.
Análise Crítica
Usufruir das tecnologias servem como mecanismo potencializador da dominação delas, mesmo que ocorra de forma mais lenta em idosos quando comparadas aos mais jovens. A elaboração da ferramenta visou o receptor da mensagem como protagonista do aprendizado, promovendo autonomia para avançar ou retroceder no conteúdo em tempo oportuno. Dessa forma, o uso da tecnologia surge como motivação e intensificação do aprendizado, aproximando, principalmente, as pessoas idosas dos avanços do mundo atual.
Conclusões e/ou Recomendações
Houve boa adesão tanto dos ACS, em atuar em conjunto com a estratégia estabelecida, quanto da população frequentante a USF que serviu como campo de estudo para tal experiência, necessitando da impressão de novas cópias do instrumento para cobertura de um público maior. No entanto, a problemática ainda era vigente no município, o que fez com que houvesse retrocesso no uso do aplicativo como instrumento único de marcação de exames.
COMUNIDADE VIRTUAL: USABILIDADE, CONFIDENCIALIDADE E AUTONOMIA NA APLICAÇÃO DO MÉTODO MATRIZ AVALIATIVA DO VÍNCULO LONGITUDINAL NA APS – MAVIL
Pôster Eletrônico
1 EPSJV/Fiocruz
2 EPSJF/Fiocruz
3 UFF
4 UFGD
5 Unifeso
Período de Realização
Primeira versão em agosto/2022; atualização e novas funcionalidades - julho/2024 a junho/2025
Objeto da experiência
Comunidade Virtual como dispositivo de disseminação e de aplicação descentralizada do método Matriz Avaliativa do Vínculo Longitudinal - MAVIL na APS
Objetivos
Implantação de área de troca de experiências; Aperfeiçoamento da navegação e do layout; Ajustes na função cadastro e na segurança da Comunidade; Aplicação on-line do dimensionamento da amostra; Criação de espaços para digitação dos dados; Automatização da análise estatística.
Descrição da experiência
A Matriz Avaliativa do Vínculo Longitudinal – MAVIL é um método proposto para avaliar a APS medindo o grau de constituição de vínculo entre os cidadãos e os profissionais de saúde das Unidades Básicas de Saúde; permite o uso autônomo pelos municípios.
A Comunidade Virtual da MAVIL, desenvolvida em software livre e com uso da metodologia SCRUM; foi utilizada na aplicação da MAVIL em três municípios. A partir de 2024 foram implementadas atualizações. Está disponível no ambiente da EPSJV/FIOCRUZ.
Resultados
Para a nova versão levou-se em conta: Integridade dos dados anteriormente gerados, Segurança, Layout Moderno, Acessibilidade e Compatibilidade com os servidores.
Feito atualização de layout, transposição de conteúdo para a nova, configurações de segurança, construção de novos conteúdos e ferramentas para as aplicações de campo como os formulários de entrevista. Está preparada para o uso em aplicações de campo realizadas por terceiros ao qual tenham interesse em levar a pesquisa para sua cidade.
Aprendizado e análise crítica
O alto grau de ataques ao site na versão anterior obrigou mudanças no que tange à confiabilidade e segurança de toda a aplicação. Mudanças de versão e layout melhoraram a usabilidade e facilitaram na navegação.
Anteriormente, mesmo com a estratégia de digitação descentralizada, para a análise, os dados eram exportados para outro software. Para facilitar a adoção da MAVIL foi adicionada funcionalidade que traz a análise descentralizada para dentro da Comunidade/plataforma.
Conclusões e/ou Recomendações
As premissas de autonomia local e de aperfeiçoamento do instrumental avaliativo como construção coletiva tornou necessário entender a Comunidade Virtual como um ponto de convergência de interesses de profissionais da saúde e da Tecnologia da Informação. O uso da metodologia SCRUM tornou possível um contínuo alinhamento em curtos períodos para que se chegasse ao objetivo.
SAÚDE DIGITAL NA APS EM ÁREA REMOTA: EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE SAÚDE DIGITAL DA AGÊNCIA BRASILEIRA DE APOIO À GESTÃO DO SUS COM EQUIPES SEM MÉDICOS NO INTERIOR DO PARÁ
Pôster Eletrônico
1 AgSUS
Período de Realização
Iniciado em março de 2025, avaliação entre abril e maio de 2025
Objeto da experiência
Implementação do projeto de telemedicina do Núcleo de Saúde Digital (NSD) da AgSUS em duas equipes de saúde da família em um município do Pará
Objetivos
Apresentar a saúde digital como alternativa para garantia do acesso à Atenção Primária em regiões de difícil provimento médico a partir da implantação do serviço de telemedicina com Médicos de Família e Comunidade (MFC) em duas equipes de Saúde da Família (eSF) em um município do norte do país.
Metodologia
O município contemplado possui uma região de várzea amazônica com difícil fixação de médicos. Para operacionalização da estratégia, foi realizado levantamento de infraestrutura tecnológica de duas eSF e da rede de atenção à saúde municipal. As equipes participaram de formações síncronas e assíncronas sobre saúde digital para apoio aos teleatendimentos. Utilizou-se o novo recurso de videochamada do PEC e-SUS. Os usuários responderam a pesquisa de satisfação utilizando o Net Promoter Score (NPS).
Resultados
A capacitação em saúde digital atingiu 25 profissionais das duas equipes que participaram de forma síncrona com 100% de satisfação. Outra oferta assíncrona, o Curso Fundamentos em Saúde Digital, com carga horária de 30 horas, foi concluído por 10 profissionais e 15 estão cursando. Cada eSF recebeu um médico com carga horária de 20 horas semanais. Foram realizados 144 atendimentos médicos entre abril e maio de 2025, alcançando resolutividade média de 97,8% e satisfação dos usuários (NPS) de 100%.
Análise Crítica
A oferta de serviços de saúde digital em locais de difícil provimento médico encontrou como desafios críticos a instabilidade de energia elétrica e do acesso à internet agravados por fatores climáticos, além da adequação da equipe a essa nova modalidade de oferta de serviço de telessaúde. A maioria das demandas clínicas foram elegíveis para telemedicina, com destaque para um caso de remoção aérea decorrente de avaliação em teleconsulta, a qual foi indicada e acompanhada pelo médico à distância.
Conclusões e/ou Recomendações
A telemedicina como estratégia assistencial em áreas remotas se mostrou eficaz e uma aliada dos atributos da APS e princípios do SUS ao minimizar as barreiras de acesso ao cuidado qualificado, sobretudo em equipes sem médicos vinculados. É necessário ampliar a maturidade digital dos serviços de saúde para integrar as regiões isoladas do país às melhores práticas de inovação do SUS criando uma experiência nacional de transformação digital na APS.
IMPLANTAÇÃO DA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO EM SAÚDE BUCAL: PLANEJAMENTO INDIVIDUALIZADO A PARTIR DA PRIMEIRA CONSULTA ODONTOLÓGICA EM FIGUEIRA-PARANÁ
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Municipal de Saúde de Figueira - Paraná
2 19ª Regional de Saúde - Jacarezinho _ Paraná
Período de Realização
02 de janeiro de 2025 à 31 de março de 2025
Objeto da experiência
Implantação da estratificação de risco em saúde bucal na primeira consulta odontológica do município.
Objetivos
Aplicar a estratificação de risco em saúde bucal em adultos e crianças, identificando níveis de risco. Planejar atendimentos conforme as necessidades, melhorar a cobertura, qualificar o cuidado e promover ações terapêuticas e preventivas com base em dados locais.
Metodologia
A ferramenta de estratificação foi implementada nas Unidades Básicas de Saúde de Figueira-Paraná no primeiro trimestre de 2025. Aplicada na primeira consulta odontológica, a avaliação, feita por técnicos e dentistas, classificou riscos e orientou planos terapêuticos. Foram consideradas vulnerabilidades sociais, hábitos de higiene e autocuidado. O foco foi individualizar e efetivar o cuidado.
Resultados
A estratificação identificou riscos bucais com precisão, priorizando atendimentos. Crianças ( 0 a 6 anos ) apresentaram 75% de baixo risco. Acima de 7 anos, 63,4% foram classificados com risco médio. O baixo uso do fio dental ( 34,1% ) indicou vulnerabilidade na higiene. A ferramenta gerou dados que subsidiaram ações direcionadas e o acompanhamento contínuo, melhorando a qualidade do atendimento e o monitoramento das equipes.
Análise Crítica
O uso de dados objetivos favoreceu decisões assertivas e a efetividade do cuidado. O envolvimento da equipe multiprofissional foi crucial para o sucesso. Apesar da resistência inicial, os profissionais reconheceram os benefícios da estratificação no planejamento das ações. A experiência reforça a importância de integrar instrumentos técnicos à rotina das UBS.
Conclusões e/ou Recomendações
A estratificação mostrou-se uma estratégia replicável, que qualifica o cuidado em municípios de pequeno porte. Contribui para a equidade no acesso e organização da demanda. Recomenda-se a ampliação do uso da ferramenta, capacitação permanente das equipes e uso dos dados para subsidiar ações de vigilância e promoção da saúde bucal no SUS.
O PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NA INOVAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIAS COM HACKATHONS COMO ESTRATÉGIA DE TRANSFORMAÇÃO NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde
2 secretaria de Saúde Município de Boituva- SP
Período de Realização
Janeiro de 2022 a maio de 2025
Objeto da experiência
Relato da inserção da Enfermagem em hackathons voltados à inovação em saúde pública.
Objetivos
Relatar experiências inovadoras com a participação de profissionais da Enfermagem em hackathons; refletir sobre seu papel estratégico na construção de soluções criativas para o SUS e estimular sua presença em espaços de co-criação e transformação social.
Descrição da experiência
A experiência decorre da participação enfermeiras da APS em hackathons, desafios com imersão de até 54 horas onde pessoas se unem para compartilhar ideias, formar equipes e criar startups em um ambiente de colaboração e inovação. Entre eles, o Hackatona SUS Digital teve como objetivo tornar disponíveis para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a sociedade, o Hackathon Saúde Infantil, voltados para desafios da obesidade e do câncer infantil.
Resultados
Entre os projetos desenvolvidos destacam-se: "ConoraTrack", solução construída durante a pandemia para conectar insumos médicos à estabelecimentos de saúde; “Dr.Care”, solução de telemedicina para conectar pacientes à médicos em lugares rurais remotos; Hackmed, com a solução Horizon com construção e desenvolvimento de um sistema de gerenciamento de metas de contratos do SUS para hospitais filantrópicos, utilizando bases como TABNET e DATASUS.
Aprendizado e análise crítica
A experiência reafirma a capacidade da Enfermagem de liderar processos de inovação em saúde, com base em sua atuação territorial, escuta ativa e articulação comunitária. Participar de hackathons ampliou o repertório técnico e político da prática, integrando saberes clínicos, tecnológicos e sociais. Reflete-se também sobre a importância da educação permanente e de políticas públicas que fomentem a presença de profissionais da saúde nesses espaços.
Conclusões e/ou Recomendações
Recomenda-se que instituições de saúde, ensino e gestão incentivem a inserção de estudantes e enfermeiros(as) em hackathons e espaços de co-criação, fortalecendo o SUS com soluções que emergem da prática e do território. Inovar é cuidar de forma criativa, crítica e comprometida com a vida.
INTEGRAÇÃO ENTRE ASSISTÊNCIA E TECNOLOGIA NO DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA PARA REGISTRO DAS AÇÕES DE REDUÇÃO DE DANOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster Eletrônico
1 FeSaúde
Período de Realização
Desenvolvido em abril/2023, implantado em fevereiro/2024 e atualizado em março/2025
Objeto da experiência
Integração entre assistência (atenção psicossocial) e tecnologia da informação para construção de um sistema de registro de atendimentos em Redução de Danos
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância do diálogo entre a equipe de programação e informação, responsáveis pela elaboração de um sistema de monitoramento e registro de dados de um serviço de saúde, e os profissionais que irão utilizá-lo no cotidiano do seu trabalho denominado SISGED.
Descrição da experiência
O sistema atende às demandas da gestão e dos profissionais, facilitando o registro e o monitoramento de atendimentos em Redução de Danos. Permite visualizar informações integradas com os CAPS, mapear circulação dos usuários e suas demandas, traçar perfil do público-alvo e subsidiar decisões com base em dados concretos e atualizados. A partir desses dados é possível construir políticas públicas tendo com o perfil dessa população e com as demandas que eles próprios entendem serem mais necessárias.
Resultados
O sistema atende às demandas da gestão e dos profissionais, facilitando o registro e o monitoramento de atendimentos em Redução de Danos. Permite visualizar informações integradas com os CAPS, mapear circulação dos usuários e suas demandas, traçar perfil do público-alvo e subsidiar decisões com base em dados concretos e atualizados. A partir desses dados é possível construir políticas públicas tendo com o perfil dessa população e com as demandas que eles próprios entendem serem mais necessárias.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou que a articulação entre assistência e tecnologia é fundamental para enfrentar os desafios da gestão e do cuidado em contextos complexos. O envolvimento direto dos redutores de danos na concepção do sistema tornou a ferramenta mais funcional. Ainda que seja necessário ampliar o uso, qualificar os registros e destinar esforços na educação permanente para transformar o cuidado em dados, mas a ferramenta propiciou um panorama mais claro sobre o cenário no município.
Conclusões e/ou Recomendações
A integração entre setores favorece soluções mais eficazes e alinhadas à realidade dos territórios. O sistema desenvolvido aprimora o cuidado à PSR e fortalece a gestão da informação. Recomenda-se expandir a ferramenta para mais territórios identificados pelos redutores de danos, capacitar os demais profissionais da assistência para seu uso qualificado, realizar cursos de atualização para as futuras melhorias do sistema.
CONTRIBUIÇÃO DE UM ALGORITMO DE ALERTA ELETRÔNICO LABORATORIAL PARA A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR
Pôster Eletrônico
1 HCFMUSP
Período de Realização
A análise foi realizada no período de 2015 a 2024, com a criação e adaptação do algoritmo à rotina do NUVE.
Objeto da experiência
Ferramenta eletrônica de alerta laboratorial, para detecção de resultados de exames baseado na Portaria Nacional de Notificação Compulsória.
Objetivos
Descrever a contribuição de um algoritmo de alerta eletrônico laboratorial como instrumento de busca ativa para o NUVE do Complexo Hospitalar da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP)
Metodologia
Em 2015, o NUVE, a TI e o Laboratório criaram uma ferramenta eletrônica de vigilância laboratorial, a partir de resultados de exames específicos baseado na Portaria de Notificação Compulsória. Este alerta está dividido em duas etapas: detecção e comunicação. O algoritmo detecta a partir dos registros do laboratório a informação dos exames selecionados e envia a comunicação através de um e-mail de alerta de resultado contendo informação do registro do paciente e a positividade identificada.
Resultados
Entre 2010 e 2014, a média anual de notificações era de 2.450. Após a implantação do algoritmo, de 2015 a 2019, a média anual subiu para 4057 notificações, sendo responsável por 12% dos novos casos. No início da pandemia, a contribuição foi de apenas 2,61%, devido à alta notificação pela assistência nos casos de COVID-19. Em 2021, o algoritmo respondeu por 20,53%. De 2015 a 2024, contribuiu com aumento de 47,35% nos casos de HIV/AIDS, 40,05% em hepatites virais e 49,31% em sífilis adquirida.
Análise Crítica
Atualmente, até a semana epidemiológica 23 de 2025, o alerta eletrônico laboratorial corresponde a 30,4% da detecção dos agravos de notificação pelo Núcleo de Vigilância do HCFMUSP. Os dados evidenciam um impacto significativo no número de notificações após a implantação do alerta laboratorial eletrônico, que mostra-se adaptável às demandas da vigilância epidemiológica e a eficiência na detecção de agravos cuja notificação depende de exames laboratoriais específicos de forma oportuna.
Conclusões e/ou Recomendações
O uso de tecnologias, como o alerta laboratorial, proporciona um melhor gerenciamento das notificações oriundas dos Institutos do complexo HCFMUSP, permitindo o fortalecimento do NUVE na detecção cotidiana de forma ágil e oportuna, principalmente na identificação de surtos. Dessa forma, mesmo que o profissional da assistência não realize a notificação, o agravo será identificado e notificado ativamente pelos técnicos do NUVE.
O USO DE FERRAMENTAS EM SAÚDE DIGITAL PARA TRANSFORMAÇÃO DO ECOSSISTEMA EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
Período de Realização
ENTRE MARÇO DE 2023 E MAIO DE 2025
Objeto da experiência
Ofertar modalidades em Saúde Digital aos munícipes, profissionais e gestores do SUS Campinas.
Objetivos
Ofertar serviços de telessaúde, uso de mídias sociais, estratégias de suporte ao usuário e uso de inteligência artificial para ampliar o acesso, qualificar a assistência, otimizar recursos e fomentar inovação e pesquisa em saúde.
Descrição da experiência
Em dois anos de atividade da Saúde Digital em Campinas foram realizados projetos destinados à prática de inovação em Saúde com foco nas atividades de telessaúde. Utilizamos UMA plataforma para modalidades de telessaúde, gravação de mídias sociais, e módulo para comunicação entre usuarios e profissionais nas diversas atividades. Foram realizadas atividades para consultas na atenção primária e secundária, triagem de filas, monitoramento de condições clínicas e gravação de materiais educativos.
Resultados
Foram capacitados mais de 1200 profissionais, mais de 65 mil registros de atendimento, 45 mil teleconsultas, com idade média em 36 anos, tempo médio de 11 minutos. Os atendimentos em 90% realizadas por médicos. Foram 22 mil teleconsultorias em 13 especialidades médicas, com avaliação de desfecho com resolutividade na Atenção Primária em Saúde em mais de 60%.Foram gravados 65 vídeos em Educação Digital e 12 podcasts. Foram 9 modalidades em telessaúde utilizados no período.
Aprendizado e análise crítica
Considerando a inovação na Saúde o SUS Campinas vem ampliando as ofertas e apostando no Programa SUS Digital como diretriz para ampliar acesso, otimizar recursos e trazer mais eficiencia e eficácia nas ofertas destinadas aos munícipes de Campinas.
Conclusões e/ou Recomendações
A ampliação das modalidades, e complexidade dos projetos, aliada a formação e qualificação profissional, pesquisas e busca por evidências robustas contribuirá para a adoção de práticas seguras, confiáveis e reprodutíveis contribuindo para a mudança no Ecossistema em Saúde.
IMPLEMENTAÇÃO DA SAÚDE DIGITAL NA ATENÇÃO BÁSICA PARA O CUIDADO COM PESSOAS QUE VIVENCIAM TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS: A EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE SAÚDE DIGITAL DA UNIFESP
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal de São Paulo
Período de Realização
O projeto iniciou-se em outubro de 2024 e encontra-se em curso.
Objeto da experiência
Implementação de ações de Saúde Digital nas Redes de Atenção Psicossocial do SUS em parceria com o Núcleo de Saúde Digital - NSDUnifesp.
Objetivos
Descrever as etapas iniciais de implementação de saúde digital para o apoio a Equipes de atenção primária à saúde, com foco no cuidado para pessoas que vivenciam transtornos mentais comuns em municípios parceiros do NSDUnifesp.
Metodologia
A experiência do NSDUnifesp ocorre em parceria com municípios do estado de São Paulo, com o intuito de apoiar equipes de atenção básica para o cuidado de pessoas que vivenciam transtornos mentais comuns por meio da teleeducação, teleconsulta, teleinterconsulta, telemonitoramento e teleconsultoria. Envolve o alinhamento aos Planos Municipais de Saúde Digital, o cuidado de abordagem territorial e a valorização de recursos comunitários, com apoio de políticas indutoras, como o Pet-Saúde Digital.
Resultados
A análise dos planos de ação para a transformação digital foi fundamental para compreensão das necessidades de ação do Núcleo. Foi estruturado um curso para o alinhamento entre as equipes do NSDUnifesp e as de atenção primária. As soluções de saúde digital foram incluídas a partir da avaliação dos sistemas e da maturidade digital dos municípios parceiros, buscando a interoperabilidade. Indicadores de avaliação foram selecionados de acordo com os sistemas de informação do SUS.
Análise Crítica
O projeto se alinha ao programa de Saúde Digital e contribui com o fortalecimento do ecossistema de saúde digital no contexto do SUS. Possibilita apoio às equipes para o enfrentamento de um problema de saúde em crescimento na população, que tem demandado dos serviços ampliação das ofertas. Encontra o desafio de lidar com diferentes sistemas de informação e de apoio à saúde digital nos municípios. Apoios de políticas públicas são fundamentais.
Conclusões e/ou Recomendações
O aumento dos transtornos mentais comuns na população demanda novas formas de ampliar o acesso e qualificar o cuidado à população no contexto do SUS. A saúde digital traz novas possibilidades de apoio às equipes de saúde e de capacidade de atendimento, sendo fundamental o apoio de políticas como o PET-Saúde e das políticas de transformação digital no SUS. É necessário o estudo de implementação de tais iniciativas e seus efeitos na população.
COMPETÊNCIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ESTUDANTES NA CONSTRUÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DIGITAL EM SAÚDE PARA POPULAÇÕES DA FLORESTA.
Pôster Eletrônico
1 UFPE
Período de Realização
Realizado entre março a abril de 2024.
Objeto da experiência
Protótipo digital de educação em saúde sobre gastroenterite infecciosa para populações da floresta.
Objetivos
Relatar a experiência discente no processo de aquisição de competências digitais críticas, por meio da criação de um protótipo de aplicativo voltado para a promoção da saúde e prevenção de gastroenterites infecciosas na população da floresta (PF).
Descrição da experiência
O protótipo foi desenvolvido por estudantes de Enfermagem de uma universidade pública de Pernambuco, com base em metodologias participativas, sensibilidade cultural e fundamentos da educação em saúde. O processo envolveu o planejamento dos objetivos, análise preliminar das funcionalidades e criação do modelo com fluxo digital e interface no Canva, com layouts voltados para pacientes e profissionais de saúde, respeitando as especificidades dos usuários.
Resultados
A experiência da criação protótipo de aplicativo resultou em uma interface intuitiva com conteúdos educativos sobre prevenção, transmissão, sintomas e tratamento da GI, além de um canal de teleconsultas e opção de Perguntas Frequentes, notificações e lembretes, promovendo acesso à informação de forma mais acessível para a PF.
Aprendizado e análise crítica
A produção do protótipo digital permitiu o aprendizado sobre as necessidades de comunidades vulneráveis e a importância da articulação entre tecnologia, cuidado humanizado e equidade em saúde. A experiência fortaleceu a visão crítica e humanizada dos alunos, destacando a importância do cuidado culturalmente sensível e da tecnologia como aliada na promoção da saúde, da autonomia e do papel do enfermeiro como educador e agente de transformação social.
Conclusões e/ou Recomendações
O protótipo busca promover o cuidado humanizado e o acesso à informação para PF que é historicamente negligenciada pelas políticas públicas de saúde, com foco na prevenção da GI e educação em saúde. Esta experiência contribui para a formação de profissionais reflexivos, culturalmente sensíveis e tecnologicamente aptos a atuar como mediadores entre o conhecimento científico e as necessidades reais da PF.
TRANSVERSALIDADE ENTRE SAÚDE COLETIVA E TECNOLOGIA: INOVAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA IMPLEMENTAÇÃO DA SAÚDE DIGITAL NO SUS POTIGUAR.
Pôster Eletrônico
1 SESAP-RN
2 UFRN
Período de Realização
Jan/2024 a Mar/2025
Objeto da experiência
A gestão pública em saúde com foco em práticas interprofissionais e soluções digitais inovadoras.
Objetivos
Valorizar a importância da transversalidade entre saúde coletiva e tecnologia no desenvolvimento de sistemas da SESAP/RN, destacando como essa integração interprofissional qualifica os dados, fortalece a gestão pública e impulsiona a implementação da saúde digital no SUS/RN
Descrição da experiência
A transversalidade entre saúde coletiva e tecnologia no setor de desenvolvimento da UGTSIC/SESAP-RN impulsionou e qualificou a produção de sistemas inovadores: Regula NAE (regulação), que otimiza pareceres médicos; Notifica RN (vigilância), com painel de acidentes e articulação intersetorial; e ponto eletrônico com IA (RH), que aprimorou a gestão de pessoas. A atuação interprofissional gerou sistemas mais precisos, estratégicos e integrados à gestão do SUS/RN.
Resultados
A união de profissionais comprometidos com a qualidade dos dados e a tecnologia potencializou o desenvolvimento de sistemas como o Regula NAE, que agilizou a regulação médica especializada e reduziu filas. O Notifica RN fortaleceu a vigilância com indicadores e articulação intersetorial. O Ponto Eletrônico com inteligência artificial, otimizou o controle de frequência dos servidores. A colaboração interprofissional otimizou os sistemas, fortaleceu a gestão e qualificou as decisões na SESAP.
Aprendizado e análise crítica
A experiência revelou que a integração interprofissional, combinando a saúde coletiva e tecnologia, são elementos essenciais para uma gestão estratégica eficaz no desenvolvimento de sistemas de saúde. A visão pautada em políticas públicas e vigilância em saúde foi crucial para qualificar os sistemas, garantindo que atendessem diretamente às complexas e variadas necessidades do SUS. A transversalidade e colaboração contínua foram essenciais para a inovação e para criar soluções inerentes à saúde pública.
Conclusões e/ou Recomendações
Em um cenário de desafios como a interoperabilidade, a proteção de dados e a segurança da informação, a iniciativa consolida a saúde digital no RN. A transversalidade entre áreas e a integração interprofissional e intersetorial são estratégicas para inovar e aprimorar a gestão pública. Nesse sentido, a saúde digital se consolida como política estruturante no SUS proporcionando um futuro mais conectado e eficiente no cuidado da população.
TELECONSULTORIAS ODONTOLÓGICAS COMO FERRAMENTA INDUTORA AO TRABALHO INTERPROFISSIONAL COLABORATIVO, À EDUCAÇÃO PERMANENTE E À INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Pôster Eletrônico
1 Núcleo Municipal de Telessaúde do Recife
2 Gerência Geral de Saúde Digital do Recife
Período de Realização
Esta experiência foi iniciada em janeiro de 2025 e implementada em maio deste mesmo ano.
Objeto da experiência
O objeto desta experiência é o serviço de Teleconsultorias Odontológicas ofertado pelo Núcleo Municipal de Telessaúde do Recife/PE.
Objetivos
O serviço de Teleconsultoria Odontológica tem como objetivos: o aumento da integralidade, resolutividade e eficiência do cuidado; indução ao trabalho interprofissional colaborativo e à educação permanente; e diminuição do tempo de espera do usuário para uma consulta com o especialista.
Metodologia
Há anos, a Estomatologia, era a única especialidade odontológica ofertada no serviço de teleconsultoria. Por este motivo, planejou-se ampliar a oferta de teleconsultorias em outras especialidades. No processo de planejamento foram incluídos, além da equipe da Telessaúde e gestores, 103 cirurgiões-dentistas da Atenção Primária da Rede Municipal. Após a fase de planejamento, foram selecionados para serem teleconsultores 8 profissionais dos Centros de Especialidades Odontológicas da cidade.
Resultados
A partir de uma única especialidade odontológica ofertada, o Núcleo Municipal de Telessaúde do Recife implantou, em maio de 2025, para os profissionais da Atenção Primária, 9 especialidades para teleconsultoria: Estomatologia, Endodontia, Periodontia, Odontopediatria, Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, Dor Orofacial/Disfunção Temporomandibular, Prótese Dentária, Laserterapia e Saúde Coletiva.
Análise Crítica
A experiência tem alta relevância para a saúde coletiva: Fortalecimento da Atenção Primária contribuindo para a educação permanente; Acesso equitativo democratizando o acesso ao cuidado especializado, especialmente em áreas com déficit de especialistas; e Eficiência no cuidado, pois a diminuição da fila para atendimento especializado é um impacto direto esperado, o que pode reduzir agravos de saúde bucal e melhorar os desfechos clínicos.
Conclusões e/ou Recomendações
Espera-se, a médio prazo, a redução do tempo de espera por especialistas via Regulação e o fortalecimento do vínculo entre Atenção Primária e usuários, com atendimentos mais resolutivos por meio das teleconsultorias. As próximas ações incluem integrar técnicos em saúde bucal aos serviços do Telessaúde, ofertar teleorientação a gestantes de alto risco e realizar estudo de fila do SISREG com oferta de teleconsultorias.
DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO PARA CONTROLE DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS E CALIBRAÇÕES DE EQUIPAMENTOS DE AMBULATÓRIO E LABORATÓRIO CESTEH
Pôster Eletrônico
1 ENSP/ FIOCRUZ
2 ENSP/FIOCRUZ
Período de Realização
Agosto de 2024 a Julho de 2025
Objeto da experiência
Desenvolvimento de aplicativo para gestão automatizada de manutenções e calibrações de equipamentos laboratoriais e ambulatoriais do CESTEH.
Objetivos
Este app otimizará a gestão de manutenções e calibrações do CESTEH. Permitirá cadastro, agendamento, acompanhamento, relatórios e indicadores, garantindo eficiência e qualidade no ambulatório e laboratório.
Descrição da experiência
O projeto visa criar um aplicativo inovador para automatizar a gestão de manutenções preventivas e calibrações de equipamentos do Ambulatório de Saúde do Trabalhador e do Laboratório de Toxicologia do CESTEH. Atualmente, o controle é manual, o que gera falhas. O app permitirá cadastro de equipamentos, agendamento, relatórios e indicadores de desempenho, garantindo precisão e qualidade nos serviços prestados, além de apoiar decisões estratégicas.
Resultados
O app está em fase final e centraliza a gestão de manutenções e calibrações, reduzindo falhas e atrasos. Profissionais do Ambulatório e Laboratório do CESTEH serão beneficiados com maior confiabilidade dos equipamentos, melhorando a qualidade dos resultados. O projeto é inovador ao digitalizar um processo manual, com relatórios ágeis e indicadores que apoiam a gestão. Terá impacto significativo e poderá ser replicado por outros setores da ENSP.
Aprendizado e análise crítica
A fase de desenvolvimento do app foi essencial para identificar desafios técnicos e operacionais da digitalização da manutenção. A análise crítica abordou usabilidade da interface, eficácia dos relatórios e precisão dos indicadores. Aprendemos boas práticas para integrar tecnologia ao trabalho, destacando a colaboração entre TI e Saúde. A análise pós-implementação ajudará a apontar melhorias e adaptar o sistema a futuras demandas.
Conclusões e/ou Recomendações
O aplicativo representa um avanço na Gestão da Qualidade e Segurança dos Equipamentos do CESTEH. A automação das manutenções e calibrações otimiza processos e fortalece a confiabilidade dos dados, beneficiando a Saúde do Trabalhador e a Pesquisa Toxicológica. Recomenda-se treinamento aos usuários, suporte técnico e futura integração com outros sistemas.
MAPA FALANTE USADO NA REFERÊNCIA DE PRÉ-NATAL POR MATERNIDADE ESTADUAL EM SÃO LUÍS – MA.
Pôster Eletrônico
1 SEMUS
Período de Realização
Agosto de 2024 a março de 2025
Objeto da experiência
Relatar a experiência do uso do mapa falante como ferramenta de comunicação entre a APS e a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão.
Objetivos
Proporcionar uma comunicação em tempo oportuno entre as UBS e a maternidade com o uso do Mapa falante; Capacitar os profissionais da APS para estratificação de risco e manejo do pré-natal e Melhorar a qualidade da assistência ao pré-natal.
Descrição da experiência
Um grande gargalho para a efetivação das ações de cuidado no pré-natal é a comunicação entre os níveis de assistência, associado à necessidade de capacitação dos profissionais da APS na estratificação de risco e manejo das usuárias no período gravídico-puerperal. Assim, a partir de agosto de 2024, iniciou-se o uso do Mapa Falante da APS, compartilhado com a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão, referência em atendimento à gestão de risco para 126 equipes de ESF e trinta e seis UBS.
Resultados
O uso do Mapa Falante proporcionou a comunicação assertiva e oportuna entre as unidades da APS e a maternidade no compartilhamento do pré-natal de alto risco e no acompanhamento puerperal. A ferramenta é utilizada na geolocalização da mulher tanto no compartilhamento do cuidado pré-natal quanto no momento da alta para a UBS. Outro resultado foi a capacitação de 212 profissionais médicos e enfermeiros, no período de fevereiro a março de 2025, na estratificação de risco e manejo clínico.
Aprendizado e análise crítica
A redução do elevado índice de mortalidade materna em São Luís e no Maranhão justifica a necessidade urgente de qualificação da assistência pré-natal e do estabelecimento da sua linha de cuidado, sendo a comunicação adequada, responsável e compartilhada entre os níveis de atenção, um dos fatores essenciais para o alcance desse objetivo.
Conclusões e/ou Recomendações
Com o acesso ao mapa falante, a maternidade verifica qual deve ser a UBS de vinculação da usuária e encaminha e-mail para a coordenação da ESF comunicando a necessidade de pré-natal compartilhado e na alta, durante o puerpério, assim, um novo fluxo de atendimento vem sendo construído, com maior alinhamento do atendimento a diferentes linhas de cuidado e uma comunicação mais eficiente entre os cuidados do município e do estado.
FORTALECENDO A PESQUISA EM SAÚDE POR MEIO DA INTEROPERABILIDADE DE DADOS: RELATO DE ESTRUTURAÇÃO DE UM GRUPO ESPECIALIZADO NO CIDACS
Pôster Eletrônico
1 CIDACS/FIOCRUZ-BA
Período de Realização
Janeiro de 2024 à Maio de 2025
Objeto da experiência
Vivência de equipe multidisciplinar na criação da área de interoperabilidade de dados em saúde no CIDACS/Fiocruz-BA.
Objetivos
Consolidar o uso do modelo comum de dados OMOP (Observational Medical Outcomes Partnership) no CIDACS, apoiar projetos com dados padronizados, fortalecer a interoperabilidade semântica e federada e fomentar redes colaborativas por meio da atuação do grupo técnico-científico IDAF.
Descrição da experiência
O grupo IDAF (Interoperabilidade de Dados e Análises Federadas) foi capacitado no OMOP CDM, com apoio da comunidade OHDSI e consultoria especializada. Foram realizadas oficinas práticas, análises de vocabulários e testes com ferramentas como Athena, White Rabbit e Rabbit-in-a-Hat, integrando saberes técnicos e científicos em um ambiente de dados complexo.
Resultados
A institucionalização da área de interoperabilidade permitiu o mapeamento de vocabulários, o início de transformações ETL (Extração, Transformação e Carregamento dos dados) e a integração de projetos com diferentes bases de dados. Superou-se a fragmentação técnica por meio de estratégias colaborativas. O uso das ferramentas OHDSI, comunidade internacional aberta e curadora do OMOP CDM, facilitou decisões padronizadas e estruturadas, com ganhos em governança de dados.
Aprendizado e análise crítica
O processo evidenciou a importância da capacitação contínua, da gestão do conhecimento e da articulação institucional para sustentar práticas interoperáveis. O trabalho interdisciplinar e transversal abrangendo cientista de dados, engenheiro de dados e epidemiologistas e a documentação sistemática das decisões foram primordiais no alcance dos objetivos e evitaram retrabalho. A experiência mostrou que soluções colaborativas são viáveis mesmo em contextos com infraestrutura limitada.
Conclusões e/ou Recomendações
A criação do grupo IDAF consolidou a interoperabilidade como eixo estratégico do CIDACS. A adoção técnica do OMOP CDM é possível em instituições públicas, desde que sustentada por capacitação, governança e articulação entre áreas. Recomenda-se a integração e solicitação de suporte na comunidade OHDSI desde o início do processo, infraestrutura dedicada para os ETLs e a formação de núcleos semelhantes para ampliar o uso de dados federados em saúde.
IMPLEMENTAÇÃO DE TELECONSULTORIAS NO FLUXO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA NO SUS EM BETIM/MG: IMPACTO NA RESOLUTIVIDADE E REDUÇÃO DAS FILAS
Pôster Eletrônico
1 Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais; Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG (NUTEL FM UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
2 Secretaria Municipal de Saúde de Betim (MG), Brasil.
3 Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG (NUTEL FM UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil.
4 Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais; Centro de Tecnologia em Saúde FM UFMG, Belo Horizonte (MG), Brasil.
5 Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais; Núcleo de Telessaúde da Faculdade de Medicina da UFMG (NUTEL FM UFMG, Belo Horizonte (MG), Brasil
Período de Realização
Outubro de 2023 a julho de 2024
Objeto da experiência
Incorporação de teleconsultorias no fluxo de atenção especializada do SUS em Betim/MG para qualificação de encaminhamentos e redução de filas.
Objetivos
Relatar a incorporação de teleconsultorias no fluxo da atenção especializada do SUS em Betim/MG; avaliar o impacto na qualificação dos encaminhamentos, na resolutividade na APS e na redução das filas de especialidade; descrever o apoio técnico-institucional entre o NUTEL FM UFMG e o município.
Descrição da experiência
Entre outubro de 2023 e julho de 2024, 41 UBS realizaram a revisão administrativa de 9 863 guias de solicitações em geriatria, endocrinologia, pneumologia, hematologia e reumatologia. Realizou-se busca ativa em que se localizou 7 418 usuários e identificou-se que 2 358 não eram mais vinculados às equipes por motivos diversos como mudança de município. Para os vinculados, foi feita avaliação clínica com pelo médico da ESF com suporte de teleconsultorias ofertadas pelo NUTEL FM UFMG.
Resultados
Dos 7418 usuários avaliados, 2951 (≈40%) tiveram suas demandas resolvidas na APS, sem necessidade de atendimento presencial com especialista focal. Os 4467 (≈60%) restantes seguiram para avaliação especializada, representando ≈45% da fila inicial de 9863. Houve uma significativa redução da demanda reprimida e otimização do fluxo regulatório. As teleconsultorias também passam a ser parte estratégica do fluxo assistencial para encaminhamentos, conforme protocolo da Circular DIOP 93/2023.
Aprendizado e análise crítica
A iniciativa demonstrou que o uso estruturado da teleconsultoria como ferramenta estratégica do fluxo assistencial amplia a autonomia da APS, impacta a formação continuada dos profissionais de saúde e possibilita a redução filas por atendimento especializado, especialmente quando em conjunto com ações de revisão administrativa e clínica. Ações claras de institucionalização são essenciais para a incorporação na rede e sua implementação exige processos de acompanhamento institucional.
Conclusões e/ou Recomendações
A implementação das teleconsultorias no fluxo assistencial especializado em Betim evidenciou o potencial dessa ferramenta para reduzir filas, aumentar a resolutividade da APS e qualificar encaminhamentos. A adesão a protocolos assistenciais, incluindo o uso sistemático das teleconsultorias, é essencial. Recomenda-se ampliar capacitação contínua das equipes e monitorar indicadores de resolutividade e regulação para sustentar e expandir o modelo.
MONITORIA EM EMFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA: MEDIAÇÃO SUS DIGITAL.
Pôster Eletrônico
1 UFPA
Período de Realização
Maio de 2025 a junho de 2025.
Objeto da experiência
Monitor bolsista em Enfermagem em Saúde Coletiva, mediando o aprendizado sobre o SUS Digital para discentes do 3º semestre de Enfermagem.
Objetivos
Relatar a experiência acadêmica de monitoria na disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva, destacando a contribuição da pedagógica para o fortalecimento do ensino e aprendizagem sobre o sus digital, bem como para o desenvolvimento de competências docentes e técnicas no contexto da formação profissional.
Descrição da experiência
A atividade foi realizada com discentes do 3º semestre de Enfermagem da UFPA, no Laboratório de Informática. Observou-se o uso dos computadores para identificar dificuldades. Depois, a monitoria ofereceu orientação personalizada e espaço para esclarecimento de dúvidas. Por fim, aplicaram-se atividades sobre o SUS Digital com perguntas orientadoras, explorando os conhecimentos prévios dos alunos.
Resultados
A experiência permitiu identificar fragilidades no uso de tecnologias e na compreensão do SUS Digital. Após a intervenção da monitoria, houve maior interesse e participação dos discentes. A prática também contribuiu para a formação do monitor em liderança, comunicação, didática e segurança. Os resultados indicam que a monitoria é uma estratégia eficaz no fortalecimento da formação acadêmica e da educação entre pares.
Aprendizado e análise crítica
A atividade possibilitou reflexões sobre a importância da inserção precoce dos discentes em atividades pedagógicas como a monitoria. A mediação de conteúdos por pares favorece a compreensão e o protagonismo estudantil. O contato com a realidade dos colegas promoveu sensibilidade, empatia e responsabilidade na construção coletiva do saber. A experiência reforça a monitoria como instrumento valioso na formação.
Conclusões e/ou Recomendações
Constata-se que a monitoria em Saúde Coletiva promove integração entre teoria e prática, fortalecendo a formação do discente. Recomenda-se a ampliação dessas atividades como estratégia institucional de incentivo à formação qualificada e humanizada.
DESENVOLVIMENTO DE UM CHECKLIST PARA AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE DE SITES GOVERNAMENTAIS DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PÓS-GRADUANDOS
Pôster Eletrônico
1 ECos/ UnB
2 LinseLab/UnB
3 ECos/UnB
Período de Realização
abril a junho de 2025, com etapas de revisão, discussão e elaboração de checklist preliminar.
Objeto da experiência
Elaborar um checklist para avaliar a acessibilidade da informação em sites das secretarias estaduais de saúde do Centro-Oeste
Objetivos
Identificar indicadores de acessibilidade já existentes na literatura para avaliar a qualidade da informação sobre saúde online. Construir uma ferramenta prática para uso na avaliação de sites públicos de saúde, contribuindo com a inclusão digital no contexto da saúde pública brasileira.
Descrição da experiência
O relato foi produzido a partir das atividades realizadas pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde (LabECoS/UnB). Seguiu etapas de revisão de literatura sobre diretrizes nacionais e internacionais de qualidade da informação em saúde online, com foco na acessibilidade. A partir da análise dos critérios, elaboraram um checklist com foco em design. Oficinas de leitura e testes em sites selecionados subsidiaram o processo.
Resultados
Construção de um checklist com indicadores de acessibilidade para ser aplicado aos sites. Após os testes e validação, será aplicado em sites das secretarias de três estados do Centro-Oeste, além do DF, nos meses de junho a julho/2025. O instrumento mostra potencial de padronização e poderá ser aplicado nacionalmente em etapas posteriores de um estudo nacional sobre a qualidade da informação em sites governamentais de saúde do Brasil.
Aprendizado e análise crítica
A experiência aprofundou o entendimento dos estudantes sobre os desafios da acessibilidade digital na saúde. Destacou-se o papel dos pós-graduandos na consulta às diretrizes e construção do checklist. Reforçou-se a importância de políticas que garantam a acessibilidade como direito. Sites com conteúdo confiável podem ser pouco usáveis quando não oferecem um design amigável, com imagens, formatos acessíveis, boa navegação ou compatibilidade entre dispositivos.
Conclusões e/ou Recomendações
Experiências como esta poderão contribuir para a gestão Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020–2028. Recomenda-se a adoção e difusão do checklist baseado em fontes públicas, como ferramenta útil de diagnóstico e monitoramento da acessibilidade e da qualidade da informação dos portais públicos, promovendo inclusão digital, equidade e o aprimoramento contínuo da comunicação digital no SUS.
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CIDADÃO, PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM, NO RASTREIO E ACOMPANHAMENTO DO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL: UM ESTUDO REFLEXIVO
Pôster Eletrônico
1 Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Período de Realização
O estudo foi realizado entre janeiro e maio de 2025.
Objeto da experiência
O Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) para rastreio e acompanhamento do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) na Atenção Primária à Saúde (APS)
Objetivos
Refletir sobre propostas de melhorias no PEC, para subsidiar a consulta de enfermagem, no rastreamento precoce e acompanhamento do DMG na APS; promover o uso da Classificação Internacional para a Prática da Enfermagem (CIPE®) e o potencial estratégico da tecnologia para a integralidade do cuidado.
Descrição da experiência
A experiência consistiu na análise crítica dos campos da aba SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano) do PEC, voltados ao acompanhamento da gestante. No campo Subjetivo, propõe-se ampliar a escuta qualificada, especialmente quanto aos antecedentes obstétricos e pessoais. No Objetivo, sugerem-se automatizações e alertas visuais para parâmetros clínicos. A Avaliação requer a incorporação da CIPE®, e no Plano, a padronização de condutas baseadas em evidências.
Resultados
A análise evidenciou limitações na consulta de enfermagem à gestante no rastreio e acompanhamento do DMG, como: escassez de dados subjetivos, falhas no histórico, ausência de diagnósticos e intervenções de enfermagem, predominância de um modelo biomédico. Propuseram-se melhorias: campos específicos de rastreio, menus com opções de cliques, alertas visuais, plano de cuidados com metas e inclusão da CIPE®. A ausência de registros padronizados compromete o cuidado e a tomada de decisão clínica.
Aprendizado e análise crítica
A experiência evidenciou a relevância da consulta de enfermagem, articulando o uso de terminologias padronizadas, como a CIPE®, e de recursos tecnológicos inovadores. A ausência desses recursos no PEC, fragiliza a atuação clínica, compromete a integralidade do cuidado e limita a tomada de decisão baseada em evidências. Na assistência à gestante com DMG, essas lacunas tornam-se ainda mais críticas, exigindo reflexões para qualificar o cuidado e fortalecer a prática profissional na APS.
Conclusões e/ou Recomendações
Conclui-se que a implementação de funcionalidades específicas no PEC e a incorporação da CIPE®, alinhadas ao processo de enfermagem, são essenciais para qualificar o cuidado à gestante no rastreio e acompanhamento do DMG na APS. A proposta fortalece a clínica ampliada e a integralidade do cuidado. Recomenda-se que as equipes técnicas envolvam os profissionais de saúde na construção das soluções, garantindo pertinência clínica e usabilidade.
UTILIZAÇÃO DA GAMIFICAÇÃO COMO FERRAMENTA DE APOIO AO ENSINO DE EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 UnB
Período de Realização
Outubro de 2024 a fevereiro de 2025
Objeto da experiência
Desenvolvimento e aplicação de um jogo digital gamificado para alunos da
disciplina de Epidemiologia Descritiva, como estratégia complementar de
aprendizagem.
Objetivos
Desenvolver um aplicativo gamificado com conteúdos de Epidemiologia Descritiva para ampliar o engajamento e a compreensão dos estudantes, complementando o ensino tradicional com uma ferramenta digital lúdica que promova raciocínio epidemiológico e aprendizagem ativa.
Descrição da experiência
Projeto de tutoria que utilizou a gamificação como estratégia educacional voltada a alunos ingressantes da área da saúde. O projeto passou por quatro etapas: revisão teórica sobre gamificação, desenvolvimento de um jogo com perguntas e recompensas voltado à disciplina de Epidemiologia Descritiva, testes internos com a equipe e planejamento para aplicação futura. Mesmo sem aplicação com os discentes, gerou avanços em metodologias inovadoras.
Resultados
Devido a limitações de tempo, o jogo gamificado não foi testado com os alunos em sala de aula, tendo passado apenas por testes internos realizados pela equipe desenvolvedora. Entretanto, os testes beta indicaram boa usabilidade, coerência com os conteúdos da disciplina e potencial de aplicação futura. A equipe técnica conseguiu identificar e corrigir erros, além de ajustar elementos de design e mecânica para maior clareza e engajamento.
Aprendizado e análise crítica
A experiência de desenvolvimento, mesmo sem aplicação prática com os alunos, gerou aprendizados importantes sobre planejamento, organização de conteúdo gamificado e trabalho em equipe. A revisão teórica e o processo de criação permitiram aprofundamento na temática da gamificação e seu potencial educacional. A ausência de aplicação com os discentes reforçou a importância do tempo hábil para implementação e testagem de metodologias inovadoras no ambiente acadêmico.
Conclusões e/ou Recomendações
A gamificação segue como proposta promissora para o ensino de Epidemiologia Descritiva. Embora não tenha sido aplicada aos alunos por falta de tempo, o desenvolvimento do aplicativo mostrou seu potencial em engajar e facilitar o aprendizado. Recomenda-se retomar o projeto em futuras turmas, com tempo para testes, validação e ajustes a partir de feedbacks reais.
TECNOLOGIA NO PRÉ-NATAL: AGENDAMENTO ONLINE COMO ESTRATÉGIA DE ACESSO E QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA
Pôster Eletrônico
1 SMS DE ARAPIRACA/AL
Período de Realização
Janeiro a junho de 2025
Objeto da experiência
Implantação de canal digital para agendamento de consultas de pré-natal em unidade da Atenção Básica
Objetivos
Ampliar o acesso ao pré-natal com agendamento digital, reduzir o absenteísmo, organizar a demanda e qualificar o cuidado contínuo da Atenção Primária.
Metodologia
A UBS implantou um sistema de agendamento online institucional, via formulário do Google Drive, para consultas de pré-natal. A equipe de enfermagem reorganizou o fluxo de marcação, priorizando gestantes em situação de vulnerabilidade. Usuárias receberam orientações presenciais e remotas, com apoio da recepção e dos agentes comunitários de saúde.
Resultados
A estratégia ampliou o acesso e a adesão ao pré-natal, reduziu o absenteísmo e permitiu melhor seguimento do calendário gestacional. A equipe ganhou previsibilidade na agenda e otimizou os atendimentos. Gestantes relataram satisfação com a praticidade do novo modelo, especialmente aquelas com dificuldade de locomoção.
Análise Crítica
A experiência demonstrou que tecnologias simples e acessíveis, quando adaptadas ao território, potencializam o cuidado. Foi essencial ouvir as gestantes, adaptar a linguagem e oferecer suporte técnico à equipe. A atuação dos ACS foi decisiva para promover inclusão digital e fortalecer o vínculo com as usuárias.
Conclusões e/ou Recomendações
O agendamento online qualificou o cuidado pré-natal e ampliou o acesso de forma equitativa. Recomenda-se sua expansão para outras unidades, com atenção à infraestrutura tecnológica e capacitação das equipes. O uso de ferramentas digitais deve caminhar junto à escuta ativa e à humanização da atenção na APS.
RELATÓRIOS AUTOMATIZADOS DE DIAGRAMA DE CONTROLE E HISTOGRAMAS: UMA ESTRATÉGIA PARA MONITORAR E CONTROLAR O AGRAVO DENGUE NOS 399 MUNICÍPIOS DO PARANÁ.
Pôster Eletrônico
1 SESA-PR
2 UEM-PR
3 OPAS-MS
Período de Realização
2021 a 2025
Objeto da experiência
Relatar a experiência da elaboração e implantação de relatórios automatizados de dengue contendo Diagrama de Controle para os 399 municípios do Paraná
Objetivos
Instrumentalizar os gestores e técnicos das 22 Regionais de Saúde e dos Municípios do Paraná na tomada de decisão e direcionamento de ações eficazes de prevenção, controle e organização de serviços de saúde no enfrentamento da dengue
Descrição da experiência
No Paraná, dados do Sinan Online são processados pelo pacote R dengueControl (UEM). Ele calcula média móvel e Limite Superior para diagramas de controle. Relatórios incluem mapas de municípios vizinhos e tabelas de incidência e indicadores de morbimortalidade. Diagramas de controle (para municípios endêmicos) ou histogramas (para não endêmicos) são gerados via árvore de decisão. Casos autóctones definem alertas de surtos/epidemias, e casos prováveis ativam o Plano de Contingência.
Resultados
Acesso a informação, monitoramento oportuno, análise espacial, incluindo bairros, avaliação das medidas de controle, subsidia ações da vigilância e auxilia na tomada de decisão pelo gestor
Aprendizado e análise crítica
O relatório automatizado de dengue demonstrou ser uma ferramenta eficiente para disponibilizar a informação aos 399 municípios, promover a equidade e oportunizar o acesso às informações epidemiológicas da dengue, independentemente de recursos tecnológicos ou profissionais para elaboração de gráficos mais complexos e tomada de decisão para os gestores baseados com critérios técnicos.
Conclusões e/ou Recomendações
A utilização do diagrama de controle como ferramenta de vigilância epidemiológica é o recomendado atualmente pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná pela alta sensibilidade detectada e facilidade de acesso oportunizado pelo disponibilização semanal dos Relatórios Automatizados.
TELEINTERCONSULTAS EM CARDIOLOGIA: ESTRATÉGIA DO PROJETO TELESSAÚDE PARA AMPLIAR O ACESSO ESPECIALIZADO NO INTERIOR DO AMAZONAS
Pôster Eletrônico
1 UFAM
Período de Realização
Janeiro de 2024 a março de 2025.
Objeto da experiência
Teleinterconsultas cardiológicas do projeto Telessaúde vinculado Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/UFAM) para o interior do Amazonas.
Objetivos
Descrever a experiência na implementação das teleinterconsultas em cardiologia como estratégia do projeto Telessaúde do HUGV/UFAM para ampliar o acesso à atenção especializada em áreas remotas do Amazonas, reduzir os deslocamentos de pacientes e contribuir para a equidade no cuidado em saúde.
Metodologia
O projeto Telessaúde do HUGV/UFAM realiza teleinterconsultas médicas na especialidade de cardiologia para pacientes dos municípios do interior do Amazonas, região com grande escassez de médicos especialistas. Os atendimentos ocorrem por solicitação formal de profissionais da atenção primária via sistema do Telessaúde, no qual os especialistas acompanham pacientes com suspeitas ou condições cardiovasculares de forma remota, visando redução de encaminhamentos dispendiosos e suporte clínico.
Resultados
As teleinterconsultas resultaram em 244 atendimentos cardiológicos especializados no período analisado, contribuindo para a qualificação dos atendimentos, proporcionando suporte clínico contínuo para saúde local. Observou-se significativa redução na necessidade de deslocamentos de pacientes para a capital, o que implicou em economia de recursos logísticos e menor sobrecarga para as famílias, resultando na agilidade das avaliações médicas de forma positiva na prevenção de complicações e agravos.
Análise Crítica
A atuação do Telessaúde/HUGV-UFAM em cardiologia destaca a saúde digital na superação de barreiras. No Amazonas, há apenas 1,1 cardiologista por 100 mil hab. (Demografia Médica 2023), acentuando a vulnerabilidade assistencial, o que reforça a importância da teleinterconsulta no apoio clínico e na articulação entre atenção primária e especializada. Destaca-se ainda a qualificação dos solicitantes e a necessidade de prontuários organizados e sistemas interoperáveis.
Conclusões e/ou Recomendações
As teleinterconsultas em cardiologia do Telessaúde/HUGV-UFAM demonstram impacto positivo na ampliação do acesso à atenção especializada em municípios remotos do Amazonas, diante da escassez de cardiologistas no estado. Reforça-se a importância de integrar definitivamente essa estratégia à rede assistencial, com avaliações contínuas para qualificar os resultados clínicos e organizacionais.
TELESSAÚDE E TERRITORIALIZAÇÃO NO CUIDADO MATERNO-INFANTIL: A EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE SAÚDE DIGITAL DA UNIFESP NA REDE ALYNE
Pôster Eletrônico
1 UNIFESP
Período de Realização
Outubro/2024 a Maio/2025
Objeto da experiência
Identificação e seleção de territórios para atuação da equipe de telessaúde do Núcleo de Saúde Digital da UNIFESP no contexto da Rede Alyne.
Objetivos
Descrever a experiência do Núcleo de Saúde Digital da Universidade Federal de São Paulo no processo de identificação e seleção de territórios para atuação da equipe de telessaúde no contexto da Rede Alyne.
Descrição da experiência
O Núcleo de Saúde Digital da Unifesp orienta-se pelas diretrizes do Programa SUS Digital e pelos princípios do Sistema Único de Saúde, propondo ações na perspectivas Redes de Atenção à Saúde. Uma de suas frentes de atuação se refere às ações de telessaúde voltadas ao cuidado materno-infantil. Nesse contexto, o processo de identificação e seleção dos territórios para a atuação foi tomado como estratégico, desencadeando um conjunto de ações e de critérios pactuados com as instâncias parceiras.
Resultados
Realizaram-se reuniões envolvendo a coordenação do Núcleo de Saúde Digital e representantes da equipe de telessaúde do cuidado materno-infantil e do Conselho de Secretários de Saúde dos Municípios de São Paulo. Nesses espaços, com base nas necessidades do cuidado materno-infantil na perspectiva da Atenção Básica e na análise de viabilidade considerando a estruturação do Núcleo de Saúde Digital, discutiram-se os critérios a serem considerados para identificação e seleção dos territórios de atuação.
Aprendizado e análise crítica
Os critérios pactuados entre as instâncias consideraram, para caracterização inicial, a população estimada e índices de vulnerabilidade socioeconômica de municípios das regiões metropolitana e macrometropolitana de São Paulo. A essas informações foram integrados dados referentes à saúde, como: quantidade de Unidades Básicas de Saúde e equipes de saúde da Atenção Básica, a produção de procedimentos telessaúde, indicadores de saúde materno-infantil e a organização da rede local.
Conclusões e/ou Recomendações
O processo colaborativo da coordenação do Núcleo, da equipe de telessaúde e de representantes da gestão local fortaleceu a legitimidade das decisões. A integração de indicadores socioeconômicos e de saúde permitiu uma seleção de territórios alinhada às reais necessidades locais. Propõe-se o uso de ferramentas geoespaciais e bases integradas para a seleção dos territórios e o monitoramento da produção de telessaúde dos territórios selecionados.
TELEINTERCONSULTAS DERMATOLÓGICAS NO AMAZONAS: AMPLIANDO O DIAGNÓSTICO PRECOCE DE DERMATOSES ENDMICAS EM MUNICÍPIOS REMOTOS
Pôster Eletrônico
1 UFAM
Período de Realização
Janeiro de 2024 a março de 2025
Objeto da experiência
Teleinterconsultas dermatológicas do projeto Telessaúde vinculado Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV/UFAM) para o interior do Amazonas.
Objetivos
Descrever a experiência na implementação das teleinterconsultas em dermatologia como estratégia do projeto Telessaúde do HUGV/UFAM para ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e tratamento de dermatoses endêmicas em áreas remotas do Amazonas.
Metodologia
O Telessaúde/HUGV-UFAM realiza teleinterconsultas em dermatologia para pacientes do interior do Amazonas, onde há alta prevalência de dermatoses endêmicas, como hanseníase e leishmaniose. Os casos são solicitados pela atenção primária e avaliados remotamente por dermatologistas. A iniciativa prioriza pacientes com suspeita ou confirmação dessas doenças, visando diagnóstico precoce, maior resolutividade e evitando encaminhamentos desnecessários.
Resultados
No período analisado, 192 teleinterconsultas dermatológicas foram realizadas. O projeto contribuiu para o diagnóstico precoce de dermatoses endêmicas como hanseníase, micose fungoide e leishmaniose cutânea, patologias que demandam diagnóstico precoce para prevenir complicações e disseminação. Houve uma agilidade nas avaliações clínicas favoreceu intervenções terapêuticas oportunas, prevenindo complicações e melhorando o prognóstico dos pacientes.
Análise Crítica
A experiência confirma a eficácia da teledermatologia frente às barreiras geográficas da Amazônia, ampliando o acesso à saúde. A escassez de especialistas e o perfil das dermatoses endêmicas exigem integração entre atenção primária e especializada. Destacam-se o treinamento dos profissionais para identificar e encaminhar casos, e a importância de sistemas interoperáveis. A teleinterconsulta fortalece a rede e aumenta a resolutividade do cuidado.
Conclusões e/ou Recomendações
As teleinterconsultas dermatológicas do projeto Telessaúde/HUGV-UFAM demonstram ser estratégia efetiva para ampliar o diagnóstico precoce e tratamento de dermatoses endêmicas em municípios remotos do Amazonas. Com base nos resultados, evidencia-se a importância de monitoramentos constantes para otimizar os desfechos clínicos e administrativos, assegurando a excelência e a equidade na assistência dermatológica.
SISVETOR-CHAGAS : EXPERIÊNCIA COM A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA EM MUNICÍPIOS DA IV E X GERES DE PERNAMBUCO, 2024.
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Saúde do Recife - Sesau/Recife
2 Ministério da Saúde
3 Universidade de Brasília - UNB
4 Secretaria Estadual de Saúde do Ceará - SES/CE
Período de Realização
As ações ocorreram em Iguaracy (Ago/2024) e Caruaru (dez/2024).
Objeto da experiência
Apresentar a implementação do SisVetor-Chagas em municípios-piloto, apoiando e integrando atores da vigilância entomológica da doença de Chagas.
Objetivos
Relatar a experiência da implementação do SisVetor-Chagas em municípios pertencentes as X e IV Gerências Regionais de Saúde (GERES) de Pernambuco, destacando desafios, aprendizados e a percepção dos profissionais envolvidos quanto à sua aplicabilidade na vigilância entomológica.
Descrição da experiência
O projeto piloto contou com 14 participantes em Iguaracy e 28 em Caruaru, dentre coordenadores, laboratoristas e agentes de controle vetorial. Inicialmente, foram disponibilizados dados de georreferenciamento dos territórios pelos municípios, permitindo à equipe do SisVetor realizar o cadastro prévio das áreas. O projeto ocorreu com treinamento básico para o sistema, pesquisa entomológica em campo e encerramento com esclarecimento de dúvidas, questionário avaliativo e acordo de continuidade.
Resultados
Os participantes se adaptaram rapidamente à ferramenta. Ao final, 73% (n= 22) dos que responderam ao questionário estavam totalmente satisfeitos com o sistema e 90% (n=27) afirmaram nenhuma dificuldade com o uso. A equipe do SisVetor-Chagas promoveu capacitação e integração. Houveram dificuldades com disponibilidade de dispositivos móveis, sendo usados celulares pessoais. Foram oferecidos contato de suporte, materiais de apoio e os municípios se comprometeram a manter o uso da ferramenta.
Aprendizado e análise crítica
O Projeto permitiu à equipe identificar falhas, realizar ajustes e alinhar a ferramenta às demandas e processos reais da vigilância entomológica. A experiência evidenciou que o SisVetor-Chagas é uma ferramenta inovadora e necessária para fortalecer a vigilância dos vetores da doença no Brasil e integrar os processos de trabalho entre os diferentes níveis de gestão.
Conclusões e/ou Recomendações
O envolvimento das equipes locais e o apoio da coordenação estadual foram essenciais para o sucesso da experiência. A implantação do SisVetor-Chagas mostrou-se viável e bem aceita, e a ferramenta se destacou como um importante avanço para a vigilância entomológica, proporcionando maior agilidade, organização dos processos de trabalho e qualidade dos dados. Espera-se sua consolidação nas rotinas locais e futura expansão para outros municípios do estado.
RELATAR IMPLANTAÇÃO DE FERRAMENTA TECNOLÓGICA PARA QUALIFICAR A GESTÃO DE PROCESSOS DA ASSESSORIA TÉCNICA DA SUPERH NO USO DO SEI.
Pôster Eletrônico
1 ESPBA/SESAB
2 ISC/UFBA
3 SESAB/SUPERH
Período de Realização
O processo foi iniciado em abril e permanece em processo de implantação até os dias atuais (junho).
Objeto da experiência
Experiência com criação participativa de ferramenta de gestão de processos em Excel para rastrear e monitorar processos SEI em tempo real.
Objetivos
Desenvolver no âmbito da Superintendência de Recursos Humanos (SUPERH) uma ferramenta tecnológica com o objetivo de qualificar a gestão de processos de trabalho via SEI no contexto de sua Assessoria Técnica
Descrição da experiência
A ferramenta foi construída de forma participativa, a partir de fragilidades identificadas no uso do SEI. Após conversas com a equipe, elaborou-se uma planilha em Excel com colunas para rastrear e categorizar os processos (número, origem, destino, objeto, datas, status, prazos e observações). O material foi disponibilizado na nuvem institucional, permitindo atualização e acesso em tempo real, o que qualificou o controle e a organização do fluxo de trabalho.
Resultados
A implantação da ferramenta tecnológica qualificou o trabalho na SUPERH, centralizando informações e garantindo rastreabilidade dos processos. Houve padronização, organização de dados e criação de indicadores, como tempo médio de tramitação e produção mensal. A iniciativa melhorou a comunicação interna, fortaleceu o trabalho em equipe e permitiu a criação de um dashboard para monitoramento contínuo das atividades.
Aprendizado e análise crítica
A experiência mostrou que a implantação da ferramenta de gestão de processos teve impacto positivo, indo além do aspecto operacional ao promover o trabalho humanizado. A participação ativa dos trabalhadores e o alinhamento à política de gestão do trabalho fortaleceram a atuação da SUPERH. A iniciativa demonstra que tecnologias simples e acessíveis podem qualificar de forma sustentável a gestão do trabalho em saúde no SUS.
Conclusões e/ou Recomendações
Esta experiência contribui para o campo da Saúde Coletiva ao demonstrar como a utilização de tecnologias de informação de baixo custo e acessíveis podem contribuir de forma sustentável na gestão dos processos de trabalho em saúde.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E SAÚDE PÚBLICA: SISTEMA DE GESTÃO E RASTREABILIDADE DE OPME NO SUS POTIGUAR
Pôster Eletrônico
1 SESAP RN
2 UFRN
Período de Realização
De abril de 2023 a maio de 2025.
Objeto da experiência
Desenvolvimento e implantação de sistema digital para gestão de estoque, rastreabilidade e controle OPME nas unidades de saúde da SESAP/RN.
Objetivos
Modernizar a gestão de OPME por meio da transformação digital, assegurando rastreabilidade, transparência, segurança do paciente e conformidade com as normativas sanitárias otimizando processos, prevenindo riscos assistenciais e qualificando a utilização dos recursos no SUS.
Metodologia
O projeto surgiu a partir de diagnósticos que apontaram morosidade no controle manual e pouca rastreabilidade. O sistema permitiu o monitoramento desde a solicitação até a utilização dos materiais, incorporando funcionalidades como controle de estoque, auditoria, geração de relatórios e rastreabilidade em conformidade com normas da ANVISA. Acompanhado de perto por equipes técnicas com validação contínua o projeto promove capacitação das equipes proporcionado uma transição gradual dos processos.
Resultados
A melhoria constante da eficiência operacional trouxe a padronização de fluxos, agilizando o atendimento. A eliminação de planilhas paralelas e a redução de desperdícios foram cruciais para a rastreabilidade dos insumos cirúrgicos e para a agilidade nas autorizações de uso o que fortaleceu a segurança para pacientes. A transparência permitiu que auditorias fossem feitas e o acesso dos pacientes às informações dos materiais utilizados em seus procedimentos.
Análise Crítica
A experiência demonstrou a importância da modernização e eficiência na gestão de insumos de saúde, especialmente OPMEs. O processo evidenciou resistências iniciais de algumas equipes frente à digitalização dos fluxos, superadas com capacitação e sensibilização. A experiência também revelou que a adoção de soluções tecnológicas precisa estar alinhada à mudança cultural, ao compromisso institucional e à formação continuada das equipes.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência demonstrou que o uso de sistemas digitais para gestão de OPME promove ganhos expressivos em transparência, segurança, eficiência e economia. Fornecer informações detalhadas sobre as OPMEs utilizadas em procedimentos cirúrgicos nos processos e reforça diretamente a segurança do paciente além de ser essencial para auditorias e conformidade com as normativas da ANVISA.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO CUIDADO DOMICILIAR: COMO O USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS PODEM MELHORAR A QUALIDADE DO CUIDADO
Pôster Eletrônico
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
2 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CRUZ
Período de Realização
Implantada desde o final de 2023, sendo utilizado até hoje como principal meio de comunicação
Objeto da experiência
Descrever a implantação do uso da tecnologia do aplicativo WhatsApp para melhorar a agilidade e a eficiência do atendimento ao paciente domiciliado.
Objetivos
Atividade de dispersão da disciplina de Tecnologias em Saúde do Mestrado Profissional em Saúde da Família da RENASF
Otimizar o tempo de resposta da equipe ao paciente, melhorando assim a comunicação e acessibilidade aos que moram em locais distantes do serviço;
Melhorar a satisfação do usuário.
Metodologia
O Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) é uma modalidade que presta cuidados em casa, incluindo prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, uma alternativa à hospitalização, buscando garantir a continuidade dos cuidados. A experiência foi implantada em um município do interior do Ceará e mostrou resultados positivos, incluindo melhoria na agilidade do atendimento, redução do tempo de resposta e aumento da satisfação do paciente e do cuidador.
Resultados
O uso do WhatsApp permitiu uma comunicação mais rápida e eficiente entre a equipe e os pacientes, tornando-se uma ferramenta valiosa para apoiar a prática profissional, acessibilidade e flexibilidade no atendimento. A experiência mostrou que o WhatsApp pode ser uma ferramenta inovadora e eficaz para melhorar a comunicação e a qualidade do cuidado domiciliar.
Análise Crítica
Todas as mensagens e ligações são atendidas em horário comercial durante a semana e ficam salvas para compor informações no prontuário eletrônico do cidadão. Solicitações de serviços como receitas, documentos, atestados e relatórios, são atendidos pela equipe de forma online, bem como orientações da equipe multiprofissional que possam ser resolvidos de forma imediata, sem que haja necessidade da ida da equipe ao domicílio, otimizando a prestação de cuidado aos pacientes.
Conclusões e/ou Recomendações
Acreditamos que esse exemplo possa ser replicado, buscando melhorar a agilidade e a eficiência do atendimento ao paciente domiciliado. O WhatsApp pode ser classificado como tecnologias leve e dura, utilizado como principal meio de comunicação entre os pacientes e a equipe. Percebe-se ainda a necessidade de aprimorar o serviço, tendo em vista a dimensão territorial e o número reduzido de profissionais que atendem entre zona urbana e rural.
PLATAFORMA DE TELEATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL PARA O SUS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Pôster Eletrônico
1 IDOR e Unifesp
2 PUC-SP
3 Unifesp
Período de Realização
Novembro de 2024 a Maio de 2025
Objeto da produção
Análise de uma plataforma da RNP especializada em atendimentos online para saúde mental com perspectivas de uso no Sistema Único de Saúde (SUS)
Objetivos
1) Avaliar a aceitação conceitual e a utilidade para psicólogos da atenção primária de uma plataforma especializada em atendimentos online para saúde mental; 2) Analisar as oportunidades e os desafios de implementação desta plataforma (https://v4h.rnp.br/home/v4h-psi/) na atenção primária do SUS.
Descrição da produção
A plataforma V4HPsi conta com diferenciais como criptografia das sessões, armazenamento de dados com blockchain, transcrição dos atendimentos, agenda própria integrada a área de videochamada e recurso de tradução para Libras. A V4HPsi está em fase de implementação em duas universidades públicas (UFRGS e UFPB), passou por aprovação prévia na FDA e 5 psicólogos da atenção primária participaram de entrevistas cognitivas compartilhando suas percepções de usabilidade, utilidade e barreiras de uso.
Resultados
A análise temática das entrevistas evidenciou uma boa usabilidade do sistema, com alta aceitação conceitual e elogios às principais funcionalidades. Como exemplo, uma psicóloga relatou: “Super tranquilo, o operacional assim” e um psicólogo disse: “Essa questão da transcrição automática, eu achei muito legal”. Contudo, foram registradas sugestões de melhoria no layout e usabilidade para celular, com oportunidades e barreiras específicas que devem prever a integração com outros sistemas.
Análise crítica e impactos da produção
Uma plataforma específica, como a V4HPsi, que utiliza blockchain e transcrição automática, pode oferecer maior rastreabilidade e segurança na gestão dos dados. Contudo, plataformas específicas devem ser tão ou mais acessíveis e fáceis de usar do que as já consolidadas (como Meet e Zoom), devendo apresentar interfaces intuitivas, integração com prontuários eletrônicos e funcionalidades que facilitem o dia-a-dia dos profissionais. Nesse sentido, melhorias estão sendo propostas de forma iterativa.
Considerações finais
A plataforma V4HPsi tem se mostrado promissora em sua proposta conceitual, evidenciando utilidade e interesse no uso por parte dos profissionais de saúde, principalmente por psicólogos preocupados com aspectos de segurança dos dados e praticidade na gestão das informações clínicas. A V4HPsi pode ser um recurso útil para amparar estratégias de teleatendimento em saúde mental no SUS, apoiando programas como o Telessaúde Brasil Redes e o e-SUS APS.
ELABORAÇÃO DA FERRAMENTA TABNIT: TABULADOR ONLINE DE DADOS EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE NITERÓI (RJ)
Pôster Eletrônico
1 FMS/Niteroi
2 UFF
3 FMS/NIteroi
Período de Realização
O lançamento foi em agosto/2024, com atualização mensal dos dados publicados na ferramenta online.
Objeto da produção
Ferramenta online de tabulação de dados em saúde para o município de Niterói (RJ), voltada à análise pública das informações locais.
Objetivos
Apresentar o processo de elaboração do TABNIT, sistema municipal online de tabulação de dados em saúde de Niterói, inspirado na ferramenta do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), a fim de ampliar o acesso às informações epidemiológicas e fortalecer a transparência no SUS local.
Descrição da produção
O processo iniciou-se com oficina promovida pela Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro. São necessários para operacionalizar o TABNIT, um servidor Windows, os softwares XAMPP e Dbeaver e saber SQL. As bases de dados são processadas em R, exportadas em formato .csv. A conexão DuckDB é feita via DBeaver. A estruturação exige criação de arquivos .def (estrutura do tabulador) e .cnv (conteúdo das variáveis). O sistema é acessível por navegador e atualizado mensalmente com dados validados.
Resultados
Entre agosto/2024 a maio/2025 foram 643 acessos aos 11 tabuladores públicos, 28,6% ao tabulador de óbitos em residentes seguido de 21,15% de nascidos vivos em residentes e 16,95% de casos de dengue em residentes. Em homologação estão tabuladores de estado nutricional e consumo alimentar. É possível cruzar informações de diferentes variáveis e visualizar no formato de tabelas e gráficos e exportar estes dados, caso necessário. Estão disponíveis apenas valores absolutos até o momento.
Análise crítica e impactos da produção
Não é possível comparar os acessos aos demais TABNET, não há divulgação pública dos números. Mas o lançamento representou avanço para a transparência dos dados em saúde e ampliou o acesso à informação para pesquisadores da UFF. A equipe identificou limitações na estrutura da ferramenta, que motivou pensar na migração para o R com uso do pacote Shiny, que com aplicações web mais flexíveis e interativas, com maior potencial de customização e dinamismo, que podem tornar o tabulador mais atrativo.
Considerações finais
O TABNIT surgiu como resposta à necessidade de maior transparência das informações em saúde no município de Niterói, além de atuar como centralizador dos dados locais. A iniciativa contribui para a democratização do acesso à informação, qualificação da gestão pública e incentivo à produção científica. O sistema permanece em aprimoramento contínuo, com foco na ampliação da usabilidade, dá cobertura temática e da capacidade interativa.
ANGELS: UMA FERRAMENTA DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PREVENÇÃO DO ÓBITO FETAL
Pôster Eletrônico
1 Universidade de Pernambuco
2 Universidade Federal de Pernambuco
3 Universidade de Pernambuco; Centro Universitário UniFavip - Wyden
4 Centro Universitário UniFavip - Wyden
Período de Realização
O projeto Angels foi desenvolvido no período de março de 2023 até junho de 2025.
Objeto da produção
A produção resultou em uma ferramenta inovadora voltada à busca ativa de gestantes com risco de óbito fetal e à análise de casos de natimortos.
Objetivos
O Angels tem como objetivo predizer o risco de óbito fetal por meio de inteligência artificial, apoiando estratégias de prevenção e qualificação do cuidado pré-natal. Ainda, a ferramenta dispõe de um painel interativo com informações sociais de gestantes, permitindo análise dos fatores envolvidos.
Descrição da produção
Para atingir esse objetivo, o angels foi desenvolvido com base em uma metodologia científica rigorosa, estruturada nas seguintes etapas: (i) análise da base de dados e criação do painel interativo; (ii) benchmarking com modelos de machine learning; (iii) desenvolvimento do protótipo; (iv) implementação da ferramenta Angels. Todo o processo contou com a colaboração interdisciplinar de profissionais da área da saúde, computação e design, garantindo eficiência e confiabilidade no resultado final.
Resultados
A ferramenta, disponível no link https://angels.dotlabbrazil.com.br/, fornece uma visão geral do projeto, seguido dos módulos de predição e painel interativo. É importante ressaltar que o Angels é de uso exclusivo dos profissionais da saúde, sendo uma plataforma de auxílio na tomada de decisão e identificação precoce de gestações com riscos de óbito fetal. A plataforma possui interface responsiva e uso intuitivo, o que favorece sua aplicação em diferentes contextos da atenção pré-natal.
Análise crítica e impactos da produção
Essa ferramenta destaca-se por integrar tecnologia e saúde pública, promovendo mais qualidade nos cuidados pré-natal e minimizando desfechos negativos em gestações, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, o painel interativo apresentado fornece informações que podem estimular a formação de políticas públicas assertivas na prevenção e assistência à saúde de populações vulneráveis.
Considerações finais
Dessa forma, a ferramenta Angels representa uma contribuição relevante para saúde materno-infantil e inovação no cuidado pré-natal, fortalecendo a atenção básica. Seu uso pode contribuir para estratégias de prevenção à mortalidade fetal, especialmente entre populações vulneráveis. O Angels reforça o compromisso com a equidade no SUS, contribuindo para um cuidado mais justo, integral e humanizado.
TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO MONITORAMENTO DE INDICADORES DA REDE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR DO DISTRITO FEDERAL (REVEH-DF)
Pôster Eletrônico
1 Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Período de Realização
Janeiro de 2024 até junho de 2025, com implementação contínua e monitoramento sistemático
Objeto da produção
Dashboard interativo integrando dados SINAN/SIVEP-Gripe para monitoramento de indicadores epidemiológicos da REVEH-DF, promovendo cultura data-driven.
Objetivos
Implementar solução digital para fortalecer a REVEH-DF mediante dashboard analítico.
Converter dados brutos em informações estratégicas;
Desenvolver ferramenta interativa para análise epidemiológica;
Identificar gaps operacionais;
Monitorar indicadores do Acordo de Gestão Local.
Descrição da produção
Metodologia de transformação digital desenvolvida na REVEH-DF (63 unidades hospitalares/UPA) utilizando Integração de bases SINAN/SIVEP-Gripe processadas em linguagem R com visualização Power BI. Implementação incluiu capacitação técnica sistemática, gestão da mudança organizacional e suporte contínuo. Adotaram-se estratégias para superar resistências institucionais e inconsistências de dados. Dashboard permite filtros multiparamétricos facilitando análises granulares por unidade/período/agravo.
Resultados
Melhoria significativa dos indicadores: redução de 20% tempo médio de notificação e aumento de 15% completitude das variáveis distrito/bairro. Feedback positivo das unidades com solicitações de orientações evidenciou aceitação e engajamento. Automatização dos relatórios mensais ao Ministério da Saúde otimizou recursos humanos e padronizou processos. Fortalecimento da cultura analítica promoveu monitoramento em tempo real e integração inter-núcleos, consolidando práticas baseadas em evidências.
Análise crítica e impactos da produção
O dashboard catalisou transformação cultural nas unidades, institucionalizando análise epidemiológica como prática rotineira. Demonstrou capacidade da REVEH-DF como articuladora da vigilância territorial, conquistando reconhecimento institucional. Alinhamento com indicadores do Acordo de Gestão Local possibilitou monitoramento dinâmico de metas, otimizando apoio técnico. A iniciativa evidencia como tecnologias digitais aceleram uso efetivo de dados no SUS, criando modelo replicável.
Considerações finais
O dashboard consolidou-se como ferramenta estratégica na REVEH-DF, evidenciando potencial transformador da digitalização na saúde pública. Resultados confirmam efetividade da abordagem integrada tecnologia-capacitação-gestão da mudança. Disponibilização pública ampliará transparência e controle social. A experiência comprova viabilidade de soluções digitais no SUS, oferecendo template para escalabilidade nacional da vigilância baseada em dados.
USO DO POWER BI COMO FERRAMENTA DE MONITORAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO DE PROFISSIONAIS MÉDICOS DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS NA BAHIA (2023-2024)
Pôster Eletrônico
1 SESAB
Período de Realização
Abril de 2023 a abril de 2024
Objeto da produção
Desenvolvimento de painel de controle para acompanhamento da cobertura de médicos do PMMB na Bahia.
Objetivos
Desenvolver e executar um painel de Business Intelligence como ferramente de apoio à gestão do Programa, possibilitando a análise da distribuição e variação de médicos do Programa Mais Médicos, subsidiando em estudos de cenários e tomada de decisões técnicas.
Descrição da produção
O painel foi desenvolvido com base em dados extraídos dos Planos de Trabalho gerados pelos Apoiadores Institucionais do Ministério da Educação (AIMEC). As informações foram compiladas, tratadas e integradas ao Power BI, com segmentações por macrorregião, região de saúde e município. O processo envolveu coleta mensal das informações e adaptação visual para otimizar a análise estratégica dos cenários.
Resultados
Após a retomada do Programa, observou-se um crescimento significativo da cobertura médica no estado, de 739 para 1.446 médicos entre os meses de abril de 2023 e abril de 2024, além do aumento de 271 para 345 municípios atendidos. O painel permitiu mapeamento de vazios assistenciais, cobertura por região e identificação de áreas críticas para priorização de realização de visitas técnicas, apoiando diretamente o planejamento da equipe técnica do Programa no estado.
Análise crítica e impactos da produção
O painel se mostrou uma solução de alto valor estratégico para a equipe técnica do Programa, além de ter fácil acesso e processo simples de atualização. Otimizou o uso e acesso às informações pertinentes, fortalecendo a capacidade de resposta da equipe diante de mudanças no cenário do PMMB. Também se destacou como instrumento de transparência e articulação política e interinstitucional.
Considerações finais
A experiência demonstra que o uso de ferramentas como o Power BI pode qualificar o apoio técnico à gestão de trabalho em saúde. O produto contribuiu para subsidiar análises, visitas e decisões estratégicas da equipe, permanecendo em uso, sendo aprimorado e atualizado continuamente. A sistematização apresentada contribui para o debate sobre inovação e uso de tecnologias no planejamento em saúde.
DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA O GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR NORTE-RIOGRANDENSE
Pôster Eletrônico
1 SESAP/RN
Período de Realização
Iniciado em 2021, o sistema foi operacionalizado em 2023 e concluído em 2025.
Objeto da produção
Sistema de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST), idealizado pelo Núcleo Estadual e desenvolvido pelo Instituto Metrópole Digital da UFRN.
Objetivos
Incorporar soluções tecnológicas para executar, acompanhar e gerenciar eficientemente as atividades dos Serviços de Medicina e Segurança Ocupacional, emissão de documentos de base legal, controle de imunização, atendimento ao servidor e gerar relatórios analíticos.
Descrição da produção
Em 2020, com a criação do Núcleo Estadual de Atenção à Segurança e à Saúde do Trabalhador (NESST), identificou-se a necessidade de um sistema informatizado para gerenciar ações de saúde e segurança dos trabalhadores da rede da SESAP/RN. O SOST foi idealizado pelo NESST e desenvolvido pelo Instituto Metrópole Digital da UFRN. Um Grupo Técnico, com membros do IMD e do NESST, elaborou um Plano de Trabalho para homologação periódica dos módulos e funcionalidades.
Resultados
Atualmente, o programa possibilita a emissão de documentos essenciais para a gestão da saúde ocupacional e de base legal, como PGR, PCMSO, PPP, controle de imunização, além de relatórios analíticos, epidemiológicos e indicadores de Saúde .Também apoia a capacitação e os treinamentos no âmbito da Educação Permanente em Saúde.
Análise crítica e impactos da produção
Buscando otimizar recursos públicos e promover inovação, o SOST foi concebido conforme o Regime Jurídico Único dos Servidores do RN e as Normas Regulamentadoras. Considerou-se as limitações da Secretaria, como linguagem de desenvolvimento, manutenção e financiamento insuficiente, que resultaram em aditivos contratuais e atrasos na implementação.
Considerações finais
Esta ferramenta tecnológica, além de facilitar a gestão de recursos humanos, permite a emissão de programas legais, relatórios epidemiológicos, indicadores de afastamentos por motivos de saúde e treinamentos em saúde ocupacional, fortalecendo o gerenciamento da segurança e saúde dos servidores. Assim, promove-se a implementação de ações de promoção da saúde e prevenção em ambientes laborais.
INCOMPLETITUDE DO QUESITO RAÇA/COR NO SISAB: ANÁLISE NACIONAL E IMPLICAÇÕES PARA A EQUIDADE RACIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Pôster Eletrônico
1 Ministério da Saúde
Período de Realização
A análise de incompletitude do quesito raça/cor no SISAB ocorreu entre Março e Junho de 2025.
Objeto da produção
Análise técnica sobre a incompletitude do campo raça/cor nos cadastros da Atenção Primária à Saúde registrados no SISAB.
Objetivos
Analisar a incompletitude do campo raça/cor nos cadastros do SISAB, identificando padrões no território e por fonte de registro, e discutir as implicações para a equidade racial e a qualificação da informação na APS.
Descrição da produção
Estudo descritivo utilizando dados do SISAB, Relatório Recente Nacional, extraído em meados de julho de 2024. Foram calculadas taxas de incompletitude por município, considerando a proporção de registros sem a marcação do quesito raça/cor. As análises incluíram medidas de tendência central e dispersão, além de desagregações por região geográfica e tipo de sistema de registro (PEC, CDS e sistemas próprios).
Resultados
A taxa de incompletitude nacional foi de 0,69%, com a maioria dos municípios apresentando todos os registros com marcação do quesito. Por outro lado, considerando a obrigatoriedade de preenchimento do quesito, há municípios com taxas comparativamente altas, ultrapassando 5% de não preenchimento. As Regiões Sul e Sudeste apresentaram maiores médias municipais, e municípios que utilizam sistemas próprios de registro apresentaram taxas mais elevadas de dados não informados.
Análise crítica e impactos da produção
A análise revela desigualdade na completitude do quesito raça/cor entre regiões e tipos de sistema de registro, impactando a capacidade de monitoramento da equidade racial. O estudo contribui para o aperfeiçoamento da gestão da informação e subsidia a formulação de estratégias voltadas à qualificação dos dados da APS.
Considerações finais
Embora a média nacional esteja em patamar satisfatório (0,69%), existem disparidades significativas entre os municípios brasileiros. A maior parte dos municípios apresentam desempenho bom, ainda há fragilidades e oportunidade de melhoria. Nesse sentido, os esforços empregados para que haja uma melhora sistemática no preenchimento do quesito raça/cor devem ser direcionados para os sistemas próprios e terceiros, a partir de especificidades de cada município.
PAINEL INTERATIVO COM INDICADORES INTERSECCIONAIS EM BASES DE DADOS DE INFORMAÇÕES POPULACIONAIS SOBRE DEFICIÊNCIA NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 Ppgics/Icict/Fiocruz
2 Fiocruz
3 UERJ
4 NIPPIS (Fiocruz e UNIFASE)
5 Icict/Fiocruz e UNIFASE
Período de Realização
2024
Objeto da produção
Visualização interativa sobre a presença de marcadores sociais da diferença em bases nacionais com dados sobre deficiência.
Objetivos
Mapear e analisar bases nacionais de dados populacionais sobre deficiência, identificando a presença (ou ausência) de marcadores sociais da diferença e desenvolver apresentação amigável, a fim de facilitar o uso qualificado dessas informações por pesquisadores, gestores e demais atores sociais.
Descrição da produção
A produção envolveu levantamento documental e busca ativa de sistemas de informações, pesquisas, inquéritos e bases públicas nacionais com dados sobre pessoas com deficiência, disponíveis em 2024. As fontes foram catalogadas considerando acesso livre, gratuidade, abrangência nacional. Foram analisadas definições de deficiência, instrumentos de coleta e presença de marcadores interseccionais. O painel foi desenvolvido em Tableau, com visualizações organizadas em três formatos.
Resultados
Foram analisadas 76 fontes de dados, 37 com informações diretas sobre pessoas com deficiência e 10 com potencial informativo, isto é, com variáveis sugestivas da presença de deficiência. Apenas 30 possuem alguma variável intersecional, como raça, sexo etc. O painel interativo sistematiza essas informações, apresentando-as de forma amigável, de modo a permitir uma visualização rápida daquelas que estão presentes ou ausentes em cada base, promovendo maior transparência e usabilidade.
Análise crítica e impactos da produção
O painel evidencia lacunas estruturais no desenvolvimento de análises interseccionais no Brasil, relacionadas à disponibilidade de dados. O painel evidencia as lacunas existentes nas bases que contém informações diretas ou potenciais sobre deficiência, reforçando a urgência de políticas públicas que garantam registros mais completos e interseccionais. A ferramenta contribui para democratizar o acesso à informação, apoiar decisões baseadas em evidências e fortalecer o controle social.
Considerações finais
O painel é uma ferramenta útil de tradução do conhecimento, organizando informações diversas para uma visão precisa das possibilidades de utilização. Facilita a identificação de dados sobre deficiência, inclusive em perspectiva interseccional, reduzindo a invisibilidade informacional. A falta de outros marcadores sociais da diferença na maioria das fontes impacta diretamente a formulação de políticas públicas.
PROTOCOLO CLÍNICO COMO INSTRUMENTO DE ORGANIZAÇÃO DO FLUXO DE ATENDIMENTO PRESENCIAL E À DISTÂNCIA
Pôster Eletrônico
1 Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba (PMP)
2 Prefeitura Municipal de Cotia (PMC)
3 Universidade de São Paulo (USP)
Período de Realização
Se deu de 2024 a 2025, envolvendo fase de pesquisa, de confecção, até chegar na apresentação.
Objeto da produção
Protocolo clínico de acesso à especialidade de pneumologia pediátrica, orientando o fluxo de atendimento ao paciente pediátrico.
Objetivos
Padronizar o fluxo de encaminhamento ao serviço de saúde especializado, sugerindo exames complementares necessários e os perfis de pacientes elegíveis. Além de promover o início das atividades de teleinterconsulta tanto para os casos referenciados, quanto para os contrarreferenciados.
Descrição da produção
A partir da demanda da gestão municipal de saúde, quanto à organização do fluxo de atendimento aos pacientes da pneumologia pediátrica, iniciou-se a pesquisa ao banco de dados. Enquadrando-se como revisão narrativa, incluindo também as diretrizes e protocolos internacionais sobre as doenças selecionadas. O trabalho passou pela aprovação da gestão da atenção primária, para posteriormente ser apresentado para os profissionais médicos envolvidos no atendimento pediátrico do município.
Resultados
O protocolo determinou os pacientes elegíveis à especialidade, com as patologias: asma moderada e grave, lactente sibilante, estridor persistente ou congênito, tosse crônica, displasia broncopulmonar, bronquiolite viral grave, pneumonia grave ou de repetição, distrofia muscular, fibrose cística e malformações pulmonares. Classificados em três categorias, em ordem crescente de gravidade, para que o mais crítico tenha prioridade no atendimento. Nos demais casos, disponibilizou-se a telemedicina.
Análise crítica e impactos da produção
O protocolo exigiu dos autores e da gestão municipal a capacidade de adequação dos protocolos nacionais e internacionais, à realidade local. E necessitou de trabalho em grupo, pois uniu os especialistas com os gestores e os médicos da atenção primária, num único objetivo de construção coletiva. Avaliações prévias à distância e a apresentação final presencial foram importantes para a consolidação do trabalho. A disponibilidade de telemedicina proporcionou o início célere do protocolo.
Considerações finais
O constante desenvolvimento da medicina impulsiona também a mudança dos protocolos assistenciais. O que permite melhorias na assistência por meio de novos processos terapêuticos e de incorporação de tecnologias. A telemedicina, uma tecnologia de baixo custo, foi incorporada à uma já conhecida necessidade de organização de fluxo de atendimento.
RHCWEB: MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTROS HOSPITALARES DE CÂNCER (RHC) NO BRASIL
Pôster Eletrônico
1 Instituto Nacional de Câncer
Período de Realização
O desenvolvimento do RHCWeb teve início em 2015 e sua implementação em 2025.
Objeto da produção
Plataforma de registro hospitalar de câncer - RHCWeb - para substituir o sistema atual, modernizando a inclusão e
gestão dos dados.
Objetivos
O RHCWeb foi concebido para superar as limitações estruturais e tecnológicas do SisRHC (desktop) + IntegradorRHC promovendo avanços na qualidade dos dados, agilidade nos processos de atualização, suporte e manutenção do sistema bem como incremento na segurança da informação.
Descrição da produção
A concepção do RHCWeb iniciou-se em 2015, enfrentando desafios recorrentes relacionados à disponibilidade de recursos humanos de tecnologia da informação. Um protótipo preliminar, avaliado em 2017, evidenciou instabilidades, sendo substituído por uma versão mais robusta, disponibilizada para homologação em 2018. Em 2023, o desenvolvimento do sistema foi retomado e o lançamento oficial ocorreu em 2025. O processo incluiu testes em ambiente de homologação e reuniões periódicas de revisão.
Resultados
O RHCWeb tem design responsivo, adaptado para diversos dispositivos e de fácil acesso e manutenção. O processo de consolidação das bases foi redesenhado, tornando-se mais ágil e eficiente, com maior controle sobre as múltiplas notificações do mesmo paciente em diferentes unidades hospitalares e o aprimoramento do monitoramento nacional dos dados. Foram implementadas funcionalidades inovadoras de busca e de inserção de itens complementares.
Análise crítica e impactos da produção
O RHCWeb representa uma transformação estrutural ao adotar uma abordagem centralizada e baseada em nuvem, promovendo segurança, escalabilidade e acessibilidade. Até o momento, a migração completa dos dados foi realizada em 40 hospitais nos seguintes estados: AC (1), PA (4), AL (3), MG (30) e RJ (2). Os coordenadores e registradores desses estados receberam treinamento para uso do novo sistema.
Considerações finais
O sistema anterior apresentava tecnologia obsoleta e limitações técnicas que comprometiam a eficiência da sua manutenção e atualização. O RHCWeb ampliará a capacidade analítica e operacional, aprimorando significativamente a qualidade e a disponibilidade dos dados oncológicos. Essa mudança é fundamental para fortalecer os RHCs como instrumentos estratégicos de vigilância epidemiológica do câncer e para subsidiar políticas públicas de saúde.
TUBERCULOSE EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE: VIGILÂNCIA E CUIDADO COMO ESTRATÉGIAS DE EQUIDADE E ENFRENTAMENTO DOS DETERMINANTES SOCIAIS NO SUS
Pôster Eletrônico
1 Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM). Ministério da Saúde.
2 Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). Ministério da Justiça e Segurança Pública.
3 Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz)
Período de Realização
Abril de 2024 a fevereiro de 2025, com publicação oficial em maio de 2025 pelo Ministério da Saúde.
Objeto da produção
Produção e publicação do primeiro boletim epidemiológico temático de tuberculose (TB) em pessoas privadas de liberdade (PPL) no Brasil.
Objetivos
Elaborar e publicar o primeiro boletim epidemiológico de TB em PPL de nível nacional, para apoiar ações de vigilância, qualificar a tomada de decisão e ampliar a visibilidade dessa população nas políticas públicas de saúde, com foco na equidade e nos determinantes sociais da saúde.
Descrição da produção
A produção envolveu equipe técnica da CGTM com apoio da SENAPPEN. Foram utilizados dados dos sistemas oficiais do Ministério da Saúde para TB (Sinan e Site-TB) e da Justiça (SISDEPEN), com análise epidemiológica descritiva, focada em indicadores epidemiológicos e operacionais. O processo envolveu revisão da literatura, elaboração de texto e figuras, e validação interna. O boletim foi publicado em formato digital e impresso, com ampla divulgação para gestores do SUS e sistema prisional.
Resultados
O boletim mostrou transformações no enfrentamento da TB em PPL, com avanços na vigilância e análise dos determinantes sociais, articulando os pilares da saúde coletiva. A epidemiologia orientou a análise da magnitude e distribuição da TB. As ciências sociais contribuíram para a compreensão dos determinantes estruturais e sociais que sustentam a vulnerabilidade dessa população. Já o planejamento subsidiou ações institucionais para o planejamento de metas estaduais e revisão de estratégias de controle.
Análise crítica e impactos da produção
O boletim ampliou a visibilidade da TB em PPL ao integrar análises epidemiológicas, compreensão dos determinantes sociais e subsídios para a gestão. Com construção interinstitucional e uso de múltiplas fontes, tornou-se um marco técnico-institucional, fornecendo aporte para orientar políticas e ações baseadas em evidências, equidade e inclusão de grupos historicamente negligenciados. O boletim também fomentou integração entre saúde e justiça no enfrentamento da doença.
Considerações finais
O boletim representou um avanço técnico e político no enfrentamento da TB em contextos prisionais. Sua construção demonstrou a importância da articulação entre áreas técnicas e do uso de dados qualificados para a promoção da equidade. Como produto, é replicável e pode inspirar outras produções voltadas às populações em situação de maior vulnerabilidade, reforçando o papel do SUS na garantia do direito à saúde para todas as pessoas.
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DO SERVIÇO DE PARTO NORMAL HUMANIZADO NOS HOSPITAIS DE PEQUENO PORTE DO ESTADO DA BAHIA
Pôster Eletrônico
1 Fundação Estatal Saúde da Família- FESF-SUS
Período de Realização
O projeto foi iniciado no ano de 2024 e encontra-se em andamento em 2025
Objeto da produção
Realização de Parto Normal Humanizado de risco habitual realizado por enfermeiras obstetras nos Hospitais de Pequeno Porte-HPP do Estado da Bahia.
Objetivos
Implementar um sistema de monitoramento do Serviço de Parto Normal Humanizado nos HPPs do estado da Bahia, apoiando na validação, acompanhamento em tempo real e segurança dos dados informados, o que possibilitará a tomada de decisões para o fortalecimento de políticas públicas de saúde.
Descrição da produção
O projeto ocorre nos HPPs que executam o Serviço de Parto Normal Humanizado- SPNH, através da gestão compartilhada entre a Fundação Estatal Saúde da Família- FESF-SUS a Secretaria de Saúde do Estado-SESAB. O sistema está sendo implantado em todas os HPPs contemplados, alimentado pelas enfermeiras obstetras, validados pelos gestores municipais (secretários de saúde, coordenadores do HPP e coordenadores da atenção básica), acompanhados pela gestão da FESF-SUS e auditados pela SESAB.
Resultados
Os resultados esperados da implementação do Sistema de Acompanhamento e Monitoramento das ações do SPNH incluem: Melhor monitoramento e acompanhamento das atividades desenvolvidas pela enfermeiras obstetras nos municípios pactuantes à política; Fonte de dados e norteio da série histórica para os municípios, Estado e FESF; Precisão e segurança nos dados informados; Melhora na agilidade da entrega dos produtos pelas enfermeiras; Facilidade na validação da produtividade pelo gestores municipais.
Análise crítica e impactos da produção
A principal força do projeto reside em sua capacidade de fornecer dados precisos e em tempo real. Isso permitirá que gestores estaduais e municipais tomem decisões baseadas em evidências e fortaleçam políticas públicas de saúde. O sistema também promove a transparência e a responsabilização, ao mesmo tempo em que valoriza o trabalho das enfermeiras obstétricas. É fundamental garantir a adesão e a capacitação adequada dos usuários, bem como a infraestrutura tecnológica necessária nos HPPs.
Considerações finais
O projeto de intervenção para a implantação de um sistema de informação para o Serviço de Parto Normal Humanizado nos Hospitais de Pequeno Porte da Bahia é uma iniciativa estratégica e promissora. Ele reconhece a importância de dados para uma gestão eficiente e alinha-se perfeitamente com os princípios da humanização do parto, buscando qualificar a assistência materno infantil na Bahia.
ESTRATÉGIA DE CORREÇÃO DE INCONSISTÊNCIAS NO PEC PARA MELHORIA DA COBERTURA DO PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO NO DISTRITO SANITÁRIO II DO RECIFE
Pôster Eletrônico
1 SESAU Recife
Período de Realização
Abril 2025
Objeto da produção
Qualificação das informações sobre gestantes no PEC e melhoria dos indicadores de cobertura do pré-natal odontológico no DSII do Recife.
Objetivos
Corrigir inconsistências nos registros de gestantes no PEC que prejudicavam a cobertura do pré-natal odontológico, apoiar as equipes de saúde bucal na análise dos dados e implementar um processo sistemático de vigilância e atualização das informações nas unidades.
Descrição da produção
Foram extraídos dados do e-Gestor, categorizados por unidade, equipe e microárea, com informações sobre previsão gestacional, desfechos e atendimentos odontológicos. Realizou-se análise caso a caso no PEC para verificar a consistência dos registros. As unidades receberam planilhas individualizadas com orientações claras para o encerramento correto das gestações. Houve acompanhamento direto, feedback às equipes e construção de um plano de ação para manutenção da qualidade dos dados.
Resultados
A intervenção resultou na correção de mais de 45 registros de gestantes apenas no primeiro ciclo de atualização, com redução de gestantes ativas indevidamente no PEC e aumento das gestantes corretamente encerradas. Isso impactou positivamente o indicador de cobertura de pré-natal odontológico. As equipes passaram a demonstrar maior envolvimento com o acompanhamento, a atualização dos registros e os atendimentos às gestantes.
Análise crítica e impactos da produção
A produção técnica evidenciou como inconsistências de sistema impactam diretamente os indicadores de saúde. A ação fortaleceu a integração entre saúde bucal, equipes de atenção básica e gestão, promovendo uma cultura de vigilância permanente sobre os dados. O processo trouxe aprendizado sobre a importância da comunicação efetiva, uso de ferramentas de gestão e valorização da informação qualificada para a tomada de decisão em saúde.
Considerações finais
A experiência mostrou-se uma estratégia replicável, de baixo custo e com resultados expressivos para a melhoria da cobertura do pré-natal odontológico. Recomenda-se sua incorporação nas rotinas de trabalho dos distritos, com capacitações periódicas, revisões mensais dos dados no PEC e continuidade do acompanhamento técnico para sustentação dos resultados alcançados.
A CENTRALIDADE DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIA+
Pôster Eletrônico
1 FioCruz Brasília
2 Ministério da Saúde
Período de Realização
O trabalho, realizado entre maio e outubro de 2024.
Objeto da produção
Esta produção destaca a falta de dados LGBTQIA+ nos registros de informação e a necessidade de sistemas inclusivos para um cuidado equitativo.
Objetivos
Evidenciar a necessidade de sistemas de informação em saúde inclusivos para a população LGBTQIA+, sobre o quesito “identidade de gênero” e “orientação sexual” e a importância da capacitação de profissionais para registros precisos, na garantia da equidade em saúde e políticas públicas.
Descrição da produção
A metodologia desta produção baseou-se na observação participante em um equipamento de saúde do Distrito Federal, o processo envolveu o acompanhamento da realidade dos registros de saúde, com foco na identificação de lacunas relacionadas à população LGBTQIA+. Foi realizado uma análise crítica da ausência de dados específicos como identidade de gênero e orientação sexual, e suas implicações no cuidado, elencando necessidade de capacitação profissional.
Resultados
As dificuldades de dados específicos sobre a população LGBTQIA+ nos registros, se torna uma lacuna que impede a compreensão de necessidades, dificultando a elaboração de ações preventivas, educativas e de acompanhamento sensíveis às suas particularidades. Sem informações sistematizadas, é desafiador promover um cuidado integral e respeitoso às identidades diversas, prejudicando a inclusão e efetividade da atenção à saúde, o implante de políticas públicas para acompanhar a saúde dessa população.
Análise crítica e impactos da produção
Ausência de registros de identidade de gênero e orientação sexual, o cuidado torna-se inadequado, comprometendo a prevenção e o acompanhamento, isso impede a equidade em saúde e a efetividade das políticas públicas. A produção salienta a urgência de capacitação profissional e a inclusão desses quesitos como obrigatórios, transformando os sistemas em ferramentas essenciais para um cuidado humanizado e respeitoso às diversidades, garantindo que ninguém seja invisibilizado.
Considerações finais
A ausência de dados compromete o monitoramento das condições específicas que afetam pessoas LGBTQIA+. Os SIS, possibilitam uma coleta de dados mais completa e confiável, promovendo uma atenção mais humanizada, com maior respeito às diversidades existentes dessa população, são vistos a necessidade urgente de capacitar os profissionais de saúde quanto à importância desse registro, fortalecendo políticas públicas voltadas à inclusão social.
ELABORAÇÃO DE PAINEL DE BI INTEGRADO AO VIGIDESASTRES NO MUNICÍPIO DO RECIFE: INSTRUMENTO DE APOIO À GESTÃO E RESPOSTA ÀS EMERGÊNCIAS RELACIONADAS AOS DESASTRES NATURAIS
Pôster Eletrônico
1 FIOCRUZ/PE
2 SESAU RECIFE
Período de Realização
De 01/05/2025 à 31/05/2025.
Objeto da produção
Construção de um painel interativo em Power BI com dados do VigiDesastres no Recife, voltado à análise territorial de desastres e apoio à gestão em saúde.
Objetivos
Desenvolver uma ferramenta para visualização e análise territorial integrada dos eventos de desastres, fortalecendo o monitoramento e suporte à tomada de decisão em vigilância e gestão da saúde pública.
Descrição da produção
Foram utilizados dados secundários do VigiDesastres referentes ao município do Recife. As informações foram tratadas e padronizadas em planilhas e georreferenciadas por bairros. A base cartográfica dos bairros foi tratada no QGIS, onde foi gerado o mapa temático dos desastres. As visualizações foram desenvolvidas no Power BI, integrando gráficos, indicadores e o mapa espacial, permitindo análise interativa por tipo de evento, local e período.
Resultados
O painel permitiu identificar 11 eventos adversos no ano de 2025, com registro de 145 pessoas afetadas, sendo 109 desalojadas e 4 desaparecidas. Foram mapeadas 7 unidades de saúde danificadas e destacados os bairros com maior concentração de impactos. A visualização territorial contribuiu para fortalecer ações de vigilância, resposta imediata e planejamento estratégico em contextos de risco.
Análise crítica e impactos da produção
A criação do painel BI com dados do VigiDesastres evidencia o valor da visualização integrada para aprimorar a gestão territorial. Ao possibilitar a análise rápida e contextualizada das ocorrências, a ferramenta auxilia a gestão na identificação de áreas críticas em tempo real, potencializando o planejamento, a alocação eficiente de recursos e a tomada de decisões precisas para reduzir os impactos na população.
Considerações finais
A implantação do painel potencializa e aprimora substancialmente a análise e monitoramento dos eventos no município do Recife, oferecendo suporte técnico para decisões estratégicas. Além de qualificar a informação em saúde, promove uma análise territorial mais integrada e eficaz, favorecendo a mitigação dos impactos dos desastres e a proteção das populações em situação de vulnerabilidade.
TELEDUCAÇÃO COMO ESTRATÉGIA FORMATIVA NO INTERIOR DO AMAZONAS: QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL EM ÁREAS REMOTAS
Pôster Eletrônico
1 ufam
Período de Realização
Período de realização: Janeiro a dezembro de 2024.
Objeto da produção
Estratégia pedagógica do Telessaúde-HUGV para qualificação de profissionais da atenção primária em municípios do interior do Amazonas.
Objetivos
Descrever as estratégias, metodologias e impactos das ações de teleducação promovidas pelo Telessaúde-HUGV para a qualificação de profissionais de saúde em territórios remotos do Amazonas, destacando sua importância no fortalecimento da resolutividade da atenção primária em saúde.
Descrição da produção
As ações de teleducação foram conduzidas pelo Núcleo de Saúde Digital do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), ministradas por médicos especialistas. As atividades foram desenvolvidas em formato remoto, incluindo cursos, podcasts e webinários. As transmissões ocorreram a partir do HUGV, com foco nos profissionais da atenção básica dos municípios do interior do Amazonas, embora tenha alcance nacional. Foram aplicados instrumentos avaliativos pós-formação.
Resultados
Ao longo de 2024, foram qualificados 513 profissionais por meio das ações de teleducação. Os registros demonstram que a estratégia contribuiu diretamente para reduzir desigualdades de acesso ao conhecimento, sobretudo em áreas com escassez de profissionais com formação especializada.
Análise crítica e impactos da produção
A teleducação demonstrou ser uma estratégia eficaz para educação permanente em contextos amazônicos, superando barreiras geográficas e estruturais. A iniciativa favoreceu a formação continuada em serviço, fomentando práticas mais resolutivas e integradas à realidade local. A ausência de especialistas nas regiões atendidas evidencia a relevância da modalidade remota como ferramenta de democratização do conhecimento.
Considerações finais
A estratégia de teleducação do Telessaúde-HUGV mostra-se efetiva para qualificação em saúde em territórios remotos. A experiência reafirma a importância da educação permanente como pilar do SUS e destaca o papel das tecnologias digitais no enfrentamento das desigualdades regionais com incentivo à avaliação contínua e integração com outras políticas de tecnologia e inovação em saúde.
DESAFIOS E POTENCIALIDADES NA ELABORAÇÃO DE PROTOCOLOS PARA O SERVIÇO DIGITAL NO SUS: CASO “SAÚDE BELÉM DIGITAL”, BELÉM-PA.
Pôster Eletrônico
1 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM
2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
4 CENTRO DE ESTUDOS DO ESTADO DO PARÁ
5 UFPA
6 SESMA
7 UEPA
8 SESPA
Período de Realização
Esta produção foi feita de outubro de 2024 a janeiro de 2025.
Objeto da produção
Protocolos de renovação de receitas no serviço digital no SUS: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus tipo 2 e medicamentos psicotrópicos contínuos.
Objetivos
Facilitar o acesso dos(as) usuários(as) do SUS às receitas de uso contínuo na lógica da integração e da longitudinalidade do cuidado na Atenção Primária à Saúde, no município de Belém, por meio do serviço do Saúde Belém Digital (SBD).
Descrição da produção
Formou-se grupos de trabalho multidisciplinares entre os membros da equipe do projeto SBD o embasamento teórico-científico em protocolos ministeriais e normas dos conselhos profissionais de saúde. Posteriormente, realizou-se pactuações com a rede presencial e ajustes na plataforma digital onde ocorriam os atendimentos, visando as adaptações estruturais necessárias à viabilização dos protocolos pelos profissionais médicos. Os protocolos foram validados internamente e com especialistas.
Resultados
O SBD foi um projeto de ampliação do acesso aos serviços na Atenção Primária à Saúde do município de Belém, que ficou em vigência de agosto de 2024 a fevereiro de 2025. Os protocolos propiciaram a criação de critérios de inclusão e exclusão e de elegibilidade; implementação de informações no receituário médico para possibilitar a dispensação da medicação de forma segura, como para o programa Farmácia Popular; além de melhor controle e sistematização do cuidado prestado no atendimento virtual.
Análise crítica e impactos da produção
A equipe do projeto obteve dificuldades em encontrar protocolos similares na literatura brasileira. Os protocolos seguem as diretrizes nacionais mais com adaptações para o atendimento virtual. Destaca-se os desafios quanto à integração do serviço digital ao serviço presencial, como a viabilidade dos protocolos necessitavam da integração de sistemas de informação para o acompanhamento do usuário nos dois meios de atendimento. O projeto foi suspenso pela nova gestão eleita do município.
Considerações finais
A construção de protocolos de renovação de receitas na Saúde digital no SUS representa um avanço na sistematização de atendimentos em plataformas. No entanto, para sua efetividade real, se faz necessário e urgente o investimento primário em estrutura tecnológica necessária às Unidades de Saúde (internet e computadores), a capacitação de profissionais e usuários (letramento digital) e articulação de fluxo entre os serviços presenciais e remotos.
PROPOSTA DE ALGORITMO PARA AUTOMAÇÃO DA ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO (SES-RJ).
Pôster Eletrônico
1 Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro
Período de Realização
Proposta técnica elaborada em Maio de 2025.
Objeto da produção
Algortimo de extração de dados dos sistemas de informações nacionais.
Objetivos
Propor uma solução de automação para a atualização de bases de dados do DATASUS na SES-RJ, visando otimizar a coleta e integração de informações, garantir maior tempestividade e confiabilidade dos dados, e reduzir ineficiências dos processos manuais para apoiar a vigilância epidemiológica
Descrição da produção
Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre automação em saúde pública, desafios dos processos manuais e tecnologias de extração de dados. A produção propõe uma abordagem híbrida para o algoritmo: priorizar o uso de APIs oficiais do DATASUS para uma integração de dados estável e segura e, como alternativa, utilizar algoritmos bots de forma cautelosa e ética para dados públicos não disponíveis via API, garantindo conformidade com a LGPD e flexibilidade para futuras atualizações.
Resultados
O estudo identificou que os processos manuais de atualização de dados na SES-RJ são ineficientes e comprometem a agilidade para vigilância ativa. De dezembro de 2024 a maio de 2025, base tradicionais de sistemas de informações como dengue e síndrome respiratória aguda grave foi automatizada de forma que, todos os dias, extraia-se dados. A rotina acontece durante as madrugadas e seguem um roteiro de conexão com a página, login, submissão de parâmetros de extração e salvamento das bases.
Análise crítica e impactos da produção
A implementação do algoritmo proposto pode impactar positivamente a SES-RJ, aumentando a eficiência operacional e fortalecendo a vigilância epidemiológica com dados mais oportunos. A automação é um habilitador crítico para outras iniciativas de transformação digital na secretaria. Contudo, a solução não corrige problemas de qualidade na origem dos dados e exige monitoramento contínuo das fontes e vigilância constante quanto à conformidade com a LGPD.
Considerações finais
A automação da atualização de dados é estratégica e viável. Recomenda-se o desenvolvimento de um algoritmo modular e adaptável, capaz de incorporar novas APIs oficiais futuramente. Próximos passos incluem a especificação técnica detalhada, um projeto piloto para validação, a criação de um plano de manutenção e a contínua revisão de conformidade legal e ética para garantir uma implementação segura e sustentável.

Realização: